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Plantas Neurotóxicas 
Ipomoea carnea 
 
Nomes vulgares: Canudo, manjorana, algodão bravo, 
capa-bode. 
Características gerais: O canudo é uma planta arbustiva, 
com ampla distribuição geográfica. É encontrada, 
principalmente, na região Nordeste do Brasil, onde é uma 
das poucas plantas que se conserva verde durante o 
período da seca. Portanto, as intoxicações causadas por 
essa planta normalmente ocorrem em períodos em que 
há a escassez de forrageira. Seu habitat é nas margens 
dos rios e das lagoas ou em regiões inundáveis que ficam 
cobertas de água durante parte do ano. Em condições 
naturais, foram descritas intoxicações em bovinos, ovinos, 
caprinos e búfalos. 
Parte tóxica: Folhas. 
 
Princípio ativo tóxico e mecanismo de ação: Foram 
detectados os princípios ativos tóxicos suainsonina, um 
alcaloide indolizidínico, e os alcaloides nortropânicos – as 
calisteginas B1, B2, B3 e C1. A suainsonina é o princípio ativo 
tóxico mais importante no canudo, cujo mecanismo de 
ação é a inibição da enzima alfa-manosidase lisossomal, 
resultando no acúmulo de oligossacarídeos não-
metabolizados no interior de lisossomos. Esse processo 
permite que haja a formação de vacúolos nas células, 
promovendo a perda de função celular e, no último 
estágio, morte celular. Além dessa alteração, a 
suainsonina também inibe a manosidase II, a qual está 
envolvida com o processo de formação de 
glicoproteínas, sendo que essa alteração permite que 
haja disfunção na adesão celular de moléculas, hormônios 
circulantes e vários receptores de membrana. 
Sinais clínicos: A evolução dessa intoxicação é crônica e 
resulta em emagrecimento progressivo, tremores dos 
membros pélvicos, incoordenação motora e ataxia. A 
retirada da planta permite que haja a remissão dos 
sintomas. 
Histopatologia: Presença de vacuolização característica, 
particularmente em neurônios do SNC e também em 
células do fígado, pâncreas, tireoide e rins. 
Tratamento: Não há tratamento para essa intoxicação, 
devendo ser feita a retirada da planta. 
Ipomoea asarifolia 
 
Nomes vulgares: Salsa, batatarana. 
Características gerais: A salsa é uma planta herbácea e 
pode ser encontrada em várias regiões do Brasil, 
principalmente na região Norte e Nordeste. A intoxicação 
natural por essa planta já foi descrita em caprinos, ovinos, 
bovinos e búfalos. Durante o período em que há 
Folha em forma de lança 
Folha em forma de coração. 
quantidade abundante de forrageira, os animais não a 
ingerem, pois parece que a planta é pouco palatável. 
Parte tóxica: Folhas. 
Princípio ativo tóxico e mecanismo de ação: 
Desconhecidos. 
Sinais clínicos: Sonolência, tremores musculares 
(principalmente da cabeça e pescoço), incoordenação e 
hipermetria. Em caprinos, a retirada da planta não 
promove a remissão dos sintomas. 
Tratamento e profilaxia: Não há tratamento para essa 
intoxicação. A profilaxia consiste em impedir o acesso de 
bovinos a pastagens com alta concentração de salsa, 
principalmente se houver menor disponibilidade de 
forrageira. 
Ricinus communis 
 
Nomes vulgares: Mamona, carrapateira. 
Características gerais: Essa planta tem ampla distribuição 
no território nacional, ocorrendo naturalmente em solos 
férteis e ricos em material orgânico, embora também 
possa ser cultivada e seus subprodutos possam ser 
utilizados para diversas finalidades. 
Animais afetados: Bovinos e caprinos. 
Parte tóxica: Folhas. 
Dose: 10 a 20g/kg. 
Princípio ativo e mecanismo de ação: O princípio ativo 
tóxico contido nas folhas da mamona e que produz 
alterações nervosas é, provavelmente, o alcaloide ricinina, 
contudo não se sabe como esse alcaloide promove os 
efeitos neurotóxicos. 
Sinais clínicos: Os sinais clínicos da intoxicação aparecem 
por volta de cinco horas após a ingestão da planta, tendo 
evolução bastante rápida, podendo ocorrer o óbito em 
um período de até quatro horas após o estabelecimento 
do quadro (tremores musculares, sialorréia, eructação 
excessiva, convulsões, coma e morte). 
Tratamento e profilaxia: Não se conhece o tratamento 
para essa intoxicação. Quanto a profilaxia, deve-se evitar 
que os animais consumam essa planta, sobretudo quando 
estão famintos, o que permite a ingestão de elevadas 
quantidades de folhas.

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