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PLANTAS TÓXICAS DE INTERESSE PECUÁRIO INTRODUÇÃO De�ne-se planta tóxica todos os vegetais que introduzidos no organismo dos animais domésticos são capazes de causar dano a saúde e vitalidade dos seres vivos. Plantas tóxicas provocam perturbação direta ou indireta na saúde do animal. No Brasil, são descritas mais de 250 plantas tóxicas diferentes; isso deve-se à extensão do país, ao clima tropical e à grande biodiversidade. Antigamente quando um animal vinha a óbito se acreditava que “ ou é cobra, ou carbúnculo ou ´´e planta”; dois pesquisadores começaram a descrever e investigar as plantas tóxicas no país e foram surgindo diversos grupos de patologistas e laboratórios, que foram se implantando nas universidades, levando a descobrimento de diversas plantas tóxicas no Brasil. ***Picada de cobra → pouco frequente, causa �egmão característico: edema no local de inoculação, petequias sufusões hemorragia nos orgãos/ Carbúnculo→ lesões características tb 10% dos animais necropsiados morreram devido a intoxicação por plantas, responsáveis por mais óbitos que a raiva e o botulismo na região norte do país. Em Santa Catarina a segunda causa de óbito mais frequente nos bovinos é a Tristeza Parasitária Bovina. Não são todas as plantas tóxicas que são consideradas plantas de interesse pecuário. Plantas tóxicas de interesse pecuário = plantas que são ingeridas pelos animais domésticos, sob condições naturais ( espontaneamente), causando danos à saúde ou morte do animal. Ou seja, são aquelas que produzem quadros CLÍNICO-PATOLÓGICOS em condições naturais. São as plantas que produziram um surto espontâneo em algummomento. Além disso, para que uma planta tóxica seja descrita como uma planta tóxica de interesse pecuário ela deve passar por COMPROVAÇÃO EXPERIMENTAL do seu potencial tóxico COMPROVAÇÃO EXPERIMENTAL: Deve ser realizada sob as seguintes condições: ● Teste na espécie alvo: questões anatômicas e metabólicas de cada espécie podem ser determinantes para ocorrência de um caso clínico de intoxicação por determinados princípios ativos das plantas. A presença de rúmen é um exemplo. Os testes em ratos e coelhos podem ser utilizados antes de um bovino, no entanto caso não provoque sinal clínico, a espécie alvo deve ser utilizada ● Planta: deve ser recém colhida e fornecida inteira para o animal. ● Ingestão: deve ser espontânea e em último recurso, forçada. O animal deve ser submetido a 24 horas de jejum, pois a fome é um fator que pode in�uenciar na ingestão ou não de uma planta tóxica. ● Estimar dose tóxica: de acordo com o número de animais em determinado piquete, tamanho do piquete, tempo que o animal foi colocado lá. Cestrum laevigatum: Testes experimentais feitos em coelhos e ratos para que pudessem exportar a planta para áfrica onde seria usada de cerca viva para bovinos. Não apresentou toxicidade para estes animais e foi dada como não tóxica e então liberada para exportação. Resultou na morte dos bovinos pois ingeriram a cerca viva, Para que uma planta seja considerada de interesse pecuário, se requer características EPIDEMIOLÓGICAS associadas aos casos de intoxicação. A INVESTIGAÇÃO de uma possível intoxicação por plantas tóxicas deve ser abordada por um patologista de acordo com: Clínica + Patologia ( lesões de necropsia) + Epidemiologia. Hoje em dia, já não se espera que sejam encontradas novas plantas tóxicas além das plantas já descritas; deve -se descartar todos os diferenciais (1) infecciosos, (2) nutricionais e então, se não encontrar a causa de um determinado surto, se pensar em uma possível nova planta . Conclui-se que: PLANTA TÓXICA≠ PLANTA DE INTERESSE PECUÁRIO/ECONÔMICO Planta tóxica é qualquer planta que teve identi�cação de uma substância potencialmente tóxica por um farmacologista. Planta de interesse pecuário é aquela que em condições naturais pode ser ingerida pelos animais e causar prejuízo econômico indireto ou direto. plantas tóxicas sem interesse: Asclepias curassavicas: planta tóxica, com glicosídeos cardiogênicos. É uma planta cardiotòxica que mata rápido em doses baixas, no entanto, bovinos não a ingerem espontaneamente, portanto não é uma planta de interesse pecuário. Popularmente conhecida como Erva-de-rato, bastante comum nas propriedades; no entanto não existe quantidade su�ciente numa propriedade para matar um bovino. (São as plantas com �orzinha vermelha e amarela). Solanum aculeatissimum: para provocar intoxicação requer 4g/kg de fruto e os animais não ingerem o fruto As plantas de interesse pecuário representam a principal causa de morte em bovinos , com taxa de mortalidade de 5% considerando um rebanho. 3% desse valor morrem por intoxicação crônica por samambaia, sendo a mais prevalente. CONCEITOS EQUIVOCADOS: Lactescência está relacionada à toxicidade → falso. A maioria das lactescentes não é tóxica e a maioria das tóxicas não é lactescente. - Exceção: Oxypetalum banksii ( Timbó, cipó-de-leite, painina). Essa planta lactescente era macerada na água pelos povos indígenas, gerando alterações no comportamento dos peixes, impossibilitando-os de nadar, fazendo com que eles boiassem e facilitando a pesca. A planta era considerada como tóxica mas hoje sabe-se que ela é inócua para os animais domésticos e apenas ictiotóxica ( tóxica para peixes Folhas que parecem de melancia ou feijão é planta tóxica → falso. Comeu umas folhas bebeu água e morreu é uma planta tóxica → falso. Acredita-se popularmente que a água está relacionada com o potencial tóxico de plantas, pois os animais tendem a morrer em seu local de descanso perto do bebedouro; no entanto a água ingerida não in�uencia em nada a toxicidade. Os animais veem a óbito em local de descanso devido ao mal estar que sentiram antes de morrer, que instintivamente o fazem querer beber água na tentativa de melhorar. Maioria das plantas tóxicas é palatável→ falso.Amaioria das plantas tóxicas não é palatável e são ingeridas em condições que o animal está com muita fome. Algumas são de fato palatáveis como: Azevém, aveia, Pessegueiro bravo, mandioca Planta tóxica sempre faz timpanismo e diarreia → falso.O timpanismo que se observa é o timpanismo cadavérico e não está associado com a patogenia da toxina. A maioria das plantas não atua no sistema digestório. - Exceção: Senecio spp. Pode causar diarreia mas nem é por ação tóxica direta e sim devido a hipertensão portal pelo acometimento do fígado - Trevo branco Pastagem de inverno associada a timpanismo espumoso. Desprendimento da mucosa ruminal é planta tóxica → falso. Também ocorre por alteração cadavérica e não está relacionado à ação tóxica da planta. Ocorre em qualquer cadáver em 30 minutos post mortem, quanto mais calor mais rápido. Hiperemia da mucosa ruminal é planta tóxica → falso. Também ocorre por alteração cadavérica e não está relacionado à ação tóxica da planta; ocorre pela hipostase e acúmulo do sangue nas porções ventrais dos orgãos ( em relação ao chão/ gravidade) - Exceções: Baccharis spp. / Ureia / Nitrato e Nitrito. Pode causar vermelhidão na mucosa pois tem ação direta/ efeito de queimação. PLANTAS TÓXICAS maioria possui apenas um único princípio ativo, que para a planta, é ummecanismo de auto defesa para sua sobrevivência na natureza, para que não seja ingerida. As substâncias tóxicas, metabolismo e imediatez dessas plantas são variáveis. Imediatez: diz respeito a velocidade que a planta causa o curso clínico. Variável, a maioria das plantas requer metabolização hepática. Cianogênicas, Nitrato e nitrito são exceções e são tóxicas antes de seremmetabolizadas. toxinas de ação direta plantas de ação direta são aquelas que tem ação tóxica antes de serem metabolizadas, diretamente na mucosa e trato digestivo quando entram em contato. As plantas cáusticas e que causam queimação são de ação direta, como a Baccharis coridifolia ( mio-mio) toxinas de ação remota são a maioria das toxinas das plantas, requerem metabolização para exercerem efeito tóxico ● Carrapicho → metabolizado no fígado, se torna tóxico e causa lesão hepática.efeito não cumulativo são as plantas de rápida metabolização e eliminação, precisam ser ingeridas de uma vez na dose tóxica para provocar intoxicação. ● Cianogênicas → HCN é rapidamente absorvido e exerce sua ação tóxica. Depois disso é metabolizada, inativada e eliminada, não exercendo efeito cumulativo. Portanto, para promover ação tóxica, o animal deve ingerir a dose letal de uma única vez. São plantas de metabolização rápida. efeito cumulativo plantas de efeito cumulativo são as plantas que possuem eliminação mais lenta que a ingestão. Ou seja o animal ingere a planta por longos períodos até que a dose tóxica se acumule no organismo. Plantas de metabolização lenta. DOSE TÓXICA É a dose, quantidade em gramas que a planta precisa ser ingerida para provocar clínica de intoxicação no animal, ela pode variar conforme a espécie animal, a planta e espécie de planta, porção da planta e entre outros.As mais tóxicas das plantas são primeiramente a Baccharis coridifolia ( mio-mio ) → 0,25 a 0,5 g/kg e segundamente a Palicourea marcgravii ( cafézinho/ erva-de-rato)→ 0,6 g/kg. Mesmo sendo as mais tóxicas, exigem que um animal de 300 kg coma pelo menos 180g das folhas; que é um quantidade extremamente grande. A maioria das plantas tóxicas tem uma dose tóxica entre 5 a 40g/kg; emmédia de 10 a 20 g/kg FATORES INFLUENTES NA TOXICIDADE #FATORES INTRÍNSECOS DA PLANTA fase de crescimento dependendo da planta, a toxicidade é maior em determinada fase de crescimento, na maioria delas, isso não in�ui. ● Plantas cianogênicas → Mascagnia pubiflora / Pseudocalymma elegans mais tóxicas na brotação ● Baccharis coridifolia → mais tóxica quando madura ● Xanthium spp. → tóxica só na brotação e as sementes na fase madura ● Pteridium spp. → sempre tóxica mas mais ingerida na brotação partes tóxicas Na maioria as folhas e ou frutos são tóxicos. Há plantas que diferentes partes apresentam princípios tóxicos diferentes. ● Stryphnodendron coriaceum → fruto ● Sessea brasiliensis → tóxica em diferentes partes ● Ricinus communis. → folha neurotóxica e fruto/semente tóxico para o trato digestivo estado e armazenamento Maioria da plantas mantém a toxicidade quando ressecadas ● Plantas cianogênicas → perdem toxidez ao ressecam ou serem picadas. ácido cianídrico ( HCN) volatiliza e planta se torna inócua em 24 horas ● Senecio e Samambaia → são tóxicas mesmo quando passam por moagem, trituração e mistura na ração palatabilidade maioria das plantas tóxicas não são palatáveis. Maioria dos casos, são ingeridas quando animal está com fome em jejum prolongado. Baccharis coridifolia → mio-mio : não palatável e causa queimação, animal que conhece e já comeu planta não comerá de novo. intoxicação ocorre nos em animais recém introduzidos famintos. Palicourea marcgravii → é palatável e animal come mesmo se conhece. Efeito cumulativo. #FATORES EXTRÍNSECOS À PLANTA espécie animal cada espécie animal tem uma sensibilidade diferente a ação tóxica das plantas. ● Senecio brasiliensis → tóxica para bovinos, leva a óbito; não tóxica para pequenos ruminantes ● Pteridium aquilinum→ Samambaia: toxicidade diferente pois atua por mecanismos diferentes. Em ruminantes a intoxicação aguda age por queimação e a crônica com formação de neoplasias por ação radiomimética; já nos monogástricos, como o equino, provoca uma de�ciência de tiamina por efeito da tiaminase e leva malácia. idade animal não in�uencia pigmentação do animal despigmentados são mais suscetíveis a fotossensibilização exercício físico fator importante para plantas que acometem o sistema cardiovascular e nervoso. Especialmente em plantas que causammorte súbita. ● Cardiotóxicas → plantas que causam insu�ciência cardíaca que por vezes não é clinicamente visualizada e animal é submetido a exercício intenso e sofre morte súbita. ● Neurotóxicas → plantas que acomete sistema nervoso central e provocam incoordenação, agitação, ataxia, alteração de comportamento propiciam animal a quedas e acidentes que podem leva-lo a óbito solo adubação e concentração dos compostos do adubo podem tornar plantas mais ou menos tóxicas. A umidade e clima podem também in�uenciar na toxicidade das plantas. ● Brachiaria sp. → pode ser não tóxica e acumular HCN e Nitrato e nitrito proveniente do adubo e se tornar tóxica sensibilidade individual do animal tolerância e resistência de cada animal in�uencia no quadro de intoxicação ocorrer ou não. Dose tóxica de uma planta varia conforme a capacidade hepática do animal e metabolismo do animal como indivíduo. Animais imunes podem sintetizar antitoxinas especí�cas. ● Nitrato e nitrito → bovinos podem desenvolver �ora que metaboliza esses compostos e serem tolerantes a dietas com nitrato e nitrito. fome associada a maioria dos casos de intoxicação por planta visto que a maioria delas não é palatável. Animais buscam ingeri las por falta de alternativas ● Animais recém introduzidos → passam muito tempo em jejum pois o comprador demora para buscar e valor do animal é em relação ao peso ( preço cai ). Animais recém introduzidos chegam com fome da viagem são propícios à intoxicação por plantas. vício maioria das plantas não vicia de fato. O que ocorre é facilitação social, em que o bezerro e demais animais mimetizam comportamentos dos demais do rebanho e vai ingerir o que os demais ingerem dieta de�ciente em �bra animais que não recebem �bra efetiva su�ciente na dieta e buscam fontes �brosas tóxicas para se alimentar. Samambaia na brotação pode ser ingerida nessas condições. DIAGNÓSTICO Quando se suspeita de uma intoxicação por planta, se espera que seja uma planta previamente já descrita. A primeira coisa a se fazer é determinar os orgãos lesados e características das lesões e correlacionar o quadro clínico patológico com alguma planta da região. Apenas se com o descarte de todas as possibilidades e presença de uma planta diferente se busca identi�cação botânica e experimentação com o animal in vivo. Basicamente: Como não proceder → isolamento de princípios tóxicos com farmacologista Como proceder → conhecer plantas regionais e casos clínico-patológicos = importante para pro�laxia - dados de necropsia + histórico + dados laboratoriais + histopatologia - inspecionar pastagem e identi�cação botânica TRATAMENTO De forma geral não há tratamento para intoxicação por plantas; raras exceções são: ● Nitrito e nitrato → antídoto = azul de metileno. Curso da intoxicação ocorre relativamente devagar, animal ingere, quatro horas depois apresenta clínica e após 2 horas vem a óbito, dá tempo intervir dependendo. ● HCN → antídoto = Hipossul�to de sódio, mas a absorção do ácido cianídrico é muito rápida e antídoto não é administrado a tempo. Desde a clínica até a morte do animal intoxicado por esse composto, decorre um tempo de 15 minutos emmédia. diminuir absorção aumentar eliminação ● compostos para adsorver os tóxicos → carvão ativado ● compostos para precipitação → ac. tânico ● Óleos→ ?laxante? tratamento sintomático fornecer sombra, água, repouso, comida, glicose se houver lesão hepática retirar animais do pasto tóxico → lentamente em caso de cardiotóxicas INTOXICAÇÃO INDIRETA E DIRETA DE SERES HUMANOS intoxicações crônicas ( senecio e samambaia ), evidenciaram acúmulo de toxina no leite e produtos de origem animal como mel e carne. As toxinas Ptaquilosídeo ( da samambaia ) e alcalóides pirrolizidínicos ( senecio ) foram comprovadamente isoladas do leite. No entanto a diluição em tanques e processamento desses alimentos torna improvável a intoxicação indireta de humanos. As carnes também são forma improvável de intoxicação devido ao cozimento. A intoxicação direta pode ser dar via chás e alimentação ( consumo direto das plantas). 1. PLANTAS QUE CAUSAM ANEMIA HEMOLÍTICA Anemia hemolítica de�ne-se por hematócrito reduzido devido a destruição de eritrócitos ( hemólise intravascular). Essas intoxicações são pouco frequentes e mais importantes como diagnósticos diferenciais de anemias. Brachiaria radicais e Allium spp. Brachiaria radicansrecebe o nome devido a sua capacidade de adaptar terrenos úmidos e alagadiços, diferentemente das demais plantas. Foi introduzida em SP e disseminada pelo Brasil inteiro. Mais frequente na região sul de Santa Catarina e extremo sul do RS. É uma planta alta e viçosa → Pastejo Único Exclusivo: Só causa doença clínica e morte se consiste pelo menos 70-75% da alimentação do animal → Solo e adubação: interferem na toxicidade da planta. Nitrito e nitrato podem ser o princípio ativo responsável pela intoxicação. princípios ativos: 1. Substância hemolítica não elucidada: gera quadro agudo a subagudo, em 6 a 7 dias após introdução a pastagem. Provoca hemólise intravascular e sinais clínicos: a. hemoglobinúria b. diarreia c. andar cambaleante d. mucosas pálidas e. metahemoglobina → sangue cor chocolate ? f. transmitida ao bezerro via leite 2. Nitrato e nitrito: podem ser concentrados na planta devido a adubação → gera quadro superagudo ou agudo, mata no mesmo dia *A icterícia di�cilmente ocorre nesses casos de hemólise intravascular pois animal morre antes da conjugação de bilirrubina no fígado para causar icterícia. tratamento não há, a não ser que seja nitrato nitrito a intoxicação não tem como ser revertida. Remover animais do pasto Allium cepa - Cebola Pouco comum, ocorre mais em supersafras de cebola. Clínica idêntica a da brachiaria. Relatos de intoxicação em bubalinos no brasil, bovinos, ovinos e equinos no mundo. Altamente palatável, ruminantes ingerem espontaneamente, até o bulbo. Doença de quadro subagudo e pode cursar com intoxicação por nitrato e nitrito, em forma aguda e commetahemoglobina → Pastejo Único Exclusivo: Só causa doença clínica e morte se consiste pelo menos 75% da alimentação do animal → Princípio ativo: Dissulfeto = oxida eritrócitos provocando anemia hemolítica achados macroscópicos rins enegrecidos esplenomegalia severa → qualquer hemólise intravascular mucosas pálidas ( ou ictéricas?) sangue aquoso hemoglobinúria tratamento tirar o excesso transfusão diferenciais 90% dos casos de hemólise intravascular e hemoglobinúria é babesia. ● TPB ● Nitrito e nitrato ● Babesiose → nem sempre tem hemoglobinúria, na cerebral é incomum ● Anaplasmose → icterícia, fígado laranja, sangue pouco viscoso ( extravascular **Hemoglobinúria→ hemoglobina na urina, urina produzida com hb da �ltração do sangue **Hematúria → Sangue na urina, ocorre em casos de lesão vascular na vesícula urinária, como por carcinomas em intoxicações crônicas por samambaia. **diferenciação de ambas com 15-20 min descansando, ocorre decantação de hemácias se for hematúria e na hemoglobinúria não 2. PLANTAS QUE CAUSAM LESÃO TRAUMÁTICA Araucaria angustifolia causa lesão traumática por aspiração dos galhos secos/ grimpas, que possuem folhas pontiagudas em ângulo de 45 graus. Acredita-se que a planta adentra cavidade nasal do animal quando este pasta distraído. A planta entra primeiramente pelo talo e di�culta remoção em sentido contrário pois as folhas lesionam a mucosa. Lesão restrita à cavidade nasal não é fatal. Após passar do corneto nasal é impossível remover a grimpa. A planta vai pela laringe e traqueia em direção ao pulmão e causa um pneumonia cavernosa severa ( pneumonia por corpo estranho), que leva o animal a óbito por insu�ciência respiratória aguda. Casos já descritos em equinos. Evolução: lenta e progressiva até alcançar pulmão. ● Infecção bacterianas secundárias: embolos sépticos do pulmão levando a nefrites, endocardites, abscessos intervertebrais ( local de predileção pra bactéria pois sistema imune tem mais di�culdade de acessar); Achados macroscópicos: Pneumonia cavernosa severa, purulenta e �brinosa→ grimpa é altamente contaminada Consolidação pulmonar Pleurite �brinosa tratamento Não tem, ATB não adianta pois grimpa permanece lá, pode até ser desmontada mas folhas não são degradadas pois é um corpo estranho grande e resistente para o pulmão. “Não sente mais no dedo, não temmais o que fazer”. 3. PLANTAS QUE CAUSAM CALCINOSE Plantas calcinogênicas, possuem algum princípio análogo a vitamina D3 ativa, mimetizando hipervitaminose D e levando a hipercalcemia que leva a mineralização metastática. Solanum glaucophyllum chamada de espichadeira pois causa espichamento dos membros dos animais acometidos. Bovinos e ovinos ingerem folhas verdes na seca, período de julho a setembro; as folhas caem e se misturam na pastagem e são ingeridas. distribuição Ocorre no rs uruguai e argentina Mineralização metastática: ocorre principalmente nas articulações ( cartilagens, ligamentos, tendões, ossos) e paredes de grandes vasos, pode ocorrer em qualquer tecido mole. Por isso o animal apresenta enrijecimento dos membros. manifestação clínica andar rígido ( “na ponta do pé” ), membro estirado com di�culdade de �exionar, dor ao andar, cifose, fraqueza, ataxia, animal deixa de comer e emagrece progressivamente, decúbito, decúbito permanente e morte por inanição. achados macroscópicos mineralização no endotélio de grandes vasos e endocárdio são os achados mais consistentes, mineralização range ao corte e tem consistência arenosa. Degeneração articular → gera extrema dor "úlcera na cartilagem” Em ovinos: tem lesão valvar e morrem por icc e edema/ hidropericárdio.. diferencial de haemoncose - palidez de mucosas! diferenciais N. veitchii Tuberculose → mineralização só dentro da necrose de calci�cação ( não tem nada a ver Paratuberculose Hipervitaminose D Johne’s disease→ ? Cestrum Nierembergia veitchii mesmo princípio ativo, análogo à vitamina D; quadro clínico semelhante. É uma vegetação mais rasteira, portanto mais importante para ovinocultura pois bovinos tem di�culdade de preensão. distribuição Mais comum no uruguai, argentina e RS clínica emagrecimento progressivo, andar rígido, cifose, hipercalcemia, hiperfosfatemia, di�culdade para �exionar membros, dorso arqueado. lesões macro mineralização das válvulas cardíacas e endotélio de grandes vasos; mineralização e degeneração das cartilagens tratamento não existe. se faz inspeção do rebanho para avaliar viabilidade dos animais e manter os que não tem quadro avançado. remove-los do pasto tóxico 4. PLANTAS QUE CAUSAM LESÃO CARDÍACA plantas cardiotóxicas podem ser dividas entre as que causam lesão aguda e crônica 1. intoxicação aguda e morte súbita: todas tem princípio ativo 1080 e causam morte súbita ((mono�uoracetato de sódio Palicourea marcgravii P. aeneofusca P. juruana P. grandiflora Amorimia rigida Palicourea marcgravii vulgo cafézinho, espécie mais importante no Brasil pois é a mais tóxica. tem maior distribuição, especialmente na região de SP distribuição todo lugar do Brasil. principalmente norte e sudeste nomes populares: erva-de-rato; café bravo; vick ( de vick vaporub por conta do cheiro ) características palatável → animal não precisa de fome para ingerí-la dose tóxica baixa → 0,6 g/kg, facilmente ingerido de uma vez e leva a morte súbita superagudo → morte súbita cumulativa → morte súbita quando atinge dose tóxica odor → algumas tem odor de salicilato de metila que não está associado a toxicidade, há 3 espécies não tóxicas com esse cheiro arbusto perene → terra �rme, áreas sombreadas, beiras de mata, pastos recém formados, regiões intermediaria com sombra e sol princípio ativo ácido mono�uoracético / �uoracetato de sódio / 1080→ interrompe o ciclo de krebs = interrompe respiração celular = esgotamento de energia nos tecidos, inclusive tecidos vitais( nervoso, sanguíneo, cardíaco ) e morte lesão macroscópica não há morte súbita. Eventualmente necrose hemorrágica no músculo papilar do coração. diagnóstico Puramente epidemiológico e por descarte de outras plantas e causas de morte súbita. As demais espécies são morfologicamente semelhantes, as �ores são o que mais muda. ● Palicourea aeneofusca: erva-de-rato. Bahia; Pernambuco; AM; PA; RO. É mais tóxica que a P. marcgravii. Dose tóxica = 0,75g/kg ● Palicourea grandiflora MT e Acre. Menos tóxica . Dose tóxica = 2g/kg ● Palicourea juruana 0,25g/kg Arrabidaea bilabiatavulgo chibata, possui mesmo princípio tóxico e quadro clínico da P. marcgravii Morte por 1080 → se dá por �brilação ventricular e parada cardíaca. Nos bovinos o tecido mais sensível a essa toxina é o coração. Em geral não associada ao exercício. Dose tóxica = 1,25 a 2,,5 g/kg ( clínica x morte respectivamente) clínica O animal pode apresentar tremores, dispnéia, pulso jugular, decúbito, pedalagem e morte súbita. lesões macroscópicas não há. Pseudocalymma elegans sem vulgo, cipó que habita principalmente a encosta de morros. Interesse pecuário no RJ. Princípio ativo também é o 1080. Diferencial de cianogênicas e anthrax no RJ. 15g/kg Amorimia spp. vulgo TINGUI, TIMBÓ e quebra bucho no nordeste. Princípio ativo também é o 1080 e apresenta mesma clínica superaguda que as demais. A única deste grupo encontrada no estado de Santa Catarina. Presente no NE e MG principalmente. características palatável → ruminantes ingerem sempre que em contato frutos alados morte associada ao exercício + Mais tóxica na �oração agosto a setembro clínica mata em poucas horas após ingerir dose tóxica - igual as demais comum animal morrer subitamente no momento de exercício mais intenso A. rigida → 50g/kg A. pubiflora → 5g/kg A. exotropica → apenas no litoral de SC e RS. Qualquer ruminante ingere. Sem lesão macro. Niedenzuella stannea assim como as demais, possui 1080 como princípio ativo. Encontrada no norte e centro oeste. A planta causa morte súbita, em maioria associada ao exercício. Degeneração hidrópica dos túbulos renais é a principal alteração microscópica, no entanto isso acontece emmuitas doenças. Na necropsia, o ingurgitamento de grandes veias, câmaras cardíacas ( congestão ) e edema pulmonar. Dose tóxica é 15g/kg. Intoxicações mais frequentes na brotação, período de seca. Mesma clínica, curso agudo morte súbita 2. intoxicação crônica: plantas que causam necrose e �brose de forma lenta e progressiva do coração e levam a quadro de insu�ciência cardíaca congestiva. Ocorrem com ingestão continuada por períodos longos. Além disso, as plantas cardiotóxicas que provocam intoxicação crônica também acometem os fetos quando a vaca gestante ingere a planta. Podem também ter curso nervoso. Tetrapterys spp. Cipó preto, planta tóxica com princípio ativo não elucidado. Essa planta é mais ingerida no período de seca, quando a tetrapterys está em brotação e os animais ingerem por fome. É mais importante no sudeste do Brasil. Dose tóxica para bovinos: 5g/kg por 60 dias a dose ingerida in�uência no quadro clínico desenvolvido, tomando três formas clínicas diferentes ● Forma reprodutiva → baixas doses leva a aborto por lesão cardíaca no feto ou natimortalidade. ● Forma cardíaca → doses intermediária levam a lesão cardíaca e �brose, com quadro de ICC ● Forma nervosa → doses altas levam a status spongiosus, com clínica puramente nervosa, diferencial para demais doenças nervosas. clínica edema generalizado → submandibular, de barbela, ascite, hidrotórax, hidroperitônio morte ao exercitar jugular ingurgitada e pulso jugular arritmia *curso subagudo a crônico achados de necropsia �brose cardíaca, fígado com congestão passiva crônica ( noz moscada) , ascite, hidrotórax, hidropericárdio Degeneração esponjosa/vacuolização no snc → forma nervosa Ateleia glazioviana única no Sul do Brasil com evolução subaguda/crônica. Nome popular “Timbó”. Folhas da Ateleia caem todas no �nal do inverno, durante outono a inverno, período de seca quando são ingeridas pelos animais por fome. Toxina glaziovina? Crença popular a�rma que as plantas de até 2 anos são mais tóxicas que na brotação, pois nessa fase fazem segmentação massiva e em dois anos muitas plantas nascem e o volume delas no pasto é maior (???) clínica similar a Tetrapterys spp. a dose ingerida in�uência no quadro clínico desenvolvido, tomando três formas clínicas diferentes ● Forma reprodutiva → 35g/kg aborto → forma mais comum, �brose e necrose no miocardio do feto** ● Forma cardíaca → 40g/kg ICC ● Forma nervosa → 70g/kg status spongiosus na substância branca → cegueira é o sinal mais consistente **se isso acontecer no sul, é ateleia. achados de necropsia �brose cardíaca, fígado com congestão passiva crônica ( noz moscada) , ascite, hidrotórax, hidropericárdio Degeneração esponjosa/vacuolização na substância branca→ forma nervosa diferenciais pericardites miocardites tóxicas→ ionóforos/ gossipol miocardites nutricionais → def vit E e Selênio doenças nervosas → raiva, tétano, meningites, encefalites virais, PEM. doenças abortivas→ brucelose 3. Plantas que contém GLICOSÍDEOS CARDIOTÓXICOS: compostos que causam distúrbios eletrolíticos nas células cardíacas e comprometem a condutividade e contratilidade do coração. Nerium oleander planta ornamental, conhecida como espirradeira. Possui �ores brancas, vermelhas ou rosa. Acomete ruminantes e equinos, que ingerem a planta pós poda na maioria das vezes. Bastante resistente a secas, usada como cerca em alguns países, que torna a planta importante. No Brasil é raro glicosídeo cardiotóxico → oleandrina dose tóxica→muito pequena SUPERAGUDO Ingestão pós poda clínica inicia em até 24 horas após ingestão com taquicardia, diferentes tipos de arritmia e bloqueios ventriculares cursa com polidipsia compensatória de poliúria, diarreia, desidratação, ataxia, extremidades frias, sialorréia, vômito, morte tremores musculares, bruxismo, vocalização, decúbito e pedalagem também podem ser observados !!pode estar associada a diarreia profusa achados macroscópicos muito inespecí�co mucosas congestas, petéquias no subcutâneo, hidropericárdio, congestão pulmonar edema generalizado edema pulmonar sufusões no pericárdio e endocárdio necrose ( porções pálidas) no miocárdio Claviceps purpurea vulgo Esporão do centeio / Ergot of Rye é um fungo parasita de grãos, podendo estar presente nas gramíneas, e lavouras, que quando colhidas para fornecer aos animais já possuem o fungo e toxina. → azevém, setaria, aveia, trigo.. Alcalóide do Ergot → produzido pelo fungo, é um alcalóide vasoconstrictor responsável por provocar doença. formas clínicas Forma Gangrenosa → ocorre no inverno, onde a vasoconstricção periférica, fenômeno �siológico para mantimento da temperatura dos orgãos internos, é somada a vasoconstricção pela micotoxina. Ergotismo. necrose de extremidades ponta de cauda pontas de orelha cascos Forma distèrmica → ocorre no verão por falta de troca de temperatura com o meio externo devido a vasoconstrição que ocorre em momento inadequado, levando a hipertermia. dispneia anorexia perda de peso poliúria salivação Forma nervosa→ não comprovada na espécie e pouco frequente em bovinos. Com convulsões, tremores, incoordenação, cegueira, opistótono. Forma reprodutiva → aborto e agalaxia, unica forma descrita nos equinos. 4. PLANTAS QUE CAUSAM LESÃO NO SISTEMADIGESTÓRIO Baccharis coridifolia vulgo mio-mio. Planta de importância em SC, RS, uruguai e argentina. Não tem emConcórdia, apenas a partir da região de irani te bastante assim como em Lages. Tóxica para ruminantes e equinos palavras chave: queimação, morte súbita, fome, recém introdução, superlotação, hiperemia de submucosa ruminal A MAIS TÓXICA das plantas tóxicas, com menor dose tóxica, variando de 0,25 a 2g/kg , na �oração e brotação respectivamente. Princípio ativo: Miotoxina → Tricotecenos macrocíclicos : efeito direto e não cumulativo. “ingerir a planta é igual tomar um balde de pimenta ou de água sanitária.. queima, corrói o sistema digestório” ~ Mendes, Ricardo 2k23 epidemiologia ● ocorre em surtos, grande número de animais morrem de uma vez, 100% mortalidade. Raramente ocorrem eventos isolados. ○ 95% dos surtos são em animais famintos recém introduzidos numa pastagem com mio-mio. ● animais que conhecem a planta jamais vão ingerí-la, animais famintos recém introduzidos são os principais alvos ● mais comum intoxicação na brotação [ setembro a novembro → seca = fome ), apesar de ser o momento em que é menos tóxica ● esporadicamente pode ocorrer em animal no inícioda vida de pastejo Mortalidade = 100% Morbidade = variável Os surtos ocorrem por ignorância do proprietário em maioria dos casos, por não fazer adaptação(descrita na prevenção) ou desconhecimento da planta. clínica normalmente não tem, animal encontrado morto →morte rápida/ morte súbita atonia ruminal e timpanismo leve a moderado salivação corrimento ocular tremores cólica decúbito esternal → lateral e morte ( morte em horas a dias ) tratamento e prevenção carvão ativado (???? e cal 100g cada adaptação dos animais à planta: - esfregar na boca e nariz, gera queimação e animal aprende - queimar em galpão fechado com o animal, vai experimentar queimação em olhos e ardência e associá-la ao cheiro. Queimar cloreto de lítio também é uma opção, odor semelhante. lesão macroscópica hiperemia da mucosa ( submucosa ) dos pré estômagos, em especial rúmen e retículo, raramente chega ao abomaso. - visualizada após raspagem das papilas. - diferenciar de hipóstase cadavérica lesão microscópica Mucosa ruminal: necrose, in�amação neutrofílica e degeneração hidrópica. Desprendimento da mucosa visualizado na lâmina. Mas maioria dos casos morre antes de formar lesão microscópica. ( demora horas para causar lesão micro) diferenciais Baccharis spp. → demais espécies são diferenciais Acidose lática → mesmas lesões micro, diferenciada encontrando a fonte. Em geral quadros de acidose se encontra muito volume de conteúdo (carboidrato/milho) no rúmen, de coloração amarelo palha a acinzentado + cheiro de ácido + pH baixo Uréia → pH básico 8+, edema na submucosa ( raro na baccharis), sem lesão microscópica. Se encontra a fonte da ureia e cheiro urêmico. Nitrato → sem alteração de cheiro e sem lesão microscópica, também pode causar edema na submucosa. Baccharis megapotamica vulgo alecrim ou mio-mio do banhado. Muito parecida com a coridifolia mas em banhados, áreas alagadiças. epidemiologia ● animal nunca entrou em um banhado, entra no banhado e come a única coisa verde que encontra ● local alagado em período de secas, animais têm acesso e ingerem. diferencial: diferente do mio-mio, pode causar lesões nos linfonodos dos pré estômagos e mesentéricos e hepatócitos (necrose hepática); diferenciação por epidemiologia.. B. triplinervium espécie morfologicamente mais diferente dos outros baccharis, pouco importante, dose tóxica mais alta, ou seja é menos tóxica. → folhas maiores e trinervadas, por isso o nome. Eupatorium tremulum vulgo vassoura do banhado. Possui as mesmas características epidemiológicas, clínicas e patológicas que as plantas da espécie Baccharis, no entanto sua dose tóxica é bem maior, 30g/kg para provocar intoxicação num bovino. Não se sabe mas suspeita que o princípio ativo também são tricotecenos macrocíclicos Diferenciação: dados epidemiológicos, é uma planta associada a locais úmidos e a presença da planta no local. Importante!!! Para diferenciar essas plantas de ação direta de acidose: Acidose lática subclínica e crônica → espuma nas fezes e no conteúdo intestinal devido a fermentação → pode levar a timpanismo espumoso → pode levar a úlceras no rúmen e consequentemente septicemia, entrada de fusarium necrophorum, trueperella → abscesso necrose hepática Sisyrinchium platense vulgo alho-macho ou alho-bravo. Causa intoxicação em bovinos e ovinos na região sul do RS. Pouco importante, a dose tóxica é de 25g/kg e é bastante semelhante a baccharis quanto a epidemiologia, e clínica, exceto a baixa mortalidade. clínica sialorréia corrimento nasal e ocular diminuição ou ausência dos movimentos ruminais / atonia cólica diarréia diferenciação: animais costumam apresentar clínica e a maioria se recupera palavras chave: baixa mortalidade, apresentam clínica e recuperação Melia azedarach vulgo cinamomo. É uma árvore ornamental e os animais se intoxicam com seus frutos maduros, folhas e galhos caídos. Provoca quadro de intoxicação em ruminantes e suínos, sendo mais importante para suínos. No RS a intoxicação nos suínos é bastante observada. clínica dois quadros clínicos, com sinais digestivos ou nervosos. Aparece em 2-4 horas no suíno e mata em 24h náuseas vômitos apatia anorexia atonia e dor fezes com sangue decorrente de insu�ciência hepática ( diarreia hemorrágica) incoordenação, excitação ou depressão, decúbito, dispneia e arritmia/bradi/taqui nervoso→ encefalopatia hepática lesões macroscópicas necrose hepática, fígado amarelo, congestão gastrintestinal ( ++ i.d.) e hepática palavras chave: árvore ornamental, suínos, sinais digestivos ou neurológicos, diarreia hemorrágica, acomete fígado e tgi Phytolacca decandra vulgo caruru. Planta tóxica para todos os domésticos, sendo os ovinos mais acometidos. Tem pouca importância devido a baixa ocorrência, ocorrem casos esporádicos. O curso clínico é de atonia ruminal associada a sinais neurológicos. Princípio tóxico → ácido oxálico, �tolatina e �tolacotoxina clínica início em 3h após ingestão → apatia e sinais digestivos e evolui para nervoso ( encefalopatia hepática cólica, diarreia, hipotermia, insu�ciência respiratória, convulsão, decúbito, inclinar cabeça em direção a �anco lesões macroscópicas em ruminantes há avermelhamento da mucosa do rúmen retículo e intestino lesões microscópicas necrose rúmen reticulo, rins e mucosa ruminal palavras chave: caruru, mais em ovinos, atonia ruminal com sinais nervosos Ricinus communis vulgo Mamona. Planta arbustiva que ocorre em todo Brasil, toda a parte da planta é tóxica mas as sementes possuem o princípio tóxico em maior concentração. Relatada de forma natural em bovinos, equinos, ovinos e coelhos. Letal para o ser humano ( 20 sementes matam um adulto). Princípio tóxico →Ricina 2g/kg epidemiologia ● A intoxicação ocorre principalmente por contaminação dos alimentos do animais, seja misturada na ração ou invasora do pasto. ● Fator fome. ● extração de óleo e fornecimento ao bovino como laxante também pode ser uma causa de intoxicação, nem sempre existe uma concentração tóxica de ricina no óleo extraído. clínica absorção da ricina é lenta e os sinais clínicos aparecem após 8 a 24 horas grave distúrbio digestivo diarreia aquosa profusa → �brinosa sanguinolenta desidratação depressão cólicas fraqueza, dispneia decúbito lateral e morte em 2 a 3 dias após início da clpinica **ricinina nas folhas→ sinais neurológicos lesões macroscópicas as mais consistentes são congestão, hemorragia e edema no intestino diferenciais doenças que cursam com gastroenterites Síndrome do Jejuno Hemorrágico → raramente vai ter �brina Salmonelose →muita �brina, proprietário relata diarreia com “pedaços de intestino palavras-chave: mamona, ricina, gastroenterite, diarreia �brinosa hemorrágica, parece síndrome do jejuno hemorrágico Nierembergia hippomanica vulgo mio mio miúdo/ mio-mio bravo. Ocorre associada a pastagens cultivadas no Brasil em especial no RS, mas é mais importante no uruguai. Em bovinos afeta o sistema digestivo mas com baixa mortalidade. O quadro é bastante similar ao mio-mio. Ovinos e equinos predominam sinais nervosos. epidemiologia em geral ocorre acidentalmente devido a contaminação de azevém, trigo, aveia e pastagens mortalidade baixa mais tóxica na �oração em outubro a novembro clínica em cerca de 5 dias pós ingestão diarreia escura apatia sialorreia tremores musculares incoordenação cólica → sinal mais característico → olhar �xo e alterações de postura são indicativos lesões macroscópicas similares ao mio-mio hemorragias gastrointestinais TIMPANISMO AGUDO Timpanismo é o acúmulo anormal de gases no rúmen do animal, com dilatação acentuada do rúmen/ pré estômagos. #timpanismo espumoso retenção de gás em forma de bolhas no líquido ruminal de modo a formar espuma e impossibilitar a eructação na ruminação. Etiologia: associado a alimentação com alto teor proteico, alto teor de água, alta quantidade de cloroplastos na forragem e pouca �bra; em especial em animais não adaptados a esse tipo de alimentação. Leguminosas: batata, beterraba, nabo, demais tubérculos Forrageiras: Trevo!( Trifolium platense e T. repens ), alfafa, Vicas, pastagens de inverno com orvalho �siopatologia Alimentos com as características descritas causam timpanismo espumoso devido a diminuição da salivação, ausência de �bra efetiva no rúmen para promover motilidade, aumento da tensão super�cial do líquido ruminal associado a alta demanda de fermentação. O gás produzido na fermentação, ao invés de seguir o processo �siológico de formar uma única bolha de gás no saco dorsal do rúmen para eructação, forma espuma pois �ca retido em bolhas no líquido ruminal e dilatando o rúmen. A dilatação do rúmen gera problemas circulatórios e desconforto nos animais acometidos. #timpanismo gasoso retenção de gás no saco dorsal do rúmen devido a obstrução total ou parcial das vias de eructação. Etiologia: obstrução física por laranja, frutos, carcinoma escamoso ( intoxicação crônica por samambaia) “não importa quanto gás seja produzido no rúmen, o animal vai eructar.” **O consumo de carboidratos simples como soja e milheto em grandes quantidades e de uma vez pode levar a fermentação excessiva no rúmen por excesso de consumo de milheto ou soja pode gerar timpanismo gasoso e di�cultar o esvaziamento devido a dilatação. No entanto, nesses casos o que mata o animal é o quadro de acidose ou alcalose metabólica. clínica dilatação visível do rúmen associada a demonstração de dor e vocalização gasoso→ dilatação dorsal espumoso→ dilatação ventral lesões macroscópicas importantes para diferenciar do timpanismo cadavérico, quando não há alterações circulatórias edema de membros Linha timpânica → divisão entre esôfago cervical congesto e esôfago torácico pálido cavidade torácica e abdominal pálidas congestão nos membros e cabeça tratamento Acidose ruminal (milho) → tratar com bicarbonato Alcalose ruminal (soja/ureia)→ tratar com vinagre Timpanismo espumoso→ óleo vegetal Enterolobium contortisiliquum vulgo orelha-de-negro. Árvore bem distribuída no Brasil. Há casos espontâneos no RS e MG associados a discretos sinais clínicos digestivos, fotossensibilização hepatógena e aborto. clínica hiporexia prostração perda de peso decúbito esternal icterícia edema subcutâneo, espessamento da pele,rugosidade e exsudação. Lesões evoluem para desprendimento da epiderme, erosões e úlceras com lesões será sanguinolentas dermatite ulcerativa lesões macroscópicas hepatomegalia, fígado amarelado Stryphnodendron obovatum presente na região Centro Oeste. Planta de dose tóxica alta 60-80g/kg. Curso clínico digestivo, fotossensibilização hepática e aborto. Pouca importância. clínica: emagrecimento, fotossensibilização leve a branda, sem icterícia, irritação na parede intestinal a severa gastrenterite Erosões e úlceras na boca!! 5. PLANTAS QUE CAUSAM MIOSITES Miosites → tóxicas: gossipol / senna / ionóforo x nutricionais: de�ciência de Vit E e Selênio Senna occidentalis vulgo Fedegoso; leguminosa encontrada em pastagens, beira de estrada ou invasora de lavouras, causa miopatia e cardiomiopatia degenerativa em bovinos, ovinos, suínos e equinos. Possui baia virada para cima e �ores amarelas. epidemiologia ocorre em bovinos devido a contaminação dos grãos no momento da colheita; contaminação no próprio pasto ou na ração. Ocorre principalmente no �nal do outono e começo do inverno em forma de surtos. clínica fraqueza muscular tremores cambalear e deambulação decúbito e morte SEM alteração de consciência, animal morre por inanição, não consegue alcançar comida. lesões macroscópicas causa necrose das �bras musculares. = Doença do músculo branco. → avaliar semimembranoso e semitendinoso principalmente. Necrose do músculo branco deve ser evidenciada como porão branca no músculo de coloração normal, importante haver a comparação entre �bras do mesmo musculo Literatura diz que há mioglobinúria macroscopicamente mas é raro diferenciais → demais causas de necrose muscular Hipocalcemia “doença da vaca caída” Ionóforos → comum quando fornecem ração de uma espécie para outra suíno pra bov ave pra cavalo ( antibiótico). No bovino é mais acentuado a lesão cardiaca. Vit E e Selênio → mais em garrotes na fase de crescimento Botulismo → paralisia �ácida, cola frouxa, teste da língua Rabdomiólise / Síndrome da captura diferenciar de lesão por aplicação de medicamento Síndrome do estresse suíno Senna obtusifolia vulgo mata pasto. Invade milheto da mesma forma que a outra Senna, a única diferença é a Baia da planta virada para baixo. 6. PLANTASNEFROTÓXICAS Thiloa glaucocarpa planta presente na caatinga na região do NE, provoca um quadro de insuficiência renal crônica. TANINOS epidemiologia ocorre na forma de surtos no início de estações chuvosas devido ao seu desenvolvimento mais rápido que as demais clínica só adoecem dias depois caracterizada por edema subcutâneo → mp. barbelas edema de cavidades→ hidrotórax, hidroperitônio anorexia e emagrecimento hálito urêmico prostração atonia ruminal lesão macroscópica Nefrose → rins grandes e pálidos com petéquias e linhas na cortical vistas ao corte → muito indicativo de nefrose tóxica Degeneração e necrose tubular edema na cavidade e subcutâneo Úlceras gástricas e estomatites ulcerativas, eventualmente esofagite Amaranthus spp. vulgo caruru. Planta de princípio tóxico desconhecido e de dose tóxica bastante alta 400g/kg. Raro. Provoca nefrose tubular. epidemiologia Em geral ocorre em piquetes abandonados, em qua a planta invadiu a lavoura não colhida ou colhida parcialmente, com carência de forragem. clínica só adoecem dias depois caracterizada por edema subcutâneo → mp. barbelas edema de cavidades→ hidrotórax, hidroperitônio anorexia e emagrecimento hálito urêmico prostração atonia ruminal lesão macroscópica Nefrose→ rins grandes e pálidos com petéquias e linhas na cortical vistas ao corte → muito indicativo de nefrose tóxica Degeneração e necrose tubular Lesão perirenal e edema Ulceras gástricas e estomatites ulcerativas, eventualmente esofagite Particularidade: pode gerar um aumento da concentração de Nitrato e nitrito e produzir metahemoglobina → sangue cor chocolate. Fora isso é muito similar a thiloa. 7. PLANTASNEUROTÓXICAS Importante: “ sinal clínico nervoso nem sempre é raiva e nem sempre é origem de nervosa” Encefalopatia hepática → lesão nervosa por hiperamonemia, que ocorre secundariamente a lesão hepática por falha na metabolização da amônia. Proteína dietética é metabolizada a compostos nitrogenados e formam amônia e uréia em condições normais; falha no fígado gera aumento da concentração de amônia. Pode ocorrer por hepatotóxicas crônicas ( Senecio spp. ) ou insu�ciência hepática aguda ( Cestrum spp. ) Equinos → particularidade, podem ter hiperamonemia secundária a problemas no ceco e produção de amônia pela própria microbiota quando ocorre parada do trânsito gastrointestinal. Ipomoea carnea subsp. fistulosa vulgo canudo, algodão bravo, capa-bode. Importante no Nordeste especialmente devido às secas, pois é uma das únicas plantas que se conservam no período de estiagem. Acomete mais caprinos e ovinos pois são as espécies mais criadas no nordeste. Nos demais estados são utilizadas como ornamentais ou cerca viva e podem invadir a pastagem, habita córregos e baixadas, lagos, rios.. epidemiologia Pode acometer qualquer ruminante. Ingestão acontece devido a FOME, só ingerem nas épocas de escassez pois se mantém verde o ano todo. Alguns podem adquirir vício que é na verdade a perda de seletividade devido a lesão nervosa. Princípio ativo: Swainsonina → inibe as manosidases das células perenes ( neurônios e cardíacas ) e as manoses ( açucares ) continuam adentrando a célula sem que sejam degradados, gerando acúmulo e degeneração neuronal. = Doença do acúmulo lisossomal → Neurônios de Purkinje no cerebelo são os primeiros afetados = incoordenação “princípio ativo que impede metabolização de substratos que contém açucares” dose tóxica → 25% do volume da dieta total clínica emaciação depressão e letargia desequilíbrio dismetria ataxia/incoordenação→ hipermetria ( desordens comportamentaise na coordenação ) quadro bastante crônico e progressivo diagnóstico Teste Head Raising→ positivo Test Stand Up→ não levanta - decúbito lateral por meia hora e incentiva a levantar, não consegue. lesões microscópicas vacuolização dos neurônios, necrose e desaparecimento dos neurônios. Ipomoea riedelii vulgo Ancião. Paraíba, morte de caprinos principalmente, por intoxicação espontânea. Encontrada mais nas épocas de chuva, independente de carência de forragem. Mesma clínica. diferenciais Ipomoeas→ diferencial epidemiológicos Outras plantas que causam doença do acúmulo lisossomal Doenças de acúmulo de lipofuscina ( pigmento ) Sida carpinifolia vulgo guanxuma, mata-pasto, vassourinha, malva. Distribuição todo país. Intoxicação em animais no RS. Erva daninha na agricultura mas pouca importância tóxica. Dose tóxica MUITO ALTA → 200 a 400g/kg por isso raro. Acontece só se o pasto é muito ruim e só tem essa planta para o animal comer. epidemiologia gosta de locais úmidos e sombreados Ruminantes e equinos. Predominância da planta no pasto. Podem criar vício. clínica emaciação depressão e letargia desequilíbrio dismetria ataxia/incoordenação→ hipermetria ( desordens comportamentais e na coordenação ) princípio ativo → swainsonina ( igual ipomoeas diferenciais Ipomoeas→ diferencial epidemiológicos Outras plantas que causam doença do acúmulo lisossomal Doenças de acúmulo de lipofuscina ( pigmento ) Solanum fastigiatum var. fastigiatum e Solanum paniculatum S. fastigiatum→ presentem em SC, SUL e NE vulgo Jurubeba, invade pastagens ou terrenos abandonados. Paniculatum ocorre em todo brasil Provoca uma neuro lipidose, não se sabe o princípio ativo mas possível que inibidores enzimáticos ou substâncias que causem formação de complexos lipídicos resistentes a metabolização. Curso crônico e cumulativa FATOR FOME! → “muito mais fome do que passam na região “ - não tem alternativa, depois criam vício - pouca importância econômica - dose tóxica alta 166- 400 g/kg clínica Crises epileptiformes → alterações de comportamento, tremores, opistótono, convulsões, hipermetria. Depois voltam ao normal Tremores intencionais Decúbito e morte lesões macros não tem, eventualmente atro�a do cerebelo lesões micro vacuolização necrose e desaparecimento das células de purkinje ( igual as outras de acúmulo Formações esferóides axonais diagnóstico e diferenciais crises epileptiformes bem características Teste HRT Halimium brasiliense RS e Uruguai. Acomete ovinos. Agosto a novembro, SAZONAL, pois é mais resistente as secas que gramíneas nativas e é consumida em maiores quantidades→ Escassez/ fome Doses ALTAS +250g/kg Patogenia → causa ceróide -lipofuscinose. Acúmulo mais intenso/ exagerado desses pigmentos nas células, principalmente do SNC. Esses pigmentos são restos de substâncias aproveitadas pela célula. Acredita-se que o princípio tóxico bloqueia o funcionamento do lisossomo, não formando o fagolisossomo e gerando acúmulo dos pigmentos. Gera crises epileptiformes, acomete encéfalo++. Fotossensibilização é explicada pela deposição desses pigmentos auto �uorescentes na pele. clínica crises epileptiformes → alterações de comportamento, tremores, opistótono, convulsões, hipermetria, nistagmo, pedalagem Depois voltam ao normal Lesões cutâneas→ orelha face lesão micro vacuolização dos neurônios do cérebro pigmento granular marrom amarelado nos astrócitos e macrófagos → acúmulo de ceróide lipofucsina nos tecidos, hepatócitos também. !!Lipofuscina é o pigmento do envelhecimento e acumula nas células perenes ao envelhecimento Ipomoea asarifolia vulgo Salsa ou batatarana. Importante na PB e AM, importante no semiárido paraibano. Distrbuidas nas margens de rios e lagoas, praias, terrenos abandonados e margens de estradas. bovinos, búfalos, caprinos. Cordeiros ++ Dose 10g a 20g /kg, intoxicação ocorre devido a fome, pois se mantém o ano todo Estiagem = inverno e frio, praticamente só a Salsa disponível. clínica Síndrome tremorgênica em bovinos → balanço cabeça, tremor muscular, desequilíbrio e queda. Tremor intencional Apetite mantido mas não conseguem alcançar alimento. A maioria morre depois de apresentar clínica mesmo se retirados do pasto lesões micro vacuolização na camada granular do cerebelo - células purkinje Princípio → não se sabe, não acredita-se que seja swainsonina e doença de acúmulo pois baixas doses foram encontradas. Phalaris angusta vulgo Aveia-louca, encontrada no OESTE do SUL. Tóxica para ovinos e bovinos. Surtos em SC em bovinos. Importante no sul, não importante pro Brasil. epidemiologia ocorre mais com contaminação de sementes no alho ou azevém ( leguminosas. 50% Phalaris no pasto Em consórcios normais não há problemas mas se tornam tóxicas com fatores, estiagem, fatores de crescimento da planta, nitrogênio, sombreamento.. 2 formas de doença: → Síndrome tremorgênica → mais importante e visível → FIbrilação atrial → dose mais alta, �brilação e morte súbita sem lesões macro ou micro “ lesão puramente química “ quadro nervoso apresenta lesões macro → Pigmentação azul esverdeada no tálamo e mesencéfalo Lesões micro → pigmento marrom amarelo granular acumulado nas áreas com lesão macro, no interior dos lisossomos e citoplasma. princípio ativo → alcalóides triptamínicos ( similar a serotonina ) e carbolinas ( lesão cardíaca clínica nervosa tremores generalizados Tremor intencional ataques epileptiformes olhar �xo hipermetria ataxia convulsões - retirada da pastagem pode recuperar animal lentamente diferenciais tremorgênicas e síndromes epileptiformes → Solanum fastigiatum; Halimium brasiliensis, Ipomoea Diferencial epidemiológico Erythroxylum deciduum vulgo Cocãokkkkkkk. Árvore do Piauí a RS e MT. Relatados como causa de intoxicação em ovinos em RS e SC. Ovinos. Pouco importante condições frutos maduros caídos, após poda ou durante brotação. clínica alteração de consciência→ sonolência e depressão Hipermetria, ataxia e incoordenação quedas hiperexcitabilidade posição de cavalete sialorreia ( alteração de consciência e hipermetria) ***solanum fastigiatum→mais HIPOmetria achados macro frutos e sementes no rúmen e abomaso sem lesão micro diferenciais diagnóstico → frutos e sementes no rúmen, no pasto diferenciais com micotoxinas e plantas tremorgênicas Hovenia dulcis vulgo uva-do-japão. Originária do japão e china, plantada para sombreamento em Santa Catarina e disseminou em toda a região. Muito difundida no SUL do Brasil.Intoxicação relatada em caprinos de forma natural e experimental em bovinos. epidemiologia ocorre em surtos após fruti�cação e derrubada de árvores próxima a piquete perda de folhas no inverno e ingestão avida destas, extremamente palatável 3 cursos clínicos descritos, não se sabe ao certo →Neurotoxicidade: malacia, necrose neuronal → Hepatotoxicidade: com lesão, necrose hepática aguda → Acidose ruminal: suspeita do Ricardo!! Bovinos necropsiados apresentavam quadro de acidose ruminal, com muitos frutos e no rúmen. Acidose secundária ao alto teor de açúcares e carboidratos no fruto, não achou lesão encefálica e suspeita que há lesão hepática. clínica apatia sialorréia anorexia ataxia hipermetria pressão de cabeça diagnóstico e diferenciais achar planta, achar sementes acidose ruminal, necrose hepatócitos e necrose neuronal PEM “ Nunca dá certo exportar plantas sem a micro�ora” Acidose metabólica → taquipneia e respiração profunda→ tratar com bicarbonato IV Alcalose metabólica → respiração devagar e superficial→ tratar com ácido diluido Ricinus communis vulgo Mamona. Ingestão de folhas e pericarpo, não frutos. Princípio ativo é a ricinina que apresenta efeito neurotóxico, diferente das sementes com Ricina, irritante para mucosas do TGI. Ocorre ocasionalmente em bovinos e ovinos no NE. epidemiologia ocorre principalmente em animais que invadem plantação de mamona ( para extração de óleo facilitada pelo fator FOME ou invasão de pastagem dose letal 20g/kg folha em curto período, não cumulativo, pode induzir leve tolerância clínica evolução agudase sobrevive, recupera em no max 13 horas evolução de 4 a 16 horas em nos casos fatais andar desequilibrado, tremores, timpanismo, sialorreia, bruxismo, recupera ou morre rápido. lesão de necrópsia não tem micro: leve a acentuada vacuolização do parênquima hepático diferenciais doenças nervosas agudas + fome + presença da planta Cianogênicas e ureia→morte súbita MICOTOXICOSES Claviceps paspali Fungo parasita do capim-melador e grama da forquilha ( Paspalum dilatatum e P. notatum ) RS e SC, mais importante em bovinos mas pode ocorrer em bubalinos equinos e ovinos. Vários casos no SUL!!! Fungo produz micotoxina tremorgênica - Tremortin A, que na dose de 1g/kg/ dia causa clínica neurológica Ocorre mais no inverno pois o volume de pasto diminui e o fungo se concentra no pasto que sobra, em proporções maiores. clínica evolução subaguda, podem se recuperar quando retirados da pastagem tremores e tremor intencional ataxia, hipermetria, andar rígido hiperexcitabilidade, queda diagnóstico Teste HR negativo diferenciais: tremorgênicas e outras micotoxicoses Cynodon dactylon + claviceps spp. Toxinas de Penicillium → produzidas no solo e absorvidas por Lolium perenne ( Azevém ) Stenocarpella maydis Cause neuro micotoxicose em ruminantes que pastam no milho contaminado → Dipilidiose. NO Brasil, um surto em RS. Ocorre durante Inverno. clínica: tremores ocasionais, salivação, paresia/lisia, cavalete, andar rígido, hipermetria Aspergillus clavatus causa síndrome tremorgênica. Alta importância no RS, fungo saprofítico cosmopolita de cereais e subprodutos. Resíduos de cervejaria e alimentos mofados. RS. Associados a alta umidade clínica: paralisia facial, tremor intencional, fraqueza, incoordenação, paralisia �ácida. Clínica mais evidente na locomoção. Decúbito permanente e alerta Lesões: áreas pálidas no músculo esquelético ( necrose ) dos membros, edema gelatinoso entre as fáscias histopato: necrose e degeneração neuronal dif: tremorgênicas, botulismo, raiva, leucose na medula, envenenamento crotálico, músculo branco? NITRATO E NITRITO Doença bastante comum e importante no SUL e no mundo. Acúmulo de nitrato e compostos nitrogenados na planta, que no geral ocorre pela adubação com excesso de nitrogênio e nitrato, água de salmoura e óleo de máquina. Adubação com dejeto suíno +++ 70%. O nitrito é naturalmente parte do metabolismo da amônia nos ruminantes mas excesso de nitrito gera uma supersaturação dessa conversão e a absorção dele leva a um quadro tóxico. Doença multifatorial → flora do animal pode se habituar e se tornar tolerante - dieta com pouco Carb e �ora de�ciente → conversão de�ciente → clima e fatores do ambiente: estiagem seguida de chuva, excesso de sombra, sol, calor, frio.. - semanas de chuva e pouco sol = reduz crescimento - frente fria com sol, planta estira e precisa absorver mais nutrientes (nitrato → estressantes químicos para a planta → uso de 2,4D → distribuição irregular do adubo, baixadas mais úmida QUALQUER pastagem pode acumular nitrito e nitrato, sendo acumuladores ocasionais ou naturais - nabo Brassica rapa - trigo Tritum - aveia Avena - caruru - Amaranthus - milho clínica associada a formação de metahemoglobina→ reação do nitrito com o grupo heme da hb = inviabiliza as hemácias e transporte de gases = hipóxia tecidual → animal pastando por horas em pastagens com muito nitrato, rúmen começa a se converter em nitrito, que reage com hemoglobina e inutiliza as hemácias→ curso agudo de hipóxia e anóxia. dispneia progressiva cianose taquicardia→ bradicardia anorexia apatia tremores quedas e convulsões aborto → controverso pois difícil controlar experimentação, ricardo acha que sim, em doses tóxicas para feto e não para gestante. achados macro: na necropsia o sangue cor de chocolate (metahemoglobina) é a única alteração encontrada, sangue não coagula, provoca hemorragia na forma de petéquias e sufusões, traqueia e coração ( mas isso não quer dizer muita coisa, o importante é a cor do sangue → em 4 horas essa cor já não é mais visualizada diagnóstico: epidemiológico + cor do sangue tratamento possível realizá-lo quando precoce → azul de metileno 4% (4 a 8mg/kg ou 1 a 2 g por vaca ) IV pastagem → “ uma vez com nitrato sempre com nitrato” NITRATO Intoxicação por nitrato NÃO é comum e é diferente de nitrato→ nitrito Ocorre quando o animal ingere água contaminada com nitrato, por excesso de nitrato de cálcio na adubação, ou acúmulo de dejetos. Não é ingestão do pasto, e sim beber altas concentrações de nitrato de uma vez. “ forma uma poça de dejetos com 10% água e o animal bebe numa paulada só pq tá com sede” Ação cáustica, lesão direta na mucosa, similar a ureia. Morte por lesão no rúmen, curso agudo mais pra superagudo. Corrosão. Lesão macro cheiro de nitrato hemorragia e edema na serosa ruminal + mucosa com vermelhidão brutal Hemorragia devido a corrosão dif Cálcio ? Ureia HCN→ testa líquido ruminal TESTE DO AZUL DE DIFENILAMINA Seiva + difenilamina = azul intenso e rápido indica altas concentrações de nitrato +1%MS → hcn faz esse teste no líquido ruminal 8. PLANTAS COMOXALATOS O oxalato pode acumular devido a adubação das pastagens. Plantas com oxalatos provocam intoxicação pois quando ingeridas, se ligam ao cálcio diet´tico causando umHipocalcemia; a hipocalcemia leva a uma estimulação da liberação de PTH que promove reabsorção de cálcio dos ossos clínica: o animal apresenta andar rígido, claudica, vaca caída. diferencial de “febre vitular/ do leite - doença da cara inchada em equinos! ( Osteodistro�a �brosa ) Os oxalatos formam cristais e causam lesão dos túbulos renais = Nefrose tubular tóxica - hálito urêmico - atonia ruminal - congestão de mucosas - em geral não morrem achados macro rins pálidos, com petéquias e estriação no córtex ao corte. cristais de oxalatos nos túbulos renais na microscopia tratamento gluconato de Ca IV prevenção: introduzir gradualmente na dieta do bovino, se habitua a digerir o oxalato Amaranthus spp Caruru→ nas nefrotóxicas. Nefrose tóxica e pode levar a acumulo de nitrito e formação de metahemoglobina Brachiaria humidicola cristais no fígado Setaria spp Panicum spp. Pennisetum purpureum 9. PLANTAQUEAFETAA PELE Ramaria flavo-brunnescens é um cogumelo que provoca doença clínica em bovinos e ovinos. Está presente em SC, RS, MG, uruguai e Argentina. Os primeiros surtos foram diagnosticados como febre aftosa e intoxicação por selênio devido as lesões semelhantes. Encontrado em areas sombreadas e após épocas de chuva ( bosques de eucalipto) epidemiologia doença coincide com o período vegetativo do cogumelo, verão e outono ( fev a jun), após verões com estiagem seguida de muita chuva. animais ingerem avidamente, palatável morbidade e mortalidade muito variável clínica BOCOPA → boca cola e pata. Termo utilizado para descrever a doença animais apresentam emagrecimento ulceração e afrouxamento do estojo córneo dos chifres desprendimento dos cascos queda de pelo atro�a das papilas da língua opacidade de córnea e cegueira andar cambaleante sialorreia erosões ulceras na língua e lesões necróticas nos cascos e chifres relatos no brasil → esofagite necrótica achados macros ulcerações nos bordos de lingua, alisamento da língua hiperemia e ulcerações dos cornetos nasais esofagite �brinonecrótica úlceras abomasais micro interferência no metabolismo de queratinócitos diagnóstico Epidemiológico → clima, timing, bosques de eucalipto, clínica dif: intoxicação crônica por selênio; Febre aftosa e vesiculares.., ergotismo
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