Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 enfpormari Oxigenoterapia É um tratamento em que o objetivo é aumentar a concentração do oxigênio no sangue. Seu intuito é manter os níveis de oxigenação adequado para evitar a hipoxemia (baixa da concentração de oxigênio. Consiste na administração de oxigênio por meio de cateter nasal, cânula nasal, nebulização contínua, inalação, incubadora e capacete de cabeceira. Indicado É indicado para pessoas com insuficiência respiratória. Combater a deficiência de oxigênio; Facilitar a expectoração; Diminuir os processos inflamatórios das vias respiratórias; Provocar broncodilatação; Auxiliar nas manobras cardiorrespiratórias; Quais são os sinais de hipóxia? Taquipneia, respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz), cianose progressiva. Sinais cardíacos: taquicardia, bradicardia, hipotensão e parada cardíaca. Sinais neurológicos: inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma. Também há presença de palidez. Umidificação: Recomendável na oxigenoterapia prolongada, pois o oxigênio seco ou com baixa umidade lesa o epitélio da mucosa respiratória, provoca reação inflamatória e dificulta a eliminação do muco. Além disso, o oxigênio é um gás inflamável. Para evitar risco de explosão, necessário promover a manutenção periódica de aparelhos elétricos que podem produzir faíscas, transportar o torpedo de oxigênio com cuidado e não fumar em locais em que o oxigênio é utilizado nas terapêuticas. Oxigenoterapia por cateter nasal Materiais Bandeja, frasco umidificador, tubo extensor, cateter nasal simples (no 6, 8 ou 10) ou cateter tipo óculos, fluxômetro, solução prescrita, solução fisiológica 0,9% 10 mℓ, fita adesiva hipoalergênica, gaze estéril, luvas de procedimento e etiqueta ou fita adesiva. Preparo •Leia atentamente a prescrição médica e verifique a prescrição de oxigenoterapia por meio de cateter nasal 2 enfpormari •Faça a etiqueta de identificação, contendo as informações da oxigenoterapia (data e hora de instalação do cateter; fluxo de oxigênio, em ℓ/min) e do paciente (nome completo e leito) •Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70% •Reúna o material na bandeja e confira a prescrição médica •Cole a etiqueta de identificação no frasco de umidificador •Leve a prescrição mÉdica e a bandeja com o material para o quarto do paciente e coloque-a na mesa auxiliar previamente limpa. Administração •Higienize as mãos •Confira o nome do paciente (comparando a prescrição médica, a etiqueta de identificação do nebulizador e a pulseira de identificação) •Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo e oriente-o sobre o procedimento a ser realizado •Eleve a cabeceira do leito (entre 30 e 45°) •Higienize as mãos •Calce as luvas de procedimento •Conecte o fluxômetro no ponto de oxigênio correspondente ao leito •Abra o frasco umidificador, coloque a solução prescrita, entre os limites máximo e mínimo indicados no frasco, e feche-o •Conecte o frasco umidificador ao fluxômetro •Conecte o tubo extensor ao frasco umidificador •Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento •Limpe as narinas do paciente com gaze umedecida em solução fisiológica 0,9% •Abra o invólucro do cateter nasal e conecte-o ao tubo extensor •Abra a válvula da fonte de oxigênio e, então, abra o fluxômetro, regulando o fluxo de oxigênio (ℓ/min), conforme a prescrição médica. Verifique se há borbulhamento do líquido no interior do frasco umidificador •Certifique-se de que não há vazamentos de oxigênio pelas conexões •Instale o cateter nasal no paciente: ■ Se cateter nasal simples: •Introduza a ponta do cateter (4 a 5 cm) em uma das narinas •Fixe o cateter no nariz ou na face com fita adesiva hipoalergênica •Se cateter tipo óculos: 3 enfpormari •Introduza os “pinos” do cateter nas narinas •Ajuste o cateter ao redor das orelhas e sob o mento •Pergunte ao paciente se ele se sente confortável e observe-o por alguns minutos •Verifique pressão arterial, pulso, frequência respiratória e saturação de oxigênio •Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade •Recolha o material restante e coloque-o na bandeja •Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja •Higienize as mãos •Cheque o horário da instalação do cateter nasal na respectiva prescrição médica • Encaminhe os resíduos para o expurgo •Descarte os resíduos, com saco branco leitoso, na lixeira para lixo infectante •Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e faça a desinfecção com álcool a 70% •Higienize as mãos •Faça as anotações de enfermagem em impresso próprio, informando o horário de instalação do cateter nasal, o fluxo de oxigênio (ℓ/min), os sinais vitais, a saturação de oxigênio e qualquer intercorrência (reações, queixas etc.). Assine e carimbe as anotações. Assistência •Troca acidental de paciente •Administração de solução nebulizadora e/ou de volume de oxigênio diferentes dos prescritos pelo médico •Atraso ou omissão da administração da oxigenoterapia •Incidentes relacionados a falhas de monitoramento do paciente •Lesão de pele decorrente de fixação inadequada do cateter •Contaminação do paciente por agentes biológicos, em razão de falhas no manuseio do equipamento ou de seu uso além do prazo de validade estabelecido, a partir de sua instalação •Não conformidades relacionadas às anotações: ilegibilidade, omissão, incompletude e falta de clareza Recomendações •O uso de oxigênio deve ser feito sob prescrição médica •A equipe de enfermagem deve observar e anotar os seguintes sinais sobre os pacientes que estão recebendo oxigênio: •Nível de consciência •Frequência e padrão respiratório •Perfusão periférica 4 enfpormari •Saturação de oxigênio •Frequência cardíaca •Pressão arterial •Oriente o paciente quanto à importância da respiração nasal •O fluxo recomendado é de 1 a 6 ℓ/min. O aumento do fluxo poderá causar desconforto e cefaleia •A fixação do cateter nasal simples deve ser trocada diariamente •Deve-se fazer revezamento nas narinas em caso de cateter nasal simples •O cateter de oxigênio é de uso individual e não demanda troca programada, devendo ser mantido protegido em embalagem plástica junto ao leito do paciente; realizar desinfecção com álcool a 70% a cada reuso e descartá-lo na alta do paciente •Caso seja necessário repor solução no frasco, desprezar o líquido e realizar novo preenchimento após a higienização do frasco •O frasco/extensão do umidificador, quando utilizado com água, deve ser trocado a cada 24 h; quando utilizado sem água, deve ser trocado se apresentar sujidade ou, no máximo, a cada 7 dias •Faça a assepsia de ampolas com álcool a 70% •Os equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser utilizados de acordo com a indicação determinada para cada paciente, conforme as diretrizes do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e em conformidade com a Norma Regulamentadora 32 (NR32). Anotações Referências Bibliográficas CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio. Procedimentos de Enfermagem: guia prático. 2 ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2019.
Compartilhar