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APS: Encefalopatia não progressiva da Infância- Paralisia Cerebral. UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP ESCOLA DA SAÚDE CURSO DE BACHAREL EM FISIOTERAPIA GRUPO: Amanda Souza de Araújo Iago Medeiros de Araújo Kaline De Medeiros Batista Olga Tereza da S. Gadelha Medeiros Prof. Esp. Marcielle Aline de Medeiros Brito CAICÓ-RN 2019 1 CASO CLÍNICO Criança A.B.C.D, sexo feminino, nascida em 01/06/2019, com a idade cronológica de 12 meses. Tendo como mãe, F.G.C.D, 39 anos, relata ser essa sua única gestação. Na entrevista a genitora informou ter descoberto a gestação com 5 semanas, em decorrência da ausência da menstruação. De imediato iniciou o acompanhamento pré-natal que durou todo o período gestacional. Esta também relatou que não tinha boas práticas alimentares, não realiza exercícios físicos constantemente, tomava pouca água, nunca fez uso de drogas ilícitas e bebia socialmente. Na 30ª semana de gestação a mesma percebeu que de tempos em tempos sentia vontade de ir ao banheiro e ardência ao urinar. Ao ir ao médico foi diagnosticada com infecção urinária, foi medicada, sentiu alívio dos sintomas, mas agora percebia que constantemente estava soltando um líquido ao qual não conseguia controlar e que o bebê movimentava muito pouco. Retornou a outro médico, que a diagnosticou com oligodrâmnia (redução a do líquido amniótico). Segundo o médico, o nível de líquido amniótico estava muito baixo, o bebê estava em sofrimento e necessitava que o parto fosse induzido o mais breve possível para que a criança não fosse a óbito. Na 34ª semana de gestação, foi realizado o parto prematuro, tipo cesáreo, a mãe informou que o APGAR da criança foi 6. E que o bebê não chorou ao nascer, precisou ser reanimado, cianótico, necessitou de oxigênio e pesou 2,250kg, tendo estatura de 36,5 cm e perímetro cefálico de 26 cm. Após o nascimento ficou internada por 15 dias. A criança foi pouco amamentada, alimentando-se desde então de fórmula industrializada. Esteve internada aos 7 meses devido a pneumonia e engasgos constantes. Não faz uso de medicamentos, não sofre convulsões e não tem nenhuma patologia associada. Em uma consulta de rotina foi encaminhada pelo pediatra a fisioterapia. Durante a avaliação fisioterapêutica calculou-se que sua Idade corrigida era de 42 semanas. Avaliou que: Rolava em bloco e não conseguia retornar para supino; Membros inferiores espásticos com pouca movimentação (Redução da ADM); Movimentava membros superiores com pouca coordenação; Pouco controle de tronco sem apoio, em sedestação e em ortostase, Pé-equino; Tem preferência por postura em supino; Em prono, estende cervical, mas mantém por pouco tempo, Demonstra fadiga fácil ao explorar brinquedos; respiração com esforço; Persistência de reflexos e ausência de reações posturais. 2 Diagnóstico Cinético Funcional Diplegia espástica de MMII; Déficit de força global; Deformidades de MMII; Hipotrofia dos MMII; Alteração na dissociação de tronco, cintura escapular e pélvica; Hiperreflexia Dispneia FATORES QUE AFETAM E FATORES AFETADOS NO DNPM Compromete Diplegia Espástica Leva Déficit de força Deformidades de MMII Leva Hipotrofia de MMII Distúrbios de Marcha Lateralidade Dificuldade na aprendizagem escolar Ritmo Noção de corpo e espaço Déficit de Equilíbrio Coordenação motora fina e grossa Convivência em Grupo e atitudes sociais Metodologia de avaliação: Como ferramenta de avaliação foram utilizados a Gross Motor Function Measure (GMFM-88) ,e a avaliação de reflexos primitivos e posturais. Por meio desses instrumentos, diagnosticou-se alterações significativas nas habilidades funcionais da criança, que consequentemente influenciarão no seu atraso motor. REFLEXOS PRESENTE/AUSENTE RTCA - normal de 0 a 6 meses PRESENTE RTCS - 0 à 2 meses PRESENTE Reflexo Tônico Labiríntico – 0 a 12 meses PRESENTE Galant - até 2 meses PRESENTE Apreensão Palmar – 0 a 5 meses AUSENTE Apreensão Plantar – 0 a 12 meses PRESENTE Busca – 0 a 6 meses AUSENTE Moro – 0 a 6 meses AUSENTE Sucção – 0 a 6 meses AUSENTE Marcha Automática – 0 até 2 meses AUSENTE Fuga a asfixia- 0 meses até 2 anos AUSENTE REAÇÕES POSTURAIS PRE AUS Corporal de Retificação - apartir do 6 meses X Óptica de retificação - a partir do 6 meses X Reação de apoio lateral – apartir do 6º á 8 meses X Playcing - a partir do 2° mês até 2 anos X Paraquedas – a partir do 8° a 12 mês e permanece X Landau - a partir do 4° até 12 meses X TABELA 1- REFLEXOS AVALIADOS TABELA 2- REAÇÕES AVALIADAS 6 Fatores influenciáveis na permanência e ausência dos reflexos. REFLEXOS: GALANT: Persistência desse reflexo interfere na falta de equilíbrio na postura sentada, assim como sugere lesão cerebral. RTCA: A persistência desse reflexo impedirá a criança adquirir funções importantes como, a noção de simetria corporal, coordenação, levar as mãos até a linha média influenciando no acompanhamento visual, no rolar, no engatinhar, assim como pode provocar deformidades esquelética a exemplo a escoliose. RTCS: A persistência deste reflexo pode levar a criança a não engatinhar de modo recíproco, ou manter os pés em dorsiflexão durante o engatinhar, além de interferir com a capacidade de apoiar-se nos membros superiores em prono ,a capacidade de atingir e manter a posição sobre quatro apoios, o engatinhar, o equilíbrio na posição sentada e quando olha para os lados. APREENSÃO PLANTAR: A persistência desse reflexo impedira na aquisição da marcha, pois ele é importante na capacidade de se manter em pé. RTL: A presença desse reflexo será sempre patológica e decisivo no diagnóstico do encefalopatia da infância. Este faz com que a criança não consiga virar o tronco de uma posição para a outra (rolar). E em algumas situações não há possibilidade também da criança sentar-se com equilíbrio já que o quadril não consegue ser fletido. REAÇÕES POSTURAIS: LANDAU: A ausência desse reflexo influencia na capacidade da criança rolar e também demonstra que o bebê não tem controle extensor na flexão da cabeça ,isto porque ele não flete os MMII na alteração da sua posição, quando se flete a sua cabeça com o tronco e os membros inferiores permanecem em extensão. PLAYCING: Demonstra disfunção motora de MMII em lactentes. PARAQUEDAS: Demonstra comprometimento do SNC Reduzir a espasticidade global; Aumentar a amplitude de movimento; Fortalecer musculatura global; Melhorar o equilíbrio; Melhorar a dissociação de tronco e, cinturas escapular e pélvica; Reduzir encurtamentos musculares; Estimular transferências funcionais; CONDUTAS Hidroterapia com água aquecida, por meio das técnicas de halliwick e Bad ragaz para: Melhorar capacidade respiratória; Orientar os familiares a estimular as atividades funcionais de vida diária. Redução de espasticidade global, fortalecimento global, trabalhar a dissociação escapular de tronco e cinturas, além de simular a marcha e melhorar o condicionamento cardiorrespiratória, para prevenir, assim como, otimizar a capacidade respiratória; Método FNP para ganho da amplitude de movimento, e reduzir em encurtamentos musculares; Método Bobath para inibir reflexos primitivos, melhorar o controle de determinadas posturas e, as transferências funcionais além de facilitar a marcha; Atividades psicomotoras que trabalham o equilíbrio, por meio da propriocepção; Dispor de cartilha educativa com atividades lúdicas que trabalhem as atividades funcionais da vida diária. OBJETIVOS Registro da realização das técnicas Foto: Fortalecimento de MMII Vídeo: Estimulação precoce , com atividades psicomotoras na hidroterapia . Vídeo: Dissociação de MMSS Vídeo: Simulação de Marcha Vídeo: Dissociação de Cintura Pélvica Fotos: Equilíbrio e fortalecimento de MMII. por meio da propriocepção Vídeo: Trabalho Respiratório Referências Bibliográficas BRANDÃO, Marina B.; OLIVEIRA, Rachel HS; MANCINI, Marisa C. Functional priorities reported by parents of children with cerebral palsy: contribution to the pediatricrehabilitation process. Brazilian journal of physical therapy, v. 18, n. 6, p. 563-571, 2014. Acesso em:02/06/2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25590449/ DE MELLO SPOSITO, Maria Matilde; RIBERTO, Marcelo. Functionality evaluation of children with spastic cerebral palsy. Acta Fisiátrica, v. 17, n. 2, p. 50-61, 2010. Acesso: 02/06/2020. Disponível em; https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/publisher.gn1.com.br/actafisiatrica.org.br/pdf/en_v17n2a01.pdf INTERFISIO.Atividade reflexa no diagnóstico da encefalopatia crônica infantil não-progressiva. (Sem Local). 2008. Interfisio. Disponível em: https://interfisio.com.br/atividade-reflexa-no-diagnostico-da-encefalopatia-cronica-infantil-nao-progressiva/. Acesso em: 02 jun. 2020. Disponível em:https://interfisio.com.br/atividade-reflexa-no-diagnostico-da-encefalopatia-cronica-infantil-nao-progressiva/ JUNG, Raquel Pereira et al. Relato de caso de uma paciente com 8 meses de idade apresentando atraso do desenvolvimento motor. Acesso em: 02/06/2020. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2005/inic/IC4%20anais/IC4%20-%2041%20ok.pdf MANCINI, Marisa C. et al. Comparação do desempenho de atividades funcionais em crianças com desenvolvimento normal e crianças com paralisia cerebral. Arquivos de Neuro-psiquiatria, v. 60, n. 2B, p. 446-452, 2002. Acesso em:02/06/2020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2002000300020 RUSSELL, Dorothy Charmaine et al. A pilot study on high dosage intervention of children with CP using combined therapy approaches. South African Journal of Occupational Therapy, v. 48, n. 2, p. 26-33, 2018. Acesso em:01/06/2020. Disponível em:http://www.scielo.org.za/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2310-38332018000200005
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