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Embriologia da Face

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Embriologia da Face
É entre a 5ª e 9ª semana de gravidez que ocorre a maioria das alterações importantes na face em desenvolvimento.
Os arcos faríngeos (branquiais), originários do mesoderma, dão à cabeça e ao pescoço a sua aparência típica na 4ª semana de gestação.
As Estruturas Faciais derivam dos Arcos Faríngeos.
Cabeça e face. 
Mesênquima derivado da crista neural (amarelo), o mesoderma da placa lateral (Branco) e do mesoderma paraxial, somitos e somitômeros (rosa).
· Cabeça e Pescoço:
Característica típica do desenvolvimento da cabeça e pescoço e a formação dos arcos branquiais ou faríngeos (4ª e 5ª semana). 
Originam-se: 
1. Mesoderma Para-axial 
2. Lâmina Lateral do Mesoderma 
3. Cristas Neurais 
4. Placódeos Ectodérmicos
· Arcos Faríngeos:
Constituído por: eixo de mesênquima recoberto por ectoderma e endoderma.
Cada arco possui seu componente muscular, nervoso e arterial.
Início do desenvolvimento: no início da 4ª. Semana.
Células da crista neural migram para as futuras regiões da cabeça e do pescoço. 
A musculatura esquelética e endotélios derivam do mesênquima original dos arcos.
Final da 4ª. Semana: 
→ Quatro arcos são visíveis no embrião.
→ 5º. e 6º. arcos são rudimentares e não visíveis. 
→ Fendas (sulcos faríngeos) separam os arcos. 
· Componentes dos arcos faríngeos
Endoderme
Ectoderme
Nervo
Cartilagem
Vaso Aórtico
Cada Arco Faríngeo é revestido por Ectoderma na superfície externa e Endoderma na superfície interna. O “recheio” é mesênquimal, de origem mesodérmica e de cristas neurais. 
Quando o embrião possui quatro semanas e meia, observamos na face: 
-2 processos mandibulares(1º arco) 
-2 processos maxilares (porção dorsal do 1º arco) 
-1 proeminência frontonasal (proliferação do mesênquima ventral às vesículas encefalicas) 
ESTOMODEO (centro da face)
1. 1º. Arco (Arco Mandibular) (V p.n.c.)
Forma duas saliências:
Processo maxilar – dá origem ao maxilar, ao zigomático e à porção escamosa do osso temporal;
Processo mandibular – maior, forma a mandíbula.
Cartilagem:
Porção dorsal da cartilagem do martelo, bigorna e ligamentos lateral do martelo e esfenomandibular.
Porção ventral da cartilagem mandíbula, (se desenvolve em duas metades).
Mesênquima: 
Músculos: da mastigação (temporal, masseter e pterigoideo), tensor do tímpano, tensor do véu palatino, ventre anterior do digástrico e milo-hióideo. 
2. 2º. Arco (Hióide) (VII p.n.c.)
Cartilagem:
Porção dorsal → estribo e processo estilóide. 
Porção média regride → ligamento estilo-hióideo Porção ventral → corno inferior e porção superior do corpo do osso hióide.
Mesênquima:
Músculos: da mímica, ventre posterior do digástrico, estilohióideo, estapédio (musculo do estribo) e auricular.
3. 3º. Arco (Hióide) (IX p.n.c.)
Cartilagem: 
Porção ventral, corno maior e porção inferior do corpo do osso hióide.
Mesênquima:
M. estilofaríngeo.
4. 4º. e 6º. Arcos (X p.n.c.)
Cartilagens:
Desses arcos se fundem cartilagens da laringe (exceto a epiglote). Tireóide, cricóide, aritenóide, corniculada e cuneiforme.
Mesênquima:
Músculos: constritores da faringe, intrínsecos da laringe, elevador do véu palatino, cricotireóideo e da porção superior do esôfago
5º. Arco – REGRIDE
· Nervos Cranianos dos Arcos Faríngeos:
V = Trigeminal;
VII = Facial;
IX = Glossofaríngeo;
X = Vago.
· Nariz
O engrossamento do ectodermo de superfície, chamado de plácodes nasais, se desenvolvem a cada lado da proeminência frontonasal.
4ª SVIU.
Se desenvolvem pontes com aparência de ferraduras ao redor destas plácodes, Chamadas de proeminência nasal e lateral (engrossamento). → Infiltração de Ectomesênquima.
Como resultado disto, as plácodes fazem o piso de depressões conhecidas como fossas nasais.
Pela 5º SVIU, os placodes nasais desenvolvem-se bilateralmente na parte inferior do processo frontonasal, aonde circundam a cavidade oral.
Nas bordas dos placodes, o mesenquima prolifera e produz os processos nasais medial e lateral, transformando os placodes em fossetas nasais.
Pela 6ª SVIU os processos nasais medial e lateral estruturamse de forma semelhante a de ferraduras, com a margem aberta em contato com a cavidade oral.
O ponto de contato dos processos nasal medial e maxillar cobertos por epitélio é chamado de membrana nasal.
5ª. a 8ª. Semana
As proeminências maxilares aumentam de tamanho e crescem em direção medial, deslocando as proeminências nasais mediais até o plano medial.
O sulco entre a proêminencia nasal lateral e a maxilar, desaparece quando estas se mesclam e então...
Esta camada epitelial posicionada verticalmente sobre cada narina separa os processos nasal medial e maxilar; Quando a membrana desaparece, os labios irão se fundir.
Em cada lado, o processo nasal lateral é separado do processo maxilar por um sulco chamado de Sulco Nasolacrimal.
Esse sulco ira eventualmente desaparecer, mas antes disso, o epitelio nele depositado ira se canalizar, e formar o ducto nasolacrimal.
· Formação do Lábio Superior
As proeminências nasais laterais não formam parte do lábio superior, constituem os lados do nariz. Quando as proeminências nasais mediais se mesclam, formam um segmento intermaxilar composto de três partes:
1. Um componente labial que forma o filtro do lábio superior 
2. Um componente maxilar que terá relação com os quatro dentes incisivos 
3. Um componente palatino que se transforma em palato primário
· Epitélio Dentário
Na Maxila → a partir de 04 regiões: 
– 02 laterais maxilares
– 02 anteriores pelos processos nasais mediais
Na Mandíbula → a partir de 02 regiões 
– 01 em cada processo mandibular.
· Desenvolvimento do Palato:
A partir de 3 PRIMÓRDIOS.
Processo palatino mediano (Palato primário) – porção anterior – 8ºSVIU
Processos palatinos laterais (x2) (Palato secundário) – porção posterior, mais extensa – 12ª SVIU
O palato secundário cresce durante a 7ª. Semana.
Crescimento medial e fusão no plano mediano adiante do processo palatino mediano.
Concomitante, o septo nasal cresce caudalmente e funde-se ao palato.
O canal incisivo definitivo marca a separação do crescimento entre os palatos primário e secundário.
Inicialmente os processos crescem em direção a língua → após a sétima semana a língua se recolhe e os processos laterais rumam para o septo nasal, culminando no fechamento do palato juntamente com o processo primário.
Para que a fusão se complete e necessário a fusão e migração do epitélio dos processos, para que sua massa mesenquimal torna-se uma só. Posteriormente as células epiteliais tornam-se fibroblastos (transformação epiteliomesenquimal. → associado a migração da crista neural).
O crescimento do embrião entre a 7 e 9 semanas permite o reposicionamento da cabeça, permitindo que a língua se aloje mais profundamente na boca e permitindo que os lábios, língua e mandíbula cresçam para frente.
• Palato primário do segmento intermaxilar.
• Palato secundário: das evaginações dos processos maxilares: as cristas palatinas (6ª SVIU) que se fundem (7ª SVIU) e formam o palato definitivo (12 SVIU).
· Desenvolvimento da Língua
A língua começa a se desenvolver a partir da 4ª – 20ª SVIU.
A porção oral (2/3 anteriores) desenvolve-se de duas dilatações laterais – As saliências linguais – e uma dilatação mediana - Tubérculo Ímpar – 1º Arco.
Inervação: V PNC
A porção faríngea (raiz da língua, 1/3 posterior) desenvolve-se a partir da Eminência Hipobranquial → Grande saliência mesenquimal formada a partir do 3º arco e recobrindo o segundo (excluindo-o da formação da língua).
A Eminência Hipobranquial é dividida em:
Cópula anterior → origina a lingua 
• Eminência Hipobranquial propriamente dita → Epiglote.
Inervação: IX PNC
A linha de fusão das porções oral e faríngea da língua é vagamente marcada no adulto por uma linha em forma de “V” chamada de sulco Terminal.
No ápice do sulco terminal há o forame Cego.
Os músculos da língua desenvolvem-se dos Somitos Occiptais.
Inervação: XII PNC
· Desenvolvimento da Face
- Ossificação do complexo maxilar:
Cápsula nasal: esqueleto cartilaginoso localizado na porção mediana do processo fronto-nasal.
Mandíbula:
O processo mandibularaparece inicialmente como uma estrutura bilateral parcialmente dividida, mas que em breve se funde na linha média. Este processo origina a mandíbula, a porção inferior da face e o corpo da língua.
- Ossificação da Mandíbula:
Início: na 6ª SVIU → 10 semana mandibula rudimentar
Ossificação intramembranosa → ponto inicial bifurcação do NAI e NM → forma todo o corpo da mandíbula.
O ramo da mandíbula → a partir da língua → ponto aonde o NAI penetra na mandíbula.
A partir da 12 semana → surgem as cartilagens acessorias (secundarias) → auxiliam no crescimento (endocodral) 
→ Condilar (12 SVIU) → remanescentes perduram até 2º anos (mecanismo de crscimento /cartilagem epifisaria) 
→ Coronoide (16 SVIU) → desaparece muito antes do nascimento 
→ Sifisária (12 SVIU) 
→ Reabsorvida até o 1 ano de nascimento.
Cartilagem de Meckel: é reabsorvida, em seu lugar surge a mandíbula. 
- Porção média: origina ligamento esfeno-mandibular; 
- Extremidades posteriores: originam martelo e bigorna; 
- Dois terços anteriores: dão suporte para ossificação intramembranosa da mandíbula. 
– Extremidades anteriores: formação endocondral da sínfise mandibular. 
* Cartilagens secundárias: sinfisária, angular, coronóide e condilar
Maxila - Ossificação Intramenbranosa:
Início: na 6ª SVIU
→ ponto inicial bifurcação do NASA e NOI → se propaga por toda a face.
Cartilagem secundária → Cartilagem zigomática.
ATM:
Início: formação da cartilagem condilar.
Após a formação da cartilagem, o mesequima condesado na região e reduzido) abrindo espaço para fossa temporal) → forma uma tira de mesenquima;
A tira de mesenquima da origem ao disco articular.
· Anomalias na formação da face: período de maior risco

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