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Sistema digestório 1. Introdução As secreções só são formadas em resposta à presença de alimentos no tubo digestivo. Secreções gastrointestinais: - Muco: Lubrifica e protege as paredes do tubo digestivo, favorecendo a deglutição e digestão, da boca ao ânus; - Enzimas digestivas: Decompõem as grandes moléculas, que estão presentes desde a boca até a extremidade distal do íleo; Tipos anatômicos das glândulas: - Glândulas mucosas unicelulares ou com células caliciformes: Secretam muco a partir da irritação local do epitélio, e esse muco protege a parede do TGI contra as ações enzimática. A baixa de produção de muco, pode levar a uma gastrite ou úlceras atingindo a camada muscular. - Glândulas tubulares profundas: Estômago e duodeno superior - Depressões: Invaginações do epitélio da submucosa, presentes no intestino delgado e grosso chamados de criptas de liberkuhn. - Glândulas salivares e pâncreas: Possuem milhões de ácinos revestidos por células glandulares secretoras, e que eles abastecem o sistema de ductos. - Fígado: Bile Mecanismos básicos de estimulação das glândulas do trato alimentar O contato do alimento com o epitélio, leva a estimulação da função secretora dos estímulos nervosos entéricos. A estimulação epitelial local → ativa o sistema nervoso entérico a partir de: 1 . Estimulação tátil; 2 . Irritação química; 3 . Distensão da parede do TGI. Estimulação autônoma da secreção Estimulação parassimpática:→ ⬆ Secreção do trato digestivo glandular Lembrando que o TGI o parassimpático possui função excitatória. Estimulação simpática:→ Em efeito inicial ⬆ a secreção de algumas glândulas, mas causa vasoconstrição das glândulas assim diminuindo a secreção local. Regulação da secreção das glândulas por hormônios No estômago e intestino, regulam o→ volume e as características químicas das secreções; São l→ iberados pela mucosa em resposta a presença de alimento., e são secretados no sangue para chegar nas glândulas. Ex: gastrina, secretina e CCK que induzem a secreção do suco digestivo Muco: Células mucosas do epitélio gastrointestinal É composta por água, eletrólitos e mistura de diversas glicoproteínas e polissacarídeos. Com características de ser aderente, tendo consistência suficiente para revestir o TGI, baixa resistência ao deslizamento, resistente as enzimas, faz com que as partículas fecais se adiram e anfotérico. Com função de lubrificar e proteger a mucosa contra as lesões. 2 . Secreção salivar Relembrando das principais glândulas salivares: - Glândula parótida: Serosa - Glândula submandibular e sublingual: Seromucosa - Glândulas orais: Mucosas Tipos de secreção na secreção salivar: Funções secretoras do Trato Gastrointestinal Sistema digestório - Ptialina: Secreção serosa, que faz a digestão do amido; - Mucina: Secreção mucosa, lubrifica e protege as superfícies. Regulação nervosa da secreção salivar O controle é feito por sinais nervosos parassimpáticos, que se originam nos núcleos salivares superior e inferior localizados no tronco cerebral. Esses núcleos são estimulados a partir de→ estímulos gustativos e táteis da língua e outras áreas na faringe e boca: O estímulo gustativos da língua, principalmente o azedo, estimulam a secreção salivar. Objetos lisos ⬆ a salivação e os ásperos ⬇ salivação. A área do apetite responsável pelo gosto e cheiro do alimento, regula esses efeitos, pois pode gostar ou não do alimento. Reflexos que tem origem no estômago ou no ID, por ocorrer ingestão de substância irritativa ou nauséas. Saliva ajuda a eliminar a irritabilidade,→ diluindo ou neutralizando das substâncias irritativas. Estimulação simpática pode aumentar a salivação, mas de forma pouco evidente. Secreção esofagiana Apenas o muco é secretado pelas glândulas mucosas. Secreções gástricas A parte inicial do estômago tem maior função de armazenamento. Além de células mucosas, com presença de glândulas oxínticas e pilóricas. Glândulas gástricas ou oxínticas Presentes no corpo e fundo do estômago. Formada por 3 tipos de células:→ - Células mucosas do colo: Produzem o muco (proteger o epitélio) + bicarbonato (tampão) - Células pépticas ou principais: Pepsinogênio (digere proteínas) - Células oxínticas ou parietais: Hcl (ativa pepsina e mata bactérias) + fator intrínseco (absorção de vit B12) Secreção e ativação de pepsinogênio → A secreção de pepsinogênio ocorre em resposta a 2 tipos de sinais: 1 . Liberação de ACh (pelo parassimpático) 2 . Estimulação da secreção das células pépticas, estimuladas pelo ácido do estômago Quando secretado, essa substância não tem atividade digestiva, somente na presença do ácido clorídrico que se torna pepsina ativa. Pepsina é ativa em meio ácido, menos pepsinogênio devido a falta de Hcl para estimular a produção e menos pepsina pela falta de pepsinogênio. Secreção do fator intrínseco pelas células→ parietais: São essenciais para a absorção da vitamina B12, no íleo. A falta dessa vitamina pode levar a uma anemia perniciosa. Células ECL → Faz o controle das células parietais. São estimuladas pela gastrina (secretadas pela célula G); - Gastrina: digestão de colágeno presente na carne. As células ECL estão presentes na camada submucosa e secretam histamina, que ativa Sistema digestório receptores H2, para as células parietais produzirem HCL. Regulação da secreção gástrica:→ A regulação neurogênica são reflexos submucosos locais e receptores da mucosa enviam sinais para o bulbo, e através do nervo vago, estimula as secreções gástricas. - ACh que foi liberada pelas terminações parassimpáticas estimula os 3 tipos de células. - Gastrina e histamina estimulam a secreção do HCL. Glândulas pilóricas Na parte mais inferior, próxima ao piloro, com maior função digestiva. Com células essencialmente mucosas que secretam muito muco para proteger do HCL. Secreta muito pouco pepsinogênio, e também secreta gastrina a partir das células. Células mucosas superficiais Secretam muito muco viscoso, espesso e alcalino, para a proteção da musculatura. Fases da digestão 1 Fase – cefálica: A partir do nervo vago, a partir do cheiro e textura de alimento. Sendo antes do alimento entrar no estômago 2 Fase – gástrica: Ao chegar no estômago, o alimento excita os reflexos vasovagais, entéricos locais e o mecanismo da gastrina 3 Fase – intestinal: Alimento na porção superior do ID causa secreções estomacal, mecanismos nervosos e hormonais. Reflexos curtos A presença de alimento ativa neurônio entérico, estimulando as células G a produzirem a gastrina, que age nas células ECL liberando histamina, e ela estimula a liberação do HCL pelas células parietais. Reflexo curto: Nervo vago células G age na ECL ou→ → parietais. Secreções pancreáticas O pâncreas é uma glândula que libera secreções para a parte superior do intestino, sempre na presença do quimo. Enzimas ácinos pancreáticos;→ Bicarbonato de sódio ductos pancreáticos;→ Digestão de carboidratos A amilase pancreática hidrolisa amidos, glicogênio e entre outros carboidratos, menos a celulose. Digestão das proteínas - Tripsinogênio; - Quimiotripsinogênio; - Procarboxipeptidase. Digestão de gorduras - Lipase pancreática: - Colesterol esterase; - Profosfolipase Bicarbonato de sódio Ele reage com ácido clorídrico do estômago com finalidade de neutralizar a acidez, pois as enzimas pancreáticas funcionam apenas em meio alcalino ou neutro. Como ocorre a ativação das enzimas?→ As enzimas inicialmente são secretadas de forma inativa, se tornando ativadas quando entra em contato com o trato intestinal A enteropeptidase da borda em escova ativa a tripsina. O tripsinogênio é ativado por uma enzima enterocinase,que é secretada pela mucosa intestinal quando em contato com o quimo, e pode também ser ativado autocatalíticamente Sistema digestório Proteção pancreática: - Inibidor de tripsina: É secretado pelo pâncreas, que inibe a tripsina como mecanismo de proteção, pois a tripsina é responsável por ativar enzimas. Regulação da secreção pancreática: 1 . Secretina: É liberada pelas células S, da mucosa do duodeno e jejuno, quando alimentos muito ácidos entram no ID. Age no pâncreas estimulando a liberação de bicarbonato. 2 . Colecistocinina: Quando o quimo entra no duodeno, liberada pelas células I, da mucosa do duodeno e jejuno superior, estimulado pela presença de proteases e peptonas, ácidos graxos de cadeia longa. A CCK induz a liberação de enzimas pancreáticas. Secreção hepática Bile: A bile é formado por sais minerais, colesterol, eletrólitos e outros. Possui um papel importante na digestão e absorção de gorduras, pois os ácidos biliares ajudam a emulsificar as gorduras para sofrerem ação das lipases pancreáticas e ajudam na absorção dos produtos finais da digestão de gorduras através da mucosa intestinal. A produção da bile é contínua e fica armazenado na vesícula biliar, o esvaziamento dela se dá junto a CCK com a presença do quimo no duodeno. Secreções do intestino delgado O intestino delgado além de receber secreções pancreáticas, também produz suas próprias secreções. - Carboidratos: Sacarase, malatase e lactase - Proteínas: Peptidases - Gorduras: Lipase As glândulas presentes no ID secretam água e eletrólitos para ajudar na absorção dos produtos finais da digestão. O muco no duodeno é secretado pela glândula de Brunner O muco é rico em bicarbonato, e ocorre em resposta à estímulos táteis da mucosa duodenal, estimulação vagal, hormônios (principalmente secretina). Essa produção do muco pode ser inibida pela estimulação simpática. Sistema digestório Criptas de liberkuhn: As superfície das criptas e das vilosidades são cobertas por células de dois tipos: - Caliciformes secretam muco→ - Enterócitos nas criptas: água e eletrólitos→ nas vilosidades absorvem água, eletrólitos→ e produtos finais da digestão. A secreção é → regulada por reflexos nervosos entéricos locais e estímulos táteis ou irritadores. Secreções do intestino grosso Não desempenha funções digestivas, possui apenas muco para lubrificar a passagem das fezes. O muco possui bicarbonato secretado por células epiteliais. Com presença de criptas de liberkuhn sem vilosidades.
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