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Perguntas: 1. Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no acaso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho. R: No caso apresentado, o Magistrado agiu erroneamente, posto que, cabe a ele incidir o ônus da prova para a parte mais favorecida quanto às provas, para que seja comprovado o pleito no processo. Sendo assim, o Juiz deveria ter invertido o ônus da prova ao reclamado, e não para o reclamante, já que não possuía dos recursos suficientes para comprovar o alegado. A inversão do ônus da prova tem como principal objetivo contribuir com a parte menos favorecida. 2. Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor? R: o protesto foi apresentado de acordo com o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, tendo como finalidade se fazer constar em ata de audiência, considerando que a parte poderá usar como prova em seu Recurso Ordinário. 3. O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes? R: Sim, desde que não cause prejuízo as partes, conforme o artigo 794 da CLT. Diante dessa situação, o advogado deve protestar argumentando com o artigo 795 da CLT, devendo ainda, pleitear que conste em ata de audiência, na qual a fundamentação possa gerar exoneração do interrogatório. 4. Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita. R: Além do art. 289 da CLT estabelecer as causas de imparcialidade testemunhal, devendo não prestar o compromisso, de acordo com o art. 457, §1º do CPC, é ilícito o advogado da parte contraditar o da testemunha atribuindo a incapacidade, impedimento ou suspeição, já que no caso em questão a testemunha da reclamada, além de exercer como diretor comercial, tinha a participação acionária de 40% do capital da empresa. Ainda tratando do mesmo artigo, conforme em seu caput, para ocorrer a contradita, o momento oportuno é até o último instante anterior a coleta do depoimento testemunhal das provas. Caso ocorra de testemunhas ouvidas não serem contraditas, pode ocorrer o entendimento jurisprudencial de que os depoimentos são dotados de credibilidade pautados de confiança. Por exemplo: testemunhas que se mostraram harmônicos e coerentes entre si, merecendo credibilidade até porque não houve contradita ou oportuna Criminal, Apelação Crime Nº 70062224332, Rel. Cristina Pereira . 5. Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas? R: Razões finais remissivas são aquelas em que o advogado remete aos termos da petição inicial ou da defesa, falando ao juiz que reitera tudo que já foi dito durante o processo. Em caso dos advogados optarem por razões finais orais, conforme previsto no art. 850 da CLT, os mesmos deveriam ter cautela em razão do tempo para se manifestar (10 minutos antes de prolatar a sentença). Sendo advogado da reclamada, deverá reiterar os termos da contestação e pedir improcedência da ação. Já o advogado do reclamante, deverá reiterar os termos da inicial e pedir procedência da ação. 6. Agiu corretamente o juiz ao arbitrar os honorários sucumbências no percentual de 20% a ser calculado considerando o valor da causa? R: Diante o art. 791-A da CLT, ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Assim, a aplicação dos honorários arbitrados no percentual de 20% está equivocada, posto que o Juíz utilizou do art. 85 do CPC para fundamentação. 7. Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais os seus efeitos? R: Fora usada Embargos de Declaração, tendo o prazo de 5 dias úteis, conforme previsto no art. 897 - A da CLT. Caso acolhido, logo visaria a modificação da sentença. 8. Qual a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos? R: Com base no art. 895 da CLT, a medida cabível ao autor é apresentar Recurso Ordinário, com o prazo de 8 dias úteis a contar da intimação da decisão. Para esse recurso é necessário o preenchimento dos requisitos subjetivos ou objetivos. Tais pressupostos são: a) extrínseco: preparo; tempestividade e regularidade formal; b) intrínsecos: cabimento, interesse recursal e legitimidade de recorrer. 9. Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 8? Quais as obrigações da parte que avia essa medida em face da decisão denegatória? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida? R: Se o Juíz não permitir as razões finais das partes, terá o impedimento pautado sobre o cerceamento de defesa. Após proferida a sentença, com base no art. 850, caberá Recurso Ordinário, que deverá ser interposto no prazo de 8 dias, podendo as partes conduzir suas razões finais. O recurso deve ser interposto no órgão da Justiça do Trabalho que denegou seguimento ao juízo Tem por objetivo, a nulidade da sentença para que as razões finais possam acontecer e assim a reforma da sentença. 10. Considerando-se que o Tribunal deu provimento a medida judicial que combateu a decisão denegatória da medida principal, bem como provimento parcial a própria medida principal, reconhecendo o direito às horas extras e o direito de Genivaldo receber valores relacionados ao empréstimo sem apresentar tese explícita, o que resta do ponto de vista processual para que Genivaldo possa defender seus interesses com relação a justa causa e a litigância de má fé? Apresente a(s) medida(s), prazo(s), finalidade(s) e pressuposto(s) especifico(s) ao caso concreto. R: Cabe Recurso de Revista, no prazo de 8 dias a contar da publicação da decisão (art. 896 da CLT), pois são decisões proferidas em grau de Recurso Ordinário. Assim, tem por finalidade uniformizar e aperfeiçoar a jurisprudência, para que as ilegalidades de decisões proferidas pelos tribunais do trabalho sejam sanadas. Os pressupostos são extrínsecos a tempestividade, regularidade formal, preparo, depósito recursal e custas processuais. 11. Como o Tribunal reformou a sentença com relação ao empréstimo, qual ou quais a medidas que a empresa pode adotar? Qual ou quais os seus prazos, pressupostos , efeitos, juízo de admissibilidade, julgamento e fundamento jurídico? R: A empresa pode usar como medida o Recurso Ordinário no prazo de 8 dias, diante o art. 896 da CLT, com efeito devolutivo. Sendo o juízo de e tendo como pressupostos, intrínsecos - cabimento, interesse recursal, legitimidade para recorrer, e extrínsecos preparo, tempestividade e regularidade formal.
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