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Atividade 3 LIBRAS

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Atividade 3
A educação de crianças e jovens surdos é uma preocupação que permeia toda a história dessa população. Movida por experiências, tentativas de acerto e insucessos metodológicos, a educação especial tem, paulatinamente, alcançado visibilidade e espaço em meio às ideologias que insistem em normalizar e padronizar o ser humano, sobretudo na modernidade fragmentada por tantos discursos e pouca eficácia na compreensão sobre quem, de fato, é o homem.
Dessa forma, tratar do cenário da educação especial, principalmente no que se refere à questão da pessoa surda, faz-se necessário enquanto projeto de oposição às narrativas que trazem, como arquétipos sociais, mentes, corpos e culturas uniformes. Não a favor de tal interpretação, as questões que envolvem a identidade e a cultura surda reivindicam o reconhecimento de seus artefatos - de modo especial, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), considerada um marco nas políticas públicas - e evidenciam as características específicas da comunidade surda. A língua de sinais ocupa um espaço de destaque no seio dessa comunidade, sendo sinal de orgulho e ideário político. O processo de construção de uma língua passa, necessariamente, pela etapa de estruturação formal, dando-lhe forma escrita, regulando o significado de seus signos e justificando o porquê de seu uso.
No caso da Libras, seria correto afirmar que ela se comporta estruturalmente da mesma forma que as demais línguas? Ou seja, há algo que diferencie a Libras das demais línguas faladas em sua transcrição? Detalhe quais são essas diferenças.
Como ponto de partida, os significados das palavras língua e linguagem são pertinentes para nortear a nossa reflexão. A língua é um sistema de elementos por meio dos quais uma coletividade se comunica, como por exemplo a língua portuguesa, inglesa, língua de sinais, entre outras. Esta é a criação de um grupo social, todos que a empregam precisam necessariamente respeitar as regras a fim de que a comunicação se concretize. Já a linguagem, por sua vez, é tudo aquilo que utilizamos para nos comunicar: cores, sons, formas, números, placas, expressões fisionômicas, entre outros diversos.
As línguas comunicadas através de sons (português, inglês, espanhol, etc.) repetem um padrão lógico e universal e seguem uma ordem de execução. Fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática são os cinco ramos do estudo da linguística que definem a forma como a língua se estrutura.
Enquanto a Língua de sinais, por sua vez, possui uma gramática própria e dispõe-se a partir de cinco parâmetros. Fazem parte do rol de unidades contrastivas desta língua: Configuração de mão, ponto ou local de articulação, movimento, orientação e expressão facial e/ou corporal.
Outra particularidade pertinente a língua de sinais são os classificadores, seu papel é dar ação ao verbo, trazer a esta língua enriquecimento, vida e detalhes à comunicação de quem se apropria da mesma. Na comunicação, os classificadores propiciam uma visão mais detalhadas dos fatos, favorecendo a compreensão do conteúdo. Como por exemplo, na frase, a folha caiu, simplesmente expressar a palavra folha e cair, dificultaria o entendimento do locutor, mediante o fato, é neste momento que os classificadores desempenham sua função, neste caso o locutor deve expressar a palavra folha e em seguida realizar o movimento da folha caindo suavemente, desta forma utilizando o classificador.
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é um símbolo de conquista e muito orgulho para a comunidade surda, este artefato cultural confere ao surdo e aos ouvintes a possibilidade de se comunicarem, o que garante aos surdos, inserção na sociedade, inclusão, sentimento de pertença ao seu país, equidade e avanços em termos de políticas públicas de inclusão.
Com base nas reflexões anteriores, concluímos que apesar dos contrastes com as demais línguas, a língua de sinais é sim considerada como uma língua, uma vez que segue uma particular estrutura gramatical. Esta conquista se deu por intermédio da lei de número 10.436 no dia 24 de Abril de 2002.

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