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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AOS PACIENTES LACTENTES ASMÁTICOS ATENDIDOS NO HOSPITAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AOS PACIENTES LACTENTES ASMÁTICOS 
ATENDIDOS NO HOSPITAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO 
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campina Grande – PB 
2018 
2 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
Bolsista: Hilthon Alves Ramos 
Não bolsista: Moisés Alves Gouveia 
Não bolsista: Tiago Medeiros Teixeira de Gouveia 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AOS PACIENTES LACTENTES ASMÁTICOS 
ATENDIDOS NO HOSPITAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO 
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB 
 
 
 
Projeto apresentado à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e 
Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba- UEPB, 
avaliado e aprovado no processo seletivo do PIBIC/CNPq, 
cota 2018-2019. 
 
 
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde 
SUBÁREA: Farmácia 
 
 
 
 
 
Campina Grande – PB 
2018 
3 
 
 
 
RESUMO 
 
A assistência farmacêutica é uma prática na qual o profissional farmacêutico visa beneficiar 
primariamente o paciente. Quando se trata de pacientes pediátricos, o farmacêutico encontra 
algumas dificuldades devido a peculiaridades características a esse grupo. Na pediatria, a 
principal doença crônica mais comum na infância é asma, visto que tem elevada prevalência 
(20%) e morbidade no Brasil, com grande impacto nos custos sociais e econômicos do Sistema 
Único de Saúde. Com base nesse contexto, o objetivo deste estudo é analisar o papel da 
assistência farmacêutica no acompanhamento evolutivo de pacientes lactentes asmáticos 
atendidos no Hospital da Criança e do Adolescente no município de Campina Grande – PB 
durante os meses maio à julho de 2019. Metodologicamente, a pesquisa parte de um estudo 
transversal exploratório, com 70 pacientes do sub-grupo pediátrico lactentes, portadores de 
asma, mediante análise de prontuários referentes entre maio e julho de 2019. Como resultados 
do referido estudo, espera-se que os pacientes assistidos farmaceuticamente mantenham um 
melhor controle sobre as crises de asma, reduzindo significativamente as hospitalizações e idas 
ao pronto socorro por decorrência da doença. 
 
Palavras-chaves: Assistência farmacêutica, Pacientes pediátricos, Asma. 
 
 
 
 
4 
 
 SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................5 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................7 
3. OBJETIVOS...................................................................................................................11 
4. JUSTIFICATIVA.........................................................................................................12 
5. METODOLOGIA.........................................................................................................13 
6. RESULTADOS ESPERADOS....................................................................................14 
7. CRONOGRAMA..........................................................................................................15 
8. ORÇAMENTO ....................................................................................................... ......16 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................17 
10. APÊNDICE....................................................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A assistência farmacêutica, segundo a definição da Anvisa, é uma prática na qual o 
profissional farmacêutico visa beneficiar primariamente o paciente. Tal atenção é a junção dos 
comportamentos, compromissos, valores éticos, das responsabilidades e das habilidades do 
farmacêutico na realização da farmacoterapia com o intuito de atingir os resultados esperados 
para a saúde e bem estar do paciente. Esta prática pode ser desenvolvida pelo profissional em 
pacientes internados, ambulatoriais, atendidos em farmácia pública e tratados na residência. 
 Segundo Bisson (2007), está comprovado que o trabalho do farmacêutico aumenta a 
adesão aos tratamentos farmacoterapêuticos, diminui custos nos sistemas de saúde ao monitorar 
reações adversas e interações medicamentosas e melhora a qualidade de vida dos pacientes. O 
farmacêutico tem o papel fundamental de estimular o paciente a melhorar seus hábitos diários 
com o fim de auxiliar no processo terapêutico. 
 Quando se trata de pacientes pediátricos, o farmacêutico encontra diversas dificuldades, já 
que é praticamente ausente para quase todos os fármacos o estudo direcionado especificamente 
para crianças. Em tempo pretérito, as doses utilizadas em crianças eram além do necessário, já 
que estas eram baseadas em estudos conduzidos em adultos. Informações escassas levaram a 
desastres terapêuticos, como a morte de vários neonatos decorrentes do uso de cloranfenicol 
por exemplo (STORPIRTIS et al., 2008). 
 Um outro desafio à prática de atenção farmacêutica no âmbito pediátrico é a falta de 
formulações adequadas ao uso infantil dos medicamentos, já que quando a maioria dos 
fármacos são aprovados para adultos, os fabricantes não desenvolvem estudos específicos para 
o uso pediátrico. 
 Segundo Alvim(2009), a principal doença crônica mais comum na infância é asma, visto 
que um grande volume de conhecimento acerca de sua fisiopatologia e avanços no campo 
terapêutico foram produzidos nos últimos anos, tornando necessária a constante atualização do 
profissional de saúde. 
 A asma é um relevante problema de saúde pública e aparece entre as doenças mais 
frequentemente relacionadas com atendimento em emergências e hospitalizações na faixa etária 
pediátrica. É uma doença pulmonar inflamatória crônica, que se caracteriza pela obstrução das 
vias aéreas (ANGNES et al., 2012). 
 Os farmacêuticos são fundamentais para garantir o uso racional e seguro dos 
medicamentos, bem como alertar e prevenir quanto aos equívocos associados à prescrição 
medicamentosa e à dispensação farmacêutica. Dessa forma, esse profissional exerce, com 
6 
 
prudência, consciência e responsabilidade o papel de garantir um tratamento eficaz 
(MAINARDES et al., 2014). 
 Nesse cenário, o estudo em pauta propõe o acompanhamento de pacientes pediátricos 
lactentes, partindo do tempo de vida entre 29 dias à 24 meses, devido a suas respostas 
imunológicas peculiares, atendidos no Hospital da Criança e do Adolescente no município de 
Campina Grande-PB nos meses de maio à julho de 2019. 
 
 
 
7 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Um dos primeiros passos para o desenvolvimento da assistência farmacêutica em nível 
mundial foi a realização da Conferência Mundial sobre Atenção Primária à Saúde em 1978. No evento 
foram destacados pontos importantes em relação à assistência farmacêutica. O abastecimento dos 
medicamentos essenciais foi considerado um dos elementos básicos da atenção primária à saúde. 
Naquele momento, foi recomendado que os governos assegurassem, pelo menor preço possível, a 
disponibilidade de medicamentos essenciais nos diferentes níveis de cuidados primários à saúde, isso 
através de políticas e normas nacionais de importação, produção local, venda e distribuição de 
medicamentos e produtos biológicos. Foi preconizado, também, que fossem adotadas medidasespecíficas para prevenir utilização excessiva e desnecessária de medicamentos e que fossem 
incorporados medicamentos tradicionais de eficácia comprovada, ao mesmo tempo em que fossem 
estabelecidos sistemas eficientes de administração e fornecimento (OMS, 1978). 
Proposto recentemente o termo Atenção Farmacêutica (Atenfar) vem sendo discutido e aceito 
como prática da Assistência Farmacêutica visando estender a atuação do farmacêutico na atenção 
básica, participando não só como dispensador, mas, principalmente e ativamente, na prevenção das 
doenças e na promoção da saúde junto à equipe sanitária (HEPLER; STRAND, 1999 apud PEREIRA; 
FREITAS 2008; OMS, 1994). 
Antes da promulgação da Política Nacional de Medicamentos, os programas/projetos na área 
de Assistência Farmacêutica limitavam-se à aquisição e distribuição de medicamentos. A Política 
confere caráter mais abrangente à Assistência Farmacêutica, explicitando como fundamental, além 
do acesso aos medicamentos, a garantia de sua qualidade, segurança e uso adequado. Diretrizes 
possíveis de serem alcançadas no âmbito hospitalar, por meio de atividades de responsabilidade da 
farmácia hospitalar (TORRES; CASTRO; PEPE, 2007) 
Segundo FURTADO JP (2009), a colaboração profissional requer ou promove relações e 
interações nas quais os profissionais poderão partilhar conhecimentos, especialização e habilidades 
entre si, com o objetivo de proporcionar melhor atenção ao paciente. 
Para REGIS (2008) a formação clínica do profissional farmacêutico torna-se decisiva para o 
futuro da prática de Atenção Farmacêutica, pois ao adquirir os conhecimentos de Farmácia Clínica, 
o farmacêutico estará apto para realizar acompanhamento farmacoterapêutico completo e de 
qualidade, avaliando os resultados clínico laboratoriais dos pacientes e interferindo diretamente na 
8 
 
farmacoterapia. Ele também afirma que é importante ressaltar que além do conhecimento de Farmácia 
Clínica, a Atenção Farmacêutica exige do profissional preocupação com as variáveis qualitativas do 
processo, principalmente aquelas referentes à qualidade de vida e satisfação do usuário. 
Conforme CASTILHO (2016) nesse novo cenário, o farmacêutico parou de ser conhecido 
apenas como um mero vendedor de medicamentos, mas como fator presente na melhora da qualidade 
de vida da sociedade, exigindo do profissional valores éticos, atitudes, comportamentos, 
compromisso, sempre em favor do bem estar do paciente. 
BISSON (2007), está comprovado que o trabalho do farmacêutico aumenta a adesão aos 
tratamentos farmacoterapêuticos, diminui custos nos sistemas de saúde ao monitorar reações adversas 
e interações medicamentosas e melhora a qualidade de vida dos pacientes. O farmacêutico tem o papel 
fundamental de estimular o paciente a melhorar seus hábitos diários com o fim de auxiliar no processo 
terapêutico. 
Quando se trata de pacientes pediátricos, o farmacêutico encontra diversas dificuldades, já que 
é praticamente ausente para quase todos os fármacos o estudo direcionado especificamente para 
crianças. Em tempo pretérito, as doses utilizadas em crianças eram além do necessário, já que estas 
eram baseadas em estudos conduzidos em adultos. Informações escassas levaram a desastres 
terapêuticos, como a morte de vários neonatos decorrentes do uso de cloranfenicol por exemplo 
(STORPIRTIS et al., 2008). 
As alterações fisiológicas que ocorrem com o crescimento e o desenvolvimento normais da 
infância à adolescência resultam em transição dinâmica da disposição dos fármacos no organismo e 
resposta terapêutica. Por tais motivos, a população pediátrica foi subdivida em vários grupos devido 
às diferenças na distribuição, absorção, metabolismo e absorção dos fármacos, pois há uma clara 
diferença na composição corporal e diferentes estágios de desenvolvimento entre neonatos, lactentes, 
crianças, adolescentes e adultos (STORPIRTIS et al., 2008). 
Um outro desafio à prática da assistência farmacêutica no âmbito pediátrico é a falta de 
formulações adequadas ao uso infantil dos medicamentos, já que a maioria dos fármacos são 
aprovados para adultos, dessa forma, os fabricantes não desenvolvem estudos específicos para o uso 
pediátrico. No Brasil, é ainda mais lamentável pois, isso ocorre até mesmo com alguns medicamentos 
aprovados para crianças, usando como uma alternativa a formulações de xaropes, suspensões ou 
soluções orais têm sido desenvolvidas a partir de cápsulas e comprimidos, mesmo que os estudos 
9 
 
comprovando a biodisponibilidade ou bioequivalência sejam bastante raros (STORPIRTIS et al., 
2008). 
Ainda segundo o autor supracitado, grande parte dos farmacêuticos que desempenham a 
atenção farmacêutica em pacientes pediátricos, não tiveram formação específica, adquirindo 
conhecimentos somente com a prática. Os benefícios da implementação do farmacêutico nas 
pediatrias vão além da contribuição para prevenção de erros e redução de gastos com medicamentos, 
sendo indispensável o farmacêutico para contribuições ao conhecimento do uso de medicamentos em 
crianças. 
Segundo ALVIM (2009), a principal doença crônica mais comum na infância é asma, visto 
que um grande volume de conhecimento acerca de sua fisiopatologia e avanços no campo terapêutico 
foram produzidos nos últimos anos, tornando necessária a constante atualização do profissional de 
saúde. Em relação às infecções aéreas das vias superiores (asma, rinite, pneumonia e infecções das 
vias aéreas superiores), conhecidas também pela sigla IVAS, a preocupação atual se refere ao abuso 
de antibióticos a despeito do conhecimento de que a maioria tem etiologia viral, resultando em taxas 
crescentes de resistência bacteriana. A utilização dos fármacos antibióticos ainda é adotada como 
conduta preventiva à infecções bacterianas oportunistas que, frequentemente agravam os quadros das 
IVAS aproveitando a janela da imaturidade imunológica, mais comum nos pacientes neonatos e 
lactentes. 
A asma tem elevada prevalência (20%) e morbidade no Brasil, com grande impacto nos custos 
sociais e econômicos do Sistema Único de Saúde. Entre os custos diretos destacam-se as 
hospitalizações, visitas a serviços de emergência e medicamentos e, entre os indiretos, o absenteísmo 
ao trabalho e/ou escola e a piora da qualidade de vida. As internações hospitalares por asma que foram 
avaliadas na América Latina, com grande parcela dos dados coletados na população brasileira, 
mostraram que 50% das crianças asmáticas já haviam sido hospitalizadas e apenas 6% delas faziam 
tratamento preventivo (ALVIM, 2009). 
Essa deficiência pode ser decorrente de várias causas, tais como falta de acesso dos pacientes 
ao sistema de saúde, falta de diagnóstico da doença, tratamento da forma inadequada ou a não 
utilização da medicação prescrita de forma correta, quer por falta de entendimento, quer por falta de 
aderência, apesar da orientação recebida. A aderência ao tratamento é um dos fatores mais 
importantes que garantem o sucesso do tratamento. Muitos fatores podem influenciar a aderência ao 
tratamento e o controle da asma, tais como o conhecimento da doença, padrões culturais, fatores 
10 
 
socioeconômicos, falta de percepção dos sintomas da asma, eventos adversos e habilidade no uso de 
dispositivos de inalação (PEREIRA; SOLÉ, 2015). 
A má aderência é um problema sério entre pacientes com doenças respiratórias crônicas em 
países periféricos, muitas vezes devido ao acesso limitado aos cuidados de saúde; por isso, além da 
prescrição e da disponibilização adequadas do tratamento farmacológico de acordo com a gravidade 
da doença, a educação sobre o automanejo é um aspecto indispensável de ser abordado. Educar para 
que os pacientes possam saber tudo o que precisam sobre sua doença não é somente direito das 
pessoas, mas também porque a intervenção educativa resulta numa estratégia eficaz de controle da 
asma a médio e longo prazo (PEREIRA; SOLÉ, op. cit.). 
O nívelde controle da asma, a gravidade da doença e os recursos médicos utilizados por 
asmáticos brasileiros são pouco documentados. Em um estudo, mostrou-se que o custo direto da asma 
(utilização de serviços de saúde e medicações) foi o dobro entre pacientes com asma não controlada 
que entre aqueles com asma controlada, sendo a falta de controle da asma o maior componente 
relacionado à utilização dos serviços de saúde. Entretanto, o gasto direto relacionado às medicações 
foi maior entre os portadores de asma controlada, sendo que 82,2% desses utilizavam regularmente 
corticoides inalatórios. O custo da asma aumenta proporcionalmente com a gravidade da doença. O 
custo indireto (número de dias perdidos de escola e trabalho) foi superior no grupo com asma não 
controlada (STRIBLOV et al., 2006). 
Os gastos com asma grave consomem quase 25% da renda familiar dos pacientes da classe 
menos favorecida, sendo que a recomendação da Organização Mundial de Saúde é de que esse 
montante não exceda a 5% da renda familiar. (Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2012). 
 
 
 
11 
 
3. OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
Analisar a atuação da Assistência Farmacêutica no acompanhamento evolutivo de pacientes 
lactentes asmáticos atendidos no Hospital da Criança e do Adolescente da cidade de Campina Grande-
PB. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
∙ Observar os avanços da doença em pacientes que procuram apoio ao tratamento em unidades 
especializadas; 
∙ Comparar o tratamento e recuperação das crianças acometidas pela asma; 
∙ Averiguar o uso incorreto de tratamentos medicamentosos; 
∙ Acompanhar os avanços no tratamento dos pacientes na administração dos medicamentos 
prescritos; 
∙ Analisar o quadro clínico nos pacientes acompanhados pela Assistência Farmacêutica em 
relação ao grupo desassistido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
4. JUSTIFICATIVA 
 
A assistência farmacêutica caracteriza-se como um conjunto de ações relacionadas à 
dispensação de medicamentos, enfatizando a orientação com o objetivo principal. Por meio da 
assistência farmacêutica, o farmacêutico torna-se corresponsável pela qualidade de vida do paciente. 
Sem o farmacêutico, todo o programa de assistência farmacêutica resultaria, inevitavelmente, em má 
qualidade. 
 Quando se trata de pacientes pediátricos, o farmacêutico encontra diversas dificuldades, 
como: a ausência para quase todos os fármacos de uso infantil, o estudo direcionado especificamente 
para crianças, a falta de formulações adequadas ao uso infantil dos medicamentos. A maioria dos 
fármacos são aprovados para adultos, os fabricantes não desenvolvem estudos específicos para o uso 
pediátrico. 
 A principal doença crônica mais comum na infância é asma (Alvim, 2009), visto que a 
mesma é um relevante problema de saúde pública e aparece entre as doenças mais frequentemente 
relacionadas com atendimento em emergências e hospitalizações na faixa etária pediátrica. A 
evolução da asma é variável segundo a idade de início dos sintomas e o fator etiológico implicado. 
Em geral, 30 a 80% das crianças asmáticas iniciam seus sintomas durante os primeiros três anos de 
vida (SOLÉ et al., 1998). 
 A pesquisa irá envolver pacientes pediátricos lactentes, partindo do tempo de vida entre 
29 dias à 24 meses, devido a suas respostas imunológicas peculiares, atendidos no Hospital da Criança 
e do Adolescente no município de Campina Grande-PB nos meses de maio à julho de 2019. 
 Além disso, a pesquisa visa demonstrar resultados positivos em relação a atuação do 
farmacêutico no meio hospitalar, sendo de extrema importância e eficiência para os pacientes. 
 
 
 
13 
 
5. METODOLOGIA 
 
Este estudo será de caráter transversal exploratório, onde serão acompanhados casos de asma 
em pacientes lactentes (com intervalo de vida entre os 29 dias até os 24 meses), atendidos no Hospital 
da Criança e do Adolescente da cidade de Campina Grande/PB, entre os meses de maio à julho de 
2019. 
A pesquisa será realizada em várias etapas. A primeira será uma revisão integrativa de caráter 
exploratório e documental sobre a asma associada aos pacientes lactentes e o papel da Assistência 
Farmacêutica no âmbito hospitalar. 
Na segunda etapa, será aplicado um questionário aos responsáveis das crianças em tratamento 
acompanhadas pelo grupo de pesquisa. Verificados os resultados obtidos a fim de levantarmos uma 
comparação, de natureza qualitativa, se o papel desempenhado do farmacêutico resultou numa 
evolução positiva no prognóstico dos pacientes acometidos por doenças infectocontagiosas do trato 
respiratório. A partir do obtido serão observadas as diferentes vertentes de tratamento adotadas pelo 
médico responsável constatando a recuperação individual do paciente. 
Para revisão integrativa será realizada uma busca pelos bancos de dados utilizando o portal de 
Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – fundação 
do Ministério da Educação (MEC), pois reúne uma biblioteca virtual com produções cientificas 
nacionais e internacionais como Scopus, Medline/Pubmed, ScieLO, Oxford Journals, entre outras. 
 
14 
 
6. RESULTADOS ESPERADOS 
Obter dados significativamente diferentes como à diminuição da morbidade nos pacientes 
acompanhados pela assistência farmacêutica, em comparação aos desassistidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
7. CRONOGRAMA 
 
2018 2019 
ATIVIDADE Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar 
Levantamento 
e seleção das 
fontes 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
Encontros 
com 
orientador 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
 
Elaboração 
dos 
instrumentos 
de pesquisa 
 
X 
 
X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coleta de 
dados 
 
X 
 
x 
 
x 
 
Análise do 
material 
coletado 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
Preparação do 
relatório de 
pesquisa 
 
 
 
X 
 
 
 
 
Redação do 
texto final da 
pesquisa 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
Apresentação X 
 
 
 
 
16 
 
8. ORÇAMENTO 
 
QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO VALOR UNITÁRIO TOTAL 
5 Pranchetas R$ 10,00 R$ 50,00 
2 Caixa de Luvas R$ 30,00 R$ 60,00 
4 Tinta de impressora R$ 60,00 R$ 240,00 
2 Resma de papel A4 R$ 25,00 R$ 50,00 
 TOTAL R$ 400,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVIM, C. G. Saúde da criança e do adolescente: doenças respiratórias. Belo Horizonte: 
Coopmed; Nescon UFMG, p.93, 2009. 
 
ANGNES, M. R.; MACAGNAN, J.B.A.; CAUDURO, J. M; SSILVEIRA, L. Asma: uma revisão 
da literatura. Rev Saude Publ Santa Cat (Florianópolis). 2012;5(3):81-94. Disponível em: 
http://esp.saude.sc.gov.br/sistemas/revista/index.php/inicio/article/viewFile/146/196. 
 
ARAÚJO, A.L.A.; PEREIRA, L.R.L.; UETA, J.M.; FREITAS, O. Perfil da Assistência 
Farmacêutica na Atenção Primária do SUS. Ciência & Saúde Coletiva, v.13, n. p.611-17, 
2008. 
Asma. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v.32, n.7, p.447- 474, 2006. 
BISSON, Marcelo Polacow. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. 2. ed. São Paulo: 
Manole, 2007. 
FURTADO, J. P. Arranjos Institucionais e Gestão da Clínica: princípios da 
Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade. Cad Bras Saúde Mental 2009;1(1):1-11. 
MAINARDES, N. M.; SOUSA, S. F.; XAVIER, M. P. Análise do perfil das prescrições médicas e 
da dispensação farmacêutica em uma farmácia escola do município de Gurupi - TO. Revista 
Amazônia, v.2, n.5, p.19-27, 2014. 
OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS)/United Nations Children’s Fund. Cuidados Primários 
de Saúde Alma- Ata. URSS, 6-12 de setembro de 1978. 
PEREIRA, Leonardo Régis Leira; FREITAS, Osvaldo de. A evolução da Atenção Farmacêutica e a 
perspectiva para o Brasil. Rev. Bras. Cienc. Farm. São Paulo, v. 44, n. 4, p. 601-612, Dec. 2008 
. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151693322008000400006&lng=en&nrm=
iso. Acesso em 17 de outubro de 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-93322008000400006. 
 
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia 
e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012. J Bras Pneumol. 2012;38(Supl 1):S1-S46. Disponível 
em: 
http://www.jornaldepneumologia.com.br/pdf/suple_200_70_38_completo_versao_corrigida_04-09-
12.pdf. 
STORPIRTIS, S et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica: Ciências 
STRIBLOV, R.; BERND, L. A. G.; SOLE, D. IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da 
URRUTIA-PEREIRA, Marilyn; AVILA, Jennifer; SOLE, Dirceu. The Program for the Prevention of 
Childhood Asthma: a specialized care program for children with wheezing or asthma in Brazil. J. 
bras. pneumol., São Paulo , v. 42, n. 1, p. 42-47, Feb. 2016. Disponível 
http://esp.saude.sc.gov.br/sistemas/revista/index.php/inicio/article/viewFile/146/196
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151693322008000400006&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151693322008000400006&lng=en&nrm=iso
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-93322008000400006
http://www.jornaldepneumologia.com.br/pdf/suple_200_70_38_completo_versao_corrigida_04-09-12.pdf
http://www.jornaldepneumologia.com.br/pdf/suple_200_70_38_completo_versao_corrigida_04-09-12.pdf
18 
 
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180637132016000100042&lng=en&
nrm=iso>. Acesso em 17 de Outubro de 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-
37562016000004480. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37562016000004480
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37562016000004480
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 APÊNDICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 QUESTIONÁRIO 
1. Gênero: Masculino ( ) Feminino ( ) 
2. Renda familiar (salários): ..................................................... 
3. Idade de início dos sintomas (meses): 
4. História familiar de asma: Sim ( ) Não ( ) 
5. Atopia familiar: Sim ( ) Não ( ) 
6. Classificação da asma: 1. Controlada ( ); 2. Parcialmente controlada ( ); 3. Não 
controlada ( ). 
7. Rinite: 1. Sim ( ); 2. Não ( ) 
9. Dermatite atópica: 1. Sim ( ); 2. Não ( ) 
9.1. Outros: ............................................................................... 
10. Número de hospitalizações por crise de asma nos últimos .............. 
11. Número de idas ao pronto atendimento por crise de asma .............. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO

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