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Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Sistema cardiovascular Hemostasia Hemo= sangue Stasia= parar Ou seja, hemostasia se trada da coagulação sanguínea Sangue − Compõe 7% do nosso peso total − 55% plasma (líquido) − 45% hematócrito (células) → 1% leucócitos; 44% hemácias * Quando a enfermeira tira o sangue e fica balançando o potinho é para não coagular − Centrifuga faz com que a parte das células fique embaixo e a parte do plasma em cima → Transporte de nutrientes e de O2 e CO2 → Remoção de metabólitos → Conduzir hormônios → Termorregulação → Defesa contra antígeno → Coagulação sanguínea → Distribuição de água e solutos Plasma − 55% do volume sanguíneo − 90% água − Sais minerais, lipídios, proteínas, vitaminas e hormônios − As proteínas plasmáticas fibrinogênios são as mais abundantes − Outras proteínas: albumina e globulina − Albumina: controle da pressão coloidosmótica → Faz com que a água do plasma permaneça nos vasos sanguíneos → Caso a pessoa tenha uma deficiência de albumina a água sairá dos vasos sanguíneos e ficará no meio extracelular, no interstício. Com isso, a pessoa irá ficar inchada (lugares principais: pernas, abdome- ascite) Eritrócitos ou hemácias − Maior número de células no sangue − São bicôncavas pois aumenta a área de contato e flexíveis para que não agrida os vasos − Transportam O2 (hemoglobina principal proteína) − Duram em média 120 dias Leucócitos − Classificados quanto à presença de estruturas granulares ou não (agranulócitos) − Neutrófilos, basófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Plaquetas (trombócito) − São anucleadas, pequenas e com forma de discos − Relacionadas com a coagulação do sangue − Todas as células finais partem de uma célula tronco → As células tronco não se diferenciam em uma célula específica, apenas com um estímulo, por isso são usadas e estudadas para cura de várias doenças − As plaquetas são geradas a partir de megacariócitos, são pequenos fragmentos dele − Formação dos eritrócitos − Regulação: eritropoetina (EPO) → Faz com que a medula óssea produza mais células sanguíneas → Atletas usam EPO para que aumente a produção de eritrócitos que consequentemente irá transportar mais oxigênio aumentando sua energia e performance − Fatores essenciais: ferro, folato e vitamina B12 Hemostasia Coagulação sanguínea definida por um processo ordenado e gradativo para a interrupção do sangramento − Corte − Deslocamento das plaquetas que irão para o local do corte * As plaquetas têm a capacidade de realizar a adesão plaquetária, ou seja, quando elas chegam no ponto da lesão elas vão se aderindo uma a outra, formando um “tampão” − Em nosso plasma há o fibrinogênio que irá se envolver às plaquetas − Porém o fibrinogênio é solúvel e precisa ser insolúvel, então ele terá que ser transformado em fibrina 1. Vasoespasmo 2. Formação de tampão plaquetário 3. Formação de coágulo de fibrina 4. Retração do coágulo (une as bordas do vaso) 5. Dissolução do coágulo (reestabelecer o fluxo) Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO − Depois que os vasos se unem, o tampão vai para corrente sanguínea, mas ele tem que ser destruído para que ele não entupa algum vaso Coagulação Sanguínea → − Via rápida (extrínseca) → Inicia no momento da lesão – ativando o fator VII → O fator VII precisa ser ativado pois no fim o X precisa estar ativado e para ele se ativar, é preciso que os outros fatores tenham sido ativados porem são formados na via lenta − Via lenta (intrínseca) − O fator V e o X são responsáveis por converter a protrombina em trombina que converte o fibrinogênio em fibrina * Exame tempo de protrombina – faz um furo na orelha e vê quanto tempo demora para coagular para analisar se há riscos de hemorragia durante uma cirurgia Tríade da hemostasia − O ideal é se manter em equilíbrio, sem ter riscos de trombose ou de hemorragia − O equilíbrio se dá por vasos sanguíneos, fatores da coagulação e plaquetas − Distúrbios da hemostasia → Risco trombótico: diminuição dos mecanismos de inibição e/ou aumento dos mecanismos de ativação da coagulação → Risco hemorrágico: diminuição dos mecanismos de ativação e/ou aumento dos mecanismos de inibição da coagulação/hemostasia Causas do aumento da função plaquetária − Distúrbios do fluxo sanguíneo − Lesão endotelial → Fluxo laminar: é o comum, sem bater nas paredes do endotélio → Fluxo turbilhonar: há choque das partículas com os vasos, podendo causar uma lesão − Adesão e agregação plaquetária − AS: é um remédio utilizado que impede a adesão e agregação plaquetária para que evite que ocorra algum coágulo indevido, porém a pessoa corre o risco de sofrer hemorragia “Síndrome da classe econômica” − Numa viagem longa, onde ficamos horas na mesma posição a circulação de membros inferiores será alterada − Com o ar condicionado desidratamos aumentando a chance de formar coágulos − A altitude também altera − O risco da trombose é quando ele se desloca podendo ir para pulmão (embolia pulmonar), na cabeça − Remédio: Anticoagulante Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Coração Propriedades cardíacas Automatismo − O próprio coração determina o batimento cardíaco MIOCÁRDIO − Formado por células cardíacas (musculatura estriada, involuntária) − 1% das células do miocárdio são células auto excitáveis que são as células marcapasso, que geram impulsos elétricos que determinam a frequência cardíaca − O sinal para contração da célula cardíaca é miogênico, ou seja, a origem do estímulo da contração vem do próprio coração CÉLULAS AUTO RÍTMICAS − Rede de fibras musculares cardíacas especializadas responsáveis pela atividade elétrica, intrínseca e rítmica → Geram potenciais de ação espontâneos que desencadeiam as contrações cardíacas * Ao tomar um susto, o coração acelera, pois, a adrenalina age nas células marcapasso NÓ SINOATRIAL (marcapasso) − Encontra-se no átrio direito POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO (células marcapasso) − Potencial de marcapasso → Há um vazamento lento de Ca+ começa a entrar cálcio na célula e a voltagem é mudada − Despolarização → Ao chegar em -40 e abre os canais de Ca+ e então entra muito cálcio até que a célula despolariza − Repolarização → Os canais de cálcio se fecham e os de K de abrem e então as células serão repolarizadas LADO DIREITO * Valva atrioventricular direita ou tricúspide * Chega a veia cava no átrio direito (venoso) * Sai a artéria pulmonar do ventrículo direito o sangue é encaminhado para o pulmão onde haverá a hematose Valvas semilunares (impede que o sangue volte para os ventrículos) Além de tudo há as coronárias que irrigam o coração LADO ESQUERDO * Valva atrioventricular esquerda (bicúspide ou mitral) * Chega a veia pulmonar no átrio esquerdo (arterial) * Sai artéria aorta do ventrículo esquerdo (arterial) o sangue vai para o corpo todo Aorta possui a maior pressão, já as veias cavas quase não possuem pressão Nos capilares é onde ocorre as trocas gasosas Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO * As células cardíacas saem mais devagar do potencial marcapasso (repouso), pois, se fosse rápido, o coração iria estar sempre acelerado POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO (células excitáveis) − O marcapasso gera um estímulo elétrico que chega nas células excitáveis − Assim que chega o estímulo, as células excitáveis rapidamente despolarizam (Na que determina essa despolarização) − Platô: a célula ia repolarizar, mas fica mantida em despolarização pois, na mesma voltagem, os canais de Ca estão abertos então o Ca continua passando a célula continua despolarizada, até que o Ca fecha e o K repolariza – despolarização prolongada * Se não houvesse o platô, as célulaslogo entrariam em repouso, e com isso, estariam prontas para outro estímulo, o platô permite que as células cardíacas deem uma “descansada” , é uma maneira de evitar que o coração fique constantemente contraído *período refratário não recebemos novos estímulos VARIAÇÃO DE K E CALCIO − Se houver variação de Ca ou K em uma pessoa, podem ser gerados problemas cardíacos − Muito K em células auto excitáveis, a célula vai repolarizar muito embaixo então irá demorar para voltar para o repouso e o coração pode ficar parado − Falta de Ca faz com que falta íons para despolarizar Condutibilidade − O coração gera impulsos elétricos que serão conduzidos por ele mesmo − A condução dos sinais elétricos ocorre de forma organizada − Início no nó sinoatrial → Nó atrioventricular → feixe de His → fibras de purkinje − Repolarizar: relaxou − Despolarizar: contraiu Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO FREQUENCIA CARDÍACA − Pode ser determinada por muitos fatores → Exemplos: adrenalina aceleram Excitabilidade O coração tem que responder eletricamente estimulando todas as suas células Contratilidade CICLO CARDÍACO = contratilidade − É o período que compreende o início de um batimento com o início de outro − Fases do ciclo cardíaco: → Sístole: contrai para expulsar o sangue para algum lugar → Diástole: relaxa para encher de sangue Enchimento − Momento em que átrio e ventrículo irão começar a encher de sangue (diástole atrial e diástole ventricular) − Átrios: início do enchimento − Ventrículos relaxados (abertura de valvas) − Por gravidade, o sangue desce dos átrios para os ventrículos (apenas 80%), então ficará um sangue remanescente nos átrios Sístole Atrial − Os átrios contraem e o sangue foi para os ventrículos Sístole isovolumétrica − As valvas atrioventriculares se fecham → S1, primeira bulha (tum) – som do fechamento das valvas atrioventriculares − Sangue concentrado nos ventrículos − Semilunares fechadas Ejeção − Contração dos ventrículos – abertura das valvas semilunares − Sangue nas artérias − Valvas atrioventriculares fechadas Relaxamento − Fechamento das valvas semilunares → S2, segunda bulha (tá) − Relaxamento ventricular isovolumétrico Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Eletrocardiograma Para que serve? − Serve para registrar a atividade elétrica do coração − Representa múltiplos potenciais de ação ocorrendo no musculo cardíaco − Cada parte do eletrocardiograma possui um significado (repolarização ou despolarização de determinada parte do coração) Elementos do ECG − Possui ondas (P, QRS, T) e segmentos − Onda P: despolarização dos átrios (sístole atrial) – nó sino atrial − Feixe de his (Q) → fibras de purkinje (QR) − Segmento QRS: despolarização de todo ventrículo (ventrículo contraído) − Ventrículo vai sendo repolarizado e vai surgindo a onda T que termina quando todo ventrículo está repolarizado Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO RESUMÃO 1- Enchimento − Átrio: Diástole (repolarizado, relaxado) − Ventrículo: Diástole (repolarizado, relaxado) − VAV: Abertas − VSL: Fechadas − ECG: Nada 2- Sístole atrial − Átrio: Sístole (despolarizado, contraído) − Ventrículo: Diástole (repolarizado, relaxado) − VAV: Abertas − VSL: Fechadas − ECG: Sístole atrial, onda P 3- Contração isovolumétrica − Átrio: Diástole (repolarizado, relaxado) − Ventrículo: Sístole (despolarizado, contraído) − VAV: Fechada (S1) − VSL: Fechadas − ECG: Contração ventricular, início do segmento QRS 4- Ejeção − Átrio: Diástole (repolarizado, relaxado) − Ventrículo: Sístole (despolarizado, contraído) − VAV: Fechadas − VSL: Abertas − ECG: Sístole ventricular, segmento QRS fechado 5- Relaxamento isovolumétrico − Átrio: Diástole (repolarizado, relaxado) − Ventrículo: Diástole (repolarizado, relaxado) − VAV: Fechadas − VSL: Fechadas (S2) − ECG: Repolarização ventricular, onda T Débito cardíaco DC = frequência cardíaca X volume de ejeção − Exemplo: 72x70 = 5040ml/min ou 5L/min − Quantidade de sangue ejetada por um ventrículo por unidade de tempo − É uma medida de eficiência pois avalia os batimentos (células autoexcitáveis) − O débito cardíaco pode aumentar durante exercícios físicos pois a frequência cardíaca aumenta − Em repouso, nosso coração fica mais tempo em diástole (enchendo de sangue, relaxado) − Alto débito: No exercício físico, a diástole diminui muito, ou seja, a frequência aumentou, porém a ejeção de sangue é menor, pois não da tempo de o coração encher − Baixo débito: Numa situação de desidratação, haverá diminuição do volume de ejeção → Ao tirar sangue ocorre a mesma coisa Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Hemodinâmica e pressão arterial É o ramo que estuda que estuda leis reguladoras da circulação do sangue nos vasos Fatores que determinam a regulação do sangue no interior dos vasos: pressão, resistência e fluxo Pressão − O sangue circula em nosso organismo por um gradiente de pressão, ou seja, por uma diferença de pressão (da A. Aorta – maior pressão para a veia cava – menor pressão) − Pressão hidráulica (variação de pressão) → Se aorta e veia cava possuíssem a mesma pressão, não haveria circulação do sangue − P1-P2= Ptotal Resistência − F = 1 R − Tendência do vaso de opor ao fluxo de líquido, ou seja, o vaso oferece resistência, realizando uma força contrária ao sangue FATORES QUE DETERMINAM A RESISTÊNCIA − Raio/ diâmetro do vaso → Dilatação: menor resistência (maior fluxo) → Constrição: maior resistência (menor fluxo) − Comprimento do vaso → Quanto maior o comprimento, maior a resistência − Espessura do líquido → Quanto maior a espessura, maior a resistência Quanto mais viscoso o sangue, maior a resistência Pode ser alterado por medicamentos como Aas, que o sangue fica mais fino, oferecendo menor resistência Anemia, diabetes, deixam o sangue mais viscoso Fluxo de sangue − Determinado pelo débito cardíaco (Freq. X Vol.) e pela resistência periférica → Se uma pessoa está em baixo débito, o fluxo estará baixo (débito cardíaco) → Se um vaso está completamente obstruído, não há fluxo (resistência) VASOS SANGUÍNEOS − Parede dos vasos: musculatura lisa, tecido conjuntivo elástico e fibroso → A musculatura lisa é responsável pela capacidade de o vaso contrair e relaxar (tônus muscular) − Endotélio: revestimento interno de todos os vasos Retorno venoso − Contração muscular: ao andar, a musculatura é contraída e com isso, os vasos são contraídos e impulsionam o sangue em direção ao coração *A veia possui o maior diâmetro, e com isso é chamada de reservatório de sangue *A artéria possui uma parede muito mais espessa pois possui mais tecido elástico e musculatura lisa (para suportar maior pressão) – reservatório de pressão *Arteríola não possui tecido elástico e nem tecido fibroso (não suporta pressão) *Capilares possuem apenas endotélio (se rompe facilmente) – ocupam a maior área *Vênula possui um pouco de tecido fibroso Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO → Uma pessoa que fica no leito por muito tempo, as pernas incham, pois, compromete o retorno venoso e então colocam uma bombinha que é programada para comprimir a musculatura da panturrilha para favorecer o retorno venoso − Bomba respiratória: movimento do tórax durante a inspiração reduz a pressão sobre a veia cava inferior e com isso mais sangue passa − Valvas venosas: elas abrem e fecham e quando fecha favorece que o sangue volte REGULAÇÃO INTRÍNSECA − Lei de Frank-Starling: sempre que houver um aumento no retorno venoso, haverá um aumento no débito cardíaco → É um mecanismo de compensação que ocorre devido uma maior distensão do musculo cardíaco que irá se contrair com mais força − Quanto maior for o estiramento do miocárdio durante o enchimento, maior será a força de contração e a quantidadede sangue bombeada para a aorta * Um atleta aumenta seu retorno venoso, então o coração vai se remodelando, gerando uma maior distensão do musculo cardíaco e com isso há um armazenamento de energia para uma posterior contração – o coração entende que se há um retorno venoso maior, ele precisa contrair com mais força Pressão sanguínea Medindo a pressão: quando solta a válvula, o ponteiro vai descendo e a circulação vai sendo liberada, quando há a primeira passagem de sangue, o primeiro som é a máxima (sistólica -contração do ventrículo) e quando ouvir o último som é a mínima (diastólica - relaxamento) Normotensão − 12 x 8 − Máxima é a pressão sistólica (contração) e a mínima a diastólica (relaxamento) − Tônus vascular mantido Hipertensão (15 x 9) − Sangue passa no interior dos vasos com uma pressão maior e há uma maior resistência − Com a pressão elevada, o coração ficará acelerado − Capilares não aguentam uma pressão tão elevada então podem acabar se rompendo, podendo ser do nariz, dos olhos ou até da cabeça, causando um AVC − Sintomas (hipertensão crônica): a pessoa sente dores na região da nuca, náuseas − Uma pessoa hipertensa possui um débito cardíaco muito alto, com isso, muito sangue será encaminhado para os rins, com uma pressão muito alta, o que pode sobrecarrega- lo e causar um problema renal − Vasoconstrição Hipotensão (10x8) − O sangue passa numa baixa força de propulsão e com baixo fluxo pois o coração não está impondo força, com pouca pressão o sangue não tem força para chegar ao cérebro − Sintomas: fraqueza, mal-estar, sensação de desmaio − Pior cenário: desmaio − Vasodilatação Regulação da pressão arterial Volemia (quantidade de sangue) – fator determinante na pressão arterial Volume Pressão Volume Pressão AJUSTE RÁPIDO − Sistema nervoso central que ativa o periférico (simpático ou parassimpático) − Reflexo Barorreceptor (receptores de pressão espalhados no organismo que detectam a variação de pressão arterial – encontrados na aorta e na carótida) → Os receptores sinalizam para o cérebro a propulsão do sangue no interior do vaso, de forma proporcional, ou seja, se a pressão está alta, a informação será enviada constantemente, já se for baixa, o barorreceptor vai ser pouco estimulado, sendo assim, haverá menos “aviso” Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO − Uma pessoa hipertensa possui taxas de disparo altas − Sistema nervoso é informado que a pessoa está em hipertensão, então terá que mexer em débito cardíaco e resistência periférica − O coração está acelerado, então a correção será diminuir os batimentos − O sistema nervoso parassimpático é ativado e o simpático é inibido − Diminuindo o débito cardíaco: → O efeito do parassimpático é enviado para o NSA e a frequência cardíaca abaixa → Com o simpático inibido, o miocárdio diminui sua força de contração − Diminuindo a resistência periférica: → Com a atividade simpática inibida, ocorrerá uma vasodilatação que leva a diminuição da resistência − Uma pessoa hipotensa possui taxas de disparo baixas − Há ativação do simpático e inibe o parassimpático − Débito cardíaco: → Com o parassimpático inibido, irá aumentar a frequência cardíaca → O simpático irá agir nos ventrículos aumentando a força de contração − Resistência periférica → A atividade simpática age nas arteríolas e veias, fazendo uma vasoconstrição promovendo um aumento da resistência periférica AJUSTE LENTO − Tenta controlar o volume (rins) − Sódio e pressão: o sódio tende a atrair a água → Pressão baixa e ingestão de sal: o sódio terá a tendência a puxar água das células aumentando o volume e consequentemente, aumenta a pressão − Pressão alta: diurético pois fará a pessoa eliminar volume e consequentemente, diminui a pressão arterial Sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) − O fígado produz angiotensinogênio que se encontra renina (produzida no rim em situação de variação de pressão arterial, pressão baixa) virá angiotensina 1 e a enzima ECA converte em angiotensina II → Angiotensina II – faz vasoconstrição, aumenta atividade cardiovascular Nos rins: estimula produção da aldosterona que aumenta a reabsorção do Na+ e vasopressina (ADH) que retém o líquido, aumentando o volume e consequentemente a pressão *No hipertenso, esse sistema tem que estar inibido, porém não está (o remédio para hipertenso inibe ECA) Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Sistema respiratório Funções do sistema respiratório − Troca de gases − Regula o ph do corpo − Proteção (células imunológicas e outras estruturas que participam do sistema de defesa) − Vocalização Divisão do sistema Porção condutora − Fora dos pulmões: cavidade nasal e oral, faringe, laringe traqueia e brônquios − Dentro dos pulmões: brônquios, bronquíolos, e bronquíolos terminais − Funções: → Transporta → Aquece o ar (o ar tem que chegar no pulmão com a temperatura mais próxima possível do sangue - 37 graus) → Adiciona vapor d`água (muco, para facilitar o transporte dos gases contidos no ar) → Filtra (o ar deve chegar, aquecido, úmido e limpo) Porção respiratória − Bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares, e alvéolos − Função: realiza a troca de gases Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Cavidade nasal * É de extrema importância respirar pelo nariz, pois, ele é muito importante para filtração de impurezas presentes no ar Células ciliadas − Com o batimento ciliar, os cílios realizam o transporte do muco, com a intenção de expelir microrganismos indesejados * Os pelos também auxiliam na defesa Células caliciforme − As células caliciforme realizam a produção de muco Laringe − É uma estrutura cartilaginosa formada pelos anéis cartilaginosos − Duas estruturas importantes: Epiglote e pregas vocais Função − Fonação (pregas vocais) − Impedir a entrada de alimentos e líquidos no sistema respiratório durante a deglutição (epiglote) → A epiglote realiza um movimento e age como se fosse uma tampa → Ela tampa a laringe quando estamos deglutindo − Glote tem receptor para mediadores da resposta alérgica, por isso, muitas pessoas com reações alérgicas, pode acabar inchando a glote (edema de glote) * Com o tempo, idosos acabam perdendo o reflexo da epiglote e tendo mais riscos de cair no sistema respiratório Traqueia e brônquios − Possui um epitélio ciliado que reforça a defesa − Produz muco − Possui anticorpos − Possui uma camada salina Brônquios primários e secundários − Os brônquios possuem estruturas idênticas à traqueia − Eles vão sendo ramificados em primários (para cada pulmão), secundários (para cada lobo pulmonar – esquerdo: 2; direito: 3) até serem formados os bronquíolos − Bronquíolos terminais bronquíolos respiratório e então a zona respiratória (sacos alveolares, formados por inúmeros alvéolos) − Musculatura lisa envolve o bronquíolo para que haja a contração → Com umaa broncoconstrição, acaba passando menos ar e a pessoa fica com falta de ar (asma e bronquite – toma um fármaco broncodilatador) → O musculo liso no brônquio faz com que o brônquio tenha a capacidade de dilatar e contrair Alvéolos Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Características − Possuem muitos capilares os envolvendo pois é o local onde ocorre a troca gasosa − Há também fibras de elastina que envolvem os alvéolos que auxiliam na elasticidade dos alvéolos para que após encher, ele volte a sua posição inicial → Pessoas com uso crônico do cigarro acabam destruindo a elastina → Quando a pessoa tem enfisema pulmonar, a pessoa perde a capacidade de voltar a sua posição inicial, então o alvéolo acaba ficando grande e a pessoa precisa de mais ar que o comum para enche-lo, então a pessoa sente muita falta de ar − Pequenas projeções saculares dos bronquíolos respiratórios, ductos e sacos alveolares− Dá aos pulmões consistência esponjosa − A estrutura redonda dos alvéolos aumenta a superfície de contato − Superfície de trocas gasosas exceda a 140 m2 (se esticar os alvéolos) − Quando mais próximo o alvéolo do vaso sanguíneo, melhor a troca gasosa → Há doenças que esse espaço fica maior e os gases acabam se perdendo − Na superfície interna do alvéolo há produção do surfactante que diminui a resistência ao estiramento → O surfactante impede que uma superfície do alvéolo grude na outra e o ar continue entrando e saindo → Quando o bebê está na barriga, ele não realiza respiração, quando nasce ele ventila pela primeira vez, e se não tiver surfactante, irá colabar e irá ocorrer a angústia respiratória → Dipalmitoilfosfatidilcolina, é o precursor da produção de surfactante *Com as ramificações, o diâmetro é diminuído e a quantidade aumentada Caixa torácica Diafragma − É um musculo liso que está localizado na base dos pulmões − O nervo frênico tem controle total do diafragma − Permite que o pulmão se encha e esvazie de ar − Se há uma lesão no nervo frênico a pessoa irá depender de respiração por ventilação mecânica − Com anestesia, a pessoa é entubada pois com ela, o nervo frênico é desativado também * Há também as costelas e músculos intercostais que também possuem um papel importante na respiração * O soluço é um descompasso do diafragma Pulmão Pleura − Pleura visceral (bem grudada no pulmão) e parietal (mais afastada do pulmão) e entre elas, há um espaço e então há um líquido entre essas duas camadas (líquido intrapleural) que impede o atrito entre as pleuras. − Quando esse líquido aumenta, o pulmão irá tentar expandir, mas o líquido estará ocupando esse espaço → Uma pessoa com derrame pleural sente falta de ar pois não consegue encher o pulmão completamente * O líquido pode aumentar por processo inflamatório, infeccioso Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Fases da respiração Respiração/Ventilação − Respirar envolve inspiração e expiração − Volumes pulmonares → Volume corrente (VC): é o volume normal, sem esforço em que inspiramos e expiramos Por volta de 0,5L → Volume de reserva inspiratório (VRI): é o volume a mais que inspiramos Homens: 3L; Mulher: 1,9L → Volume de reserva expiratório (VRE): é o volume forçado a mais que tiramos dos pulmões Homem: 1,1L; Mulher: 0,7L → Volume residual (VR): é um volume que fica e que nunca usamos, um volume fixo de ar 1 L, 1,2L − Capacidade vital (CV) = VC + VRI + VRE − Capacidade pulmonar total (CPT) = CV + VR − Capacidade inspiratória = VC + VRI COMPLACÊNCIA E ELASTICIDADE − Complacência é a capacidade que nossos pulmões têm de se expandir − Elasticidade é a capacidade que os pulmões têm de voltar a posição inicial − No início há uma respiração normal (VC) − Então o gráfico desce, ou seja, a pessoa tirou o ar (VRE) *Independente da força realizada para retirar o ar, nunca chega no VR − Então a curva sobe, uma grande quantidade de ar foi colocada no pulmão (VRI) − Em seguida foi tirado todo ar (VRE) − Depois voltou ao volume corrente (VC) Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO − Entrada de ar para os pulmões − Processo extremamente ativo − Para o ar entrar nos pulmões, a P interior dos pulmões tem que ser menor que a P atmosférica − Músculos inspiratórios: → Diafragma – 2/3 da inspiração, ele contrai, aumenta anteroposterior, vertical e lateral da caixa torácica → Músculo intercostal externo − Há um aumento do volume torácico responsável pela contração do diafragma − Saída de ar dos pulmões − Processo passivo (é passivo pois não há necessidade de força alguma, ocorre simplesmente pelo relaxamento do diafragma) − Os músculos inspiratórios relaxam − Quando o VRE é realizado, já não é passivo − Ocorre uma pressão positiva, pois é forçada a saída do ar, sendo assim, a pressão precisa ser maior dentro do que na atmosfera FATORES QUE AFETAM A VENTILAÇÃO PULMONAR − Tensão superficial do surfactante, a quantidade de surfactante compromete muito a ventilação − Complacência, um indivíduo com baixa complacência não consegue mobilizar uma grande quantidade de ar − Resistência das vias aéreas, como crises de bronquite que comprometem a ventilação PRESSÃO Pressão intrapleural − A pressão intrapleural é negativa em relação a atmosfera (sub atmosférica) − A pressão intrapleural gira em torno de -3mm/Hg − O fato de ser uma pressão menor que a da atmosfera faz com que as pressões sejam contrárias fazendo com que o pulmão esteja sempre expandido − Quando inspiramos, a pressão fica mais negativa (-6mm/Hg) para que puxe ainda mais − Se a pessoa toma uma facada, as pressões irão mudar e o pulmão murcha na hora (pneumotórax) e a pessoa não consegue respirar PADRÕES DE VENTILAÇÃO − Eupneia: respiração normal − Hiperpnéia: aumento da frequência ventilatória, geralmente decorrente do metabolismo, por exemplo em atividade física − Hiperventilação: aumento da frequência mesmo parado, sem alterações metabólicas − Hipoventilação: diminuição na frequência ventilatória − Taquipnéia: respiração acelerada com pouca amplitude (ansiedade) − Dispnéia: falta de ar − Apnéia: cessação da respiração − Maior pressão de oxigênio na atmosfera e menor pressão de oxigênio nos alvéolos − Maior pressão de Co2 é nos alvéolos e menor na atmosfera − Na inspiração a pressão alveolar tem que ser menor e na expiração tem que ser maior Inspiração − Na inspiração a pressão vai um valor maior para um menor − Ao inspirar, o volume é aumentado e a pressão diminui Expiração − A pressão durante a expiração se altera − Ao expirar, a pressão vai de um valor menor para um valor maior e depois de um valor maior para um menor − Quando expiramos, a pressão vai do maior para o menor Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Troca e transporte de gases FATORES IMPORTANTES PARA TROCA DE GASES NO ALVÉOLO − O alvéolo possui uma grande área de superfície o que faz com que a troca gasosa seja maior − É necessário que exista um gradiente de concentração − Espessura da membrana (quando maior a espessura, menor a troca) − O2 possui uma pressão parcial de 160mmHg no ar atmosférico − Os gases entram e saem do corpo por um gradiente de concentração (da maior concentração para menor) → Por exemplo: se O2 atmosférico é 160mm/Hg, então no nosso corpo a pressão é menor (100mm/Hg) para que ocorra o gradiente, ou, o CO2 tem uma pressão de 0,3mm/Hg, em nosso corpo, temos uma pressão maior para que possa sair − Se por algum motivo, o O2 atmosférico começa a diminuir PRESSÃO DOS GASES NO SANGUE Difusão do O2 − A P de O2 nos alvéolos é de 100mmHg e então o O2 é entregue para circulação, onde sua pressão nas artérias (ricas em O2) continua 100mmHg − Já no sangue venoso, a PO2 é de 40mmHg, pois o oxigênio foi entregue para os tecidos − Esse sangue é entregue para os pulmões e então ele é oxigenado e o ciclo acontece novamente Difusão do CO2 − Os tecidos mandam CO2 para o sangue venoso (PCO2 = 46mmHg) e o coração manda para os pulmões onde ocorre uma troca e a PCO2 no alvéolo é 40mmHg que é o mesmo nas artérias − A pressão no sangue venoso é maior pois os tecidos entregam CO2 para ele ASPECTOS QUE FACILITAM A TROCA DE GASES − Paredes de capilares e alvéolos muito finas − Conjunto de capilares formam uma grande rede − Circulação lenta do sangue e com isso da tempo para que os gases sejam trocados no alvéolo − Grande diferença de P dos gases a nível celular TRANSPORTE DE OXIGÊNIO − Dos 100% do O2, 98% se liga à hemoglobina e 2% está dissolvido no plasma − A hemoglobina é uma proteína encontrada nas hemácias que possui duas cadeias (𝛼 e ß) e em cada cadeia há o grupo heme (4 grupamentos heme que se ligam ao Fe, que é aonde o O2 se liga)→ Uma hemoglobina transporta 4 O2 → Quando o O2 se liga a hemoglobina é formado oxihemoglobina e é uma ligação reversível, o que é importante para que o oxigênio seja liberado nos tecidos Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO − O aparelho oxímetro mede a quantidade de oxigênio ligado à hemoglobina − Esse gráfico relaciona a PO2 com a saturação de hemoglobina − A PO2 que devemos ter é 100mmHg, sendo assim, uma boa saturação de oxigênio é de aproximadamente 98% − Se uma pessoa vai ao pronto socorro e está saturando 90, significa que sua PO2 é 60mmHg o que significa que há uma quantidade de oxigênio menor, uma pessoa assim terá um desconforto respiratório Fatores que comprometem a ligação do O2 à hemoglobina pH sanguíneo Temperatura corporal PCO2 − Quando o pH está baixo, a afinidade da hemoglobina com o oxigênio diminui − Quando o pH está alto a pessoa satura muito mais e quando está baixo a pessoa satura muito menos − Um aumento na temperatura causa uma diminuição na saturação da hemoglobina − Para um indivíduo com febre continuar saturando, ele precisaria de uma pressão de oxigênio muito maior − Um indivíduo com hipotermia satura muito mais − A temperatura alta faz com que a afinidade da hemoglobina como oxigênio seja menor − Com a PCO2 menor a saturação é maior − Com PCO2 maior a saturação é menor e a afinidade da hemoglobina com o O2 é menor Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO 2,3 DPG Estrutura da hemácia (ex: anemia falciforme) Curva de saturação bebê X adulto TRANSPORTE DE C02 − 7% está dissolvido no plasma − 93% precisa das hemácias → 23% se liga nas hemoglobinas, enquanto o O2 era 98%, isso acontece porque o CO2 é transportado na de outra forma → 70% é transportado na forma de íon bicarbonato (HCO3-), ou seja, se transforma em HCO3- − O CO2 se liga à água e por ação da anidrase carbônica (AC) é formado o ácido carbônico − Um hidrogênio é perdido e forma-se um íon bicarbonato e tem um CO2 “mascarado” − Para ser entregue para o alvéolo: → O que estava dissolvido passa por difusão → O que estava ligado à hemoglobina se solta e passa por difusão → O que está no plasma precisa voltar a ser CO2 e então ele precisa entrar na célula, o hidrogênio se solta e volta a ser ácido carbônico e a AC o separa de água e libera o CO2 − O CO2 em forma de íon bicarbonato exerce um mecanismo de tampão controlando o pH → Uma das formas de controlar o pH é pelo transporte de CO2 → Uma pessoa que tem alteração de CO2 no organismo possui alteração de pH pois se o pH é controlado pelo tampão e o tampão é formado na presença do CO2 (uma das funções do sistema respiratório é controlar o pH) * O transporte de CO2 possui um meio a mais, O2 só tem hemoglobina, se ocorrer um problema nela, podem ocorrer efeitos negativos * O fato de o CO2 ser transportado na forma de íon bicarbonato faz com que ele tenha uma função de tampão metabólico, o que é muito importante − A 2,3-difosfoglicerato é uma substância presente nas células sanguíneas e ela diminui a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio − Se tiver mais dessa substância haverá a afinidade será pouca e se não houver nada também haverá alteração − Com diferença de altitudes há uma mudança na produção dessa substância, por isso tem vários sintomas − Transfusão de sangue - quando recebe o sangue não há presença dessa substância − O bebê satura mais do que o adulto − A hemoglobina do bebê possui uma afinidade maior com o O2 − Isso acontece pois o todo oxigênio que o bebê precisa vem na troca com a mãe e assim que o oxigênio chega, ele gruda na hemoglobina − A hemoglobina do bebê é diferente da nossa, possuem duas cadeias 𝛾 no lugar das cadeias ß Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Centro respiratório − Centro respiratório é responsável pela regulação da respiração − É uma estrutura que fica no tronco encefálico (principalmente na ponte e bulbo que tem estruturas que controlam a respiração) − Na ponte há estruturas chamadas “área pneumotáxica” e “área apnêustica”, no bulbo tem a “área de periodicidade bulbar” → Estruturas que controlam ritmo respiratório − O centro pneumotáxico inibe o apnêustico, então se ele for inibido, o apnêustico vai funcionar CENTRO APNÊUSTICO − Estimula os neurônios inspiratórios − Controla a musculatura inspiratória, estimula a inspiração − Quando a pessoa inspirar vai entrar uma quantidade de ar dentro dos alvéolos, e essa distensão dos alvéolos sinaliza que entrou o limite de ar e não será possível entrar mais nada − Isso estimula o centro pneumotáxico que vai inibir o apnêustico parando a inspiração ÁREA DE PERIODICIDADE BULBAR − Vai controlar ritmo − Controla o funcionamento do neurônios inspiratórios e expiratórios → Mais ou menos 2 segundos de inspiração e 3 de expiração − As regiões podem funcionar de maneira diferente quando: → A quantidade de O2 ou CO2 no sangue mudar → Houver uma variação de pH (o transporte de CO2 ocorre em forma de íon bicarbonato que tem como principal função tampão) − Se tiver alteração de O2, CO2 e pH, algumas áreas serão sinalizadas e vão mandar informações para as estruturas que controlam a ventilação (músculo escaleno e esternocleitomastóideo, intercostais externos, diafragma, intercostais internos, músculos abdominais) − Temos sensores no corpo que detectam essa variação e avisam bulbo e ponte → Dependendo da alteração vai aumentar a inspiração ou expiração → São quimiorreceptores (são estimulados com variação de substância química) Quimiorreceptores centrais − bulbo − liquor − Apenas CO2 Quimiorreceptores periféricos − Encontram-se no mesmo lugar que os barorreceptores (Artérias carótida e aorta) − Vão deflagar respostas quando houver variação de O2 e CO2 → Percebe que há uma variação do O2 e então avisa o bulbo que tem pouco O2 na circulação e o indivíduo tem que inspirar mais → Se aumentar o CO2 no sangue, tanto o central quanto periférico percebem e avisam o bulbo, e o indivíduo vai começar a expirar mais para tentar eliminar esse excesso * O organismo sente muito quando começa a aumentar um pouco o CO2, por isso temos dois quimiorreceptores que percebem essa alteração, então, pequenas com variações o organismo já deflagra uma resposta de correção * Para que o O2 estimule o quimiorreceptor periférico, é necessária uma alteração muito grande (de 100 está 60 por exemplo) ACIDOSE E ALACALOSE − Aumento de íons H+ diminui o pH, gerando acidose − É perigosa porque pode levar ao coma → Se o indivíduo faz exame e mostra que a P de CO2 é 40mmHg, o médico vai concluir que essa acidose é de origem metabólica pois os rins estão fazendo ele requerer H+ − Pouco CO2 forma pouco ácido carbônico, assim serão formados poucos íons H+ que leva à um aumento no pH e gera alcalose → Pode ocorrer por conta de hiperventilação → Para melhorar, a pessoa pode respirar dentro de um saco para inspirar o CO2 que ela acabou de expirar Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO DIFUSÃO E VENTILAÇÃO − Ventilação: → É a passagem de ar, condução dos ares pode ser alterada por: Obstrução ou restrição (broncoconstrição por conta de bronquite/asma, ou sufocamento) do fluxo de ar Inibição de estímulos nervosos + mecânica da respiração Superdosagem de fármacos e lesões nos nervos cervicais (morfina) − Difusão: → Alteração ocorre nos alvéolos e pode ser alterada por: Aumento da espessura da junção alveolocapilar e diminuição da área útil de superfície da junção alveolocapilar Enfisema pulmonar, fibrose, infecção, edema Diminuição da pressão parcial Diminuição da solubilidade DOENÇAS RESPIRATÓRIAS − Hipoxemia: diminuição de O2 no sangue arterial − Hipóxia: diminuiçãode O2 em um tecido → Se tiver uma hipoxemia forte o indivíduo vai entrar em hipóxia (indivíduo se afogou ou está em ambiente sem O2). → É possível ter hipóxia sem ter hipoxemia (hipóxia no dedo do pé, por exemplo, prendeu e necrosou) − Hipercapnia: aumento de CO2 → Indivíduo entra em acidose, que faz muito mal para as células e vai levar a coma e óbito Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Sistema digestório Características gerais Funções − Tem como principal função a quebra dos alimentos, das macromoléculas − Após a digestão, ocorre a absorção dos nutrientes − Transporte de nutrientes − Defesa (muco, enzimas, GALT etc.) Processos básicos − Digestão (ocorre uma ação mecânica ou enzimática que quebra macronutrientes em micronutrientes) − São absorvidos passam pela luz intestinal e vão para corrente sanguínea − Motilidade, movimento desde o alimento até o bolo fecal − Secreção – intestino, boca, células que secretam compostos que estão relacionados a esses processos Mucosa − Mucosa é a interface do estomago ou intestino com a luz − Abaixo tem a submucosa e abaixo dela, a camada muscular − É um revestimento interno − Pregueada – aumenta a superfície de contato − Células secretoras (água, muco, enzimas, hormônios etc.) − Presença de células tronco → Uma vez que a pessoa tem uma gastrite, é mais fácil ocorrer a renovação celular − Placas de peyer (estrutura imunológica presente na mucosa) − Lâmina própria – fibras nervosas, vasos sanguíneos e linfáticos SUBMUCOSA − Há vasos sanguíneos, vasos linfáticos − Há uma rede nervosa muito importante (plexo nervoso entérico) → Existem estudos que mostram que o intestino tem uma relação muito grande com o sistema nervoso Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO MUSCULAR EXTERNA − Plexo mioentérico, controla o funcionamento dessa musculatura lisa (movimento intestinal) − Camadas musculares → Circular(mistura) → Longitudinal (empurra) Motilidade Funções − Transportar o alimento desde a boca até o ânus − Misturar e quebrar a fim de melhorar a absorção − O grande responsável pela motilidade é a musculatura lisa − O sistema nervoso controla a motilidade, hormônios e secreções também Contrações − Células de cajal determinam a frequência da ocorrência dos potenciais de ação da contração do musculo − Existe o limiar, que se for atingido haverá uma contração − Quanto mais potencial de ação é gerado, maior é a força de contração → Estomago: 12 ondas de contração por minuto → Intestino: 3 ondas de contração por minuto − Existem contrações tônicas (esfíncter – sempre fechado) e contrações fásicas (intestino, estomago e esôfago – os contraem quando tem alimento) Padrões de motilidade COMPLEXO MOTOR MIGRATÓRIO (CMM) − Ocorre entre as refeições, no jejum (período superior a 90 min) − Acontece como uma forma de limpeza PERISTALSE − Tem como característica principal, empurrar o que foi ingerido, ocorre durante e após as refeições − Pode observar sua ocorrência a partir do estômago empurrando para o estômago − Alimento chega, estimula a parede muscular a contrair e vai empurrando o alimento ou o bolo alimentar CONTRAÇÕES SEGMENTARES − Tem como característica principal sua função no intestino delgado (ocorre quase todo processo digestório e absorção) − Onde claramente é possível ver a diferença da musculatura circular e a longitudinal − Ocorrem movimentos de mistura Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Secreção Tipos de secreções SECREÇÕES ÁCIDAS − HCl produzido pelo estômago (células parietais do estômago) − As células parietais realizam reações que produzem o HCl − No geral são produzidos 1 a 3 litros de HCl por dia − Gastrite há uma produção aumentada − Ph muito ácido (próximo do 1) − Importante para função de algumas enzimas e para diminuir o risco de proliferações microbianas − Medicamentos para gastrite bloqueiam a ação da bomba que impede a passagem de íons H+ e então diminui a produção de HCl − Conforme há a produção de HCl no estomago aumenta bicarbonato na corrente sanguínea (como se fosse tampão, aumenta ácido em um lugar, mas aumenta bicarbonato em outro lugar) − Maré alcalina (devida uma devida produção de HCl, pode ocorrer aquele sono pós almoço – é apenas uma teoria) SECREÇÕES ALCALINAS − Bicarbonato: tem sua principal função de tamponar a acidez do estomago → O pâncreas produz muito bicarbonato afim de neutralizar o ph → É uma solução aquosa (H2O + NaHCO3) SECREÇÕES ENZIMÁTICAS − São produzidas pelas células do intestino e estômago em forma de zimogênio (forma inativa da enzima, pois se ficassem ativas, iriam digerir nosso próprio intestino) − Sinais de liberação: neurais, hormonais e parácrinos MUCO − É uma solução viscosa rica em glicoproteína e possui uma principal função de proteção da mucosa e lubrificação do conteúdo intestinal − Há muco na saliva que auxilia no processo de deglutição − Estímulos: neurais, imunológicos (fezes com bastante muco pode ser sinal de que há algum verme, pois o organismo numa tentativa de proteger, aumenta a produção de muco) e enzimático SALIVA − Na saliva temos enzimas, muco, alguns íons, imunoglobulina (IgA) Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO − Principal estímulo: neural (só de pensar na comida, muitas vezes já produzimos a saliva) BILE − É uma solução enzimática produzido pelos hepatócitos (no fígado) e fica armazenada na vesícula biliar − Componentes: sais biliares, bilirrubina (é o produto da metabolização da hemoglobina – é toxica em concentrações elevadas, então mandar a bilirrubina para vesícula via bile, é uma forma de a tirar do organismo) e colesterol → Se acumula bilirrubina a pessoa fica com icterícia (ela tem afinidade por alguns tecidos e ela se deposita no local) − Funções: auxílio na digestão e absorção de gorduras e excreção de produtos do sangue − Pedra na vesícula são os componentes biliares que por algum estímulo, ocorre uma produção desorganizada e eles se cristalizam formando os cálculos biliares − Quando a bile fica na vesícula, ela vai perdendo água e ficando cada vez mais concentrada − Existem estímulos que contraem a vesícula, a bile cai no ducto biliar e é lançada no duodeno − Grande parte da bilirrubina é reabsorvida e vai para circulação e a bilirrubina vai para os rins que irá a eliminar → Nas fezes: estercobilina e na urina: urobilina − Somente os sais biliares são reabsorvidos − Emulsifica gordura: envolve uma molécula grande de gordura e divide em moléculas pequenas de gordura HORMÔNIOS Intestino − Colecistocinina (CCK): → Estimula a contração da vesícula biliar para que a bile seja eliminada → Relaxa o esfíncter para que a bile atinja o duodeno → Inibe o esvaziamento gástrico e secreção ácida (fecha o esfíncter do estomago e faz com que ele produza menos HCl) Para que não chegue acido no duodeno, pois, não pode levar uma mucosa numa acidez e as enzimas precisam ser ativadas em um ph não tão ácido − Secretina: → Estimula a secreção de bicarbonato pelo pâncreas afim de neutralizar a acidez do estomago → Inibe o esvaziamento gástrico e secreção ácida (Vai no estomago, fecha o piloro e faz com que as células da mucosa gástrica produzam menos HCl) − Peptídeo inibitório gástrico (GIP): → Inibe o esvaziamento gástrico e secreção ácida → De uma forma antecipatória já avisa o pâncreas para que ele produza insulina (é ativado quando há presença de bastante carboidrato) − Motilina: → Estimula o CMM (complexo motor migratório) – desencadeado no jejum e inibido após refeição Estômago − Gastrina: → Estimula a secreção de HCl → Estimula o crescimento da mucosa para que a mucosa possa proteger e evitar lesões Digestão − Ação mecânica (mastigação e motilidade) e ação enzimática (relação direta com ph) Ação enzimática − Carboidratos: amilase,maltase, sacarase e lactase − Proteínas: peptidases, endopeptidases e exopeptidases − Gorduras: lipase e colipase (quebra em monoacilglicerol e AG livres) Boca − Digestão mecânica (dentes e lábios) – início da quebra dos alimentos − Digestão química: ação enzimática (amilase salivar, muco e água) – início da digestão dos carboidratos → Glândula parótida, submandibular e sublingual − Secreção salivar: 1L/dia Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO → Produzidas pelas glândulas salivares → Secretada na boca → Composta por água e eletrólitos → a-amilase e lipase → Muco − Funções: iniciar a digestão do amido e dos lipídios (nos bebês) e lubrificação dos alimentos Esôfago- deglutição − Ação reflexa (não controlamos) → Um centro nervoso irá abaixar a epiglote para que não vá alimento para as vias respiratórias → Abre esfíncter esofágico para ir para o esôfago → Início dos movimentos peristálticos no esôfago → Ação da gravidade 3 ESTÁGIOS − Estágio voluntário: início do processo de deglutição, momento que decidimos engolir − Estágio faríngeo: involuntário, corresponde à passagem do alimento da faringe até o esôfago − Estágio esofágico: involuntário, transporta o alimento do esôfago até o estomago, esfíncter que faz a conexão com o estômago abre Estômago − Armazena o alimento − Mistura o alimento com o suco gástrico − Dissolve o bolo alimentar transformando o quimo (forma liquida) − Piloro fica fechado e tem que abrir lentamente para que todo conteúdo vá devagar para o duodeno MOTILIDADE GÁSTRICA − Mecanismo de mistura − Peristaltismo para conduzir até o piloro e então para o duodeno de forma devagar PROCESSO DIGESTIVO HCl − No estômago há a produção contínua de HCl → Há a pepsina que fica em estado de pepsinogenio e é ativada com o HCl e realiza a digestão de proteínas → O HCl determina o ph do estômago → Amilase salivar perde a sua função quando chega no estômago por conta da acidez → Gastrina e histamina estimulam a secreção do HCl → Somatostatina realiza um feedback negativo e age inibindo a secreção de HCl e aparece quando gastrina e histamina estão altas Fator intrínseco − Se associa à vitamina B12 para que ela seja absorvida − Se não tiver fator intrínseco suficiente, ela não será absorvida − Precisamos de uma continua produção dele para que haja a absorção − Anemia perniciosa – deficiência de vitamina B12 pela falha na produção de fator intrínseco Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO → Cirurgia bariátrica muitas vezes, por retirar parte do estomago, acaba levando a produção do FI e acaba não tendo suficiente para absorve-la Intestino delgado − A primeira coisa que acontece é uma reação no estômago na qual ocorre uma redução de motilidade e de HCl no estômago, pois, se o conteúdo chegar rápido a mucosa não está preparada para lidar como todo conteúdo de uma vez e se chegar acidificado, pode desativar a reação de alguma enzimas − Secretina estimula produção de bicarbonato para neutralizar o ph e ativar as enzimas (tripsina, lipase e amilase pancreática) − CCK age na vesícula liberando a bile − Peptídeo inibitório gástrico sinaliza para o pâncreas que há necessidade de produção de insulina − É onde é finalizada a digestão de proteína, carboidratos e lipídios SUCO PANCREÁTICO − Composição: → Componente enzimático (Amilases, Lipases e proteases) → Componente aquoso (água e eletrólito, rico em bicarbonato) − O suco pancreático será liberado no intestino com enzimas inativas → A enteropeptidase ativa o tripsinogênio que irá ativar todas as outras enzimas (é o grande responsável pela ativação das outras enzimas) → Doenças que levam a perda da mucosa leva a um prejuízo na ação da enteropeptidase e consequentemente o processo de digestão fica comprometido DIGESTÃO DAS GORDURAS − A bile emulsifica a gordura, quebrando a em moléculas menores que sofrerão ação das enzimas lipase e colipase que as quebram em monoacilglicreóis e ácidos graxos livres e então são incorporadas às micelas − Os sais biliares se dissociam e voltam para a circulação onde serão reciclados − O conteúdo das micelas vai para as células, onde será formado o quilomícron (TAG + colesterol + proteínas) − O produto quilomícron é encaminhado para vasos linfáticos Absorção Intestino delgado − Possui uma área absortiva muito maior que o estomago por conta de suas vilosidades * Estômago absorve álcool e medicamentos como aspirina − As vilosidades aumentam a superfície de contato − Uma vilosidade milhares de enterócitos possui um monte de microvilosidades (isso aumenta 20x mais a absorção) → Há movimento nas microvilosidades por possuir filamentos de actina Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO → Existem doenças que a pessoa perde essas microvilosidades Mecanismos básicos − Difusão simples, facilitada ou transporte ativo Intestino grosso − Função principal de garantir a absorção de água (aproximadamente 5 a 7 L/dia) e íons → Define a consistência das fezes → Se há um trânsito intestinal lento (absorve mais água) as fezes serão mais endurecidas → Trânsito acelerado (pouca água absorvida) fezes mais liquidas − Formação das fezes (composição) → Bactérias mortas → Gorduras → Substâncias inorgânicas → Sucos digestivos, alimentos não ingeridos → Pouco de proteínas * Medicamentos que inibe a absorção de gordura, faz com que a pessoa elimine essa gordura nas fezes MOTILIDADE DO IG − Contração haustrais ou de mistura: movimentos segmentares lentos que movem a massa fecal pelo cólon, o que favorece a absorção de água e eletrólitos → Por ser de forma lenta, é ode vai sendo formado o bolo fecal e é absorvida a água − Movimentos de massa: ondas peristálticas que empurram a massa fecal em direção ao reto (único objetivo de empurrar as fezes para o reto) Defecação Reto − Esfíncter anal externo (musculatura estriada, temos controle) e interno (musculatura lisa, não temos controle) − Quando o reto é preenchido com fezes, vai um aviso para medula espinal que manda uma informação para que o esfíncter relaxe, quando ele relaxa temos o controle da defecação Controle neural- reflexos neurais 1ª– fase cefálica − Mecanismo de controle que é determinado por reflexos antecipatórios − É iniciado antes do alimento chegar na boca e ocorre por estímulos como: cheiro, visão, pensar no alimento 2ª– fase gástrica − A fase gástrica ocorre quando efetivamente o bolo alimentar chega no estômago − Pela distensão do estômago irá ocorrer estímulos para secreções ácidas, enzimáticas e hormonal Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO 3ª– fase intestinal − Início no intestino, quando chega o quimo − Tudo que acontece no intestino são reflexos de retroalimentações (no estômago) − As ações do intestino controlam a digestão e absorção de alimentos que estão vindo do estômago − Leva à produção de hormônios que juntamente com a sinalização via sistema nervoso entérico e diminui toda atividade no estômago (motilidade e secreção de HCl) Sistema renal Anatomia do sistema urinário − Composto por 2 rins, 2 ureteres, uma bexiga, uma uretra − Os rins recebem o sangue arterial da ateria renal → Essa ateria vai sendo cada vez mais ramificada, formando assim, os néfrons (estrutura principal dos rins) Funções dos rins − Excreção de metabólitos endógenos (filtra o sangue) − Regulação de volume e da osmolaridade − Regulação do balanço eletrolítico (íons, principalmente sódio) − Regulação do ph − Secreção de hormônios como eritropoetina (possui uma ação relacionada à renovação de células sanguíneas vermelhas) Metabólitos endógenos − Ureia – produto do metabolismo das proteínas (inicialmente amônia) − Ácido úrico – envolvido com o metabolismo de ácidos nucleicos − Creatinina – produto do metabolismo da creatina muscular − Urobilina – produto do metabolismo da hemoglobina Ana Beatriz Freitas |CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Néfrons − 80% encontrado na região cortical − 20% na região medular − O sangue chega pela artéria renal, é distribuído pelo rim todo, o néfron vai filtrar o sangue e o que precisa ficar no organismo volta pela veia renal e o que tem que ir embora é encaminhado para pelve e então ureter Estrutura − Dividido em elementos vasculares (glomérulo + capsula = corpúsculo renal) e elementos tubulares (todo resto) − As substâncias que devem voltar ao organismo, voltam para o glomérulo e é encaminhado para veia renal − O sangue é filtrado a partir do glomérulo, e então será encaminhado para os túbulos e então a urina já estará formada no ducto coletor que a encaminhará para o ureter * Cada célula que compõe cada estrutura do túbulo, são diferentes Teoria básica da função renal − O rim depura o plasma sanguíneo de substâncias tóxicas − Ocorre a filtração, reabsorção, secreção e excreção Filtração − Local: corpúsculo renal − Primeiro movimento para formação de urina − Movimento do plasma para o lúmen do néfron, sem as proteínas (não deve ter proteínas de jeito nenhum na urina) − É um processo que depende de pressão − Fração de filtração: 20% do plasma → Quanto do que chega na arteríola aferente apenas 20% é filtrado → Os outros 80% vão para a arteríola eferente, mas depois volta ao interior do túbulo − Muitas substâncias filtradas podem ser reabsorvidas e o que não foi filtrado pode ser secretado → Ou seja, muito do que foi filtrado pode sair da luz do túbulo e voltar para arteríola eferente, assim como o que não foi filtrado pode voltar para o túbulo Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO FRAÇÃO DE FILTRAÇÃO BARREIRAS DE FILTRAÇÃO PRESSÃO NO GLOMÉRULO O que determina a filtração através dos capilares glomerulares? − Pressão do sangue (55mmHg →) − Pressão das proteínas − Pressão do líquido capsular (15mmHg) − Há a pressão coloidosmótica (30mmHg) – impede que as proteínas não saiam do plasma − Sendo assim, a pressão resultante é de 10mmHg, ou seja, o sangue filtrado no glomérulo é filtrado numa pressão de 10mmHg → Uma pessoa hipertensa não terá essa pressão no rim, e sim mais alta, então a pressão de filtração será muito mais alta → Então, o rim de uma pessoa hipertensa, filtra e trabalha muito mais do que o necessário → O risco disso é que futuramente pode levar ao rim parar de funcionar → Já uma pessoa com insuficiência cardíaca, o rim não irá trabalhar como deveria, então pode haver acúmulo de metabólitos que também podem comprometer o rim TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR − Quanto que o rim filtra (mais ou menos 180 L por dia) − Fatores determinantes para a TFG → Pressão de filtração (fluxo sanguíneo renal e P sanguínea) → Coeficiente de filtração – área de superfície glomerular e permeabilidade da interface * O glomérulo é enrolado para promover uma maior área de contato − Em uma pressão média de 80 a 180mmHg, a taxa de filtração se mantém constante − Isso acontece, pois, existe um mecanismo endógeno que regula e mantém a nossa taxa de filtração constante (mecanismo de autorregulação) − Mas caso haja uma pressão muito mais baixa ou muito mais alta o rim não dá conta − Endotélio capilar − Lâmina basal − Epitélio da cápsula de bowman Há substâncias que passam pelo endotélio capilar, mas ainda existem outras barreiras − Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Vasoconstrição − Arteríola aferente - haverá uma redução na filtração glomerular − Arteríola eferente - o sangue que irá sair fica parado filtrando, então aumenta a filtração glomerular Vasodilatação − Arteríola aferente - o fluxo aumenta e consequentemente, aumenta a taxa de filtração glomerular − Arteríola eferente - o sangue irá sair mais rápido, então diminui a filtração glomerular CONTROLE POR FEEDBACK NEGATIVO (Feedback tubuloglomerular) − Por algum motivo, houve um aumento da taxa de filtração glomerular − O fluxo está alto, e vai passando por toda estrutura e ao chegar na alça de Henle, há uma estrutura chamada mácula densa que detecta que o fluxo está alto − Ao detectar isso, são liberadas substâncias que levam à uma vasoconstrição da arteríola aferente, o que fará com que entre menos sangue − A pressão hidrostática no glomérulo diminui e consequentemente a taxa de filtração é reduzida Reabsorção − Local: túbulo proximal e distal − É um processo no qual há a passagem de substâncias do lúmen do néfron para o sangue − 99% é reabsorvido Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO − Se aparece menos de uma substância na urina do que foi filtrado ocorreu uma reabsorção O que é reabsorvido? − Glicose, proteínas*, aminoácidos, vitaminas, fosfato, bicarbonato de cálcio, sódio e potássio *Se após a filtração a proteína passar, ela PRECISA ser reabsorvida − Barreiras − Barreira da luz do túbulo e alcançar a circulação REABSORÇÃO E AS SUBSTÃNCIAS − 2 vias: → Paracelulares: passa paralelo às células → Transcelulares: atravessa a célula − Transporte ativo do sódio → Se há uma quantidade alta no interior do lúmen ela passa para o interior da célula por um gradiente de concentração → Da célula para o sangue, passa pela bomba de sódio e potássio → A glicose é absorvida com o sódio, ou seja, o sódio é responsável pelo transporte de outras substâncias − Transporte da ureia − Transporte das proteínas → Processo chamado transcitose → Ocorre pela megalina que abre um caminho na luz do vaso e faz com que a proteína passe e depois a megalina refaz esse “buraco” Secreção − São substâncias que estão na circulação e PRECISAM ser eliminadas − A secreção aumenta a excreção de uma substância pelo néfron → Exemplo: filtrou X e sem reabsorver X = há uma excreção eficiente → Filtrado X, sem reabsorção de X e secreção de X = excreção maior − Se aparece mais de uma substância da urina do que foi filtrado ocorreu secreção Excreção − Excreção urinária = filtração – reabsorção + secreção * A penicilina é excretada rapidamente, então, atualmente, há a adição de probenecide que auxilia no atraso da excreção − Excreção urinária é a diferença do seu fluxo arterial e do fluxo venoso → Fluxo arterial do soluto = fluxo venoso do soluto + fluxo urinário do soluto Clearance − Capacidade que os rins têm de limpar o plasma de várias substâncias − Taxa que mede o volume excretado de uma substância por unidade de tempo Clearance da inulina − Em animais: → Usa-se a inulina para saber se o rim está bom a ponto de depurar toda inulina → Se tem inulina, o rim não está trabalhando suficientemente bem para tirar toda inulina do sangue MEDINDO A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR → O soluto tem que ser totalmente filtrado → Não pode ser secretado → Não pode ser reabsorvido → Creatinina é uma substância produzida pelo nosso corpo e pouco secretada, com esse valor, pode-se calcular a TFG (em humanos o normal é 180 L por dia) − A depuração plasmática por minuto da inulina é igual a TFG − Para qualquer substância que é livremente filtrada, mas não é reabsorvida, e nem secretada, sua deputação é igual ao TFG − Se a mesma quantidade filtrada é excretada, essa substância pode ser a inulina Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Relação entre a depuração e a excreção Reflexo da micção − Em média 1,5L de água por dia − Cada néfron goteja urina que passivamente cairá no ureter e posteriormente na bexiga, onde é armazenada a urina − É um reflexo simples, é um processo inconsciente, pois o esfíncter interno está sob controle medular e o externo controlamos (consciente) − O esfíncter interno fica contraído (mantido por um neurônio motor da medula) − O esfíncter externo temos o controle de contrair ou relaxar − A bexiga vai distendendo − Temos receptores de estiramento, que ao chegar a um litro e meio mais ou menos, sinalizamque a bexiga está estirada e então os neurônios medulares contraem a bexiga e abrem o esfíncter interno − Então nós relaxamos o externo e aí fazemos o xixi Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Homeostase hídrica e eletrolítica − H2O e Na+ = volume e osmolaridade do LEC − K+= função cardíaca − Ca2+= exocitose, contração muscular, coagulação etc. − H+ e HCO3 = ph do corpo Equilíbrio da água OSMOLARIDADE − Baixa osmolaridade= pouco soluto e muita água − Alta osmolaridade = muito sal, portanto, pouca água − Eliminação exagerada de água = diurese − Osmolaridade plasmática = 300mOsm/L (pode variar de pessoa para pessoa, aumentando ou diminuindo) − Se temos sódio, quando ocorre a passagem de sódio de uma membrana para a outra há uma força osmótica alta (a água puxa) − Néfrons justamedulares (20% de néfrons localizados na porção medular do rim) – regulam a osmolaridade MANIPULAÇÃO DE ÁGUA LIVRE – SISTEMA MULTIPLICADOR DE CONTRACORRENTE − Fluxo filtrado e do sódio opostos − Concentrações de soluto progressivamente maiores → Dentro fica menos concentrado e fora vai ficando mais concentrado − Processo que gera hipertonicidade medular à custa da reabsorção de sódio para o interstício sem que ocorra reabsorção de água → É possível separar a reabsorção de água da do sódio − Se perdemos água, o rim não irá filtrar, portanto ele não trabalha − O rim para de filtrar a fim de conservar água e não perder mais volume − Em situações de desidratação, não fazemos xixi, para não gastar o pouco de água que temos, mas não podemos ficar assim por muito tempo, pois o rim pode parar − (1) O líquido no interior do tubo é isoosmótico (mesma osmolaridade dentro e fora) − A região medular tem que ser muito concentrada − A água começa a sair (reabsorção) pois a medula é hipertônica (muito sódio) o que faz com que a água seja puxada − No interior do túbulo, o líquido tubular fica mais concentrado, apenas com íons − (2) Quando o líquido começa a subir na alça ascendente, ela é impermeável, então, não sai mais água e sim os íons que ficam acumulados na medula − (3) Então a osmolaridade no túbulo fica baixa, mas temos hormônios que regulam isso * A medula renal é hipertônica pois há uma reabsorção intensa de sódio na alça ascendente de Henle Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO HORMÔNIOS REGULATÓRIOS *Vasopressina (ADH)* − Faz com que a água fique no organismo, ou seja, retém água − Mecanismo renal que controla a água (Diurese) − É um hormônio produzido pelo sistema nervoso central, no hipotálamo e fica armazenado na neuro- hipófise − Vai no ducto coletor e coloca poros de água, com isso, a água irá conseguir passar do ducto coletor para a circulação → A aquaporina (proteína) faz esses poros − Estímulo- plasma hipertônico, ou seja, um plasma com osmolaridade acima de 300mOsm → Comida muito salgada → Pouca água na circulação → Situação na qual estamos perdendo água → Temos osmorreceptores que detectam essa osmolaridade − O ADH corrige variações de até 10% − Com uma osmolaridade excessivamente alta irá estimular os osmorreceptores; − A vasopressina é secretada, lançada na circulação; − Ela se liga ao seu receptor e irá desencadear seu efeito; − Faz uma sinalização dentro da célula do ducto coletor para que façam poros onde sairá a água; − Com isso, o plasma com alta osmolaridade será diluído e ficará menos concentrado; Equilíbrio do sódio − Natriurese – mecanismo de controle do sódio − Alta ingestão de sódio nos leva à sede e mais ADH sendo secretada, então teremos uma alta ingestão de água, com isso há o aumento da reabsorção renal de água e consequentemente aumenta o volume e então a pressão Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO HORMÔNIOS REGULATÓRIOS *Aldosterona* − A aldosterona é um hormônio produzido e secretado pelas glândulas supra renal − Ao cair na circulação, se liga em seu receptor que está no núcleo da célula e ocorrerá uma serie de sinalizações → Insere tanto canais de sódio quanto de potássio → O sódio é reabsorvido → O sódio irá passar para a circulação por meio da bomba de sódio e potássio → O potássio não fica na célula, é secretado → Colocando sódio na circulação, a osmolaridade irá aumentar − Uma pessoa que secreta aldosterona em excesso pode: → Sofrer de pressão alta, pois, com mais sódio na circulação, mais água vai ser atraída e consequentemente aumentará a volemia e então aumenta a pressão → Além de ocorrer uma hipopotassemia (pouco potássio no sangue) – pode ter alterações na frequência cardíaca, alterações no sistema nervoso central − Já uma pessoa que secreta pouca aldosterona: → Muito potássio no sangue → Pressão mais baixa Equilíbrio ácido-base − Ph ácido – maior concentração de íons H+ (acidose) − Ph alcalino – concentração menor de íons H+ (alcalose) − O ph sanguíneo deve ficar entre 7,3-7,4 CONTROLE DO PH PELOS RINS − É uma resposta mais lenta do que a respiratória − Mas é mais eficiente, pois, ocorre uma ação direta de excreção ou reabsorção dos íons H+ − Entrada de H+ pode ocorrer pelo metabolismo ou pela dieta − Temos os tampões que auxiliam a neutralização do ph (HCO3, fosfato, amônia na urina) → Respiração → Rins Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Sistema endócrino Funções − Controla funções orgânicas (age com o sistema nervoso) − Controla: crescimento e desenvolvimento, controle da glicemia e do metabolismo celular, concentração de ions no sangue, comportamento e maturação sexual * Suas ações estão relacionadas com a secreção de hormônios e suas respectivas funções em cada tecido Hormônios São mensageiros químicos que são secretados no sangue, exercem efeitos em baixas concentrações e liga em receptores próprios *Acidose* − Concentração de H+ alta e o pH baixo, ou seja, muitos íons H+ − O rim irá tentar tirar da circulação os íons H+ e colocar bicarbonato − A enzima anidrase carbônica junta CO2 com H2O e irá formar ácido carbônico que será quebrado em H+ e Bicarbonato, então o H+ é secretado e o bicarbonato é reabsorvido e servirá como tampão no sangue, neutralizando o pH → Quando o H é excretado, um potássio vai para circulação, então pode ocorrer uma hiperpotassemia *Alcalose* − Concentração de H+ baixa e o pH alto, ou seja, poucos íons H+ − O rim irá realizar o mesmo processo com a enzima anidrase carbônica, porem o íon H+ passa para o espaço intersticial ou por um transportador de hidrogênio ou realiza uma troca com o potássio (H sai e K entra) − O bicarbonato e o potássio são excretados na urina → Com isso, pode ocorrer uma hipopotassemia − Secreção endócrina: produzido por uma glândula e precisa cair na corrente sanguínea pois vai atuar em alvos distantes − Secreção autócrina: ação nela mesmo − Secreção parácrina: ação em células vizinhas Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Classificação − Proteicos: formado por vários aminoácidos, formando uma proteína (maioria de nossos hormônios) − Esteróides: possui colesterol como precursor (ex: hormônios sexuais – progesterona, estrógeno e testosterona; cortisol e aldosterona) − Aminoácidos: composto por um único tipo de aminoácido (ex: T3 e T4) HORMÔNIOS ESTERÓIDES − São derivados do colesterol − Suprarrenal ou adrenais: aldosterona e cortisol − Gônadas: estrógeno, testosterona e progesterona − Placenta: a partir do 3º mês de gestação − Possuem meia vida longa (efeitos duradouros) Mecanismo de ação: − Podem se ligar no citoplasma ou no núcleo − O hormônio esteroidal possui um efeito genômico, ele leva a célula à uma produção de movas proteínas − Está sempre associado à uma proteína carreadora HORMÔNIOS AMINOÁCIDOS − Sintetizados a partir de um aminoácido − Seus receptoressão de membrana → Exceto T3 e T4 (receptor nuclear) − T3 e T4: duas moléculas de tirosina + iodo (4 ou 3) HORMÔNIOS PROTEICOS − Meia vida curta → Resposta rápida e curta − Receptor de membrana − Sintetizado na forma de pré-pro-hormônio Eixo hipotálamo - hipófise − Não é uma estrutura única (neuro hipófise – continuação do tecido neural do hipotálamo; adeno-hipófise – é como se fosse uma glândula endócrina) * A neuro hipófise não produz nada, ela apenas armazena o que foi produzido no hipotálamo (neuro hormônios – ocitocina e vasopressina) − A adeno hipófise só produz hormônio se houver sinal do hipotálamo Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO → Prolactina, TSH (tireoestimulante – tireoide), ACTH (adreno corticotrófico – glândula adrenal da suprarrenal), GH (hormônio do crescimento – não possui um alvo endócrino), FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) → FSH e LH atuam nas gônadas Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal − São encontradas no polo superior de cada rim − O único hormônio produzido pelo estímulo do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é o cortisol ESTEROIDOGÊNESE Aldosterona Cortisol* Androgênios Adrenalina *A ação de enzimas é importante para definição de qual hormônio será produzido a partir do colesterol Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO CORTISOL Hipercortisolismo − Síndrome de Cushing (a pessoa produz mui cortisol) → Farmacológico: uso em excesso de corticoides * Paciente transplantado toma corticoide para impedir que a pessoa reconheça como estranho o órgão que recebeu (ele irá suprimir o sistema imunológico) → Sintomas: imunodepressão, gordura na região abdominal, perda de cálcio nos ossos, hiperglicemia Hipocortisolismo − Síndrome de Addison ANDOGRÊNIOS ADRENAIS − Hormônios masculinos produzidos pela suprarrenal − No homem há pouca atividade, pois, maior parte das ações vem da testosterona − Na mulher são responsáveis pelo desenvolvimento de pelos pubianos e axilares e pela libido Eixo hipotálamo-hipófise-tireoide − Localizada anteriormente à traqueia − Produz T3, T4 (Células foliculares – no interior do folículo tem o coloide que é suprimento de hormônio) e calcitonina (células C – presente em menor quantidade) − O ritmo circadiano (ao longo do dia temos uma “programação” da liberação de CRH) e estresse estimulam o hipotálamo a produzir o CRH que dará sequência na produção de cortisol − Normalmente produzimos mais cortisol de manhã (8 da manhã) e a menor produção é de madrugada − No fígado - estimula gliconeogênese; Musculo – catabolismo de proteínas; Tecido adiposo – lipólise; possui uma ação anti-inflamatória − Em excesso – efeito de diabete (aumenta a glicemia) − O hipotálamo produz TRH → cai na corrente sanguínea → estimula adeno hipófise a produzir TSH → cairá na corrente sanguínea → atinge a tireoide estimulando a produção de T3 e T4 *O próprio hormônio controla sua produção (se te muito de um, ele “avisa” que tem muito e diminui a produção) − Nós temos uma produção constante de TRH → No frio produzimos mais: por possuírem ação termogênica → Em jejum produzimos menos: pois a produção deles aumentaria o gasto energético Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO T3 E T4 − Comandam a atividade enzimática → Aumenta a produção de ATPase (envolvido com o gasto energético) − TSH – faz hipertrofia (aumento do tamanho) e hiperplasia (número de células aumentam) das células foliculares e estimula a síntese de tiroglobulina − São hormônios com receptores nucleares − Aumenta: o número de mitocôndrias, enzimas respiratórias, ATPase e outras enzimas além de aumentar o metabolismo e consumo de O2 → Aumento do débito cardíaco, da função renal, a ventilação e eliminação de CO2 → Crescimento e desenvolvimento dos ossos e do SNC Hipotireoidismo − Intolerantes ao frio (o consumo de O2 é menor) − Déficit proteico (unha, cabelo, pele) − Acúmulo de mucopolissacarídeo na pele − Redução na atividade do SNC − Bradicardia − Ganho de peso Hipertireoidismo − Intolerância ao calor − Perda de peso, porém com muita fome − Diarreia intensa − Insônia, agitação tremor − Taquicardia − Aumento da tireoide e globo ocular para fora Feedback negativo − O iodo circulando no sangue entra na célula e logo passa para o coloide − A tireoglobulina é produzida na célula folicular e é lançada no coloide – ela irá levar o hormônio sintetizado para a corrente sanguínea − A tirosina e o iodo se organizam no coloide na forma de MIT (monoiodotirosina – 1 iodo + 1 tirosina) e DIT (di-iodotirosina – 2 iodo + 1 tirosina) → T3 = MIT + DIT → T4 = DIT + DIT * Bócio endêmico: causado pela deficiência de iodo − Se a pessoa possui pouco iodo na alimentação − Gerará uma deficiência e então, haverá pouco T3 e T4 − Vai sinalizar o hipotálamo que tem pouco e então vai produzir mais TSH − O TSH irá superestimular a tireoide que leva a hipertrofia e hiperplasia − A pessoa desenvolve anticorpos contra a tireoglobulina (não a produz) − No hipertireoidismo a pessoa produz imunoglobulinas que se fantasiam de TSH e então a tireoide é estimulada, aumenta e consequentemente há um aumento de T3 e T4 → Um dos tratamentos é bloquear o receptor ou tirar essas imunoglobulinas Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO GH- hormônio do crescimento − Não faz parte de um eixo inteiro − Produzido pela adeno-hipófise (somatotrofos) − Existe um mecanismo de controle local para liberação (GHRG) e inibição (somatostatina) do GH − Estímulos: → Jejum: o GH tem uma ação hiperglicemiante (no fígado) → Ritmo circadiano: estimula a secreção → Cortisol: estimula a somatostatina que inibe a síntese de GH → Estresse: estimula a somatostatina que inibe a síntese de GH − Feedback: → Se tem muito GH há diminuição da sua produção e liberação − Alvo: → Ossos → Fígado (estimula o IGF – somatomedina) Age similar ao GH (aumento da glicose, crescimento das cartilagens e ossos) Horário da secreção − Nesse estudo, foram colocadas pessoas para dormir a noite e de dia e analisaram a secreção do GH − Foi possível ver, que não há um horário específico como o cortisol, e sim que há uma maior liberação do GH nas primeiras horas dormidas, independente de horário Ações do GH − Crescimento ósseo − Papel anabólico – aumento na síntese proteica → Algumas pessoas fazem uso do GH com a intensão de crescimento muscular → Porem podem ter risco de aumentar outras partes do corpo e não só o musculo − Degradação de lipídios e produção de glicose hepática − Ação direta na placa epifisária: → Proliferação celular → Estímulo de colágeno (principal componente da matriz orgânica) Ana Beatriz Freitas | CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO Distúrbios do GH − Nanismo (hiposecreção de GH a pessoa acaba não crescendo) − Gigantismo (hipersecreção de GH, pessoa cresce demais) − Acromegalia (pessoa cresceu e então na vida adulta “do nada” a pessoa continua crescendo pés, mãos, queixo) Pâncreas endócrino − Constituido pelas células a (glucagon), b (insulina) Insulina FATORES QUE DETERMINAM A SECREÇÃO DE INSULINA − Aumento da concentração de glicose plasmática → A glicose entra na célula pancreática, é transformada em glicose-6-fosfato ocorre uma despolarização que faz com que as vesículas de insulina sejam excretadas (proporcional à glicose que entrou) → A enzima glicoquinase é um “sensor” de glicose AUMENTO DA INSULINA PLASMÁTICA APÓS ADMINISTRAÇÃO DE GLICOSE − Ocorrem duas ondas de liberação de insulina → Assim que cai na circulação, já ocorre uma rápida liberação de insulina → Após alguns minutos ocorre uma segunda liberação (lenta e prolongada) FATORES QUE REGULAM A SECREÇÃO DE INSULINA − Glicemia − Aumento na concentração de aminoácidos