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GABRIELLA PACHECO – MED102 Parasitologia Médica - P2 RESUMO P2 102 - PARASITOLOGIA MÉDICA GIARDÍASE Espécie: Giardia lamblia (ou Giardia intestinalis) Forma: Trofozoíto ou cisto (oval ou elipsoide). Assintomáticos: Liberam cistos por até 6 meses. Sintomas: Irritabilidade, diarreia aquosa explosiva de odor fétido com muco, não tem sangue nas fezes, esteatorréia em crianças (fezes gordurosas), gases, dor abdominal, distensão abdominal, síndrome de má absorção intestinal. Diarreia: Elimina cistos e trofozoítos. Sem diarreia: Elimina cistos. Diagnóstico laboratorial: Exame de fezes diarreicas e formadas. Fezes: Com muco, cistos, gordura e não tem sangue. AMEBÍASE Espécie: Entamoeba histolytica E. dispar: Também tratar, PCR ou exame parasitológico para diferenciar da E. histolytica. Sintomas: Úlceras "botão de camisa" ou "colo de garrafa" no ceco, massas granulomatosas (amebomas), lesões na pele (região anal ou vaginal), colite disentérica (8 a 10 ou mais evacuações por dia), colite não disentérica (2 a 4 evacuações por dia), apendicite amebiana, febre, tenesmo, hemorragia. A infecção pode ser: → Assintomática; → Colite amebiana não disentérica: diarreia, dores abdominais, sangue e muco nas fezes; → Colite amebiana disentérica: febre, fezes muco-piosanguinolentas (muco, pus e sangue), cólica, tenesmo, perda de peso; → Colite necrotizante: febre elevada, diarreia com sangue, muco e purulência com odor de ovo podre; → infecções extra-intestinais: abscesso hepático. Diagnóstico: EPF com MIF (mercúrio, iodo e formol), PCR em abscesso hepático, ELISA, tomografia, ultrassonografia. Intestinal: Exame parasitológico de fezes Extra-intestinal: Sorologia ou biopsia, exames por imagem Fezes: Com cistos tetranucleados, muco, sangue, pus. Profilaxia: Combate a moscas, lavar bem os alimentos. Tratamento: Metronidazol, Annita GABRIELLA PACHECO – MED102 TRICOMONÍASE Espécie: Trichomonas vaginalis Trichomonas tenax (cavidade oral) e Pentatrichomonas hominis (duodeno) não são patogênicos. Transmissão: Relação sexual (homem é o reservatório), contágio com água de banho, toalhas, roupas, assentos sanitários, instrumentos ginecológicos, fômites. Diagnóstico: Pesquisa de parasitos nos exsudatos, parasitológico, imunológico (reações de aglutinação, imunofluorescência e ELISA). Profilaxia: Diagnóstico e tratamento dos doentes, uso de preservativos, redução da promiscuidade. Tratamento: Metronidazol, Tinidazol, Ornidazol, Nimorazol. MULHER Sintomas: Infecção no epitélio vaginal e exocérvix, vaginite, “colo em framboesa”, corrimento amarelo-esverdeado bolhoso de odor fétido (peixe), prurido, irritação vulvovaginal, dor ao urinar, dor em relações sexuais e frequência miccional. Secreção purulenta: Infecção bacteriana oportunista (Neisseria gonorrohea, Chlamydia trachomatis) ou virais-herpes. Com corrimento vaginal abundante, branco e sem sangue, constituído por exsudato inflamatório rico em células descamadas, piócitos e muco (leucorreia). Gravidez: Parto prematuro, baixo peso de recém nascidos, endometrite pós parto e morte neonatal. • Transmissão de HIV e problemas com infertilidade. Coleta da amostra: Não realizar higienização vaginal entre 18 e 24h antes do exame, coleta com swab de algodão não absorvente com auxílio de espéculo. HOMEM Sintomas: Geralmente assintomático. Uretrite: Prurido, hiperemia, pouca secreção e ardência miccional na primeira urina da manhã. Complicações: Prostatite, balanopostite, cistite e epididimite. Coleta da amostra: Material uretral colhido com swab ou alça de platina. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Espécie: Leishmania braziliensis Transmissão: Insetos dípteros da subfamília Phlebotominae e do gênero Lutzomyia. Hospedeiro Invertebrado: Lutzomyia sp.(Lutzomyia intermedia) Sintomas: Forma cutânea localizada: Lesões ulcerosas, indolores, únicas ou múltiplas; Forma cutaneomucosa: Lesões mucosas agressivas que afetam a região nasofaríngea; Forma disseminada: Múltiplas úlceras cutâneas disseminadas hematogenicamente; Forma difusa: Lesões nodulares não ulceradas. GABRIELLA PACHECO – MED102 Formas Clínicas: Leishmaniose Cutânea: Hiperplasia histiocitária, hipertrofia do epitélio, edema e infiltração celular. A inflamação cutânea evolui para necrose, formando uma úlcera rasa ou uma ulceração profunda de bordos salientes, com o fundo da úlcera granuloso e limpo. A contaminação bacteriana tende a alterar esse quadro histológico- purulência. Leishmania braziliensis → provoca no homem lesões conhecidas por úlcera-de-Bauru, ferida brava, ferida seca e bouba. Leishmania guyanensis → lesões cutâneas conhecidas por pian bois. Úlcera única do tipo “cratera de lua” e freqüentemente dissemina-se dando origem a úlceras similares pelo corpo: metástases linfáticas. Leishmania amazonensis → lesões ulceradas simples e limitadas, contendo numerosos parasitos nos bordos da lesão. Não é um parasito comum do homem. Leishmania lainsoni → nova espécie isolada no Estado do Pará. Leishmaniose Cutaneomucosa: Esta forma clínica é conhecida por espúndia, nariz de tapir ou de anta, destruição total do septo nasal. O agente etiológico é a L. Braziliensis Leishmaniose Cutânea Difusa (LCD): Caracteriza-se pela formação de lesões difusas não ulceradas por toda a pele, contendo grande número de amastigotas. É rara, grave e apresenta reação de Montenegro negativa. A LCD está estreitamente associada a uma deficiência imunológica do paciente. L. amazonensis no Brasil. Diagnóstico: Pode ser feito com base na característica da lesão que o paciente apresenta, associado a anamnese. Exame direto de esfregaços corados; Exame histopatológico; Cultura; Teste de Montenegro; Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) Tratamento: Quase todos os pacientes apresentam reações colaterais com tais medicamentos, como cefaleia, artralgias, mialgias e, em alguns casos, depressão da medula óssea; exceto no tratamento com a azitromicina. As lesões mucosas podem surgir tempos depois da “cura” dos processos cutâneos. Em alguns casos, aparentemente curados, podem ocorrer recidivas. Glucantime ou antimoniato de meglumine (taxa de cura em torno de 70%). Pentamidinas (menos eficazes e mais tóxicas que glucantime), são indicadas na infecção por L. guianensis. Anfotericina B. Azitromicina (sem efeitos colaterais e capaz de curar 85% dos casos). LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA Espécie: Leishmania infantum chagasi Transmissão: Vetor: Lutzomyia longipalpis – maxadilan (vasodilatador) na saliva; acidentes de laboratório; transfusão sanguínea; uso de drogas injetáveis; transmissão congênita. Sintomas: Enfermidade infecciosa generalizada, crônica, caracterizada por: Linfadenopatia, anemia com leucemia, hipergamaglobulinemia, hipoalbuminemia e levando a óbito se o paciente não tratado. Tríade clássica: febre, hepatoesplenomegalia e pancitopenia Alterações Fisiológicas e Histopatológicas: Alterações Esplênicas: Hiperplasia e hipertrofia das células do SFM – esplenomegalia. Alterações Hepáticas: Hiperplasia das células do SFM e dilatação dos sinusóides. GABRIELLA PACHECO – MED102 Alterações no Tecido Hemocitopoético: Hiperplasia do setor histiocitario e formador de sangue. Alterações Renais: Relacionada à presença de imunocomplexos circulantes. Alterações Pulmonares: Pneumonia intersticial associada a infecções secundárias – broncopneumonia – óbito. Alterações nos Linfonodos: Infartamento. Alterações no Tubo Digestivo: Edema e alongamento das vilosidades do jejuno e do íleo. Alterações Cutâneas: Leishmaniose dérmica pós-calazar; queda de cabelos. Formas Clínicas da Leishmaniose Visceral: Forma Assintomática: Comum na maioria dos indivíduos de áreas endêmicas. Forma Oligossintomática ou Subclínica: Forma mais frequente da doença.Sintomatologia inespecífica: febre baixa recorrente, tosse seca, diarréia, sudorese, prostração. Forma Aguda: Forma semelhante à septicemia e caracterizada por diarreias, febre alta e tosse. Forma Sintomática, crônica ou Calazar Clássico: Febre irregular e de longa duração, emagrecimento (desnutrição e caquexia), hepatoesplenomegalia, ascite e edema generalizado, pancitopenia, dispnéia, cefaléia, dores musculares, perturbações digestivas e retardo na puberdade. Sinais e sintomas mais frequentes (em ordem): Febre, esplenomegalia, hepatomegalia, adinamia, palidez, linfoadenopatia, diarréia, epistaxes, petéquias, icterícia Complicações: Pneumonia e broncopneumonia; tuberculose pode ocorrer; Diarreia e disenteria ocorrem comfrequência; otite média, gengivite, estomatite e cancrum oris também ocorrem; Infecções concomitantes por Plasmodium ou Schistosoma têm sido encontradas associadas ao calazar. Superposição destas endemias; Aidéticos e Portadores de HIV: leishmaniose é considerada infecção oportunista. Diagnóstico: Pesquisa de parasitos; As leishmânias podem ser encontradas em aspirado de medula óssea, do baço ou de linfonodos, sendo a punção esternal (ou a punção da crista ilíaca, em crianças) as preferidas. Os métodos sorológicos (ELISA, a imunoeletroforese ou a imunofluorescência indi- reta, servem para inquéritos ou para quando não forem encontrados os parasitos. Tratamento: Antimoniato de meglumine, Estibogluconato de sódio, Pentamidina por via intra venosa, Anfotericina B, Alopurinol por via oral. Profilaxia: Combater os flebotomíneos vetores da infecção, aplicando inseticidas de ação residual nas casas e nos anexos, bem como nos abrigos de animais domésticos. Tratar todos os doentes, inclusive os assintomáticos. Recolher, tratar e isolar os cães sorologicamente positivos e os cães errantes. Limpeza e supervisão de abrigos de animais. Limpeza de Terrenos baldios. Podas de árvores - aumento da insolação. Destino adequado do lixo orgânico. DOENÇA DE CHAGAS OU TRIPANOSOMÍASE AMERICANA Espécie: Trypanosoma cruzi Uma das principais causas de morte súbita de pessoas em fase produtiva Transmissão: Vetor, Transfusão sanguínea; Transmissão congênita; Acidentes laboratoriais;Transmissão oral: Amamentação, ingestão de triatomíneos infectados, canibalismo, ingestão de alimentos contaminados com fezes de triatomíneos; transplante de órgãos; Caçadores com mãos feridas; Relação sexual (infectados); Fase aguda: Geralmente assintomática, infecção local (chagoma-sinal de Romana) GABRIELLA PACHECO – MED102 Sintomas: Febre, astenia, cefaléia, mialgia, adenite, morte em 10% dos casos por meningoencefalite ou miocardite aguda). Fase crônica assintomática: Longo período assintomático (10 a 30 anos), positividade dos exames, ausencia de sintomas da doença, ECG normal, radiografia normal de esôfago, de coração e de cólon, miocardite discreta, já apresentando denervação do Sistema Nervoso Autonomo. Fase crônica sintomática: Sintomatologia cardiocirculatória e digestiva. Forma cardíaca: Cardiopatia chagásica crônica (13%) Quadro clínico primário: Insuficiência cardíaca congestiva, dispneia de esforço, congestão visceral e edema dos membros inferiores. Cardiomegalia. Quadro clínico secundário: Tromboembolia cardíaca e nas veias dos membros inferiores, infarto e morte. Forma digestiva: Síndrome dos megas - megaesôfago e megacólon (10%). Alteração morfológica e funcional do tubo digestivo. Megaesôfago: Disfagia, dor retroesternal, regurgitação, soluço, tosse, sialose e pirose. Megacólon: Obstrução intestinal e perfuração. Forma nervosa: Manifestações neurológicas - alterações pscicológicas e comportamentais. DC Congênita: Abortamento, partos prematuros, alterações na placenta. Bebês assintomáticos ou com peso reduzido, hepatoesplenomegalia, abdome distendido e sinais de insuficiência cardíaca congestiva. DC em Imunossuprimidos: Reativação. Envolvimento do SNC com encefalite multifocal necrotizante e parasitos em abundância. Alguns pacientes desenvolvem a forma tumoral da doença. Diagnóstico diferencial com toxoplasmose. Diagnóstico: Clínico e laboratorial. Fase aguda: Pesquisa direta (exame de sangue à fresco, em gota espessa ou esfregaço sanguíneo co ado pelo método de Giemsa ou de Leishman) ou indireta (hemocultura, inoculação em animais de l boratório e xenodiagnóstico) do parasito e PCR. Fase crônica: Xenodiagnóstico, Pesquisa indireta do parasito ou métodos sorológicos ded gnóstico (PCR,RIFI, ELISA, Reação de Hemaglutinação Indireta). Profilaxia: Melhoria das habitações rurais, extensão das informações aos moradores rurais, melhoria dos anexos (chiqueiros, galinheiros, paióis, currais), combate ao barbeiro (vetor), controle do doador de sangue, controle da comissão congênita. Tratamento: Só existe tratamento medicamentoso para a fase aguda, quando se utiliza o benznidazol (ou o nifurtimox), com resultados variáveis segundo as linhagens de Trypanosoma cruzi. Na fase crônica, o tratamento é sintomático, sendo a cardiopatia chagásica medicada como as de outras etiologias. Tanto o megaesôfago como o megacólon são tratados cirurgicamente. GABRIELLA PACHECO – MED102 TOXOPLASMOSE Espécie: Toxoplasma gondii Doença clínica: Forma crônica assintomática Forma mais grave: Neonatos e indivíduos imunodeficientes Morfologia: Taquizoítas (fase aguda), bradizoítas (fase crônica) Transmissão: Ingestão de oocistos (caixas de areia, jardins, latas de lixo, disseminados por moscas, baratas, minhocas, etc), ingestão de cistos (carnes cruas ou mal cozidas), ingestão de taquizoítas (leite contaminado, saliva, acidente laboratorial, deposição de esperma infectado na mucosa vaginal, transfusão sanguínea) e transmissão congênita ou placentária (traquizoítas: rompimento de cistos no endométrio; taquizoítas no líquido amniótico). Toxoplasmose pós-natal ou forma adquirida Ganglionar: febre e lindoadenopatia Ocular: retinocoroidite Cutânea ou exantemática: forma lesões generalizadas na pele. Raramente encontradas. Os casos conhecidos foram de evolução rápida e fatal. Cerebroespinhal ou Meningoencefálica: reativação de cistos em imunodeficientes. Forma congênita: gestante em fase aguda, primoinfecção, marcador sorológico igM e igA, risco de transmissão aumenta com o tempo de gravidez (primeiro trimestre: 25%; segundo trimestre: 40%; terceiro trimestre: 65%). Patogenia: hidrocefalia, calcificação cerebral, retardo mental, miocardite aguda, pneumonia, hepatite, retinocoroidite (10%), estrabismo, microftalmia. Primeiro trimestre: Aborto. Segundo trimestre: Síndrome de Sabin, coriorretinite, calcificações cerebrais, perturbações neurológicas com retardo psicomotor, micro ou macrocefalia. Terceiro trimestre: Se manifesta dias, semanas ou meses após o parto. Compromentimento ganglionar generalizado, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, trombocitopenia, lesões oculares (degeneração variável chamada de foco em roseta ou em roda de carroça), microftalmia, estrabismo, catarata. Diagnóstico: Clínico sugestivo e laboratorial Fase aguda: parasitológico, isolamento em cultura de células, inoculação de animais de laboratório, sorológico (detecção de IgM - RIFI), molecular (PCR). Fase crônica: sorológico (detecção de IgG - RIFI) Marcadores na toxoplasmose: • IGM e IGG negativos: não há toxoplasmose. • IGM positivo e IGG negativo: Infecção por aguda por Toxoplasma gondii • IGM negativo e IGG positivo: infecção antiga por T. gondii (meses ou anos). Pode indicar forma crônica. Profilaxia: Saneamento pessoal e ambiental, educação, cuidado com fezes e contato com gatos, controle de roedores, caixas de areias, controle de insetos sinantrópicos, não ingerir carne crua ou mal cozida, não ingerir leite cru, higienização adequada das verduras. GABRIELLA PACHECO – MED102 Tratamento:Forma Agudas intomática: Pirimetamina associada com sulfadiazina ou sulfadoxina. Adicionar ácido folínico. Forma Aguda em Gestantes: Primeiro trimestre: Espiramicina Segundo trimestre: Intercalar Espiramicina e Sulfadiazina Terceiro Trimestre: Pirimetamina associada com sulfadiazina e Ácido folínico. Toxoplasmose ocular: Antiparasitários + corticóides. Ex: Cloridrato de clindamicina + sufadiazina + p edinizona. Encefalite em imunodeficientes: pirietamina + sulfadizina ou Pirimetamina + clindamicina. CRIPTOSPORIDIOSE Espécie: Cryptosporidium parvum Responsável pela “diarreia de verão” e “diarreia dos viajantes”; Mais grave em pacientes HIV positivos; Transmissão: Ingestão ou inalação de oocistos, autoinfecção, surtos epidêmicos: contaminação ambiental com fezes humanas ou de animais infectados atingindo alimentos e fontes de água de consumo ou recreação Sintomas: Na infecção de imunocompetentes sobretudo crianças (ingestão de oocistos), diarreia aquosa (3 a 10 evacuações diárias-1 a 3 litros), anorexia, dores abdominais, náuseas e vômitos, flatulência, febre baixa, cefaléia, síndrome de má absorção intestinal. Dura, em média, 10 dias Diagnóstico: Clínico - sintomatologia e laboratorial. Exame de fezes diarréicas e formadas. Oocistos nas fezes. Profilaxia: Medidas de higiene que previnam a contaminação da água e alimentos por oocistos, cuidados com o vestuário, e utensílios, não levar objetos que caem no solo à boca, sanitização, ingestão de alimentos higienizados e de água fervida/filtrada. Tratamento: nitazoxanida MALÁRIA Espécie: Plasmodium vivax (mais prevalente no Brasil) Plasmodium vivax, agente da “febre terçã benigna” com ciclo febril que se repete cada 48 horas (A) e é a mais frequente no Brasil. Plasmodium malariae, o agente da “febre quartã”, com acessos febris a cada 72 horas (B). É pouco frequente no Brasil. Transmissão: Fêmeas de mosquitos anofelinos (gênero Anopheles) – A. (Nyssorhynchus) darlingi: principal transmissor; A. (N.) aquasalis: costa de São Paulo ao Pará; A. (Kerteszia) cruzii e A. (K.) bellator: regiões de bromélias GABRIELLA PACHECO – MED102 de São Paulo para o sul do país. Acidentalmente: transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas contaminadas e acidentes de laboratório. Transmissão congênita-forma grave para o feto ou recém nascidos. Patogenia: A passagem do parasito pelo fígado (ciclo exo-eritrocítico) não é patogênica e não determina sintomas. No caso de P.vivax e P. ovale- formas hipnozoítas nos hepatócitos- recaídas da doença (novo ciclo eritrocítio). Fenômenos Patogênicos – Ci • Destruição dos eritrócitos parasitados; • toxidade resultante da liberação de citocinas (indução por hemozoína-pigmento malárico). • Pigmento malárico: A) P. falciparum: negro e evidente; B) P. vivax: marrom claro e pouco evidente; C) P. malariae e P. ovale: marrom escuro e evidente. • Sequestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar, no caso específico do P. falciparum- obstrução de capilares (sistema nervoso,coração,fígado,rins e intestino) • Lesão capilar por deposição de imunocomplexos, no caso do P. malariae.- síndrome nefrótica Diagnóstico: Clínico: a febre é considerada indicadora em epidemias. GABRIELLA PACHECO – MED102 Laboratorial: Pesquisa do parasito no sangue periférico: Microscopia óptica + lâminas coradas (Giemsa ou azul de metileno). Gota espessa: parasitemia -> Avaliação da presença de 1 a mais de 200 parasitos por campo de gota espessa. Outros métodos: baseiam-se em anticorpos monoclonais e policlonais. Profilaxia: Proteção individual (repelentes, telas em portas e janelas), quimioprofilaxia (antimaláricos), medidas coletivas (combate ao vetor adulto e os imaturos; saneamento básico e melhoria das condições de vida), vacinas – têm sido testadas vacinas anti-esporozoítos, contra formas assexuadas eritrocíticas e contra formas assexuadas.
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