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Resenha Crítica - Preconceitos no cotidiano escolar: a medicalização do processo ensino-aprendizagem

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Resenha crítica de texto
Nome: Bianca de Oliveira Castelli 
Disciplina: Tópicos Especiais em Teorias Psicológicas na Educação
Turma: 2016/2 – 7º Semestre
	O texto trata sobre como se dá a medicalização no contexto escolar, devido às dificuldades de aprendizagem, como é realizado o diagnóstico e quais as consequências. Nesse contexto, pode-se analisar que crianças desde cedo vem usando medicamentos “fortes” para inibir ou melhorar seus comportamentos, uma criança muito ativa, logo é taxada como hiperativa ou então um aluno que tem dificuldade de aprender já é diagnosticado como hiperativo. Dessa forma, estamos em uma sociedade que qualquer comportamento diferente do socialmente aceito já é ofertados medicação, ao contrário de buscar diferentes formas para intervir.
	Nesse sentido, transformar essas questões sociais em biológicas facilita esse processo de procurar culpados pela dificuldade de ensino-aprendizagem, isentando assim a instituição escolar, o aluno e a família. Com isso, o fracasso escolar aparece como uma doença da criança, sendo necessário como resolução, o inicio da medicalização. No entanto, o problema é que, a medicação é pensada antes mesmo de buscar motivos que causam essa dificuldade ou até mesmo alternativa para auxiliar o aluno. 
	Embora a medicação possa ajudar em alguns aspectos, devem-se buscar outras formas de intervir nesse problema, deixando o tratamento medicamentoso como último recurso. Entretanto, como foi discutido na última resenha, as escolas buscam por resultados a todo o momento, dessa forma há um certo imediatismo para que o aluno consiga produzir cada vez mais. Só que nesse momento, não se pensa nos fatores que levam a criança ter essa dificuldade, deixando a culpa totalmente para o aluno e os seus familiares, isentando assim a instituição escolar. 
	Dessa forma, é preciso pensar não em achar o culpado para a dificuldade de aprendizagem, mas buscar métodos que facilite esse processo sem o uso de medicamento e principalmente que seja realizado um acompanhamento multidisciplinar antes de dar o diagnóstico, pois a criança passa a ser estigmatizada. 
	Em suma, a medicalização no processo ensino-aprendizado deve ser superada. Existem outros métodos que pode se pensar para substituir a medicação para crianças com queixas escolares, deixando o tratamento medicamentoso caso seja dado o diagnóstico através de um acompanhamento multidisciplinar. Sendo assim, não é necessário achar um culpado para o fracasso escolar, mas buscar novas formas para auxiliar o aluno que possui dificuldades.
Referência:
Collares, C. A. L. & Moysés, M. A. A. Preconceitos no cotidiano escolar: a medicalização do processo ensino-aprendizagem. In Conselho Regional de Psicologia SP & Grupo Interinstitucional Queixa Escolar. (2011). Medicalização de crianças e adolescentes – Conflitos silenciados pela redução de questões sociais a doenças de indivíduos. São Paulo: Casa do Psicólogo, pp. 103-213.

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