Buscar

03 Direito Penal seção 3 Reclamação Constitucional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
NONO NINHO, brasileiro, casado, vendedor , inscrito no CPF sob o nº, RG nº, residente e domiciliado na cidade de Vargem no Estado de São Paulo, na rua nº, Bairro,, por seu (a) advogado (a) que a esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, e deste Egrégio SUPREMO TRIBUNAL, propor à presente:
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL, com fundamentos nos artigos 102, inciso I, alínea I e 105, inciso I, alínea F, ambos da Constituição Federal, em face da apresentação de inicial acusatória sem a indicação de fatos novos, violando o entendimento desse Egrégio Supremo Tribunal (súmula 524), consoante os motivos e fatos a seguir:
1. DA TEMPESTIVIDADE
O artigo 988 §5º do CPC informa não o prazo prescricional da apresentação da reclamação, mas sim quando ocorrerá a sua inadmissibilidade, existindo dois momentos para tal desfecho.
O primeiro informa que será inadmissível a apresentação da reclamação após o trânsito em julgado da demanda, o que efetivamente não foi consolidado no presente caso. 
O segundo momento informa que será inadmissível a reclamação para garantir a observância de, em termos gerais, jurisprudência em temas de julgamento de repercussão geral ou repetitivos, enquanto não esgotadas as instâncias ordinárias. 
Tal não se aplica na presente, questão que vem enfrentar a denúncia apresentada por reabertura de inquérito policial arquivado por despacho do juízo a requerimento do Ministério Público sobre a pessoa de novo procurador, sem a apresentação das novas provas determinadas pelo Código processual Penal estando a reclamação TEMPESTIVA.
2. DOS FATOS 
O impetrante foi denunciado e preso preventivamente em razão da suposta prática do crime de Roubo previsto no CP artigo 157. Após o êxito no requerimento que visava ao relaxamento da prisão em flagrante, efetuada e ratificada pela polícia de Vargem/SP, o mesmo teve contra ele decretada a prisão preventiva, a qual vem sendo combatida através do devido Recurso Ordinário Constitucional.
Enquanto tramita paralelamente o requerimento liberatório, os autos retornaram à delegacia de polícia de Vargem/SP para a devida instauração e finalização do inquérito policial, mediante requisição da autoridade judiciária.
Encaminhado o feito ao Ministério Público, optou por não oferecer a inicial acusatória, representando, assim, pelo trancamento do inquérito policial em razão da ausência de elementos mínimos de autoria (insuficiência de provas), com base nos arts. 18 e 28 do CPP, fato que não sofreu nenhum tipo de
oposição após o cumprimento de todos os trâmites previstos em lei (art. 28 do CPP).
Entretanto, o Ministério Público, através de novo representante, requereu o desarquivamento do inquérito e ofertou nova denúncia, mesmo após nova manifestação da autoridade policial de Vargem/SP, pela ausência de novos fatos ensejadores do indiciamento e NONO NINHO, em razão da suposta prática do crime descrito no §2º-A do art. 157 do CPB, não trazendo ao feito qualquer elemento de convicção diverso.
3. DO DIREITO
A Reclamação Constitucional se presta ao combate do descumprimento da súmula vinculante, e consequentemente a garantia da autoridade das súmulas perante órgãos judiciais e administrativos, ou ainda quando um juiz ou tribunal processa uma ação de competência do STF.
No presente caso, utiliza-se o instituto para combater a violação à Súmula nº 524 desta Suprema Corte, a qual estabelece que, “arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas”.
O arquivamento, quando ocorre a falta de indícios da autoria, dar-se-á por despacho do juiz atendendo a requerimento do Ministério Público. Em ocorrendo a hipótese, o despacho em questão é irrecorrível, somente tornando-se possível o desarquivamento se obediente aos termos da Súmula 524 do STF. 
O que claramente não foi respeitado, pois a autoridade policial manifestou pela ausência novos fatos ensejadores do indiciamento de NONO NINHO, e mesmo após, o Ministério Público ofertou nova denúncia, alegando para tanto que entendeu acerca da existência de prova da materialidade e indícios suficientes da autoria por parte de NONO NINHO.
4. DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR
A demonstração efetiva de que houve violação da autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal, da Súmula nº 524, é suficiente para autorizar a concessão do provimento judicial liminar consistente na suspender a tramitação dos autos principais, tendo em vista a proximidade da data da Audiência de Instrução e Julgamento. 
5. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer que, após a concessão da medida liminar pleiteada, seja julgada procedente a reclamação para “cassar decisão exorbitante de seu julgado, ou determinar medida adequada à observância de sua jurisdição”, nos termos do art. 161 do RISTF, medida que, com toda certeza, fará valer a autoridade dos julgados deste Colendo Supremo Tribunal. 
Requer ainda, a intimação da autoridade para prestar informações, no prazo de 10 (dez) dias, e a intimação do Ministério Público Federal, para que conteste os pedidos aqui contidos, no prazo máximo de 15 dias. 
Nesses termos, pede deferimento.
Cidade , 14 de Fevereiro de 2020.				
ASSINATURA ADVOGADO
OAB Nº

Outros materiais