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HISTORIA DO DENTISTA

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COMEÇO
No final dos anos 50 tomou corpo um movimento na Odontologia brasileira, que tinha como meta a criação do Conselho Federal e dos Regionais de Odontologia. Foi enviado um anteprojeto ao Presidente da Câmara Federal, Dep. Ranieri Mazzilli, que o encaminhou ao Ministério da Saúde para apreciação. 
Em 31 de agosto de 1960, o então Ministro da Saúde e cirurgião-dentista, Dr. Pedro Paulo Penido, enviou ao Sr. Presidente da República, Juscelino Kubitschek, o anteprojeto de lei que instituía o Conselho Federal e Estaduais de Odontologia.
Por meio da Mensagem nº 357, de 27 de setembro de 1960, Juscelino Kubitschek encaminhou o projeto ao Congresso Nacional, que, após tramitação, foi convertido na Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964, promulgada pelo Presidente em Exercício, o Dep. Ranieri Mazzilli.
CRIAÇÃO DOS CONSELHOS
Pela nova Lei, foi criado o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo – CROSP, além do Conselho Federal e os demais 26 Conselhos Regionais, constituídos em seu conjunto em uma Autarquia, sendo cada um deles dotado de personalidade jurídica e de direito público, com autonomia administrativa e financeira e com a finalidade de supervisionar a ética profissional em toda a República, cabendo-lhes zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente.
O CROSP é gerido pelos seus 10 Conselheiros, sendo divididos em cinco efetivos e cinco suplentes, e sua Diretoria é formada por Presidente, Secretário e Tesoureiro. O mandato dos Conselheiros é bienal, sendo eleitos pelo voto secreto e obrigatório da maioria absoluta dos cirurgiões-dentistas inscritos sob a jurisdição do CROSP e com direito a voto. O mandato é meramente honorífico (artigo 9º, parágrafo único da Lei 4.324/64).
Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária.
25 DE OUTUBRO DE 1884 REPRESENTA UM MARCO DE UMA PROFISSÃO EM CONSTANTE EVOLUÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
O Dia do Dentista Brasileiro celebra o decreto 9.311, de 25 de outubro de 1884, que criou os primeiros cursos de graduação de Odontologia do Brasil, no Rio de Janeiro e na Bahia. Mas a história da Odontologia no Brasil remonta do período colonial, quando os mestres-cirurgiões e os barbeiros eram autorizados a realizar a extração de dentes. Desde então, a Odontologia brasileira percorreu um longo e vitorioso caminho até se tornar uma das mais desenvolvidas e respeitadas do mundo.
Outros marcos regulatórios importantes foram a regulamentação da Odontologia em 1932 e a lei que disciplinou o exercício da profissão de 1951, além da criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Odontologia em 1964.
A evolução da profissão de cirurgião-dentista caminhou em paralelo ao estabelecimento do marco regulatório. A Odontologia brasileira sofisticou-se e incorporou novas tecnologias e procedimentos, além de criar nichos de atuação.
O quadro de especialidades continua a crescer com a incorporação recente da Acupuntura, Odontologia do Esporte e a Homeopatia. O CFO reconhece atualmente 22 especialidades. Há também nove habilitações, incluindo a Odontologia Hospitalar, regulamentada no ano passado.
Uma das tendências da Odontologia brasileira é a incorporação de métodos menos invasivos, que minimizam o desconforto dos tratamentos. A tecnologia cumpre um papel fundamental neste processo. Os cirurgiões-dentistas valem-se cada vez mais de técnicas modernas para reduzir a dor como a laser terapia, que apresenta efeitos anti-inflamatórios e analgésicos.
Mas talvez a maior preocupação do cirurgião-dentista brasileiro seja a de criar condições para que toda a população do país tenha acesso ao tratamento odontológico. Neste sentido, o programa Brasil Sorridente – Política Nacional de Saúde Bucal – levou a milhares de municípios do país o acesso ao tratamento gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O cirurgião-dentista brasileiro hoje está presente em todos os rincões do Brasil.
O trabalho sério rendeu frutos. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) relevou que a Odontologia ocupa o 2º lugar em ranking de “desempenho trabalhista” no país. Os pesquisadores avaliaram salários, jornada de trabalho, taxa de ocupação e cobertura de previdência de 48 carreiras de nível superior para chegar a essa conclusão.
Neste 25 de outubro, o CFO deseja parabenizar todos os cirurgiões-dentistas brasileiros pelos excelentes serviços prestados à população e reiterar que o Conselho é o seu maior aliado no esforço permanente para o desenvolvimento da Odontologia brasileira.

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