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Descartes e o Racionalismo Modernidade René Descartes ↪ Nascido em 1596, é considerado pai do racionalismo moderno ↪ Cria um novo método diferente do pensamento clássico: −“A verdade só pode ser alcançada pela razão” −“Os sentidos são enganosos, incapazes de nos revelar o conhecimento verdadeiro” −“Somente os princípios lógicos (matemáticos) podem servir de base para os conhecimentos seguros” Contexto Histórico ↪ As novas teorias científicas construídas por Copérnico, Galileu e Kepler reformulam os princípios da física e a maneira de compreender o universo. ↪ A reforma protestante coloca em xeque a autoridade da Igreja. ↪ O Renascimento traz uma visão de mundo mais centrada no ser humano e na sua capacidade nacional ↪ A modernidade, com a R. Científica, traz uma nova forma de investigação filosófica (teoria do conhecimento) − Correntes filosóficas: racionalismo e o empirismo. (distintas e conflitantes) Pensamento Filosófico ↪ O erro decorre do mau uso da razão. O objetivo era desenvolver um método que guiaria a razão humana e tiraria do erro ↪ O método utilizado desde a Antiguidade (Aristóteles) era muito formal e não garantia a verdade. Método Cartesiano ↪ Para Descartes a razão consiste no uso do bom senso para “julgar de forma correta e discernir o verdadeiro do falso”, e aplicá-lo bem significa aplicá-lo segundo um método capaz conduzir a própria razão. ↪ Etapas do método: 1° − Evidência: jamais aceitar como verdade uma coisa que não se soubesse ser evidente como tal 2° − Análise: dividir uma dificuldade em maior número de partes possíveis para melhor resolvê- las. 3° − Síntese: conduzir por ordem seus pensamentos, do mais simples para o mais complexo. 4° − Enumeração: revisar as etapas anteriores, a fim de nada omitir. Dúvida metódica ↪ Descartes não ignorou o ceticismo, utilizou-o como ferramenta de crítica para gerar conhecimento ↪ Reconhecia a importância da dúvida na produção do conhecimento filosófico. Afinal, conhecimento sem reflexão é opinião ↪ Faz uso da dúvida metódica hiperbólica para alcançar o seu conhecimento inabalável Estágio da dúvida ↪ Caracterizada como metódica, − Ordenada, lógica, possui desenvolvimento controlado, com um determinado fim. − Radical (atinge todo o conhecimento) e hiperbólica (exagerada, considera como falsas as opiniões com o menor indício de dúvida). 1° − Argumento dos sentidos (falíveis) “A sensibilidade nos engana” 2 – Argumento do sonho (real x irreal) “O que garante que não estou dormindo agora?” 3 – Argumento do gênio maligno “E se houver uma ser todo-poderoso que me engana a cada vez em que eu julgo possuir um conhecimento verdadeiro?” (insegurança) Teoria do cogito ↪ “Penso, logo existo” ↪ “Se estou duvidando, estou pensando. Ora, se para duvidar é preciso pensar e só posso pensar se existir, duvidar da minha existência confirma exatamente que eu existo!” ↪ A capacidade de pensar define que a nossa essência é a racional. ↪ Princípio seguro que traz a certeza de que somos um sujeito pensante Tipos de ideias ↪ Inatas: aquelas presentes no pensamento por natureza ↪ Adventícias: ligadas aos sentidos ↪ Imaginativas: ligadas à imaginação ● Os sentidos só têm valor sob o comando da razão. ● No mundo há apenas duas substâncias, res cogitans e res extensa. ● A res cogitans é a esfera da consciência, da razão e da ideia. ● A res extensa é o mundo material, conhecível, mas não confiável. ● O ser humano é composto pelas duas, sendo sua parte essencial a res cogitans ● Deus é uma substância especial, ou separada da existência mundana, é a res infinita, ● Descartes formula uma concepção metafísica dualista e idealista, onde a existência é formada por matéria e ideia, sendo a ideia (ou razão) preponderante por ser confiável.
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