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Relação entre desenvolvimento humano e acesso a energia elétrica no Brasil

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Relação entre desenvolvimento humano e energia elétrica no Brasil
Alunos:
Boris Kássimo Cunha
Juliana Nascimento Silva
Robson da Silva Santini
Resumo
O índice de desenvolvimento humano (IDH) é um indicador utilizado pelas Nações Unidas para dar maior luz aos fatores de desenvolvimento humano e não só ao crescimento econômico, e que para se efetivar o referido desenvolvimento há condições humanas que são necessárias atingir. O presente trabalho objetiva, estudar a relação direta entre o uso de energia e o Índice de Desenvolvimento Humano, de que forma o uso de energia elétrica pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Para a realização do presente trabalho, o escopo temporal escolhido é 2017, e utilizou-se o QGIS e os dados de produção de energia por estado, analisando o consumo em diferentes setores por estado, associando esses dados aos de Índice do Desenvolvimento Humano, para entender essa correlação e de que forma a energia influência no desenvolvimento socioeconômico no Brasil. E o estudo conclui-se que….. 
O consumo de energia também pode ser considerado um indicador de desenvolvimento econômico e da qualidade de vida, uma vez que o uso da energia proporciona a geração de riquezas e qualidade de vida para a população de um país.
Palavras-chave: IDH, energia elétrica, QGIs
Introdução
Energia é um ingrediente essencial para o desenvolvimento, que é uma das aspirações fundamentais da população dos países da América Latina, Ásia e África. O consumo de energia per capita pode ser usado como um indicador da importância dos problemas que afetam estes países (GOLDEMBERG, 1998). O acesso à energia elétrica configura-se como uma necessidade básica dos indivíduos, já que o homem utiliza a energia para desenvolver diversas atividades, tais como, processo industriais, transporte, dentre outras (BRAGA et al, 2005). Assim, com o intuito de modificar e melhorar os padrões de vida da coletividade, o homem utiliza a tecnologia energética para viver mais e melhor (BRAGA et al, 2005).
Uma das condições básicas para a melhoria da qualidade de vida de população independentemente do território em que esta se encontra inserida, passa necessariamente por ter um sistema educacional e de saúde adequado, e para se ter tais sistemas é requerida não só os recursos humanos, mas sim uma estrutura física equipada de tecnologias que na sua maioria necessita de energia elétrica para o seu funcionamento. Nessa ótica, se o acesso a energia elétrica for assimétrico, em um determinado país ou região pode constituir uma barreira para o desenvolvimento na zona onde tiver menor taxa de eletrificação. 
Nascimento e Giannini (2002,) afirmam que “o acesso à energia elétrica interfere na vida do homem [...], tanto no aspecto de eficiência microeconômica quanto nos termos de sua integração social”. Já Pereira et al (2005), defende que, para que um cidadão alcance bem estar social e para que seu país se desenvolva economicamente, é importante que este seja abastecido perfeitamente com energia elétrica. Os autores inclusive apontam a segregação energética como fator de desigualdade social.
No Brasil, a questão do acesso à rede de distribuição de energia elétrica é assunto de extrema relevância, considerando a dificuldade no atendimento às diferentes populações, em um território demasiado amplo e desigual. A falta de acesso à energia elétrica contribui, significativamente, para ocorrência de inúmeras intempéries sociais, principalmente migração e pobreza (VELÁSQUEZ et al, 2006). Por isso é fundamental que o acesso à energia elétrica seja expandido em todas as regiões do país. 
O presente trabalho tem como objetivo analisar a correlação entre o consumo e/ou acesso à energia elétrica e o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH nos estados do Brasil, utilizando os dados de produção e de uso de energia elétrica de 2017, e recorreu-se a feramente computacional QGIs para processar os dados. O índice de desenvolvimento humano (IDH) é um indicador utilizado pelas Nações Unidas para dar maior luz aos fatores de desenvolvimento humano e não só ao crescimento econômico. O Brasil possui distintos níveis de desenvolvimento econômico, qualidade de vida e consumo de energia, desta forma a hipótese levantada é de que estados com maior consumo e/ou acesso à energia elétrica seriam os que possuem maior IDH. 
Revisão Bibliográfica
A energia começou a apresentar utilidade quando o homem passou a manipular o fogo, na Idade Média. Para fins náuticos, explorou-se a energia proporcionada pelo vento, com a Revolução industrial, surge uma nova possibilidade de manipulação da energia. O carvão tornou-se a matéria-prima utilizada nas máquinas a vapor, sendo substituído posteriormente pelo petróleo. Com os estudos sobre o eletromagnetismo, surge a possibilidade de conversão entre a energia mecânica pela elétrica, a qual passou a ser comercialmente utilizada a partir do século XIX (SOUZA e FERREIRA, 2011). 
O advento da energia elétrica, para fins comerciais, em meados do século XIX, foi extremamente importante para o processo de desenvolvimento das mais diversas atividades humanas, acompanhadas da produção de novas tecnologias, favorecendo assim tanto o progresso econômico quanto social (SOUZA e FERREIRA, 2011). Atualmente, a utilização da energia elétrica de um país oferece a criação de riquezas (bens de serviço, bens de capital, serviços e qualidade de vida) melhorando as condições de vida da população residente e embora não seja um quesito puramente econômico, o consumo de energia elétrica é um importante indicador de bem-estar, uma vez que esse tipo de energia é consumido por sociedades com razoável grau de desenvolvimento (SILVA e RODRIGUES, 2016). 
A ampliação do debate sobre a questão de desenvolvimento e crescimento econômico (MORALEZ; FAVARETO, 2014), resultou na adoção pelas Nações Unidas da noção de desenvolvimento humano, no qual o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) tem maior expressão mundial. Nesse sentido, outro índice, o consumo de energia, é considerado um dos principais indicadores de desenvolvimento econômico e do nível de qualidade de vida de qualquer sociedade (ANEEL, 2008). Nas dez posições superiores e inferiores dos rankings do IDH e do consumo de energia elétrica per capita, no topo coincidem três países - Noruega, Islândia e Canadá - enquanto no recorte inferior se repetem sete países - Togo, Congo, Benin, Etiópia, Níger, Sudão do Sul e Haiti (NASCIMENTO, 2018).
Jia et. al. (2013) examinaram a relação entre o consumo de energia elétrica e cinco indicadores de desenvolvimento humano (PIB per capita, expectativa de vida ao nascer, taxa de alfabetização de adultos, despesas de consumo, e taxa de urbanização), com dados de 50 países durante os anos de 1990 a 2009, divididos em quatro grupos de acordo com a renda. Estes autores concluíram que existe uma causalidade bidirecional de longo prazo entre o consumo de eletricidade e o desenvolvimento humano, isto é, o consumo de eletricidade promove o desenvolvimento humano enquanto este desenvolvimento expande a demanda social por eletricidade. Observaram também que quanto maior a renda de um país, maior é o consumo de eletricidade e maior é o nível de desenvolvimento humano (Jia et. al., 2013).
Enfim, como observa o Carvalho (2019 apud Jucá 2009), vários estudos que utilizaram o Software QGIs, conseguiram mostrar a utilidade de Sistema de Informação Geográfica e de que modo pode contribuir para o progresso no setor de energia, principalmente num país com o mosaico cultural, que conta com diferentes fontes de energia e a vasta extensão territorial. Concernente a esse trabalho, o Sistema de Informação Geográfica terá um grande papel, porque através dos mapas irá ilustrar a correlação entre o uso de energia elétrica e o IDH em diferentes estados no Brasil.
Material e Métodos
Coleta de Dados
Para esse estudo, consideramos o território brasileiro dividido em unidades federativas. Os dados de IDH foram coletados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, na plataforma geridapelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud Brasil) e a Fundação João Pinheiro. Os dados referentes à energia elétrica foram coletados da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, que tem por finalidade prestar serviços ao Ministério de Minas e Energia (MME) na área de estudos e pesquisas. Ambos os dados estão disponibilizados publicamente e gratuitamente.
Análise dos Dados
Para relacionar o desenvolvimento humano com consumo de energia elétrica, utilizamos o IDH e o consumo e produção de energia por unidade Federativa do Brasil. O desenvolvimento humano foi medido em termos de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Os menores valores de IDH refletem um menor grau de desenvolvimento de uma determinada sociedade nos quesitos de educação, saúde e renda. A energia foi considerada em termos de: produção de energia, consumo de energia residencial, comercial e industrial (GWh) e consumo de energia por residência (MWh). Essas informações são referentes ao ano de 2017. Os dados foram espacializados utilizando a ferramenta QGIS, que é um sistema de informação geográfica (GIS - Geographic information system). 
Resultados
O IDH foi plotado em uma escala variando de 0.68 a 0.85 por estado do Brasil (Figura 1). Os menores valores se encontram nos estados ao norte do país, nas regiões Norte e Nordeste. Nessas duas regiões, apenas Roraima, Amapá e Tocantins têm valores mais elevados em relação aos demais estados ao redor. Valores mais elevados de IDH são observados no Sul e Sudeste do país, com atenção para Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Dessa forma, temos espacializada a desigualdade da sociedade brasileira em termos de educação, saúde e renda.
Tabela 1: IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) nos estados brasileiros no ano de 2017.
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
Em seguida, plotamos a produção de energia total durante o ano de 2017 por estado, considerando o IDH (Figura 2). Os estados que mais produziram energia foram: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Pará, Rondônia e Minas Gerais. Vemos que estados com IDH mais baixos não necessariamente produzem menos energia.
Tabela 2:Produção de energia elétrica por estado brasileiro no ano de 2017 (GWh).
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética – EPE.
Então plotamos o consumo anual de energia no âmbito residencial, considerando o IDH de cada estado (Figura 3). Observa-se que os estados do Sudeste têm um consumo residencial anual mais elevado, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O Distrito Federal, embora com IDH mais alto, não tem destaque no consumo total de energia residencial. O mesmo padrão se repete quando se considera o consumo anual de energia pelos setores industriais e comerciais (Figuras 4 e 5). Portanto, alguns estados, como os estados do Paraná e Rondônia, embora se destaquem na produção de energia, não aparecem como os maiores consumidores dessa energia. Pará é um estado no Norte que se destaca no consumo de energia pelo setor industrial (Figura 5).
Tabela 3: Consumo de energia elétrica residencial por estado brasileiro no ano de 2017 (GWh).
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética – EPE.
Tabela 4: Consumo de energia elétrica comercial por estado brasileiro no ano de 2017 (GWh).
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética – EPE.
Tabela 5: Consumo de energia elétrica industrial por estado brasileiro no ano de 2017 (GWh).
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética – EPE.
Como os estados do Sudeste são mais povoados, esse alto consumo de energia pode ser justificado pela maior demanda em termos populacionais. Por isso, espacializamos os dados considerando o consumo médio de energia por residência, ou seja, dividimos o valor total de energia consumida residencialmente durante o ano de 2017 pelo total de residências de cada estado (Figura 6). Dessa forma, observa-se que o maior consumo de energia por residência no ano de 2017 foi nos estados de Roraima e Amapá. São Paulo e Santa Catarina, que tiveram o maior consumo residencial anual em 2017, não apresentaram os maiores valores de consumo por residência, o que aponta para a maior densidade populacional como justificativa para a maior demanda. Apesar disso, esses dois estados, juntamente com Amazonas, Mato Grosso e Rondônia, estão acima dos valores médios dos demais estados brasileiros.
Tabela 6: Consumo de energia elétrica por estado brasileiro no ano de 2017 (MWh).
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética – EPE.
Além disso, observa-se que os estados de Roraima e Amapá se destacaram, na região Norte, no ano de 2017, no acesso da população à energia elétrica (Figura 7). No geral, os estados brasileiros apresentam bom índice de acesso da população a energia elétrica, partindo de valores em torno de 96%. O sul do Brasil tem maior hegemonia no acesso a energia, atingindo índices de 100%.
Tabela 7: Acesso a energia elétrica por estado brasileiro no ano de 2017 (%).
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
Discussão
Observamos que o maior consumo de energia elétrica anual não ocorreu nos estados que mais geram energia. Isso se deve ao sistema de produção de energia brasileiro, em que ocorre a distribuição de energia entre os estados, gerenciada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) (CAMARGO, 2005). No entanto, essa distribuição é deficiente. Por exemplo, o desenvolvimento da região Norte aumentou a demanda por energia elétrica no interior da floresta, nas últimas décadas, o que trouxe a necessidade de instalação de pequenas unidades geradoras de energia elétrica, os chamados sistemas isolados. Estas pequenas unidades geradoras utilizam principalmente o óleo diesel como combustível. Mesmo com o programa “Luz para Todos” do Ministério de Minas e Energia (2010), que proporcionou acesso gratuito à energia elétrica para milhões de famílias rurais, a região norte é a que apresenta maiores entraves, principalmente na região Amazônica, onde algumas localidades são remotas e de difícil acesso (MARINHO CAVALCANTI, 2013).
Mas outra realidade vem do exemplo do Amapá onde, fatores recentes como o aumento populacional e o fato da Companhia de Eletricidade do Amapá encontrar-se com a tarifa “congelada” desde novembro 85 de 2003, por força das alterações incluídas na Lei 8.631/93 através da Lei nº 10.848/2004, foi estimulado o uso incontido da energia elétrica: o consumo de energia é alto e as perdas de energia se mantém em patamar acima de 35% (SANTOS FILHO, 2010)
Nascimento (2018), analisou a classificação do IDH conforme faixas de consumo de energia elétrica per capita, a saber, quatro subconjuntos de observação, classificados como Consumo MWh per capita alta, média-alta, média-baixa e baixa, tomando como base o consumo mundial médio. Ele observou que a classe do IDH muito elevado é composta majoritariamente por países com consumo de energia elétrica per capita alta (de 6,15 MWh a 53,83 MWh), em contraste com a classe do IDH baixo formada na totalidade por países com baixo consumo de energia elétrica per capita (0,03 MWh - 1,01 MWh). No presente estudo, em 2017, observou-se que os estados apresentaram uma variação de consumo de energia elétrica de 1,3MWh a 3,7MWh por residência, sendo os estados com menor consumo os que também apresentam menor IDH.
O Brasil é um dos países compromissados com a Agenda 2030 e no ano de 2017 apresentou seu primeiro Relatório Nacional Voluntário sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O objetivo do acesso à energia elétrica não constou entre os temas do relato, entretanto o tema energia foi abordado colateralmente pelo Relatório, como na passagem que reconhece que o investimento em infraestrutura energética é um fator essencial à erradicação da pobreza, dado que a disponibilização abundante de energia a um baixo custo são fatores reconhecidos de bem-estar e desenvolvimento humano (NASCIMENTO, 2018).
Artigos que mostram que o melhor desenvolvimento do sul se deve ao melhor fornecimento de energia elétrica e rede mais ampla e distribuída
ConclusãoFoi possível observar, ao espacializar os dados, claramente a diferença de desenvolvimento nos estados brasileiros, considerando o IDH. Os estados do Norte e Nordeste apresentaram menores valores quando comparados ao centro-sul do Brasil. Mas não apenas. Foi possível observar a relação entre o IDH com o consumo de energia, com os estados ao norte majoritariamente com menor consumo de energia. No entanto, a produção de energia foi elevada em estados que não consomem na mesma proporção, o que destaca a forma de distribuição de energia no Brasil. Além disso, também é possível observar que estados com maior IDH também tem um setor industrial que consome mais energia, com exemplo claro do estado de São Paulo. Contrastando com essa constatação, temos o estado do Pará, com IDH mais baixo e um consumo maior de energia pelo setor industrial. Finalmente, foi possível observar o exemplo do Amapá, estado com baixo IDH mas alto consumo de energia por residência, que decorre da falta de gestão. Esse caso traz à tona a necessidade do acesso à energia elétrica para melhorar a qualidade de vida de uma população, mas também a necessidade de ter um consumo consciente visando a conservação do meio ambiente.
Referências
ANEEL. Energia no Brasil e no Mundo. Atlas de Energia Elétrica do Brasil, p. 1–12, 2008.
BRAGA, B. et al. 2005. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
MARINHO CAVALCANTI, H. P. O acesso à energia elétrica no Brasil sob a ótica do desenvolvimento como liberdade. Revista de Direito Econômico e Socioambiental, v. 4, n. 2, p. 58, 2013. 
MORALEZ, R.; FAVARETO, A. Energia , desenvolvimento e sustentabilidade. [s.l: s.n.].
SILVA, D. C. C.; RODRIGUES, M. Análise da eficiência no consumo de energia dos Estados brasileiros. Planejamento e poĺiticas públicas, v. 46, p. 109–129, 2016. 
EPE. Plano Decenal de Expansão de Energia 2026. Brasília: MME/EPE, 2017. p. 35. Disponível em: https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-40/PDE2026.pdf
NIU, S., JIA, Y., et. al. 2013. Electricity consumption and human development level: A comparative analysis based on panel data for 50 countries. International Journal of Electrical Power & Energy System, v. 53, pp. 338-347.
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CAMARGO, L. G. B. C. 2005. O setor elétrico brasileiro e sua normatização contemporânea. Dissertação apresentada ao Centro de Ciência Jurídicas e Sociais Aplicadas - UNISANTOS.
NASCIMENTO, A. A. R. 2018. Inclusão elétrica e desenvolvimento como liberdade: desafios no desfecho da universalização brasileira e os aportes da matriz tributária. Dissertação apresentada à Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.
SOUZA, F. B., FERREIRA, R. S. A. 2011. Desenvolvimento socioeconomico e energia elétrica - uma análise na comunidade rural do município careiro da várzea no estado do Amazonas. VII Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 12 e 13 de agosto de 2011. ISSN 1984-9354.
GOLDEMBER, J. 1998. Energia e desenvolvimento. Estudos Avançados, São Paulo, v. 12, n. 33.
NASCIMENTO, M. V., GIANNINI, M. et al. 2002. Programa de Eletrificação Rural “Luz no Campo” e a Avaliação no Estado do Mato Grosso/CEMAT: caso piloto. In: Anais do IX Congresso Brasileiro de Energia, Vol. II, pp. 701-710.
PEREIRA, M. G. et al. 2005. Avaliação dos impactos socioeconômicos de projetos energéticos – eletrificação rural: área de concessão da ENERSUL – MS. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo: UNISINOS.
VELÁZQUEZ, S. M. S. G. et al. 2006. A geração de energía elétrica em comunidades isoladas na Amazônia a partir de biomassa sustentável: Projeto ENERMAD. São Paulo.
SILVA, D. C. C., RODRIGUES, M. 2006. Análise da eficiência no consumo de energia dos estados brasileiros. Planejamento e Políticas Públicas, n. 46.

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