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SEGURIDADE SOCIAL

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 SEGURIDADE SOCIAL: Conceito, fontes, natureza jurídica. 
(Segurança Social) – (Constituição Federal, artigos 194 e seguintes) 
A seguridade social é definida na Constituição Federal, no artigo 194, caput, como um 
“conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social”. 
É, portanto, um sistema de proteção social que abrange os três programas sociais de 
maior relevância: a previdência social, a assistência social e a saúde. 
II - DESENVOLVIMENTO 
1 - SAÚDE (CF, artigos, 196 e seguintes): 
A saúde é segmento autônomo da Seguridade Social e se diz que ela tem a finalidade 
mais ampla de todos os ramos protetivos porque não possui restrição de beneficiários 
e o seu acesso também não exige contribuição dos beneficiários. 
A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO (CF, art. 196). 
Não importa nesta espécie de proteção social a condição econômica do beneficiário. O 
Estado não pode negar acesso à saúde pública a uma pessoa sob o argumento de que 
esta possui riqueza pessoal e meios de prover a sua própria saúde. 
Ex.: se o Sílvio Santos quiser ser atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ele 
poderá, na medida em que, sendo a saúde direito de todos, o Estado não pode limitar o 
atendimento somente a quem não dispuser de meios pessoais para o seu cuidado. 
As ações na área da saúde são de responsabilidade do Ministério da Saúde, 
instrumentalizada pelo Sistema Único de Saúde. 
Assim, o INSS, autarquia responsável por gerir benefícios e serviços da Previdência 
Social, não tem qualquer relação e responsabilidade em relação a hospitais, casas de 
saúde e atendimentos em geral na área de saúde. 
O órgão responsável pelo sistema de saúde é o SUS. 
Compete ao Sistema Único de Saúde: 
- executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica, e as da saúde do trabalhador; 
- participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
- colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
- incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
- fiscalizar e inspecionar alimentos, bem como bebidas e águas para o consumo 
humano; 
- participar da produção de medicamentos, equipamentos e fiscalizar procedimentos, 
produtos e substâncias de interesse para a saúde. 
Como se vê, as ações e serviços da saúde não se restringem à área médica, por meio de 
ações remediativas, devendo haver medidas preventivas relativas ao bem-estar da 
população nas áreas sanitárias, nutricionais, educacionais e ambientais como forma de 
evitar situações e infortúnios no futuro, que invariavelmente causaram, além de maior 
gasto financeiro para solucionar o problema, desgastes emocionais e psicológicos. 
A política nacional de saúde é regulada pelas leis 8.080/90 e 8.142/90. Seu executor é o 
SUS, que é constituído por órgãos federais, estaduais e municipais (Ex. policlínicas). 
2 – ASSISTÊNCIA SOCIAL (Constituição Federal, artigos 203 e 204) 
A Constituição Federal, no artigo 203, caput estabelece que : 
“A ASSISTÊNCIA SOCIAL SERÁ PRESTADA A QUEM DELA 
NECESSITAR, INDEPENDENTEMENTE DE CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE 
SOCIAL, E TEM POR OBJETIVOS (...) ” . 
A assistência social é o segmento autônomo da seguridade social que tratar 
dos hipossuficientes, ou seja, daqueles que não possuem condições de prover sua 
própria manutenção. 
Cuidará daqueles que têm maiores necessidades, sem exigir deles (seus 
beneficiários) qualquer contribuição à seguridade social. 
Portanto, o Sílvio Santos não poderá valer-se dos benefícios e serviços da assistência 
social, porque ele não é uma pessoa hipossuficiente (não necessita dos serviços e 
benefícios da assistência social). 
A atuação protetiva fornecerá aquilo que for absolutamente indispensável para cessar o 
atual estado de necessidade do assistido (Exs.: alimentos, roupas, abrigos e até mesmo 
pequenos benefícios em dinheiro). 
A assistência social serve para cobrir as lacunas deixadas pela previdência social que, 
devido a sua natureza contributiva, acaba por excluir os necessitados. 
São objetivos da assistência social (CF, art. 203, incisos): 
I - proteção da família, da maternidade, infância, adolescência e velhice; 
II - amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e a promoção da sua 
integração à vida comunitária; 
V - garantia de 1 salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência 
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a sua própria subsistência, nem 
de tê-la provida por sua família 
São exemplos de benefícios da assistência social: auxílio-natalidade; auxílio-funeral; o 
aluguel social que o Governo está pagando às famílias vitimadas pelas chuvas na 
Região Serrana do Rio de Janeiro; bolsa família; benefício de prestação continuada (art. 
203, V); abrigos, etc. 
O Ministério responsável pelas ações da Assistência Social é o Ministério do 
Desenvolvimento Social e combate à fome. 
3 – PREVIDÊNCIA SOCIAL (arts. 201 e 202 CF) 
Este segmento autônomo da seguridade social vai se preocupar exclusivamente com 
os trabalhadores e com os seus dependentes econômicos. 
A previdência social é a técnica de proteção social destinada a afastar necessidades 
sociais decorrentes de contingências sociais que reduzem ou eliminam a capacidade 
de auto-sustento dos trabalhadores e/ou de seus dependentes. 
Contingência social são fatos e/ou acontecimentos que, uma vez ocorridos, tem a força 
de colocar uma pessoa e/ou seus dependentes em estado de necessidade, como por 
exemplos invalidez (incapacidade), óbito, idade avançada, ... 
A Previdência Social, como visto, tem em mira contingências bem específicas: aquelas 
que atingem o trabalhador e, via reflexa, seus dependentes, pessoas consideradas 
economicamente dependentes do segurado. Essa dependência pode ser presumida por 
lei (no caso de cônjuges, filhos menores e/ou incapazes) ou comprovada no caso 
concreto (no caso de pais que dependiam economicamente do filho que veio a óbito). 
É o que estabelece a legislação: 
Artigo 16 da Lei 8.213/91: São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, 
na condição de dependentes do segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; 
II - os pais 
 III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou 
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 
12.470, de 2011) 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às 
prestações os das classes seguintes. 
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do 
segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no 
Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém 
união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da 
Constituição Federal. 
§ 4º. A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e das 
demais deve ser comprovada. 
Logo, os beneficiários da Previdência Social são, EXCLUSIVAMENTE, OS 
TRABALHADORES E SEUS DEPENDENTES previstos na legislação previdenciária 
exclusivamente. 
A Previdência Social tem natureza de seguro social; por isso, exige-se a contribuição 
dos seus segurados. 
Assim, “O só estado de necessidade advindo de uma contingência social não dá 
direito à proteção previdenciária. Requer-se que a pessoa atingida pela contingência 
social tenha a qualidade, o “status” de contribuinte do sistema de previdênciasocial”. (Eduardo Rocha Dias; José Leandro Monteiro de Macêdo, in Curso de Direito 
Previdenciário, Editora Método, 2008, p. 32). 
A contribuição é da essência da previdência social já que o sistema é contributivo, 
devendo haver previsão de fundo de custeio para arcar com os gastos provenientes da 
concessão e manutenção de benefícios previdenciários. 
O regime jurídico da Previdência Social, como um todo, parte da premissa da obrigação 
contributiva do segurado (Exs.: período de carência; cálculo do valor das prestações 
pecuniárias). 
A contribuição do trabalhador é obrigatória. Todo e qualquer cidadão quer exercer 
atividade laborativa remunerada deve, obrigatoriamente, contribuir para a Previdência 
Social. Assim, a contribuição ao sistema geral de previdência social é compulsória para 
o empregado e para os demais trabalhadores, como por exemplo, os profissionais 
liberais. 
“No Brasil, qualquer pessoa, nacional ou não, que venha a exercer atividade 
remunerada em território brasileiro filia-se, automaticamente, ao Regime Geral de 
Previdência Social – RGPS, sendo obrigada a efetuar recolhimentos ao sistema 
previdenciário (somente se excluem desta regra as pessoas já vinculadas a regimes 
próprios de previdência” (Fábio Zambite Ibrahim, in Resumo de Direito 
Previdenciário, 4ª edição, 2005, Editora Ímpetus, página 21). 
Admitem-se como segurado da Previdência Social, também, pessoas que não exerçam 
atividades laborativas remuneradas, mas que, por vontade própria, 
contribuam facultativamente para a Previdência Social. São os segurados facultativos, 
por exemplo, a dona de casa, o estudante. 
Essa possibilidade de contribuição de forma facultativa decorre da aplicação do 
princípio da universalidade de atendimento, na área da Previdência Social. 
Esses segurados facultativos contribuem com o intuito de no futuro usufruírem 
benefícios previdenciários que sem essa contribuição não teriam direito. 
Todavia, essa contribuição lhes dará direito a um número restrito de benefícios, até 
porque eles não pertencem à mesma categoria dos demais contribuintes, são 
facultativos, não exercem atividade remunerada. 
Por fim, a previdência social tem caráter legal, em contraposição ao caráter contratual. 
Isso porque todo o regramento da Previdência Social está contido na lei, não existindo 
espaço para acordo de vontades na relação de seguro social. 
Exs.: espécies de benefícios a serem concedidos, requisitos para a concessão de 
benefícios, rol de dependentes econômicos do segurado, valor da contribuição 
previdenciária, a vinculação à previdência social, etc. 
 Princípios norteadores da Seguridade Social 
I – Princípio da filiação obrigatória 
Este principio (art. 201, CRFB/88) refere-se a compulsoriedade da contribuição, ou 
seja, todo trabalhador devidamente segurado será amparado pelo regime desde que 
não esteja fazendo parte de outro regime previdenciário. 
II – Princípio do caráter contributivo 
Encontra respaldo na Constituição Federal de 1988 (art. 40 e art. 201), os quais dizem 
que independentemente do regime ao qual o segurado seja filiado o caráter deverá ser 
contributivo. Igualmente, todos aqueles que recebem remuneração no mercado formal 
são segurados de forma compulsória da Previdência Social. Portanto este segurado 
terá direitos previdenciários na medida das suas contribuições, caso contrário este 
poderá arcar com os mais diversos indeferimentos previdenciários realizados pelo 
INSS. 
Ademais, não há uma conexão direta entre o valor das contribuições e o valor do 
provável benefício que este possa receber. Ou seja, um segurado com menos tempo de 
contribuição pode receber o mesmo que um outro segurado que contribui há anos, 
significa dizer que pessoas que contribuírem por menos tempo poderá se valer do 
mesmo valor de um provável benefício em caso de uma invalidez quanto aquele 
segurado que contribuiu o dobro do tempo do segurado mais jovem. Tudo isto gera 
uma grande despesa para os cofres da Previdência Social. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
III – Princípio do equilíbrio financeiro e atuarial 
Este princípio ficou explícito no texto constitucional (art. 201) após a introdução da 
Emenda Constitucional nº 20/98. A ideia deste princípio é justamente manter 
afinidade entre os benefícios e o custeio do sistema, com a observância de que a 
Previdência Social trabalhe com superávit com base na expectativa de vida da 
população. 
Para Stephanes (1998, p. 135) mesmo quando ainda tramitava a EC nº 20/98 no 
Congresso Nacional já existia então uma necessidade para que houvesse a adoção 
deste princípio, sobretudo pelo fato do Brasil possuir um sistema de repartição 
simples, o qual é relevante para que se mantenha o equilíbrio das contas do sistema 
previdenciário. Diante disso, além das diferenças demográficas do país outro ponto 
fundamental trata-se da questão etária, isto é, a população economicamente ativa 
(contribuintes) e os demais beneficiários inativos (na maioria das vezes idosos). 
Cabe ressaltar, ainda sobre este princípio, outro ponto extremamente polêmico diz 
respeito sobre a criação do fator previdenciário, utilizando a média dos valores das 
contribuições a partir de julho de 1994. Este tema passou a ganhar corpo a partir da 
modificação existente no regime geral da previdência por meio do Decreto 
nº 3.048/99, sendo assim uma nova forma de regulamentação da Previdência Social, 
em parceria com a Lei 9.876/99, estas medidas modificaram as Leis 8.213/91 
e 8.213/91, no que diz respeito à forma diferenciada do cálculo dos benefícios 
previdenciários. 
IV – Princípio da garantia do benefício mínimo 
Através deste princípio tentou-se fazer com que o trabalhador possa ter garantido o 
direito a uma renda mínima, a qual possa atender às necessidades deste e da sua 
família. Por esta razão a Constituição Federal de 1988 diz que nenhum benefício que 
substitua o salário de contribuição poderá ter valor mensal inferior ao salário mínimo 
(Art. 201, § 2º, CRFB/88). 
No entanto, quanto aos efeitos práticos deste princípio Freitas (1998, p. 41) alerta que: 
Evidente que o Estado brasileiro tem fracassado nessa sua obrigação nessa sua 
obrigação de promover ao trabalhador e ao beneficiário da Previdência Social com o 
mínimo dispensável a sua dignidade, à erradicação da fome e da pobreza, à construção 
de uma sociedade livre, justa e solidária, e evidentemente que terminamos 
incentivando a marginalização daqueles que recebem valores tão ínfimos, não no 
sentido criminal, é bom que se saliente, mas no sentido da exclusão social mesmo. 
Pois bem, trazendo para a realidade brasileira é possível verificar que as necessidades 
da sociedade são cada vez maiores ante o ínfimo valor da renda do trabalhador. Ora, o 
salário mínimo não consegue atender as reais necessidades da classe trabalhadora nem 
tampouco dos aposentados, pois há um decréscimo significativo na renda do 
trabalhador no momento que este se afasta das suas atividades laborativas e isso 
interfere diretamente na qualidade de vida principalmente daquelas pessoas que tanto 
necessitam do seu benefício previdenciário para que possam levar uma vida 
minimamente digna. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103849/emenda-constitucional-20-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109253/regulamento-da-previd%C3%AAncia-social-decreto-3048-99
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110061/lei-9876-99
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652112/par%C3%A1grafo-2-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
V – Princípio da correção monetária dos salários de contribuição 
Este princípio encontra respaldo no artigo 201, § 3º, CRFB/88, o qual diz que os 
salários de contribuição considerados no cálculo do benefício sejam corrigidos 
monetariamente. Para o legislador ordinário, a média dos salários de contribuição 
deve sempre estar em consonância com o cálculo do benefício previdenciário, bem 
como é necessário adotar um cálculo que faça a correção nominalmente da base de 
cálculo do sistema previdenciário. (CASTRO e LAZZARI, 2008, p. 107). 
VI – Princípio da preservação real do benefício 
De acordo com os critérios devidamente definidos em Lei, este princípio quer dizer 
exatamente que os valores dos benefícios devem manter o valor real. Como preconiza 
o art. 201, § 4º, CRFB/88 quando diz que “Assegurado o reajustamento dos benefícios 
para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos 
em lei”. 
Portanto, na prática há uma grande disparidade entre a preservação dos benefícios e as 
reais necessidades dos beneficiários, desta forma a suposta preservação real do 
benefício não segue a mesma realidade econômica do país e em contrapartida o 
benefício previdenciário no Brasil passa a não ser preservado conforme preza a 
própria Lei. Os aumentos concedidos aos benefícios previdenciários possuem 
legislação própria para tanto, por meio do art. 41 da Lei 8.213/91, bem como pela 
Lei 10.699/2003, no entanto ainda que exista amparo legal as variações no quadro 
econômico do país nem sempre mantêm o valor real dos benefícios. A história se 
repete após anos no Brasil, tanto que na análise seguinte Freitas (1998, p. 42 e 43) 
aduz que: 
Na realidade, como está disposto na atualidade, não se trata de princípio 
constitucional e eficácia própria, porque, por mais absurdo que possa parecer, depende 
de legislação ordinária, portanto inferior, não apenas para lhe atribuir meios eficazes 
de recomposição dos valores, mas mesmo de definição do que seja o próprio conceito 
de valor real. 
VII – Princípio da indisponibilidade dos direitos dos benefícios 
Através deste princípio é que se garante uma maior segurança jurídica aos benefícios 
(garantindo efetivamente os direitos adquiridos pelo trabalhador), uma vez que o 
entendimento é que os benefícios previdenciários devem ser preservados sem que 
sofram sanções tais como penhora ou sequestro, impedindo também que haja qualquer 
desconto indevido, uma das poucas exceções é a que trata o artigo 115 da 
Lei 8.213/91, quando permite que nos casos de empréstimos consignados os descontos 
são autorizados pela Previdência Social desde que não ultrapassem a margem de 30% 
do valor do benefício. 
 Beneficiários da previdência social 
Beneficiários do RGPS = segurados + dependentes 
Mas que são, afinal, os beneficiários do RGPS? 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652070/par%C3%A1grafo-3-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652018/par%C3%A1grafo-4-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11352699/artigo-41-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/98488/lei-10699-03
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11343204/artigo-115-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
A disciplina desta matéria está nos arts. 11 a 16 da Lei 8.213/91 e regulamentada 
pelos arts. 9 a 17 do Decreto 3.048/99. 
 
De um modo geral, temos as seguintes categorias de segurados: 
Obrigatórios: Empregado; Empregado Doméstico; Trabalhador Avulso; Contribuinte 
Individual; Segurado Especial. 
 
Facultativos: Nesta categoria enquadram-se todos aqueles que não são segurados 
obrigatórios, mas querem participar do financiamento do RGPS e gozar dos benefícios e 
serviços oferecidos (Ex: desempregados, estudantes, donas-de-casa, etc). 
Vale relembrar que os segurados facultativos são uma exceção ao princípio 
da filiação obrigatória ou automaticidade da filiação. 
 
MUITA ATENÇÃO: a Constituição Federal proíbe a filiação ao regime geral de 
previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de 
regime próprio de previdência. Ou seja, um servidor público que estiver vinculado a 
regime próprio de previdência não pode se filiar ao RGPS como segurado facultativo. 
Mas se este mesmo servidor público concomitantemente às funçõesdo cargo público 
exercer atividade remunerada abrangida pelo RGPS e não coberta por regime próprio, 
estará vinculado também ao RGPS. 
 
Os dependentes, por seu turno, são divididos em três classes, conforme esquema 
abaixo: 
 
1ª Classe 
 
Cônjuge; Companheiro (a); Filhos menores de 21 anos; Filhos maioresinválidos. 
Obs: o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do 
segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no 
Regulamento. 
 
2ª Classe 
 
Pais 
 
3ª Classe 
 
Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos; irmão 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou 
relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. 
A existência de dependente de qualquer das classes mencionadas exclui do direito às 
prestações os das classes seguintes. Isso significa dizer que se existirem dependentes 
de primeira classe, automaticamente ficam excluídos os 
de segunda e terceira classe. Se não houver dependentes de primeira classe, aí sim 
os de segunda classe poderão gozar das prestações, excluindo os dependentes 
de terceira classe, que somente serão beneficiados se não existirem os de primeira e 
de segunda classe. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em condições 
de igualdade. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11362287/artigo-11-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358889/artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11771424/artigo-9-do-decreto-n-3048-de-25-de-maio-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11765023/artigo-17-do-decreto-n-3048-de-06-de-maio-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109253/regulamento-da-previd%C3%AAncia-social-decreto-3048-99
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
MUITA ATENÇÃO: não confundir a menoridade estabelecida pelo código 
civil (abaixo de 18 anos) com a menoridade para fins previdenciários (abaixo de 21 
anos) para fins de concessão de prestações aos filhos ou irmãos do segurado.Como 
a lei previdenciária é especial com relação ao código civil, o entendimento 
dominante (inclusive do INSS) é que se aplica a primeira. O fato de os referidos 
dependentes estarem cursando universidade não estende a cobertura previdenciária 
até os 24 anos, como acontece na prestação de alimentos. Questões com estes dois 
temas são muito recorrentes em concursos. 
A cobertura para determinadas prestações aos dependentes pressupõe que estes 
tenham alguma dependência econômica com relação ao segurado filiado ao RGPS. 
Para os de primeira classe esta dependência é presumida (exceto enteados e menores 
tutelados, que são equiparados a filhos e devem comprovar dependência), ao passo 
que para os de segunda e terceira classe a dependência deverá ser comprovada. 
MUITA ATENÇÃO: os incisos I e III do art. 16 da Lei 8.213/91 sofreram recente 
alteração que poderá ser exigida no concurso do INSS. Esta é uma das razões pelas 
quais recomendamos que o leitor sempre tenha em mãos uma versão atualizada da 
Lei 8.213/91. Veja no esquema abaixo como era e como ficou a nova redação: 
 
Antiga redação 
 
Redação atual dada pela Lei 12.470/11 
O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido. O cônjuge, a companheira, o 
companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e 
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne 
absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. 
o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) 
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta 
ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358840/inciso-i-do-artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358763/inciso-iii-do-artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358889/artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1030015/lei-12470-11

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