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SEGURIDADE SOCIAL: Conceito, fontes, natureza jurídica. (Segurança Social) – (Constituição Federal, artigos 194 e seguintes) A seguridade social é definida na Constituição Federal, no artigo 194, caput, como um “conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. É, portanto, um sistema de proteção social que abrange os três programas sociais de maior relevância: a previdência social, a assistência social e a saúde. II - DESENVOLVIMENTO 1 - SAÚDE (CF, artigos, 196 e seguintes): A saúde é segmento autônomo da Seguridade Social e se diz que ela tem a finalidade mais ampla de todos os ramos protetivos porque não possui restrição de beneficiários e o seu acesso também não exige contribuição dos beneficiários. A SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO (CF, art. 196). Não importa nesta espécie de proteção social a condição econômica do beneficiário. O Estado não pode negar acesso à saúde pública a uma pessoa sob o argumento de que esta possui riqueza pessoal e meios de prover a sua própria saúde. Ex.: se o Sílvio Santos quiser ser atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ele poderá, na medida em que, sendo a saúde direito de todos, o Estado não pode limitar o atendimento somente a quem não dispuser de meios pessoais para o seu cuidado. As ações na área da saúde são de responsabilidade do Ministério da Saúde, instrumentalizada pelo Sistema Único de Saúde. Assim, o INSS, autarquia responsável por gerir benefícios e serviços da Previdência Social, não tem qualquer relação e responsabilidade em relação a hospitais, casas de saúde e atendimentos em geral na área de saúde. O órgão responsável pelo sistema de saúde é o SUS. Compete ao Sistema Único de Saúde: - executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica, e as da saúde do trabalhador; - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; - fiscalizar e inspecionar alimentos, bem como bebidas e águas para o consumo humano; - participar da produção de medicamentos, equipamentos e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde. Como se vê, as ações e serviços da saúde não se restringem à área médica, por meio de ações remediativas, devendo haver medidas preventivas relativas ao bem-estar da população nas áreas sanitárias, nutricionais, educacionais e ambientais como forma de evitar situações e infortúnios no futuro, que invariavelmente causaram, além de maior gasto financeiro para solucionar o problema, desgastes emocionais e psicológicos. A política nacional de saúde é regulada pelas leis 8.080/90 e 8.142/90. Seu executor é o SUS, que é constituído por órgãos federais, estaduais e municipais (Ex. policlínicas). 2 – ASSISTÊNCIA SOCIAL (Constituição Federal, artigos 203 e 204) A Constituição Federal, no artigo 203, caput estabelece que : “A ASSISTÊNCIA SOCIAL SERÁ PRESTADA A QUEM DELA NECESSITAR, INDEPENDENTEMENTE DE CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE SOCIAL, E TEM POR OBJETIVOS (...) ” . A assistência social é o segmento autônomo da seguridade social que tratar dos hipossuficientes, ou seja, daqueles que não possuem condições de prover sua própria manutenção. Cuidará daqueles que têm maiores necessidades, sem exigir deles (seus beneficiários) qualquer contribuição à seguridade social. Portanto, o Sílvio Santos não poderá valer-se dos benefícios e serviços da assistência social, porque ele não é uma pessoa hipossuficiente (não necessita dos serviços e benefícios da assistência social). A atuação protetiva fornecerá aquilo que for absolutamente indispensável para cessar o atual estado de necessidade do assistido (Exs.: alimentos, roupas, abrigos e até mesmo pequenos benefícios em dinheiro). A assistência social serve para cobrir as lacunas deixadas pela previdência social que, devido a sua natureza contributiva, acaba por excluir os necessitados. São objetivos da assistência social (CF, art. 203, incisos): I - proteção da família, da maternidade, infância, adolescência e velhice; II - amparo às crianças e adolescentes carentes; III - promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e a promoção da sua integração à vida comunitária; V - garantia de 1 salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a sua própria subsistência, nem de tê-la provida por sua família São exemplos de benefícios da assistência social: auxílio-natalidade; auxílio-funeral; o aluguel social que o Governo está pagando às famílias vitimadas pelas chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro; bolsa família; benefício de prestação continuada (art. 203, V); abrigos, etc. O Ministério responsável pelas ações da Assistência Social é o Ministério do Desenvolvimento Social e combate à fome. 3 – PREVIDÊNCIA SOCIAL (arts. 201 e 202 CF) Este segmento autônomo da seguridade social vai se preocupar exclusivamente com os trabalhadores e com os seus dependentes econômicos. A previdência social é a técnica de proteção social destinada a afastar necessidades sociais decorrentes de contingências sociais que reduzem ou eliminam a capacidade de auto-sustento dos trabalhadores e/ou de seus dependentes. Contingência social são fatos e/ou acontecimentos que, uma vez ocorridos, tem a força de colocar uma pessoa e/ou seus dependentes em estado de necessidade, como por exemplos invalidez (incapacidade), óbito, idade avançada, ... A Previdência Social, como visto, tem em mira contingências bem específicas: aquelas que atingem o trabalhador e, via reflexa, seus dependentes, pessoas consideradas economicamente dependentes do segurado. Essa dependência pode ser presumida por lei (no caso de cônjuges, filhos menores e/ou incapazes) ou comprovada no caso concreto (no caso de pais que dependiam economicamente do filho que veio a óbito). É o que estabelece a legislação: Artigo 16 da Lei 8.213/91: São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido; II - os pais III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. § 4º. A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e das demais deve ser comprovada. Logo, os beneficiários da Previdência Social são, EXCLUSIVAMENTE, OS TRABALHADORES E SEUS DEPENDENTES previstos na legislação previdenciária exclusivamente. A Previdência Social tem natureza de seguro social; por isso, exige-se a contribuição dos seus segurados. Assim, “O só estado de necessidade advindo de uma contingência social não dá direito à proteção previdenciária. Requer-se que a pessoa atingida pela contingência social tenha a qualidade, o “status” de contribuinte do sistema de previdênciasocial”. (Eduardo Rocha Dias; José Leandro Monteiro de Macêdo, in Curso de Direito Previdenciário, Editora Método, 2008, p. 32). A contribuição é da essência da previdência social já que o sistema é contributivo, devendo haver previsão de fundo de custeio para arcar com os gastos provenientes da concessão e manutenção de benefícios previdenciários. O regime jurídico da Previdência Social, como um todo, parte da premissa da obrigação contributiva do segurado (Exs.: período de carência; cálculo do valor das prestações pecuniárias). A contribuição do trabalhador é obrigatória. Todo e qualquer cidadão quer exercer atividade laborativa remunerada deve, obrigatoriamente, contribuir para a Previdência Social. Assim, a contribuição ao sistema geral de previdência social é compulsória para o empregado e para os demais trabalhadores, como por exemplo, os profissionais liberais. “No Brasil, qualquer pessoa, nacional ou não, que venha a exercer atividade remunerada em território brasileiro filia-se, automaticamente, ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS, sendo obrigada a efetuar recolhimentos ao sistema previdenciário (somente se excluem desta regra as pessoas já vinculadas a regimes próprios de previdência” (Fábio Zambite Ibrahim, in Resumo de Direito Previdenciário, 4ª edição, 2005, Editora Ímpetus, página 21). Admitem-se como segurado da Previdência Social, também, pessoas que não exerçam atividades laborativas remuneradas, mas que, por vontade própria, contribuam facultativamente para a Previdência Social. São os segurados facultativos, por exemplo, a dona de casa, o estudante. Essa possibilidade de contribuição de forma facultativa decorre da aplicação do princípio da universalidade de atendimento, na área da Previdência Social. Esses segurados facultativos contribuem com o intuito de no futuro usufruírem benefícios previdenciários que sem essa contribuição não teriam direito. Todavia, essa contribuição lhes dará direito a um número restrito de benefícios, até porque eles não pertencem à mesma categoria dos demais contribuintes, são facultativos, não exercem atividade remunerada. Por fim, a previdência social tem caráter legal, em contraposição ao caráter contratual. Isso porque todo o regramento da Previdência Social está contido na lei, não existindo espaço para acordo de vontades na relação de seguro social. Exs.: espécies de benefícios a serem concedidos, requisitos para a concessão de benefícios, rol de dependentes econômicos do segurado, valor da contribuição previdenciária, a vinculação à previdência social, etc. Princípios norteadores da Seguridade Social I – Princípio da filiação obrigatória Este principio (art. 201, CRFB/88) refere-se a compulsoriedade da contribuição, ou seja, todo trabalhador devidamente segurado será amparado pelo regime desde que não esteja fazendo parte de outro regime previdenciário. II – Princípio do caráter contributivo Encontra respaldo na Constituição Federal de 1988 (art. 40 e art. 201), os quais dizem que independentemente do regime ao qual o segurado seja filiado o caráter deverá ser contributivo. Igualmente, todos aqueles que recebem remuneração no mercado formal são segurados de forma compulsória da Previdência Social. Portanto este segurado terá direitos previdenciários na medida das suas contribuições, caso contrário este poderá arcar com os mais diversos indeferimentos previdenciários realizados pelo INSS. Ademais, não há uma conexão direta entre o valor das contribuições e o valor do provável benefício que este possa receber. Ou seja, um segurado com menos tempo de contribuição pode receber o mesmo que um outro segurado que contribui há anos, significa dizer que pessoas que contribuírem por menos tempo poderá se valer do mesmo valor de um provável benefício em caso de uma invalidez quanto aquele segurado que contribuiu o dobro do tempo do segurado mais jovem. Tudo isto gera uma grande despesa para os cofres da Previdência Social. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 III – Princípio do equilíbrio financeiro e atuarial Este princípio ficou explícito no texto constitucional (art. 201) após a introdução da Emenda Constitucional nº 20/98. A ideia deste princípio é justamente manter afinidade entre os benefícios e o custeio do sistema, com a observância de que a Previdência Social trabalhe com superávit com base na expectativa de vida da população. Para Stephanes (1998, p. 135) mesmo quando ainda tramitava a EC nº 20/98 no Congresso Nacional já existia então uma necessidade para que houvesse a adoção deste princípio, sobretudo pelo fato do Brasil possuir um sistema de repartição simples, o qual é relevante para que se mantenha o equilíbrio das contas do sistema previdenciário. Diante disso, além das diferenças demográficas do país outro ponto fundamental trata-se da questão etária, isto é, a população economicamente ativa (contribuintes) e os demais beneficiários inativos (na maioria das vezes idosos). Cabe ressaltar, ainda sobre este princípio, outro ponto extremamente polêmico diz respeito sobre a criação do fator previdenciário, utilizando a média dos valores das contribuições a partir de julho de 1994. Este tema passou a ganhar corpo a partir da modificação existente no regime geral da previdência por meio do Decreto nº 3.048/99, sendo assim uma nova forma de regulamentação da Previdência Social, em parceria com a Lei 9.876/99, estas medidas modificaram as Leis 8.213/91 e 8.213/91, no que diz respeito à forma diferenciada do cálculo dos benefícios previdenciários. IV – Princípio da garantia do benefício mínimo Através deste princípio tentou-se fazer com que o trabalhador possa ter garantido o direito a uma renda mínima, a qual possa atender às necessidades deste e da sua família. Por esta razão a Constituição Federal de 1988 diz que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição poderá ter valor mensal inferior ao salário mínimo (Art. 201, § 2º, CRFB/88). No entanto, quanto aos efeitos práticos deste princípio Freitas (1998, p. 41) alerta que: Evidente que o Estado brasileiro tem fracassado nessa sua obrigação nessa sua obrigação de promover ao trabalhador e ao beneficiário da Previdência Social com o mínimo dispensável a sua dignidade, à erradicação da fome e da pobreza, à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e evidentemente que terminamos incentivando a marginalização daqueles que recebem valores tão ínfimos, não no sentido criminal, é bom que se saliente, mas no sentido da exclusão social mesmo. Pois bem, trazendo para a realidade brasileira é possível verificar que as necessidades da sociedade são cada vez maiores ante o ínfimo valor da renda do trabalhador. Ora, o salário mínimo não consegue atender as reais necessidades da classe trabalhadora nem tampouco dos aposentados, pois há um decréscimo significativo na renda do trabalhador no momento que este se afasta das suas atividades laborativas e isso interfere diretamente na qualidade de vida principalmente daquelas pessoas que tanto necessitam do seu benefício previdenciário para que possam levar uma vida minimamente digna. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103849/emenda-constitucional-20-98 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109253/regulamento-da-previd%C3%AAncia-social-decreto-3048-99 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110061/lei-9876-99 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652112/par%C3%A1grafo-2-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 V – Princípio da correção monetária dos salários de contribuição Este princípio encontra respaldo no artigo 201, § 3º, CRFB/88, o qual diz que os salários de contribuição considerados no cálculo do benefício sejam corrigidos monetariamente. Para o legislador ordinário, a média dos salários de contribuição deve sempre estar em consonância com o cálculo do benefício previdenciário, bem como é necessário adotar um cálculo que faça a correção nominalmente da base de cálculo do sistema previdenciário. (CASTRO e LAZZARI, 2008, p. 107). VI – Princípio da preservação real do benefício De acordo com os critérios devidamente definidos em Lei, este princípio quer dizer exatamente que os valores dos benefícios devem manter o valor real. Como preconiza o art. 201, § 4º, CRFB/88 quando diz que “Assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei”. Portanto, na prática há uma grande disparidade entre a preservação dos benefícios e as reais necessidades dos beneficiários, desta forma a suposta preservação real do benefício não segue a mesma realidade econômica do país e em contrapartida o benefício previdenciário no Brasil passa a não ser preservado conforme preza a própria Lei. Os aumentos concedidos aos benefícios previdenciários possuem legislação própria para tanto, por meio do art. 41 da Lei 8.213/91, bem como pela Lei 10.699/2003, no entanto ainda que exista amparo legal as variações no quadro econômico do país nem sempre mantêm o valor real dos benefícios. A história se repete após anos no Brasil, tanto que na análise seguinte Freitas (1998, p. 42 e 43) aduz que: Na realidade, como está disposto na atualidade, não se trata de princípio constitucional e eficácia própria, porque, por mais absurdo que possa parecer, depende de legislação ordinária, portanto inferior, não apenas para lhe atribuir meios eficazes de recomposição dos valores, mas mesmo de definição do que seja o próprio conceito de valor real. VII – Princípio da indisponibilidade dos direitos dos benefícios Através deste princípio é que se garante uma maior segurança jurídica aos benefícios (garantindo efetivamente os direitos adquiridos pelo trabalhador), uma vez que o entendimento é que os benefícios previdenciários devem ser preservados sem que sofram sanções tais como penhora ou sequestro, impedindo também que haja qualquer desconto indevido, uma das poucas exceções é a que trata o artigo 115 da Lei 8.213/91, quando permite que nos casos de empréstimos consignados os descontos são autorizados pela Previdência Social desde que não ultrapassem a margem de 30% do valor do benefício. Beneficiários da previdência social Beneficiários do RGPS = segurados + dependentes Mas que são, afinal, os beneficiários do RGPS? http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652070/par%C3%A1grafo-3-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652018/par%C3%A1grafo-4-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11352699/artigo-41-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/98488/lei-10699-03 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11343204/artigo-115-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 A disciplina desta matéria está nos arts. 11 a 16 da Lei 8.213/91 e regulamentada pelos arts. 9 a 17 do Decreto 3.048/99. De um modo geral, temos as seguintes categorias de segurados: Obrigatórios: Empregado; Empregado Doméstico; Trabalhador Avulso; Contribuinte Individual; Segurado Especial. Facultativos: Nesta categoria enquadram-se todos aqueles que não são segurados obrigatórios, mas querem participar do financiamento do RGPS e gozar dos benefícios e serviços oferecidos (Ex: desempregados, estudantes, donas-de-casa, etc). Vale relembrar que os segurados facultativos são uma exceção ao princípio da filiação obrigatória ou automaticidade da filiação. MUITA ATENÇÃO: a Constituição Federal proíbe a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. Ou seja, um servidor público que estiver vinculado a regime próprio de previdência não pode se filiar ao RGPS como segurado facultativo. Mas se este mesmo servidor público concomitantemente às funçõesdo cargo público exercer atividade remunerada abrangida pelo RGPS e não coberta por regime próprio, estará vinculado também ao RGPS. Os dependentes, por seu turno, são divididos em três classes, conforme esquema abaixo: 1ª Classe Cônjuge; Companheiro (a); Filhos menores de 21 anos; Filhos maioresinválidos. Obs: o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 2ª Classe Pais 3ª Classe Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos; irmão inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. A existência de dependente de qualquer das classes mencionadas exclui do direito às prestações os das classes seguintes. Isso significa dizer que se existirem dependentes de primeira classe, automaticamente ficam excluídos os de segunda e terceira classe. Se não houver dependentes de primeira classe, aí sim os de segunda classe poderão gozar das prestações, excluindo os dependentes de terceira classe, que somente serão beneficiados se não existirem os de primeira e de segunda classe. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em condições de igualdade. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11362287/artigo-11-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358889/artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11771424/artigo-9-do-decreto-n-3048-de-25-de-maio-de-1999 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11765023/artigo-17-do-decreto-n-3048-de-06-de-maio-de-1999 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109253/regulamento-da-previd%C3%AAncia-social-decreto-3048-99 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 MUITA ATENÇÃO: não confundir a menoridade estabelecida pelo código civil (abaixo de 18 anos) com a menoridade para fins previdenciários (abaixo de 21 anos) para fins de concessão de prestações aos filhos ou irmãos do segurado.Como a lei previdenciária é especial com relação ao código civil, o entendimento dominante (inclusive do INSS) é que se aplica a primeira. O fato de os referidos dependentes estarem cursando universidade não estende a cobertura previdenciária até os 24 anos, como acontece na prestação de alimentos. Questões com estes dois temas são muito recorrentes em concursos. A cobertura para determinadas prestações aos dependentes pressupõe que estes tenham alguma dependência econômica com relação ao segurado filiado ao RGPS. Para os de primeira classe esta dependência é presumida (exceto enteados e menores tutelados, que são equiparados a filhos e devem comprovar dependência), ao passo que para os de segunda e terceira classe a dependência deverá ser comprovada. MUITA ATENÇÃO: os incisos I e III do art. 16 da Lei 8.213/91 sofreram recente alteração que poderá ser exigida no concurso do INSS. Esta é uma das razões pelas quais recomendamos que o leitor sempre tenha em mãos uma versão atualizada da Lei 8.213/91. Veja no esquema abaixo como era e como ficou a nova redação: Antiga redação Redação atual dada pela Lei 12.470/11 O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido. O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358840/inciso-i-do-artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358763/inciso-iii-do-artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358889/artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1030015/lei-12470-11
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