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Aula 11
Gabaritando Provas de Direito Eleitoral - Com Videoaulas - 2020
Fabiano Pereira
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Sumário 
Apresentação ......................................................................................................................................... 3 
1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................................................... 4 
2. DO PROCESSO DAS INFRAÇÕES ........................................................................................................... 5 
2.1. Da notícia de crime...................................................................................................................................... 6 
2.2. Da denúncia ................................................................................................................................................. 7 
2.2.1. Do recebimento da denúncia .............................................................................................................................. 9 
2.2.2. Dos recursos ...................................................................................................................................................... 10 
3. DAS DISPOSIÇÕES PENAIS ................................................................................................................. 11 
3.1. Limite mínimo da pena privativa de liberdade ......................................................................................... 12 
3.2. Causas de aumento e diminuição de pena................................................................................................ 12 
3.3. Aplicação da pena de multa ...................................................................................................................... 13 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES ............................................................................................................. 14 
5. DOS CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIE ................................................................................................ 16 
Lista de Questões de Concursos Anteriores ........................................................................................... 56 
Gabarito ............................................................................................................................................... 69 
Questões de Concursos Anteriores Resolvidas e Comentadas ................................................................ 70 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
Olá! 
 
O nosso assunto de hoje não figura entre os mais “queridos” dos candidatos que se preparam 
para concursos públicos, pois exigem conhecimentos complementares de Direito Penal, disciplina 
que geralmente não é estudada por aqueles que se dedicam para o cargo de Técnico Judiciário: 
crimes eleitorais. 
O edital para o cargo de Técnico Judiciário foi bastante subjetivo, portanto, não é possível 
identificar, com clareza, o que pode ser cobrado pelo IBFC. Nesse caso, penso que é interessante 
estudar um conteúdo mais abrangente, pois assim você não será surpreendido no dia da prova. 
De início, gostaria de deixar bem claro que o objetivo da aula não é apresentar explicações 
sobre a teoria do crime ou conteúdo explicativo sobre o Direito Penal, pois, para as provas de Direito 
Eleitoral, penso que são desnecessárias. A finalidade é apresentar as informações mais relevantes, 
por meio de esquemas ou quadros sinóticos, para facilitar o processo de memorização e permitir 
que você consiga acertar as questões de prova, principalmente em relação ao conteúdo sobre crimes 
eleitorais. 
Se você nunca estudou Direito Penal, não se preocupe. O conteúdo será apresentado de 
forma harmônica e didática, permitindo a compreensão de todas as informações ainda que o seu 
foco seja o cargo de Técnico Judiciário. 
No mais, precisando de qualquer auxílio, lembre-se de que estou à disposição! 
Até a próxima aula! 
Prof. Fabiano Pereira 
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, 
fique à vontade para esclarecê-las por meio das minhas redes sociais ou do fórum do 
aluno: 
 
 https://www.youtube.com/channel/UC1YEcia-RD3icTwWx5ZBjzw 
 
 https://www.instagram.com/professorfp 
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1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
No Brasil existem diversas leis que tipificam condutas praticadas durante o processo eleitoral 
– ou fora dele - como crimes eleitorais, a exemplo da Lei 9.504/1997, (Lei das Eleições), Lei 
6.091/1974 (Transporte de eleitores da zona rural), Lei Complementar 64/1990 (Lei das 
Inelegibilidades), entre outras. 
 Os editais de concursos públicos – principalmente para os cargos de Técnico e Analista 
judiciário – não têm o habito de exigir conhecimentos aprofundados sobre crimes eleitorais e 
processo penal eleitoral, mas, como o seu objetivo é gabaritar a prova, torna-se imprescindível 
conhecer os principais crimes eleitorais e suas características, sempre focando no que é mais exigido 
pelas bancas examinadoras. 
 O processo que deve ser observado no âmbito das infrações penais eleitorais consta nos 
artigos 355 ao 364 do Código Eleitoral. Por sua vez, entre os artigos 283 ao 354 estão tipificadas as 
condutas que caracterizam crime eleitoral. 
 A propósito, é importante destacar que o Supremo Tribunal Federal, em várias 
oportunidades, afirmou que o crime eleitoral é uma espécie de crime comum, portanto, o seu 
julgamento deve respeitar as regras de competência definidas no texto constitucional. 
STF: competência penal originária por prerrogativa de função: crime eleitoral; atração da 
supervisão judicial do inquérito policial. 
 1. Para o efeito de demarcação da competência penal originária do STF por prerrogativa de 
função, consideram-se comuns os crimes eleitorais. 
2. A competência penal originária por prerrogativa de função atrai para o Tribunal respectivo 
a supervisão judicial do inquérito policial”. 
(RCL 555, rel. Min. Sepúlveda Pertence, Pleno, DJ 7.6.2002). 
 
 
 Se o Deputado Federal Doquinha comete um crime eleitoral na cidade de Montes Claros/MG, 
por exemplo, não será processado e julgado pelo juiz competente dessa comarca. No caso, o 
processamento e julgamento do feito ocorrerão no âmbito do Supremo Tribunal Federal, caso os 
crimes praticados estejam relacionados ao exercício do mandato. 
 
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No julgamento do inquérito 4435/RJ, que ocorreu em 14/03/2019, o Supremo Tribunal Federal 
ratificou o entendimento de que a Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crimes 
comuns que apresentam conexão com crimes eleitorais. O plenário do STF decidiu ainda que 
cabe à Justiça especializada analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns 
aos delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. 
Diante disso, pode-se afirmar que compete à Justiça Eleitoral processar e julgar os crimes 
eleitorais e os crimes comuns estaduais e federais conexos a crimes eleitorais. 
 Em razão de o Código Eleitoral brasileiro não disciplinar todas as etapas do processo penal 
eleitoral, não restam dúvidas de que o Código de Processo Penal pode ser utilizado no âmbito da 
Justiça Eleitoral, porém, em caráter subsidiário. 
 Esse é o mandamento contido expressamente no art. 364 do Código Eleitoral: 
Art. 364. Noprocesso e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos, 
assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária 
ou supletiva, o Código de Processo Penal. 
Em sentido semelhante, dispõe o art. 287 do Código Eleitoral que se aplicam aos fatos 
incriminados em seu texto as regras gerais do Código Penal. 
 
2. DO PROCESSO DAS INFRAÇÕES 
 O Código Eleitoral brasileiro, em seu art. 355, dispõe que as infrações penais definidas em seu 
texto são de ação pública incondicionada. 
 Renato Brasileiro de Lima, ao tecer comentários sobre a titularidade da ação penal pública 
incondicionada, afirma que 
O titular da ação penal pública incondicionada é o Ministério Público (CF, art. 129, I), e sua 
peça inaugural é a denúncia. É denominada de incondicionada porque a atuação do Ministério 
Público não depende da manifestação da vontade da vítima ou de terceiros. Ou seja, 
verificando a presença das condições da ação e havendo justa causa para o oferecimento da 
denúncia, a atuação do Parquet prescinde do implemento de qualquer condição. 
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(...) A única exceção a essa regra fica por conta do art. 5º, LIX, da Carta Magna, que prevê que 
será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo 
legal. É a ação penal privada subsidiária da pública, também denominada de ação penal 
acidentalmente privada, cujo cabimento está condicionado à inércia do Ministério Público1. 
 Apesar de não constar expressamente no Código Eleitoral, por força do art. 5º. LIX, da 
CF/1988, admite-se a ação penal privada subsidiária da pública na seara eleitoral, quando a ação 
penal pública não for proposta no prazo legal. 
 Esse entendimento também foi reiterado pelo Tribunal Superior Eleitoral no julgamento dos 
embargos de declaração no agravo de instrumento nº 181917, que ocorreu em 24/02/2011, ao 
afirmar que “a queixa-crime em ação penal privada subsidiária somente pode ser aceita caso o 
representante do Ministério Público não tenha oferecido denúncia, requerido diligências ou 
solicitado o arquivamento de inquérito policial no prazo legal”. 
 
2.1. DA NOTÍCIA DE CRIME 
 
O art. 356 do Código Eleitoral dispõe que todo cidadão que tiver conhecimento de infração 
penal prevista em seu texto deverá comunicá-la ao juiz eleitoral da zona onde a mesma se verificou. 
Em outras palavras, qualquer cidadão pode se dirigir ao Cartório Eleitoral e noticiar a prática de 
crime eleitoral. 
 Nesse caso, em virtude do princípio da inércia, o juiz eleitoral não pode agir de ofício e 
determinar a instauração de inquérito policial, caso entenda pela existência de indícios da prática 
de conduta criminosa. Deve se limitar a determinar o envio da notícia de crime para o Ministério 
Público Eleitoral, a fim de que o órgão avalie as providências cabíveis ao caso em concreto: 
apresentação da denúncia, caso se convença da presença de justa causa; determinação de abertura 
de inquérito ou procedimento investigatório administrativo, ou, ainda, requerimento de 
arquivamento da notícia crime, caso entenda que não apresenta indícios mínimos de autoria e 
materialidade. 
 
 
 
1 LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal. Salvador: Editora Juspodium, 2018, p. 255. 
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ATENÇÃO: no julgamento do habeas corpus 103.379, que ocorreu em 2.5.2012, o Tribunal 
Superior Eleitoral decidiu ser possível a instauração de inquérito policial por requisição do 
Ministério Público com fundamento em delação anônima. 
 Quando a comunicação ou notícia de crime eleitoral for verbal, mandará a autoridade judicial 
reduzi-la a termo (transferida para o papel), assinado pelo apresentante e por duas testemunhas, e, 
da mesma forma, a remeterá ao órgão do Ministério Público local, para as devidas providencias. 
 Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos 
complementares ou outros elementos de convicção, deverá requisitá-los diretamente de quaisquer 
autoridades ou funcionários que possam fornecê-los. 
 
2.2. DA DENÚNCIA 
 O Código Eleitoral brasileiro, em seu art. 357, afirma que verificada a infração penal, o 
Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias. 
 José Jairo Gomes, ao explicar as peculiaridades da denúncia, afirma que 
A denúncia é a peça inaugural do processo penal. Nela é expressa a imputação penal, ou seja, a 
atribuição do cometimento de um crime (= fato típico, antijurídico e culpável) a alguém. Contém, pois, 
a afirmação de que um certo fato criminoso foi cometido por determinada pessoa. A denúncia, então, 
formaliza a pretensão punitiva do Estado, submetendo-a à jurisdição2. 
 A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a 
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do 
crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
 Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento 
da comunicação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da 
comunicação ao Procurador-Regional Eleitoral, e este oferecerá a denúncia, designará outro 
promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz 
obrigado a atender. 
 
2 Gomes, José Jairo. Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral. São Paulo, Atlas, 2016. 
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 Suponhamos que, ao receber notícia sobre a suposta prática de crime eleitoral, o Promotor 
Eleitoral entenda que a conduta praticada por eleitor seja atípica, não caracterizando infração penal, 
e requeira ao Juiz Eleitoral o arquivamento do expediente. Nesse caso, pode ocorrer de o Juiz 
Eleitoral discordar do Promotor, entendendo que a conduta praticada pelo eleitor pode ser tipificada 
como crime eleitoral. Diante disso, a lei autoriza que o Juiz remeta o expediente para o Procurador-
Regional Eleitoral (chefe regional do Ministério Público Eleitoral) a fim de que a autoridade ofereça 
diretamente a denúncia, designe outro promotor para oferecê-la, ou, se for o caso, ratifique o 
pedido de arquivamento formulado pelo Promotor Eleitoral. Nesta última hipótese, o juiz eleitoral 
estará obrigado a acatar a decisão do Procurador-Regional Eleitoral e determinar o arquivamento 
do expediente. 
 
No julgamento do recurso especial 25.030, que ocorreu em 10.4.2007, o Tribunal Superior 
Eleitoral decidiu que compete às Câmaras de Coordenação e Revisão manifestar-se sobre o 
arquivamento de inquérito policial (LC nº 75/1993, art. 62, IV), objeto de pedido do procurador 
regional eleitoral e rejeitado pelo Tribunal Regional. 
 Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal de dez dias 
representará contra ele a autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal. 
Por sua vez, o juiz solicitará ao Procurador Regional a designação de outro promotor, que, no mesmo 
prazo, oferecerá a denúncia. 
 O Código Eleitoral brasileiro, em seu art. 358, afirma que a denúncia será rejeitada quando: 
 I – o fato narrado evidentemente não constituir crime; 
 II – já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa; 
 III – for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o 
exercício da ação penal. 
 Nos casos do número III, a rejeição da denúncia não obstaráao exercício da ação penal, desde 
que promovida por parte legítima ou satisfeita a condição. 
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No julgamento do recurso especial nº 25.137, que ocorreu em 07/06/2005, o Tribunal Superior 
Eleitoral ratificou o entendimento de que os institutos da transação penal e da suspensão 
condicional do processo se aplicam ao processo penal eleitoral, salvo para crimes que contam 
com sistema punitivo especial. Todavia, no processo-crime eleitoral a recusa à proposta de 
transação afasta o rito previsto na Lei nº 9.099/1995, cumprindo observar o previsto no Código 
Eleitoral (Ac.-TSE, de 28.6.2012, no REspe nº 29803). 
 
2.2.1. Do recebimento da denúncia 
 O art. 359 do Código Eleitoral afirma que recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para 
o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público. 
 Perceba que o texto legal utiliza a expressão “depoimento”, quando, tecnicamente, o correto 
seria interrogatório. Além disso, o dispositivo insere o “depoimento pessoal do acusado” logo no 
início da instrução processual, quando, no texto do Código de Processo Penal, o interrogatório do 
acusado é realizado no final da instrução processual (alteração promovida pela Lei 11.719/2008), o 
que privilegia os princípios do contraditório e da ampla defesa. 
 Como se não bastasse o conflito legal quanto ao momento oportuno para a realização do 
interrogatório do réu, a divergência também ocorre no âmbito da doutrina e da jurisprudência. 
 No julgamento do habeas corpus nº 84946, por exemplo, que ocorreu em 16.5.2013, o 
Tribunal Superior Eleitoral decidiu que “a sistemática que a Lei nº 11.719/2008 introduziu no CPP 
deve ser aplicada a este código por ser mais benéfica ao réu, uma vez que fixa dois momentos para 
a análise do recebimento da denúncia – um antes e outro após a resposta preliminar à acusação – e 
torna o interrogatório do acusado o último ato da instrução processual”. 
Apesar do claro entendimento da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no sentido de 
que o interrogatório do réu deve ser o último ato da instrução processual, destaca-se que as 
resoluções mais recentes sobre o tema, editadas em 2018, afirmam que o interrogatório do réu deve 
ser realizado nos termos das regras contidas no Código Eleitoral, isto é, no início da instrução 
processual. 
Resolução TSE nº 23.551/17, que dispõe sobre propaganda eleitoral, utilização e geração 
do horário gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral nas eleições. 
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Art. 96. As infrações penais aludidas nesta resolução são puníveis mediante ação pública, e o 
processo seguirá o disposto nos arts. 357 e seguintes do Código Eleitoral (Código Eleitoral, art. 
355; e Lei nº 9.504/1997, art. 90, caput). 
 
Pergunta: professor, diante dessa divergência, qual informação devo levar para a prova? 
Sinceramente, ainda não encontrei em provas de Direito Eleitoral questões específicas sobre 
o tema. Provavelmente, as bancas não o abordam em virtude do receio de serem obrigadas a anular 
a questão em virtude de eventuais recursos. De qualquer forma, penso que é mais prudente adotar 
os mandamentos contidos no Código Eleitoral, principalmente nos concursos para os cargos de 
Analista e Técnico Judiciário, principalmente quando a prova for elaborada por bancas que primam 
pela literalidade do texto legal, a exemplo da Fundação Carlos Chagas. 
 O fato é que, cumprido o art. 359 do Código Eleitoral, o réu ou seu defensor terão o prazo de 
10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas. 
Afirma o art. 360 do Código Eleitoral que, ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e 
praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-
se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes – acusação e defesa – para alegações finais. 
 
No julgamento do recurso em habeas corpus nº 66851, que ocorreu em 31/05/2012, o Tribunal 
Superior Eleitoral decidiu que “não caracteriza cerceamento de defesa, nem ofensa ao devido 
processo legal, a decisão que, em sede de ação penal, indefere pedido de oitiva de testemunhas 
que não contribuirão para o esclarecimento dos fatos narrados na denúncia”. 
Decorrido o prazo de 5 (cinco) dias para apresentação das alegações finais e conclusos os 
autos ao juiz dentro de quarenta e oito horas, terá o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
 
2.2.2. Dos recursos 
 O Código Eleitoral, em seu art. 362, dispõe que das decisões finais de condenação ou 
absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias. 
 Ao explicar as peculiaridades do recurso eleitoral criminal (também denominado de 
apelação criminal eleitoral), afirma José Jairo Gomes que 
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Recurso eleitoral criminal é o adequado para se impugnar sentença criminal, condenatória ou 
absolutória, bem como as denominadas “decisões definitivas, ou com força de definitivas” 
(CPP, art. 593). Deve ser endereçado ao Tribunal Regional Eleitoral. Com algumas 
peculiaridades, assemelha-se à apelação criminal. O efeito devolutivo de que que é dotado se 
dá tanto no plano horizontal, quanto no vertical, de modo que são devolvidos ao tribunal ad 
quem não só os pontos e as questões jurídicas arguidas, como também toda a matéria fática 
e probatória3. 
 Em regra, os recursos eleitorais não possuem efeito suspensivo. Todavia, levando-se em 
consideração que a legislação eleitoral é omissa em relação à apelação criminal eleitoral, entende o 
Tribunal Superior Eleitoral que deve ser aplicado subsidiariamente o art. 597 do Código de Processo 
Penal, que assim dispõe: 
Art. 597. A apelac ̧ão de sentenc ̧a condenatória terá efeito suspensivo, salvo o disposto no 
art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e de medidas de segurança (arts. 374 e 
378), e o caso de suspensão condicional de pena. 
 Se a decisão do Tribunal Regional Eleitoral for condenatória, baixarão imediatamente os 
autos à instância inferior para a execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco) dias, 
contados da data da vista ao Ministério Público. Se o órgão do Ministério Público deixar de promover 
a execução da sentença serão aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do art. 357. 
 
A súmula 192 do Superior Tribunal de Justiça dispõe que Compete ao Juízo das Execuções 
Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar 
ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a Administração Estadual. 
 
3. DAS DISPOSIÇÕES PENAIS 
 O art. 283 do Código Eleitoral dispõe que para os efeitos penais são considerados membros e 
funcionários da Justiça Eleitoral: 
I – os magistrados que, mesmo não exercendo funções eleitorais, estejam presidindo juntas 
apuradoras ou se encontrem no exercício de outra função por designação de Tribunal Eleitoral; 
 
3 GOMES, José Jairo. Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
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II – os cidadãos que temporariamente integram órgãos da Justiça Eleitoral; 
III – os cidadãos que hajam sido nomeados para as mesas receptoras ou juntas apuradoras; 
IV – os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral. 
Para efeitospenais, o Código Eleitoral considera funcionário público, além dos indicados no 
art. 283, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função 
pública. Ademais, equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em 
entidade paraestatal ou em sociedade de economia mista. 
 Por sua vez, o artigo 327 do Código Penal apresenta definição mais abrangente de funcionário 
público, ao dispor que “considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública”. Ademais, afirma 
em seu art. 1º que “equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em 
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou 
conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública”. 
 
3.1. LIMITE MÍNIMO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
 O Código Eleitoral brasileiro, em seu art. 284, afirma que sempre que o código não indicar o 
grau mínimo, entende-se que será ele de quinze dias para a pena de detenção e de um ano para a 
de reclusão. 
 No tocante à pena privativa de liberdade abstratamente prevista para os crimes eleitorais 
previstos no Código Eleitoral, a técnica adotada é distinta daquela utilizada pelo Código Penal. 
Enquanto este, em cada tipo penal, estabelece os limites mínimo e máximo do tempo de privação 
de liberdade, o Código Eleitoral apresenta apenas o limite máximo. O limite abstrato mínimo é 
idêntico para todos os delitos, sendo previsto no art. 284, a saber: 15 dias para a pena de detenção 
e 1 ano para a de reclusão4. 
 
3.2. CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE PENA 
 O art. 285 do Código Eleitoral afirma que “quando a lei determina a agravação ou atenuação 
da pena sem mencionar o quantum, deve o juiz fixá-lo entre um quinto e um terço, guardados os 
limites da pena cominada ao crime”. 
 
4 GOMES, José Jairo. Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
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3.3. APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA 
 Os dispositivos que tratam da aplicação da pena de multa estão previstos no art. 286 do 
Código Eleitoral, que assim dispõe: 
Art. 286. A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro Nacional, de uma soma de dinheiro, 
que é fixada em dias-multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa e, no máximo, 300 
(trezentos) dias-multa. 
§ 1º O montante do dia-multa é fixado segundo o prudente arbítrio do juiz, devendo este ter em 
conta as condições pessoais e econômicas do condenado, mas não pode ser inferior ao salário 
mínimo diário da região, nem superior ao valor de um salário mínimo mensal. 
• V. CF/1988, art. 7º, IV: vedação da vinculação do salário mínimo para qualquer fim; 
Res.-TSE nº 21538/2003, art. 85: indica a base de cálculo para aplicação das multas 
previstas por este código e por leis conexas; art. 80, § 4º: estabelece o percentual 
mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor indicado pelo art. 85 para arbitramento da 
multa pelo não exercício do voto; Lei nº 10.522/2002, art. 29: extingue a Ufir e adota 
como seu último valor o do dia 1º de janeiro de 1997, correspondente a R$1,0641. 
§ 2º A multa pode ser aumentada até o triplo, embora não possa exceder o máximo genérico 
(caput), se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do condenado, é ineficaz a 
cominada, ainda que no máximo, ao crime de que se trate. 
 José Jairo Gomes, analisando a sistemática prevista no Código Eleitoral e comparando-a com 
aquela prevista no Código Penal brasileiro, conclui que 
(i) na aplicação da pena de multa, no que for cabível deve-se aplicar os critérios do Código 
Penal; (ii) caso seja insuficiente, em razão da situação econômica do réu, pode ser elevada até 
o triplo, ainda que aplicada no máximo (CP, art. 60), § 1º); (iii) a multa criminal destina-se ao 
Fundo Penitenciário, como estabelece o caput do art. 49 do CP, e não ao Tesouro Nacional; 
(iv) o pagamento deve ser feito dentro de dez dias após o trânsito em julgado da sentença 
condenatória, podendo ser cobrada mediante desconto no vencimento do condenado (CP, art. 
50, § 1º); (v) não há conversão de multa em pena de detenção, sendo que o descumprimento 
da multa enseja a sua cobrança judicial; (vi) para fins de execução e cobrança judicial, é 
“considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida da 
Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição 
(CP, art. 51, com a redação dada pela Lei 9.268/1996)5. 
 
 
5 GOMES, José Jairo. Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2016, páginas 
26 e 27. 
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4. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES 
 Levando-se em consideração que muitos candidatos não estudam Direito Penal, 
principalmente aqueles que estão se preparando com foco no cargo de Técnico Judiciário, optei por 
apresentar uma breve classificação de crimes, utilizada pela doutrina e jurisprudência majoritárias. 
 Deve ficar claro que o propósito não é o aprofundamento no tema, mas apenas facilitar a 
compreensão dos quadros sinóticos que serão apresentados logo após cada tipo penal abordado 
durante a aula. 
 
4.1. QUANTO AO SUJEITO ATIVO (AQUELE QUE PRATICA A INFRAÇÃO), OS CRIMES PODEM SER 
CLASSIFICADOS EM: 
 4.1.1. Crimes comuns: são aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa, não se 
exigindo qualquer qualidade específica do sujeito ativo a fim de que seja configurado. A título de 
exemplo, pode-se mencionar o crime de roubo, homicídio, furto, entre outros. 
 O crime previsto no art. 312 do Código Eleitoral (violar ou tentar violar o sigilo do voto), por 
exemplo, é um crime comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa. 
 4.1.2. Crimes próprios: são aqueles que apenas podem ser praticados por quem detenha uma 
qualidade especial, exigida no próprio tipo penal. O crime de peculato, por exemplo, só pode ser 
cometido por quem seja funcionário público; o crime de autoaborto, apenas pode ser cometido pela 
própria grávida. 
 O crime previsto no art. 311 do Código Eleitoral (votar em sessão eleitoral em que não está 
inscrito), por exemplo, apenas pode ser praticado por eleitor (e não por qualquer pessoa). 
 4.1.3. Crimes de mão própria: são aqueles que só podem ser praticados pela própria pessoa, 
por si mesma, não se admitindo a co-autoria (como regra geral). Pode-se mencionar como exemplo 
o crime de falso testemunho. Apenas a testemunha, por si só, pode praticar esse crime. 
 
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4.2. QUANTO À NECESSIDADE DO RESULTADO NATURALÍSTICO PARA A CONSUMAÇÃO: 
4.2.1. Crimes materiais: 
São aqueles que exigem um resultado naturalístico para a respectiva consumação, pois, caso 
contrário, ocorre apenas uma simples “tentativa”. No caso do homicídio, por exemplo, é 
imprescindível que ocorra a morte; no caso do furto, é essencial a subtração do bem. 
 O crime previsto no art. 297 do Código Eleitoral (impedir ou embaraçar o exercício do 
sufrágio), por exemplo, apenas será configurado se for praticada alguma conduta que comprometa 
a regularidade do processo de votação (destruição de uma urna eletrônica, por exemplo). 
 
4.2.2. Crimes formais: 
São aqueles nos quais o crime se consuma independentemente do resultado, que pode 
acontecer ou não. No crime de extorsão (CP, art. 158), por exemplo, ocorre a consumação 
independentemente de o autorobter a vantagem indevida. 
 O crime previsto no art. 306 do Código Eleitoral (não observar a ordem em que os eleitores 
devem ser chamados a votar), por exemplo, é considerado crime formal, pois o simples ato de 
desrespeitar a fila, por si só, já tipifica a prática do crime. 
 
4.2.3. Crimes de mera conduta: 
São aqueles que não produzem um resultado concreto, portanto, pune-se a conduta praticada 
e não o resultado em si. Não se exige o resultado naturalístico. O crime de invasão de domicílio (CP, 
art. 150) é um bom exemplo. O simples fato de invadir o domicílio, por si só, já caracteriza o crime. 
 
4.3. QUANTO À FORMA DA CONDUTA: 
4.3.1. Crime comissivo: 
É aquele que exige uma conduta positiva do autor, que faz justamente o que a norma proíbe. 
É o caso, por exemplo, de alguém que comete vários disparos de arma de fogo contra outra pessoa 
e pratica o crime de homicídio. 
 
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4.3.2. Crime omissivo: 
É aquele que ocorre quando o autor deixar de fazer algo, por meio de um comportamento 
negativo, podendo ser divididos em: 
 4.3.2.1. Crimes omissivos próprios: é o que ocorre quando alguém tinha o dever de agir e se 
mantém omisso (o agente simplesmente não faz o que a norma determina, a exemplo do crime de 
omissão de socorro, contido no art. 135 do Código Penal). 
4.3.2.2. Crimes omissivos impróprios (também chamado de comissivo por omissão): 
ocorrem quando o sujeito possui o dever específico de agir para evitar o crime e se mantém omisso. 
É o caso do salva-vidas de um clube. Se constata que alguém está se afogando na piscina e não age 
para evitar o resultado morte, poderá responder por homicídio. 
 
5. DOS CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIE 
O Código Eleitoral brasileiro, entre os artigos 289 ao 354-A, apresenta diversos crimes 
eleitorais em espécie. Para responder às questões de prova, além de memorizar as penas e os tipos 
penais, penso que é importante também atentar-se para o tipo subjetivo, sujeição ativa e passiva, 
se o crime é de menor potencial ofensivo, se gera inelegibilidade, se é comisso ou omisso, entre 
outras características. 
 
Art. 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitor: 
Pena – reclusão até 5 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
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Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime de mão própria 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
 
▪ Ac.-TSE, de 3.3.2015, no REspe nº 571991: a prestação de auxílio material à inscrição 
fraudulenta de eleitor caracteriza participação no crime previsto neste artigo. 
 
Art. 290. Induzir alguém a se inscrever eleitor com infração de qualquer dispositivo deste código: 
Pena – reclusão até 2 anos e pagamento de 15 a 30 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
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• Ac.-TSE, de 19.4.2005, no RHC nº 68: induzir alguém abrange as condutas de instigar, incitar ou 
auxiliar terceiro a alistar-se fraudulentamente, aproveitando-se de sua ingenuidade ou de sua 
ignorância. 
• Ac.-TSE, de 3.3.2015, no REspe nº 571991: o crime previsto neste dispositivo somente pode ser 
praticado pelo eleitor, não admitindo coautoria, mas participação. 
• Ac.-TSE, de 26.2.2013, no REspe nº 198: o tipo descrito neste artigo deve ser afastado quando 
houver o concurso de vontades entre o eleitor e o suposto autor da conduta. 
• Ac.-TSE, de 18.8.2011, no REspe nº 23310: o crime de falsidade ideológica eleitoral (art. 350 do 
CE) não é meio necessário nem fase normal de preparação para a prática do delito tipificado 
neste artigo. Os crimes descritos são autônomos e podem ser praticados sem que um 
dependa do outro. 
 
Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de alistando: 
Pena – reclusão até 5 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
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Art. 292. Negar ou retardar a autoridade judiciária, sem fundamento legal, a inscrição requerida: 
Pena – pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Exclusivamente multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (verbo negar) e 
omissivo (verbo retardar) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime de mão própria 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime de mera conduta 
 
Art. 293. Perturbar ou impedir de qualquer forma o alistamento: 
Pena – detenção de 15 dias a 6 meses ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
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Admite tentativa? SIM 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 294. (Revogado pelo art. 14 da Lei nº 8.868/1994). 
 
Art. 295. Reter título eleitoral contra a vontade do eleitor: 
Pena – detenção até dois meses ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Obs.: o entendimento majoritário é no sentido de que o art. 295 do Código Eleitoral foi revogado 
pelo art. 91 da Lei 9.504/1997, que aborda expressamente a mencionada conduta. 
 
 
• Lei nº 9.504/1997, art. 91, parágrafo único: "a retenção de título eleitoral ou do comprovante 
do alistamento eleitoral constitui crime, punível com detenção, de um a três meses, com a 
alternativa de prestação de serviços à comunidade por igual período, e multa no valor de 
cinco mil a dez mil Ufirs". 
 
Art. 296. Promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais: 
Pena – detenção até dois meses e pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção + multa 
Admite transação penal? Sim 
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Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo(ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 297. Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio: 
Pena – detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa. 
 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 298. Prender ou deter eleitor, membro de mesa receptora, fiscal, delegado de partido ou 
candidato, com violação do disposto no art. 236: 
Pena – reclusão até quatro anos. 
 
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 22 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, 
ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, 
ainda que a oferta não seja aceita: 
Pena – reclusão até quatro anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
 Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
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• Ac.-TSE, de 18.10.2016, AgR-AI nº 3748: a promessa de cargo a correligionário em troca de voto 
não configura o delito previsto neste artigo. 
• Ac.-TSE, de 5.2.2015, no AgR-AI nº 20903: o crime previsto neste artigo tutela o livre exercício 
do voto ou a abstenção do eleitor. 
• Ac.-TSE, de 26.2.2013, no RHC nº 45224: na acusação da prática de corrupção eleitoral, a peça 
acusatória deve indicar qual ou quais eleitores teriam sido beneficiados ou aliciados, sem o 
que o direito de defesa fica comprometido. 
• Ac.-TSE, de 25.8.2011, no AgR-AI nº 58648: a configuração do crime de corrupção eleitoral não 
se confunde com a realização de promessas de campanha; Ac.-TSE, de 1º.10.2015, no HC nº 
8992: promessas genéricas de campanha não representam compra de votos. 
• Ac.-TSE, de 2.3.2011, nos ED-REspe nº 58245: a configuração do delito previsto neste artigo não 
exige pedido expresso de voto, mas sim a comprovação da finalidade de obter ou dar voto ou 
prometer abstenção. 
• Ac.-TSE, de 28.10.2010, no AgR-AI nº 10672: inaplicabilidade do princípio da insignificância. 
• Ac.-TSE, de 23.2.2010, HC nº 672: "Exige-se para a configuração do ilícito penal que o corruptor 
eleitoral passivo seja pessoa apta a votar". 
• Ac.-TSE, de 27.11.2007, no Ag nº 8905: "O crime de corrupção eleitoral, por ser crime formal, 
não admite a forma tentada, sendo o resultado mero exaurimento da conduta criminosa". 
• Ac.-TSE, de 15.3.2007, no Ag nº 6014 e, de 8.3.2007, no REspe nº 25388: necessidade do dolo 
específico para a configuração deste crime. 
• Ac.-TSE, de 3.5.2005, no RHC nº 81: a disciplina deste artigo não foi alterada pelo art. 41-A da 
Lei nº 9.504/1997; Ac.-TSE, de 27.11.2007, no AgRgAg nº 6553: a absolvição na representação 
por captação ilícita de sufrágio, ainda que acobertada pela coisa julgada, não obsta 
a persecutio criminis pela prática do tipo penal aqui descrito. 
 
 
Art. 300. Valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar 
em determinado candidato ou partido: 
Pena – detenção até 6 meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa. 
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 24 
 
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo a pena é agravada. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 301. Usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em 
determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos: 
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Reclusão 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
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• Ac.-TSE, de 17.2.2011, no AgR-REspe nº 5163598: não exigência de que o crime deste artigo 
tenha sido praticado necessariamente durante o período eleitoral; a ausência de poder de 
gestão de programa social não afasta eventual configuração do delito deste artigo. 
 
Art. 302. Promover, no dia da eleição, com o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do 
voto a concentração de eleitores, sob qualquer forma, inclusive o fornecimento gratuito de 
alimento e transporte coletivo: 
Pena – reclusão de quatro (4) a seis (6) anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Não 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
 
• Ac.-TSE, de 20.3.2012, no HC nº 70543: o tipo previsto neste artigo não alcança o transporte de 
cidadãos no dia da realização de plebiscito. 
• Ac.-TSE, de 13.4.2004, no REspe nº 21401: a Lei nº 6.091/1974, art. 11, III, revogou a parte final 
deste artigo. 
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 26 
 
Art. 303. Majorar os preços de utilidades e serviços necessários à realização de eleições, tais como 
transporte e alimentação de eleitores, impressão, publicidade e divulgação de matéria eleitoral: 
Pena – pagamento de 250 a 300 dias-multa. 
 A doutrina majoritária entende que o mencionado dispositivo não foi recepcionado pela 
Constituição Federal de 1988, por incompatibilidade material com as disposições sobre livre 
iniciativa e ordem econômica. 
 Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, ao se manifestar sobre o tema, afirma que 
A lei da oferta e da procura é inerente ao modo de produção capitalista, expressamente adotado pela 
Constituição Federal. Não se pode esperar que dianteda maior procura por utilidades e serviços necessários 
às eleições, que normalmente ocorra à época das eleições, estejam os fornecedores impossibilitados de formar 
livremente seus preços, atentos à concorrência. Os preços oscilarão (não necessariamente para mais), não 
parecendo adequado que um artigo de lei eleitoral sirva como “tabela” de preços. E se os insumos 
aumentarem ou a inflação recrudescer?6 
 
Art. 304. Ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente 
a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos 
a determinado partido ou candidato: 
Pena – pagamento de 250 a 300 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Exclusivamente multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo/omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
6 GONÇALVES, Luiz Carlos dos Santos. Crimes eleitorais e processo penal eleitoral. São Paulo: Atlas, 
2015. 
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 27 
 
Art. 305. Intervir autoridade estranha à mesa receptora, salvo o juiz eleitoral, no seu 
funcionamento sob qualquer pretexto: 
Pena – detenção até seis meses e pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 306. Não observar a ordem em que os eleitores devem ser chamados a votar: 
Pena – pagamento de 15 a 30 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Exclusivamente de multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
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Art. 307. Fornecer ao eleitor cédula oficial já assinalada ou por qualquer forma marcada: 
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Não 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 308. Rubricar e fornecer a cédula oficial em outra oportunidade que não a de entrega da 
mesma ao eleitor: 
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Não 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
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 29 
 
Art. 309. Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem: 
Pena – reclusão até três anos. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 310. Praticar, ou permitir o membro da mesa receptora que seja praticada qualquer 
irregularidade que determine a anulação de votação, salvo no caso do art. 311: 
Pena – detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
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Art. 311. Votar em seção eleitoral em que não está inscrito, salvo nos casos expressamente 
previstos, e permitir, o presidente da mesa receptora, que o voto seja admitido: 
Pena – detenção até um mês ou pagamento de 5 a 15 dias-multa para o eleitor e de 20 a 30 dias-
multa para o presidente da mesa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do voto: 
Pena – detenção até dois anos. 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
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Art. 313. Deixar o juiz e os membros da junta de expedir o boletim de apuração imediatamente 
após a apuração de cada urna e antes de passar à subsequente, sob qualquer pretexto e ainda que 
dispensada a expedição pelos fiscais, delegados ou candidatos presentes: 
Pena – pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem for procedida pela mesa receptora 
incorrerão na mesma pena o presidente e os mesários que não expedirem imediatamente o 
respectivo boletim. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Exclusivamente multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime de mera conduta 
 
• Lei nº 9.504/1997, art. 68, § 1º: entrega obrigatória de cópia do boletim de urna aos partidos e 
às coligações pelo presidente da mesa receptora. 
 
Art. 314. Deixar o juiz e os membros da junta de recolher as cédulas apuradas na respectiva urna, 
fechá-la e lacrá-la, assim que terminar a apuração de cada seção e antes de passar à subsequente, 
sob qualquer pretexto e ainda que dispensada a providência pelos fiscais, delegados ou candidatos 
presentes:Pena – detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
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 32 
 
Parágrafo único. Nas seções eleitorais em que a contagem dos votos for procedida pela mesa 
receptora incorrerão na mesma pena o presidente e os mesários que não fecharem e lacrarem a 
urna após a contagem. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime de mera conduta 
 
Art. 315. Alterar nos mapas ou nos boletins de apuração a votação obtida por qualquer candidato 
ou lançar nesses documentos votação que não corresponda às cédulas apuradas: 
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
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 33 
 
 
• Lei nº 9.504/1997, art. 72: crimes relacionados a sistema de tratamento automático de dados 
usado pelo serviço eleitoral e a equipamento usado na votação ou na totalização de votos. 
• Lei nº 6.996/1982, art. 15: incorrerá nas penas previstas neste artigo quem alterar resultados 
no processamento eletrônico das cédulas. 
 
Art. 316. Não receber ou não mencionar nas atas da eleição ou da apuração os protestos 
devidamente formulados ou deixar de remetê-los à instância superior: 
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime de mera conduta 
 
Art. 317. Violar ou tentar violar o sigilo da urna ou dos invólucros: 
Pena – reclusão de três a cinco anos. 
 
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 34 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Não 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 318. Efetuar a mesa receptora a contagem dos votos da urna quando qualquer eleitor houver 
votado sob impugnação (art. 190): 
Pena – detenção até 1 mês ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 319. Subscrever o eleitor mais de uma ficha de registro de um ou mais partidos: 
Pena – detenção até 1 mês ou pagamento de 10 a 30 dias-multa. 
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 35 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 320. Inscrever-se o eleitor, simultaneamente, em dois ou mais partidos: 
Pena – pagamento de 10 a 20 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime de mão própria 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 321. Colher assinatura do eleitor em mais de uma ficha de registro de partido: 
Pena – detenção até dois meses ou pagamento de 20 a 40 dias-multa. 
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Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 322. revogado 
Art. 323. Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos 
e capazes de exercerem influência perante o eleitorado: 
Pena – detenção de dois meses a um ano ou pagamento de 120 a 150 dias-multa. 
Parágrafo único. A pena é agravada se o crime é cometido pela imprensa, rádio ou televisão. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
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 37 
 
 
• Ac.-TSE, de 25.6.2015, no AgR-RMS nº 10404: o tipo penal indicado não exige que 
os fatostenham potencial para definir a eleição, bastando que sejam “capazes de exercerem 
influência perante o eleitorado”. 
• Ac.-TSE, de 15.10.2009, no AgR-REspe nº 35977: necessidade de que os textos imputados como 
inverídicos sejam fruto de matéria paga para tipificação do delito previsto neste dispositivo. 
 
Art. 324. Caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-
lhe falsamente fato definido como crime: 
Pena – detenção de seis meses a dois anos e pagamento de 10 a 40 dias-multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 
§ 2º A prova da verdade do fato imputado exclui o crime, mas não é admitida: 
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido, não foi condenado por 
sentença irrecorrível; 
II – se o fato é imputado ao presidente da República ou chefe de governo estrangeiro; 
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença 
irrecorrível. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim (o tipo básico) 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensãocondicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
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• Ac.-TSE, de 21.2.2019, no AgR-REspe nº 22484: o crime de calúnia eleitoral exige a imputação a 
alguém de fato determinado definido como crime, não sendo suficientes alegações genéricas, 
ainda que atinjam a honra do destinatário. 
• Ac.-TSE, de 23.11.2010, no HC nº 258303: no julgamento da ADPF nº 130, o STF declarou não 
recepcionado pela CF/1988 a Lei nº 5.250/1967, o que não alcança o crime de calúnia previsto 
neste artigo. 
 
Art. 325. Difamar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-
lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena – detenção de três meses a um ano e pagamento de 5 a 30 dias-multa. Parágrafo único. A 
exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa 
ao exercício de suas funções. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não, caso a imputação seja 
verbal. Se a imputação for 
escrita, sim. 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Fabiano Pereira
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 39 
 
 
• Ac.-TSE, de 14.12.2010, no HC nº 187635: desnecessidade de que a ofensa seja praticada contra 
candidato para a tipificação do crime previsto neste artigo. 
• Ac.-TSE, de 6.10.2015, no REspe nº 186819 e, de 13.10.2011, no HC nº 114080: para a 
tipificação da conduta prevista neste artigo, basta que a difamação seja praticada no âmbito 
de atos típicos de propaganda eleitoral ou para fins desta. 
• Ac.-TSE, de 17.5.2011, no RHC nº 761681: o deferimento do direito de resposta e a interrupção 
da divulgação da ofensa não excluem a ocorrência dos crimes de difamação e de divulgação 
de fatos inverídicos na propaganda eleitoral. 
 
Art. 326. Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, ofendendo-
lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena – detenção até seis meses, ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I – se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou meio empregado, 
se considerem aviltantes: 
Pena – detenção de três meses a um ano e pagamento de 5 a 20 dias-multa, além das penas 
correspondentes à violência prevista no Código Penal. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
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A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
 
• Ac.-TSE, de 14.12.2010, no HC nº 187635: desnecessidade de que a ofensa seja praticada contra 
candidato para a tipificação do crime previsto neste artigo. 
 
Art. 326-A. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, de investigação 
administrativa, de inquérito civil ou ação de improbidade administrativa, atribuindo a alguém a 
prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente, com finalidade eleitoral: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve do anonimato ou de nome suposto. 
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção. 
§ 3º (Vetado). 
• Art. 326-A acrescido pelo art. 2º da Lei nº 13.834/2019. 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão/multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Não 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Fabiano Pereira
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Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 327. As penas cominadas nos arts. 324, 325 e 326, aumentam-se de um terço, se qualquer dos 
crimes é cometido: 
I – contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro; 
II – contra funcionário público, em razão de suas funções; 
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa. 
Art. 328. (Revogado pelo art. 107 da Lei nº 9.504/1997). 
Art. 329. (Revogado pelo art. 107 da Lei nº 9.504/1997). 
Art. 330. Nos casos dos arts. 328 e 329 se o agente repara o dano antes da sentença final, o juiz 
pode reduzir a pena. 
 
Art. 331. Inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda devidamente empregado: 
Pena – detenção até seis meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
Fabiano Pereira
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 42 
 
Art. 332. Impedir o exercício de propaganda: 
Pena – detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 333. (Revogado pelo art. 107 da Lei nº 9.504/1997). 
 
Art. 334. Utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios 
para propaganda ou aliciamento de eleitores: 
Pena – detenção de seis meses a um ano e cassação do registro se o responsável for candidato. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
Fabiano Pereira
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 43 
 
Art. 335. Fazer propaganda, qualquer que seja a sua forma, em língua estrangeira: 
Pena – detenção de três a seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Parágrafo único. Além da pena cominada, a infração ao presente artigo importa na apreensão e 
perda do material utilizado na propaganda.Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 336. Na sentença que julgar ação penal pela infração de qualquer dos arts. 322, 323, 324, 325, 
326, 328, 329, 331, 332, 333, 334 e 335, deve o juiz verificar, de acordo com o seu livre 
convencimento, se o diretório local do partido, por qualquer dos seus membros, concorreu para a 
prática de delito, ou dela se beneficiou conscientemente. 
Parágrafo único. Nesse caso, imporá o juiz ao diretório responsável pena de suspensão de sua 
atividade eleitoral por prazo de 6 a 12 meses, agravada até o dobro nas reincidências. 
 
Art. 337. Participar, o estrangeiro ou brasileiro que não estiver no gozo dos seus direitos políticos, 
de atividades partidárias, inclusive comícios e atos de propaganda em recintos fechados ou 
abertos: 
Pena – detenção até seis meses e pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorrerá o responsável pelas emissoras de rádio ou televisão 
que autorizar transmissões de que participem os mencionados neste artigo, bem como o diretor 
de jornal que lhes divulgar os pronunciamentos. 
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• Ac.-TSE, de 14.10.2014, no REspe nº 36173: não recepção do art. 337 deste código pela 
Constituição Federal de 1988. 
 
Art. 338. Não assegurar o funcionário postal a prioridade prevista no art. 239: 
Pena – pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Exclusivamente multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 339. Destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos, ou documentos relativos à eleição: 
Pena – reclusão de dois a seis anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. 
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, a pena é agravada. 
 
 
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Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Não 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
Art. 340. Fabricar, mandar fabricar, adquirir, fornecer, ainda que gratuitamente, subtrair ou 
guardar urnas, objetos, mapas, cédulas ou papéis de uso exclusivo da Justiça Eleitoral: 
Pena – reclusão até três anos e pagamento de 3 a 15 dias-multa. 
Parágrafo único. Se o agente é membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, a pena é agravada. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Não 
Pena? Reclusão + multa 
Admite transação penal? Não 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Sim 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime comum 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
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Art. 341. Retardar a publicação ou não publicar, o diretor ou qualquer outro funcionário de órgão 
oficial federal, estadual, ou municipal, as decisões, citações ou intimações da Justiça Eleitoral: 
Pena – detenção até um mês ou pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 343. Não cumprir o juiz o disposto no § 3º do art. 357: 
Pena – detenção até dois meses ou pagamento de 60 a 90 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
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Art. 344. Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justa causa: 
Pena – detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo – verbo abandonar / 
Omissivo – verbo recusar 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio (abandonar) e 
Crime comum (recusar) 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
 
• Ac.-TSE, de 28.4.2009, no HC nº 638 e, de 10.11.1998, no RHC nº 21: o não comparecimento 
de mesário no dia da votação não configura o crime estabelecido neste artigo. 
 
Art. 345. Não cumprir a autoridade judiciária, ou qualquer funcionário dos órgãos da Justiça 
Eleitoral, nos prazos legais, os deveres impostos por este código, se a infração não estiver sujeita 
a outra penalidade: 
Pena – pagamento de 30 a 90 dias-multa. 
 
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Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Exclusivamente multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Omissivo 
Admite tentativa? Não 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime formal 
 
Art. 346. Violar o disposto no art. 377: 
Pena – detenção até seis meses e pagamento de 30 a 60 dias-multa. 
Parágrafo único. Incorrerão na pena, além da autoridade responsável, os servidores que 
prestarem serviços e os candidatos, membros ou diretores de partido que derem causa à infração. 
 
Qual é o tipo subjetivo? Dolo 
É crime de menor potencial 
ofensivo? 
Sim 
Pena? Detenção/multa 
Admite transação penal? Sim 
Admite suspensão condicional 
do processo? 
Sim 
A condenação gera 
inelegibilidade? 
Não 
Comissivo ou omissivo? Comissivo (ação) 
Admite tentativa? Sim 
Quanto ao sujeito ativo? Crime próprio 
Quanto à necessidade do 
resultado? 
Crime material 
 
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Art. 347. Recusar alguém cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou instruções da Justiça 
Eleitoral ou

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