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PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 1 Prezado aluno, Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do conteúdo. Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a respeito de cada item. Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu aprendizado! Bons estudos! PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 2 O aumento da concorrência entre as empresas, seja como consequência da globalização ou da maior facilidade de acesso de consumidores e empresas através da rede mundial de computadores (internet), faz com que as organizações necessitem de maior domínio sobre suas operações e, principalmente, busquem incessantemente estar alinhadas com a realidade do mercado em que atuam. Entender as estratégias de capacidade começa por estabelecer o cenário mercadológico que a organização está inserida no sentido de se construir um planejamento baseado no ambiente interno desejado e de que forma a organização responderá às expectativas do mercado. O alinhamento desses dois aspectos é fundamental para que se estabeleça quais serão as estratégias de capacidade, de modo que sua implantação forneça resultados de alta performance interna associados ao atendimento ou superação das expectativas dos clientes. Nesse sentido, se faz necessário a construção de uma estrutura que responderá às necessidades de custo, velocidade, qualidade, tecnologia, enfim, um conjunto de características não somente baseadas em processos transformadores de insumos, mas que permitam, às organizações, a adaptabilidade necessária às constantes mudanças no comportamento dos mercados consumidores. Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 1. Descrever o momento atual das relações de mercado entre as empresas concorrentes ou de uma mesma cadeia produtiva e a importância de um planejamento baseado em previsões qualitativas e quantitativas, bem como uma política de alinhamento interno; PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 3 2. Comparar os modelos de capacidade produtiva, associando o melhor modelo ao produto ou serviço, determinando uma forma de construção, acompanhamento e melhoria; 3. Analisar processos e fluxos produtivos, determinando o melhor escopo do projeto tanto do produto como também do processo; 4. Estimar as possibilidades de gestão de estoques de bens tangíveis e de serviços, estabelecendo mecanismos de controle e de ajuste; 5. Explicar a teoria da evolução dos sistemas de gestão, verificando a compatibilidade da prática à teoria, de modo a possibilitar as evoluções necessárias às organizações. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 4 Introdução O aumento da concorrência entre as empresas, seja como consequência da globalização ou da maior facilidade de acesso de consumidores e empresas através da rede mundial de computadores (internet), faz com que as organizações necessitem de maior domínio sobre suas operações e busquem incessantemente estar alinhadas com a realidade do mercado em que atuam. Prever a demanda de produtos não é simplesmente colher a opinião da força de vendas que, por proximidade, pode elucidar melhor as intenções futuras dos clientes da organização. Fazer uma projeção de demanda, requer não só o levantamento organizado e planejado dessas intenções de compra do mercado por determinados produtos, mas também o estudo estatístico de dados reais de consumo ao longo de um período passado. Da mesma forma, se faz necessário sintonizar as ações de atendimento ao mercado com sua ações operacionais internas, estabelecendo um planejamento de vendas e operação. Objetivo: 1. Descrever a metodologia dos cálculos dos rendimentos dos títulos de renda fixa; 2. Explicar a volatilidade, duração e a convexidade de um título de renda fixa. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 5 Conteúdo Previsão de demanda As constantes mudanças no comportamento do mercado consumidor, em função de algumas variáveis, têm trazido essa preocupação às empresas em tentar se aproximar ao máximo do desejo de consumo, de seus produtos, por parte do mercado. A concorrência cada vez mais acirrada, apoiada no fenômeno da globalização, e as constantes inovações de produto proporcionam uma volatilidade no desejo de consumo do mercado. Essas são duas variáveis importantes, que modificam, de maneira substancial, as quantidades demandadas de qualquer produto ou serviço existentes hoje no mercado. Fica muito clara a facilidade de acesso hoje dos consumidores a mercados distantes fisicamente, mas que virtualmente estão muito próximos. A internet proporciona o acesso dos consumidores a produtos, dando como opção altamente confiável a finalização da compra. Evidentemente, este mecanismo de consumo está apoiado em vários processos confiáveis, e, entre eles, temos os processos logísticos que são considerados diferenciais competitivos do produto. O consumo, que antes se restringia a áreas locais ou até regionais, com pequenos deslocamentos, hoje se faz ampliando estas fronteiras para o país, o continente e até mundialmente. A ampliação das fronteiras de comércio também se deu por parte das próprias empresas, que estão procurando migrar dos mercados locais, altamente saturados, para os mercados com maior abrangência. Dessa forma, temos a consolidação destas modalidades transacionais denominadas Busines to Consumer (B2C), baseado no consumo de cada indivíduo, e Business to Business (B2B), que demonstra a intenção de consumo entre empresas. Associado a essa mudança de comportamento tanto dos indivíduos como das empresas em suas formas de consumo, as constantes modificações do mercado PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 6 consumidor como um todo estão alicerçadas, também, nas inovações de produto/serviço. Podemos exemplificar o que vem ocorrendo com o mercado de informática e componentes, cujo ciclo de vida dos produtos é muito curto. Inovações entram no mercado com frequência, deixando obsoletos produtos com curto período de vida. Neste momento, precisamos associar previsão de demanda, ou intenção de consumo por parte dos indivíduos e empresas com essas inovações citadas anteriormente. É sabido que o projeto de um determinado produto é composto por dois projetos: Projeto do produto Composto pelas questões comerciais, marketing, pesquisa de mercado, ideia, geração de conceito, prototipagem. Requer um dispêndio elevado ao nível das ideias e o resultado final normalmente é um desenho, um filme ou um protótipo. Projeto do processo Envolvido com questões como o projeto de rede, arranjo físico e fluxo, tecnologia e demais recursos. A construçãodo processo de fabricação tem um dispêndio financeiro extremamente elevado se comparado ao projeto do produto. Analise o exemplo a seguir! A construção de um processo produtivo ou de uma fábrica é muito dispendiosa e não pode se submeter às alterações no consumo de produto conforme descrito anteriormente, ou seja, a construção de processos produtivos (ou fábricas) precisa de uma previsão de demanda cada vez mais assertiva, sob pena de total inviabilidade econômico-financeira do projeto como um todo. Nesse sentido, a previsão das intenções de consumo por parte do mercado constitui um fator preponderante de sucesso para as empresas. Existem dois métodos de previsão de demanda: • Métodos qualitativos; • Métodos quantitativos. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 7 Vejamos cada um deles em detalhes. Métodos qualitativos O levantamento das intenções de consumo por parte do mercado neste caso é constituído, basicamente, de ações gerenciais, levando em consideração as opiniões das pessoas ligadas à área comercial ou qualquer outra área cujo contato com o mercado é mais próximo. Incluem-se aí as seguintes opiniões: • Dos executivos da organização, que têm uma visão mais sistêmica; • Da força de vendas, pelo processo intrínseco de contato com os clientes; • De uma pesquisa de mercado ou de uma analogia histórica, em que uma ação da empresa tem uma consequência altamente previsível no comportamento de seus clientes. O método qualitativo se apoia, basicamente, na leitura, por parte dos membros de uma empresa, do cenário de curto prazo do mercado. O cenário é composto por: • Movimentos da concorrência; • Sazonalidade; • Campanhas internas como lançamentos ou promoções. Evidentemente, que a análise qualitativa da previsão requer uma análise mais profunda e substancial e, nesse sentido, soma-se aos métodos quantitativos que veremos a seguir. Todos os públicos citados anteriormente e envolvidos nessa análise qualitativa possuem restrições ou implicações importantes que precisam ser discutidas. Imagine o exemplo a seguir! PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 8 Os executivos não estão diretamente vivenciando o dia a dia da força de vendas e podem, em uma reunião presencial, influenciar os vendedores pelo caráter hierárquico da organização. Os vendedores, por sua vez, tendem a subestimar suas vendas, pois certamente se transformarão em metas. A utilização de mecanismos de pronunciamento confidencial, como a aplicação de questionários anônimos, se enquadra no método Delphi, que tem um grande potencial de imparcialidade. Métodos quantitativos Métodos quantitativos são os métodos de previsão baseados em séries de dados históricos nas quais se procura, através de análises, identificar padrões de comportamento para que estes sejam projetados para o futuro. Observe as duas tabelas abaixo (Tabela 1 e Tabela 2). Considere que temos a evolução real da demanda de um determinado produto ao longo do ano xxx1, ou seja, o levantamento histórico das vendas reais de um determinado produto. Podemos observar que na Tabela 1 não precisamos de modelos estatísticos para projetar uma demanda em janeiro do ano xxx2 de 100 unidades. Já na Tabela PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 9 2, fica difícil projetar qual será o volume de demanda daquele produto. Nesse caso, utilizamos modelos estatísticos apropriados que se aproximem, ao máximo, do valor real. Para ler o restante do conteúdo, acesse o documento a01_t04.pdf. Modelo estatístico de médias móveis Indicado para comportamentos de reta com tendência, o modelo estatístico de médias móveis resumidamente é composto pela média aritmética dos três últimos períodos que antecedem o período que se pretende projetar. A Tabela 3, a seguir, explica seu funcionamento, em que temos os meses de outubro, novembro e dezembro de um ano anterior ao ano xxx1. Clique na tabela para ver a explicação. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 10 A coluna EXPLICAÇÃO demonstra os cálculos para um exemplo em que utilizamos a média móvel dos três últimos meses. O modelo de médias móveis admite a utilização de um número maior de meses para o cálculo das projeções. É preciso expor o modelo estatístico utilizado ao cálculo dos desvios e erros. Neste caso, a Tabela 4, a seguir, nos mostra os passos para o cálculo do Desvio Absoluto Médio (DAM) e por derivação se chega ao Rastreamento de Sinal. O entendimento que se faz necessário é com relação ao valor do desvio absoluto médio final que, quanto menor for, apontará para o melhor modelo a ser utilizado e, por conseguinte, suas projeções. A Tabela 4 trata as projeções feitas através do exemplo de médias móveis da Tabela 3, nos dando o valor de 1.425,0 unidades de desvio absoluto médio. Evidentemente, precisamos comparar esse valor com outro valor de outro modelo, o que faremos mais à frente. O cálculo do Desvio Absoluto Acumulado se dá através da acumulação dos valores em módulo do Desvio Absoluto – lCl. Os valores do Desvio Acumulado Médio (DAM) são calculados através da divisão do Desvio Absoluto Acumulado (DAA) pelo número de períodos que este valor foi composto. Para janeiro temos um período, para fevereiro temos dois períodos, para março três períodos e assim sucessivamente. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 11 Para ler o restante do conteúdo, acesse o documento a01_t05.pdf. Modelo estatístico de Suavização Exponencial Utilizando os mesmo valores do modelo anterior (média móvel), o modelo de suavização exponencial integra uma constante alfa (α) que pondera a importância do último valor da variável que se está analisando. O valor de alfa pode variar de 0,1 até 1 e quanto maior, mais importância será dada ao último valor real da variável analisada. De outro modo, caso se atribua valores próximos de 0,1, tem-se uma projeção mais suavizada. A Tabela 5 mostra na coluna EXPLICAÇÃO, o cálculo utilizado para se chegar aos valores da coluna Suavização Exponencial. Para ler o restante do conteúdo, acesse o documento a01_t06.pdf. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 12 Regressão linear Há ainda a regressão linear. Acesse o documento a01_t07.pdf e veja como fazer o estudo desse modelo estatístico utilizando o software Excel. Planejamento de Vendas e Operação (PVO) O Planejamento de Vendas e Operação (PVO) é um processo de colocar em prática as estratégias corporativas de uma organização em suas operações diárias, ligadas ao relacionamento da empresa com seus clientes, em consonância com as intenções da área de operação. O modelo criado e difundido de visão sistêmica lastreia a prática do planejamento de vendas e operação, quando essa visão holística requerida aos membros de uma organização busca uma harmonia entre os interesses da área de vendas e as limitações da área operacional. O PVO também se sustenta na verticalização das estratégias da corporação, que tem como premissa básica uma relação de causa e efeito no desdobramento dessas estratégias ao longo de toda corporação. Nesse sentido, o PVO busca equacionar a necessidade da área comercial em atender as necessidades de seus clientes com alta disponibilidade de estoque, em um mix variado de produtos. E a área operacional busca reduzir seus custos com estoques reduzidos e aumentar cada vez mais a produtividade de sua operação, diminuindo seu setup, promovendo uma continuidade maior na operação de seus equipamentos. A Figura 1 mostra os principais níveis de uma estratégia organizacional, compondo-se de: • Estratégias corporativas; • Estratégias táticas; • Estratégias do negócio; • Estratégias operacionais. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 13 A relação de causa e efeito citada anteriormente, pode ser entendida atravésde uma coerência vertical e horizontal entre os níveis estratégicos e também entre os diversos setores que interagem dentro de uma organização. O principal objetivo do planejamento de vendas e operação é manter em equilíbrio a demanda e a oferta de um determinado produto, através de decisões integradas. Para ler o restante do conteúdo, acesse o documento a01_t08.pdf. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 14 Atividade proposta Vamos fazer uma atividade! Qual a importância da previsão de demanda para as organizações, considerando o atual estágio dos mercados contemporâneos? Qual a importância da previsão de demanda para as organizações, considerando o atual estágio dos mercados contemporâneos? Como é composto o método qualitativo para previsão de demandas? A tabela abaixo mostra o histórico de consumo dos últimos 12 meses do produto bieleta, que é um componente dos amortecedores de veículos. Qual dos modelos estatísticos abaixo deve ser utilizado para projetar a demanda da peça? • Médias Móveis; • Suavização Exponencial. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 15 Aprenda Mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o capítulo 7 do livro Administração da produção (operações industriais e de serviços), de Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml. Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2008. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo. Pearson Prentice Hall. 2003. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: manufatura de serviços – uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II/ERP: conceito, uso e implantação. São Paulo: Atlas, 1997. IMCHI-LEVI, D.; Kaminsky, P.; Simchi-levi, E. Cadeia de suprimentos – projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman, 2003. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2008. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 16 Exercícios de fixação Questão 1 Analise as afirmações abaixo e marque a opção correta. • Previsão de demanda de um determinado produto é considerada também uma meta de vendas. • objetivo principal da previsão de demanda é estabelecer com exatidão os valores futuros de consumo de um determinado produto/serviço. • A previsão de demanda é uma ferramenta gerencial interna das organizações e, portanto, não necessita da análise do ambiente externa. a) Todas as afirmativas são verdadeiras. b) Somente a afirmativa I é verdadeira. c) As afirmativas I e II são verdadeiras. d) Todas as afirmativas são falsas. e) Somente a afirmativa III é verdadeira. Questão 2 Analise as afirmações abaixo e marque a opção correta: • Um dos mercados em que a previsão de demanda é imprescindível e se tem um trabalho árduo com uso de modelos estatísticos complexos é o de commodity. Mesmo assim, a realidade de vendas se distancia, e muito, das projeções. • Para fins de previsão de demanda, a montadora Volkswagen pode ser considerada concorrente da operadora de turismo CVC. • Mercados monopolistas têm necessidade de uma previsão de demanda bastante apurada. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 17 a) Todas as afirmativas são verdadeiras. b) Somente a afirmativa I é verdadeira. c) As afirmativas I e II são verdadeiras. d) Todas as afirmativas são falsas. e) Somente a afirmativa II é verdadeira. Questão 3 São realidades mercadológicas nas quais a importância da previsão de demanda se apoia, exceto: a) O comércio virtual se amplia cada vez mais pela facilidade de acesso dos usuários. b) A globalização promoveu um aumento da concorrência em quase todos os segmentos de mercado. c) Uma das etapas que ainda não foi atingida pelo comércio B2B e que daria mais velocidade as transações comerciais é a de desenvolvimento de produtos. d) A alta taxa de inovação de produtos verificada hoje precisa ser precedida nas organizações de um estudo pormenorizado das tendências de mercado e também do ciclo de vida dos produtos. e) A tendência no aumento da customização de produtos aumenta significativamente o mix de atendimento ao mercado. Questão 4 Uma empresa pretende realizar uma previsão de demanda para um determinado item produzido. A tabela a seguir mostra a demanda realizada nos seis últimos períodos. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 18 Com base na tabela acima, é INCORRETO afirmar que se utilizando o método da média móvel: a) Simples, tomando por referência os três últimos períodos, o valor projetado para julho será igual a 145 unidades. b) Simples, tomando por referência os quatro últimos períodos, o valor projetado para julho será igual a 140 unidades. c) Simples, tomando por referência todos os seis períodos, o valor projetado para julho será igual a 135 unidades. d) Ponderada, tomando por referência os dois últimos períodos e um peso duas vezes maior para o mês de junho, o valor projetado para julho será igual a 145 unidades. e) Ponderada, tomando por referência os três últimos períodos e um peso três vezes maior para o mês de junho, o valor projetado para julho será igual a 147 unidades. Questão 5 Em uma empresa manufatureira, a administração de materiais é uma função coordenadora responsável pelo planejamento e controle do fluxo dos materiais. O planejamento de materiais tem, entre outros, os objetivos de: a) Minimizar o fluxo das informações e o giro de estoque. b) Minimizar o giro de estoque de materiais e coordenar as operações de produção. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 19 c) Coordenar as operações de produção e aumentar o lead time das atividades fabris. d) Reduzir os investimentos em estoque e maximizar os níveis de atendimento aos clientes. e) Reduzir a utilização dos recursos da empresa e minimizar o fluxo das informações. Questão 6 Considerando o modelo estatístico de médias móveis, qual o valor projetado para o mês de Julho de 2020? Ano - 2010 Vendas reais Previsão JAN 325 FEV 378 MAR 345 ABR 374 JUN 356 JUL ? a) 365,7 b) 355,6 c) 354,8 d) 350,1 e) 358,3 Questão 7 A equação y = 25x + 5, foi obtida através da reta proveniente da regressão linear de um dado conjunto de valores de vendas reais durante dois anos PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 20 completos. A previsão de demanda para o primeiro mês de janeiro, após o período em questão, será de: a) 630 b) 620 c) 305 d) 315 e) 340 Questão 8 O gráfico a seguir reflete o comportamento histórico de consumidores e produtores em um mercado de um determinado produto. Sabendo que a reta y = -2x + 15, denominada curva de demanda reflete a intenção dos consumidores e que a reta y = 2x, denominada curva de oferta reflete a intenção dos produtores, quais os valores das variáveis preço e quantidade no ponto P, em que o mercado se encontra em perfeito equilíbrio? PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 21 a) $ 7,60 – 3,75 un b) $ 7,50 – 3,60 un c) $ 7,50 – 3,75 un d) $ 7,55 – 3,60 un e) $ 7,60 – 3,65 un Questão 9 É comum representar-se o ciclo de vida de um produto por curvas em forma de sino, com concavidade para baixo, desenhadas sobre um par de eixos em que o das abscissas representa o tempo e o das ordenadas, as vendas e os lucros. Costuma-se também identificar quatro fases desse ciclo de vida: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Nessa perspectiva, é correto afirmar que: a) O crescimento das vendas no estágiode introdução costuma ser acelerado em comparação com as outras fases porque o mercado é ávido por novidades. b) Os lucros aumentam durante a fase de crescimento porque, entre outras razões, os custos unitários de fabricação caem mais rápido do que os preços, em função da curva de aprendizagem. c) A fase de maturidade caracteriza-se pela inexistência de empresas gigantes que dominam o setor, porque a grande demanda dos consumidores obriga a que todas as empresas atendam a pequenos nichos de mercado. d) A fase de maturidade costuma ser mais curta que as demais, porque o excesso de concorrentes obriga a que muitos se retirem do mercado. e) A fase de declínio se dá em razão de problemas internos das empresas, porque motivos por causa do ambiente externo afetariam todas as empresas, com um resultado desastroso para o setor como um todo. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 22 Questão 10 Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas: ( ) As decisões que devem ser tomadas para o projeto e a operação de uma Rede de Distribuição, em função de um nível de serviço proposto ao cliente, estão centradas na estrutura de transportes. ( ) A cadeia de distribuição “responsiva” se caracteriza pelo foco no menor consumo de recursos para a entrega e a cadeia “eficiente”, pelo foco no prazo e escopo da entrega. ( ) Periódico, cíclico e por eventos notáveis são formas de controle de estoque. ( ) Canais de distribuição são o meio através do qual um sistema de livre mercado realiza a transferência de propriedade de produtos e serviços. ( ) Canais de distribuição são sistemas de relacionamentos entre entidades que participam do processo de compra e venda de produtos e serviços. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 23 Introdução Entender as estratégias de capacidade estabelece o cenário mercadológico em que a organização está inserida, no sentido de se construir um planejamento baseado no ambiente interno desejado e de que forma a organização responderá às expectativas do mercado. O alinhamento desses dois aspectos é fundamental para que se estabeleça quais serão as estratégias de capacidade, de modo que sua implantação forneça resultados de alta performance interna, associados ao atendimento ou superação das expectativas dos clientes. Nesse sentido, se faz necessário a construção de uma estrutura que responderá às necessidades de custo, velocidade, qualidade, tecnologia, um conjunto de características não somente baseadas em processos transformadores de insumos, mas que permitam às organizações a adaptabilidade necessária às constantes mudanças no comportamento dos mercados consumidores. Objetivo: 1. Identificar e entender os fatores competitivos através dos principais objetivos de desempenho; 2. Explicar a importância das estratégias de capacidade frente ao posicionamento das organizações em seus mercados de atuação. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 24 Conteúdo Posicionamento estratégico das organizações As decisões gerenciais embasadas no planejamento corporativo promovem os comportamentos apontados na Figura 1, que faz um comparativo entre as ações desenvolvidas internamente para que a organização tenha um desempenho esperado econômico-financeiro, assim como operacional. Em contrapartida, existem as ações internas que desencadeiam diferenças competitivas do produto/serviço no mercado. É importante destacar que os mercados atuais apresentam produtos e serviços muito semelhantes em seus objetivos propostos. Exemplos: geladeiras e televisores com a mesma tecnologia, modelos semelhantes de computadores de marcas diferentes, similaridade em planos de seguros de automóveis e em contas bancárias. Nesse momento, é importante a interpretação dos serviços associados aos produtos que promovem o diferencial competitivo, em que podemos destacar campanhas de fidelização com acumulação de pontos e bônus, a logística empregada, os serviços pós-venda, uma enorme gama de ações paralelas que faz com que seja percebida diferença nos produtos com atributos semelhantes. O trade-off se forma quando temos a construção de serviços associados aos produtos, promovendo o diferencial competitivo de um lado e, do outro, o aumento nos custos unitários dos produtos, pela diluição dos custos dos serviços, o que pode diminuir o desempenho da operação como um todo. Desse modo, diferenciamos os comportamentos gerenciais através dos três gráficos constantes da Figura 1, em que temos um comportamento duvidoso ou pouco aceitável no Gráfico C, que verifica a tendência nociva de se privilegiar uma das duas variáveis em estudo, seja o desempenho interno ou os benefícios concedidos como diferencial competitivo. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 25 Acesse o documento a02_t02.pdf para ver a explicação. Objetivos de desempenho A análise do cenário mercadológico em que as organizações pretendem ou estão estar inseridas, para compor as estratégias de capacidade, passa também pelo estudo de cinco objetivos básicos de desempenho, que são influenciados fortemente pelas necessidades dos clientes e traduzidos internamente pelas organizações. Esses objetivos de desempenho são: • Velocidade; • Custo; • Confiabilidade; • Flexibilidade. • Qualidade. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 26 Esses objetivos de desempenho podem sofrer desdobramentos como no caso da flexibilidade, em que podemos ter: Flexibilidade de mix Quando a empresa tem a habilidade de produzir uma enorme gama de produtos. Flexibilidade de Produto Quando a empresa tem a habilidade de inovar e customizar produtos para necessidades específicas dos clientes. Flexibilidade de volume Quando a empresa tem a habilidade de alterar as quantidades produzidas e entregues. Flexibilidade de entrega Quando a empresa tem a habilidade de entregar produtos em tempos de entregas diferentes. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 27 Métodos quantitativos Os objetivos de desempenho podem sofrer variações como: • Custos de transação; • Qualidade em termos de desempenho; • Qualidade de recursos; • Conformidade; • Durabilidade; • Confiabilidade; • Estética/Design; • Velocidade; • Pontualidade; • Acesso; • Consistência; • Competência; • Atendimento; • Segurança; • Integridade; • Comunicação; • Limpeza; • Conforto. Esses são alguns objetivos de desempenho de uma lista que pode ser completada com: • Acesso; • Consistência; • Competência; • Atendimento; • Integridade; • Comunicação. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 28 Essas são condições indispensáveis na relação de uma organização com seus clientes e que precisam ser interpretadas internamente de modo a proporcionar o resultado esperado. É preciso fazer uma consideração extremamente relevante sobre os objetivos de desempenho que são grande maioria das análises e constituem trade-offs, ou seja, uma modificação no modus operandi de um determinado objetivo pode influenciar fortemente um segundo objetivo. Para ler o restante do conteúdo, acesse o documento a02_t04.pdf. Capacidades e comportamentos da demanda Antes do estudo técnico das estratégias de capacidade a serem adotadas e os controles inerentes, se faz necessário a análise da capacidade implantada frente à demanda de mercado. Os três gráficos mostram situações reais de implementação ou manutenção de capacidades frente a comportamentos de demanda. O objetivo principal é fazer com que as capacidades possam ser interpretadas mesmo com variações demanda e mantidas sem que seja necessário um investimento ou que se tenha uma estrutura capaz de se adequar as variações de demanda. Gráfico 1 O Gráfico 1 exemplifica uma capacidade constantee uma variação negativa de demanda em um primeiro momento que, posteriormente, se transforma em uma falta de capacidade. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 29 Nesse caso, podemos interpretar uma situação de formação de estoque no primeiro momento e oferecimento desse estoque, posteriormente, quando há falta de capacidade. Gráfico 2 No Gráfico 2 se percebe uma variação na capacidade que se adequa à demanda. Uma variação negativa ou uma redução na capacidade de produção de uma planta requer, necessariamente, a parada de equipamentos que voltariam a operar na retomada da capacidade máxima para suprir o aumento simultâneo da demanda. Situação indesejada para capacidades já instaladas, mas que se adéqua bem ao terceiro setor, por exemplo. O aumento na demanda no final do ano faz com que o comércio contrate pessoal temporário extra, aumentando sua capacidade de atendimento, retornando com seus níveis normais durante o resto do ano. Gráfico 3 O Gráfico 3 estabelece mecanismos de redistribuição dos picos da demanda, tanto positivo como negativo, de modo que a demanda fique mais suavizada e próxima da capacidade. Esse fenômeno pode ser entendido através de promoções e campanhas comerciais, incentivando o consumo antecipado e, portanto, elevando a demanda nos momentos de baixa e, ao mesmo tempo, não deixando que a demanda se eleve e ultrapasse significativamente a capacidade nos momentos de pico da mesma. Perspectivas da Estratégia de Operações O conteúdo da estratégia de operações define a importância e a prioridade relativa dos objetivos de performance (custo, qualidade, flexibilidade, rapidez, confiabilidade, ou uma combinação desses objetivos). Além disso, define as políticas e os planos para as tomadas de decisão nas áreas operacionais. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 30 Veja os tipos de estratégias de operações: Perspectiva top-down A estratégia da produção é um desdobramento top-down da estratégia corporativa. O papel da produção é operacionalizar a estratégia da empresa. Perspectiva bottom-up A estratégia é a de que muitas ideias estratégicas são moldadas com o tempo e emergem da experiência operacional. Perspectiva dos requisitos do mercado A estratégia de produção deve ser definida a partir das necessidades dos consumidores e da posição da empresa com relação aos seus concorrentes. Essa PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 31 perspectiva deixa clara a importância de a função operações estar alinhada com a função mercadológica da empresa. Perspectiva dos recursos de operações A visão baseada em recursos sustenta que as empresas com desempenho acima da média conquistaram vantagem competitiva sustentável devido às competências centrais dos seus recursos. A Natureza Externa do Mercado e a Natureza Interna dos Processos A estratégia de operações contribui para a estratégia geral da empresa através da reconciliação das necessidades do mercado com os recursos operacionais. As necessidades do mercado são: • Dinâmicas (podem mudar a todo o momento); • Heterogêneas (diferentes para cada cliente); • Ambíguas. Em contrapartida, os recursos operacionais costumam ser difíceis de mudar, apresentam restrições técnicas e são, muitas vezes, complexos. Dessa forma, a estratégia de operações tem o difícil papel de reconciliar esses dois extremos dentro de uma organização. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 32 Atividade proposta Explique o conceito de trade-offs em operações. Chave de resposta A noção dos trade-offs é fundamental para o entendimento da estratégia de operações. A idéia central é que uma operação não pode ter um desempenho excelente em todas as dimensões competitivas. Sendo assim, a empresa deve decidir em quais objetivos de desempenho deverá focar os seus esforços em detrimento de outros objetivos de desempenho. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 33 Aprenda Mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o capítulo 5 do livro Administração de materiais, de J. R. Tony Arnold. Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2008. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo. Pearson Prentice Hall. 2003. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: manufatura de serviços – uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II/ERP: conceito, uso e implantação. São Paulo: Atlas, 1997. IMCHI-LEVI, D.; Kaminsky, P.; Simchi-levi, E. Cadeia de suprimentos – projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman, 2003. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2008. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 34 Exercícios de fixação Questão 1 Coloque “B” para bens e “S” para serviços: • Tangíveis. • Intangíveis. • Estocáveis. • Não são estocados. • Baixo nível de contato com os consumidores. A sequência correta é: a) B/S/B/B/S/B. b) B/S/B/S/B/S. c) S/S/B/B/B/S. d) S/S/S/B/B/B. e) B/B/B/S/S/S. Questão 2 Qual dos itens abaixo se caracteriza essencialmente por um serviço: a) Restaurante. b) Restaurante “Fast Food”. c) Loja de autosserviço. d) Supermercado. e) Consultoria. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 35 Questão 3 Considerando as características operacionais entre volume e variedade, são características de alto volume, exceto: a) Alta repetibilidade. b) Especialização. c) Sistematização. d) Capital intensivo. e) Custo unitário alto. Questão 4 Correlacione as duas colunas de fatores competitivos e objetivos de desempenho: 1. Preço baixo ( ) Flexibilidade de produto 2. Alta qualidade ( ) Flexibilidade de mix 3. Entrega rápida ( ) Flexibilidade de entrega 4. Entrega confiável ( ) Flexibilidade de volume 5. Produtos inovadores ( ) Custo 6. Ampla variedade de produtos ( ) Qualidade 7. Habilidade de alterar prazo ( ) Rapidez 8. Habilidade de alterar volume ( ) Confiabilidade Questão 5 Analisando uma fábrica de automóveis, marque a opção correta: a) Qualidade pode ser: Montagem e componentes fabricados conforme as especificações, produto confiável, atraente e sem defeitos. b) Rapidez pode ser: tempo de entrega ao consumidor, tempo de assistência técnica. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 36 c) Confiabilidade pode ser: entrega no tempo previsto nas condições pedidas. d) Flexibilidade pode ser: introdução de novos modelos, ampla variedade de opções, habilidade de se ajustar ao número de veículos fabricados, habilidade de reprogramar as prioridades de produção. e) Todas as opções são corretas. Questão 6 Considerando as características operacionais entre volume e variedade, são características de alta variedade, exceto: a) Flexível. b) Complexo. c) Atende as necessidades dos consumidores. d) Custo unitário alto. e) Padronizada. Questão 7 Considerando as características operacionais da variação da demanda, são características de alta variação, exceto: a) Capacidade mutante. b) Antecipação. c) Flexibilidade. d) Previsível. e) Custo unitário alto. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 37 Questão 8 Qual dos 5 objetivos de desempenho listados abaixo está relacionado a “Lead times” curtos? a) Custo. b) Velocidade. c) Qualidade. d) Flexibilidade. e) Confiabilidade. Questão 9 Qual dos itens abaixo não faz parte das etapas de decisão de um produto ou serviço? a) Arranjofísico e fluxo. b) Geração do conceito. c) Triagem. d) Projeto preliminar. e) Prototipagem. Questão 10 Analisando um hospital, marque a opção correta: a) Qualidade pode ser: tratamento apropriado, conduzido de maneira correta, local limpo e calmo, funcionários corteses e amigáveis. b) Rapidez pode ser: tempo de espera para atendimento mínimo, tempo de resposta dos exames o menor possível. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 38 c) Confiabilidade pode ser: pouco cancelamento de consultas, consultas feitas no horário programado, os resultados dos exames entregues na data prometida. d) Flexibilidade pode ser: ampla variedade de tratamentos, flexibilidade para ajustar o número de pacientes atendidos, habilidade para reprogramar consultas. e) Todas as opções são corretas. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 39 Introdução Este estudo concentrará o desenvolvimento do planejamento da capacidade baseado na análise das características de estocagem de produtos e serviços. Como serviços têm uma característica predominante de instantaneidade, de imediatismo, entende-se, portanto, que serviços não são estocáveis e serão tratados separadamente. De outra forma, os produtos estocáveis podem ser processados e transformados através da mecanização, isto é, através do uso intensivo de máquinas e equipamentos ou por meio da intervenção única de mão de obra, que se caracteriza pela manufatura. Nesse caso, o termo manufatura significará o processo de transformação baseado na manipulação, na transformação feita através das habilidades manuais em processos tipicamente artesanais. Objetivo: 1. Interpretar o planejamento de capacidade; 2. Examinar as estruturas de capacidade pertinentes a produtos ou serviços. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 40 Conteúdo Planejamento da capacidade Começaremos nossa aula estudando o planejamento de qualidade. Para isso, trataremos das características de estocagem de produtos e serviços, e processos de manufatura: Serviços O fato de serviços não serem estocados dá uma singularidade específica ao planejamento de capacidade de serviços, em que a capacidade é prevista para atender uma demanda instantânea, momentânea. Além disso, os serviços devem variar para ajustes instantâneos. Serviços não podem ser estocados porque não se pode atender um cliente sem que este esteja presente ou solicitando determinado serviço. Para continuar lendo sobre o Planejamento da capacidade – serviços, acesse o documento a03_t02_01.pdf. Produtos Diferente do estudo da capacidade de serviços, o planejamento e controle das capacidades de produtos estocáveis se baseiam no fato de que se podem antecipar produções que atenderão a demanda no curto, médio ou longo prazo. Capacidades produtivas de produtos tangíveis e estocáveis são menos flexíveis, mais complexos e, portanto, não se consegue alterar as capacidades em função de uma modificação na demanda em um curto espaço de tempo. Na grande maioria das alterações de capacidade para produtos, temos um processo de investimento em máquinas, processos diferentes, ou até mesmo em uma planta nova. Para continuar lendo sobre o Planejamento da capacidade – produtos, acesse o documento a03_t02_02.pdf. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 41 Processos de manufatura As estratégias de capacidade para bens tangíveis passa obrigatoriamente pelo estudo do trade-off volume e variedade, isto é, para determinados produtos temos um alto volume de produção e baixa variedade, sendo que para outros produtos a variedade é intensa e evidentemente não se tem grandes volumes de produção. Para continuar lendo sobre o Planejamento da capacidade – processos de manufatura, acesse o documento a03_t02_03.pdf. Arranjo físico e fluxo Igualmente importante à determinação do processo que o produto estará sujeito, planejar o layout das máquinas, estabelecendo fluxos de produção, faz parte da formulação das estratégias de capacidade, pois a organização e a combinação desses fatores interferem de maneira significativa na obtenção de volumes e variedades efetivamente realizadas de acordo com as estratégias planejadas. Assim, o estudo do layout da fábrica apresenta algumas variações: Arranjo físico posicional • Nesse tipo de layout quem sofre o processamento fica parado; PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 42 • Normalmente, o produto é muito grande para ser movido; • É necessário espaço suficiente para executar suas atividades, receber e armazenar suprimentos e equipamentos; • É fácil a movimentação dos contratados, equipamentos e máquinas; • O acesso para que pessoas e equipamentos possam se mover para a área de processamento é fácil; • O espaço para subcontratados normalmente é temporário. Exemplos: construção de uma rodovia, dentista, restaurante de alta classe, estaleiro. Arranjo físico por processo • Processos similares são localizados juntos um do outro; • Clientes, produtos e informações fluem através do processo; • Diferentes produtos ou clientes com diferentes necessidades; • Departamentos e funcionários especializados. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 43 Arranjo físico por produto • Cada produto, ou cliente, segue um roteiro pré-definido; • A sequência de atividades requerida coincide com a sequência de atividades na qual os processos foram arranjados fisicamente; • É também conhecido como arranjo físico em fluxo ou em linha. Arranjo físico celular O arranjo físico celular é aquele em que os recursos a serem transformados, entrando na operação, são pré-selecionados para se movimentar para uma parte específica da operação. É uma tentativa de trazer alguma ordem para a complexidade de fluxo que caracteriza o arranjo por processo. Para ler mais sobre o arranjo físico celular, acesse o documento a03_t03.pdf. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 44 Monitoramento e controle da capacidade Tão importante quanto formatar e estruturar as estratégias de capacidade, através dos aspectos comentados anteriormente, é o monitoramento das capacidades efetivamente realizadas comparadas com as capacidades planejadas. Tal monitoramento revela qual o nível de operação em relação ao planejado. A Tabela 2 demonstra, através de números fictícios, um modelo de monitoramento em que se tem um tempo planejado de atendimento para um determinado serviço, com o número significando qual o tempo máximo planejado de atendimento para um atendimento. A tabela mostra também quais são as realidades praticadas na coluna REALIZADO e compara o realizado com o planejado, estabelecendo uma relação percentual. Para a primeira semana, o tempo planejado de atendimento foi estabelecido em 20 min/un, sendo que, efetivamente, se obteve uma produção de 30 min/un, indicando um rendimento ou um nível de operação de 67%. A última semana mostra uma situação diferente, em que o tempo de atendimento real esteve abaixo do tempo planejado, logo o rendimento esteve acima do esperado com um nível de operação de 110%. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 45 A Tabela 2 mostra um método de controle que pode ser modificado de acordo com o método que melhor exponha ou controle o processo produtivo que aqui se caracteriza por um processo produtivo de serviços. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 46 Atividade proposta A partir do que estudamos até aqui, vamos fazer uma atividade! Veremos sete tabelas que se referem ao controle de interrupções horárias do equipamento PP-201 do dia 01/10/2011 até o dia 07/10/2011. O objetivo da atividade é levantar o índice de operação do equipamento PP-201 diariamente e ao final da semana em questão. Para tanto, dividimos os motivos de paradasem paradas operacionais, paradas para manutenção, paradas programadas, paradas externas e outros tipos de paradas. Acesse o documento a03_t05.pdf e veja mais informações sobre os motivos de paradas e a tarefa. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 47 Aprenda Mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o capítulo 5 do livro Administração de materiais, de J. R. Tony Arnold. Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2008. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo. Pearson Prentice Hall. 2003. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: manufatura de serviços – uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II/ERP: conceito, uso e implantação. São Paulo: Atlas, 1997. IMCHI-LEVI, D.; Kaminsky, P.; Simchi-levi, E. Cadeia de suprimentos – projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman, 2003. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2008. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 48 Exercícios de fixação Questão 1 Diferenciando “Planejamento” e “Controle”, as características citadas a seguir dizem respeito ao planejamento, exceto: a) Garante que o evento vá realmente acontecer. b) É um conjunto de intenções. c) É a formalização do que se pretende que aconteça. d) É baseado em expectativas e previsões. e) Estabelece os objetivos da organização no futuro. Questão 2 Diferenciando “Planejamento” e “Controle”, as características citadas a seguir dizem respeito ao controle, exceto: a) Não garante que o evento vá realmente acontecer. b) É um conjunto de intenções. c) É a formalização do que se pretende que aconteça. d) É baseado em expectativas e previsões. e) Nenhuma das respostas anteriores. Questão 3 Diferenciando “Planejamento” e “Controle”, as características citadas a seguir dizem respeito ao controle, exceto: a) É um conjunto de ações. b) Visa o direcionamento do plano. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 49 c) São ajustes que dificultam que a operação atinja os objetivos estabelecidos. d) Comparação com o planejado. e) É o processo de fazer ajustes se necessário. Questão 4 Marque a afirmativa falsa: a) O Planejamento tem maior importância no curto prazo e o controle é fundamental no longo prazo. b) Planejamento e controle no longo prazo usam previsões de demanda agregada. c) Planejamento e controle no longo prazo determinam recursos de forma agregada. d) Planejamento e controle de curto prazo usam previsões de demanda totalmente desagregada ou real. e) Planejamento e controle de curto prazo fazem intervenções nos recursos para corrigir os desvios dos planos. Questão 5 Diferenciando “Planejamento” e “Controle”, as características citadas abaixo dizem respeito ao controle, exceto: a) É um conjunto de ações. b) Visa o direcionamento do plano. c) São ajustes que dificultam que a operação atinja os objetivos estabelecidos. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 50 d) Comparação com o planejado. e) É o processo de fazer ajustes se necessário. Questão 6 Marque a afirmativa verdadeira: a) Demanda Dependente: é aquela relativamente imprevisível devido a sua dependência em alguns fatores conhecidos. b) Demanda Dependente: é aquela em que o planejamento e controle da demanda são baseados em previsões, experiências e conhecimento do mercado. c) Demanda Independente: é aquela relativamente previsível devido a sua dependência em alguns fatores conhecidos. d) Demanda Dependente e Demanda Independente têm o mesmo significado. e) Todas as alternativas anteriores estão erradas. Questão 7 Marque a afirmativa falsa: a) Make to Stock (fazer-para-estoque): a empresa produz seus produtos e os mantêm estocados até a venda. A rapidez na entrega é o ponto forte deste sistema. b) Make to Order (fazer contra pedido): a empresa só iniciará a produção do produto após receber o pedido feito pelo cliente. Nesse sistema, a empresa perde na rapidez de entrega e ganha na customização do produto a ser entregue para o cliente. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 51 c) Assemble to Order (montar contra pedido): a empresa já possui as peças e somente fará a montagem após a solicitação pelo cliente. O sistema ganha na flexibilidade de atender as necessidades do cliente, de forma relativamente rápida, dentro das opções de montagem oferecidas ao cliente. d) Resource to Order (recurso contra pedido): comparativamente com os outros sistemas, perde em rapidez, mas ganha na flexibilidade de poder customizar o produto. Neste sistema a empresa só iniciará a compra de insumos após o pedido do cliente. e) Todas as afirmativas anteriores estão erradas Questão 8 São atividades de planejamento e controle, exceto: a) Carregamento: determinação do volume com o qual uma operação produtiva pode lidar. b) Sequenciamento: determinação da prioridade de tarefas a serem desempenhada. c) Marketing: pesquisa de produtos rejeitados. d) Programação: decisão do momento de início e fim de cada operação. e) Monitoramento e Controle: cada parte da operação precisa ser monitorada para assegurar que as atividades planejadas estão de fato ocorrendo. Questão 9 Em que sequência as atividades de planejamento e controle devem ocorrer? a) Carregamento, sequenciamento, programação e monitoramento e controle. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 52 b) Monitoramento e controle, carregamento, programação e sequenciamento. c) Carregamento, monitoramento e controle, programação e sequenciamento. d) Sequenciamento, monitoramento e controle, carregamento e programação. e) Carregamento, sequenciamento, monitoramento e controle e programação. Questão 10 São características do arranjo físico posicional ou de posição fixa, exceto: a) Recursos transformados se movem. b) Recursos transformadores como máquinas e pessoas movem-se na medida do necessário. c) Normalmente os produtos são muito grandes para serem movidos. d) Processos similares são localizados próximos um do outro. e) É necessário espaço suficiente para executar atividades, receber e armazenar produtos e suprimentos. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 53 Introdução O estudo dos sistemas de produção puxada e empurrada se refere ao modo como os processos produtivos são disparados ou como todo o sistema se inicia e como se desenvolve. O sistema de produção empurrado se caracteriza pelo processamento indiscriminado dos produtos nas linhas de produção, mesmo que estes não tenham demanda. Já o sistema puxado só é disparado quando existe a demanda real seja de produtos acabados ou de produtos intermediários dentro de um fluxo produtivo. A análise dos fluxos produtivos puxado e empurrado tem como objetivo alguns aspectos mais importantes que são: o tratamento do nível de estoque de produtos acabados, produtos em processo e matérias-primas e também a detecção e tratamento de anomalias dentro dos processos produtivos. Objetivo: 1. Examinar o funcionamento dos diversos modelos de processo produtivo. 2. Analisar as consequências da adoção de determinado processo produtivo no tocante ao fluxo de produção e à formação de estoques; 3. Explicar as ideias e filosofias de processos de manufatura advindas da compreensão dos sistemas de produção empurrado e puxado. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 54 Conteúdo Produção em massa Produção em massa é otermo que designa a produção em larga escala de produtos padronizados através de linhas de montagem. Esse modo de produção foi popularizado por Henry Ford no início do século XX, particularmente na produção do modelo Ford T. A produção em massa se tornou um modo de produção muito difundido, pois permite altas taxas de produção por trabalhador e, ao mesmo tempo, disponibiliza produtos a preços baixos. A Produção em massa faz uso intensivo de capital, ou seja, utiliza uma alta proporção de máquinas em relação ao número de trabalhadores. Com o custo do trabalho mais baixo e alta taxa de produção, a proporção de capital aumenta enquanto as despesas correntes diminuem, em comparação com outros modos de produção. No entanto, o montante capital necessário para montar o parque de máquinas de uma fábrica é tão alto, que é necessário certo grau de segurança, ou seja, é preciso que o retorno do investimento seja garantido, para que o risco seja assumido pelo capitalista. As economias geradas pela produção em massa vêm de vários fatores. Em primeiro lugar ela permite a redução de vários tipos de esforço não produtivo. Veja as diferenças entre os dois tipos de produção: Produção artesanal O artesão precisa adquirir os componentes, juntar as diversas partes e precisa localizar as várias ferramentas que utiliza durante as muitas tarefas que realiza. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 55 Produção em massa Cada trabalhador repete uma ou poucas tarefas relacionadas, que utilizam a mesma ferramenta, realizando operações praticamente idênticas no fluxo de produtos. A ferramenta certa e os componentes necessários estão sempre à mão, o trabalhador gasta menos tempo obtendo ou preparando materiais e ferramentas, consequentemente, o tempo gasto na produção de um produto é menor do que nos métodos tradicionais. Na produção em massa, a probabilidade de um erro humano ou de variação na qualidade também é reduzida, já que as tarefas são predominantemente realizadas por máquinas. A redução nos custos do trabalho, como o aumento nas taxas de produção, possibilitam que a empresa produza grandes quantidades de um produto por um preço mais baixo que os modos de produção tradicionais, que não utilizam métodos lineares. No entanto, a produção em massa é inflexível e torna difícil a alteração no desenho de um processo de produção cuja linha de produção já foi instalada. Além disso, todos os produtos produzidos por uma linha de produção serão idênticos ou muito similares, e não podem ser criados para atender gostos e preferências individuais. Entretanto, alguma variação pode ser obtida se forem aplicadas finalizações e acabamentos no final da linha de montagem, se necessário. A partir de 1980, constatou-se que o Japão produzia automóveis melhores, mais baratos e com uma produtividade maior do que a dos países desenvolvidos ocidentais. Assim começou a sair de cena a produção em massa e entrou a produção enxuta. A General Motors lançou carros de várias cores e modelos, diferentemente da Ford, que produzia carros de mesmo modelo e mesma cor (preta) e, com isso, a GM ultrapassou a Ford, como a maior montadora do mundo. A produção em massa prosperou principalmente nos Estados Unidos, porque havia abundância de recursos e um mercado pouco competitivo e inexplorado. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 56 Com o acirramento da concorrência japonesa, os fabricantes norte-americanos e mais tarde o mundo inteiro, passam a adotar as técnicas da Produção enxuta ou Sistema Toyota de Produção. Produção Empurrada No sistema empurrado, sistema de fabricação tradicional, a produção é processada em um instante de tempo específico e com uma data bem definida. O artigo, a partir do instante de lançamento, fica sujeito a uma sequência de operações, e quando uma operação termina o output é empurrado para a operação seguinte, independentemente de ser ou não necessário naquele momento. No sistema empurrado, os planos de produção são elaborados com base na capacidade da fábrica e a produção é realizada com o intuito de ser vendida em um futuro mais ou menos próximo. Quando a produção é superior à percentagem das vendas, existe a criação de estoque e, nesse caso, é possível um abrandamento na produção, até atingir um equilíbrio entre a procura e a oferta. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 57 Sistemas de planejamento e controle da produção A Figura 1 mostra os principais modelos de planejamento e controle de um determinado processo produtivo, onde a variável P reflete o tempo de ciclo total do processo e a variável D mostra quando a demanda real passa a influenciar todo o processo produtivo. Figura 1: Make to stock Make to Stock (fazer para estoque) Neste caso, a empresa produz seus produtos e os mantém estocados até a venda. A rapidez na entrega é o ponto forte desse sistema. Make to order Make to Order (fazer contrapedido) Neste caso, a empresa só iniciará a produção do produto após receber o pedido feito pelo cliente. Neste sistema, a empresa perde na rapidez de entrega e ganha na customização do produto a ser entregue para o cliente. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 58 Assemble to order Assemble to Order (montar contrapedido) Neste caso, a empresa já possui as peças e somente fará a montagem após a solicitação pelo cliente. O sistema ganha na flexibilidade de atender as necessidades do cliente, de forma relativamente rápida, dentro das opções de montagem oferecidas ao cliente. Resource to order Resource to Order (recurso contrapedido) Comparativamente com os outros sistemas, este perde em rapidez, mas ganha muito na flexibilidade de poder customizar o produto. Nesse sistema a empresa só iniciará a compra de insumos após o pedido do cliente. Lean Manufacturing Lean manufacturing, ou manufatura enxuta, também chamado de Sistema Toyota de Produção, é uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos de desperdícios: • Superprodução; • Tempo de espera; • Transporte; • Excesso de processamento; • Inventário; • Movimento; • Defeitos. Eliminando esses desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem. As ferramentas lean incluem: • Processos contínuos de análise kaizen; • Produção pull (no sentido de kanban); PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 59 • Elementos/processos à prova de falhas (poka-yoke). Um aspecto crucial é que a maioria dos custos é calculada na fase de projeto de um produto. Um engenheiro especificará materiais e processos conhecidos e custos, de acordo com outros processos baratos e eficientes. Isto reduz os riscos do projeto. As empresas que seguem essa metodologia desenvolvem e reencaminham folhas de verificação para validar o projeto do produto. Os pontos-chave do lean manufacturing são: Qualidade total imediata Ir em busca do "zero defeito", e detecção e solução dos problemas em sua origem. Minimização do desperdício Eliminação de todas as atividades que não têm valor agregado e redes de segurança, otimização do uso dos recursos escassos (capital, pessoas e espaço). Melhoria contínua Redução de custos, melhoria da qualidade, aumento da produtividade e compartilhamento da informação. Processos pull Os produtos são retirados pelo cliente final e não empurrados para o fim da cadeia de produção. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 60 Flexibilidade Produzir rapidamente diferentes lotes de grande variedade de produtos, sem comprometer a eficiência devido a volumes menores de produção. Relação com fornecedores Construção e manutenção de uma relação de longo prazo com os fornecedores, tomando acordos para compartilhar o risco, os custos e a informação. Leané basicamente tudo o que concerne à obtenção de materiais corretos, no local correto, na quantidade correta, minimizando o desperdício, sendo flexível e aberto a mudanças. Produção puxada O Sistema Toyota de Produção surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após a Segunda Guerra Mundial. Naquela época, a indústria japonesa tinha uma produtividade muito baixa e enorme falta de recursos, o que a impedia de adotar o modelo da produção em massa. O Sistema Toyota de Produção também é chamado de produção enxuta ou lean manufacturing que objetiva aumentar a eficiência da produção pela eliminação contínua de desperdícios. O sistema de produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início do século XX predominou no mundo até a década de 1990. Procurava reduzir os custos unitários dos produtos através da produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Entretanto, esse sistema tinha que operar com estoques e lotes de produção elevados. No início não havia grande preocupação com a qualidade do produto. Já no Sistema Toyota de Produção, os lotes de produção são pequenos, permitindo maior variedade de produtos. Acesse o documento a04_t06.pdf para ver um exemplo. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 61 O diagrama em forma de “casa” ilustra as principais características do Sistema Toyota de Produção: Abordagem Just in Time (JIT) As figuras a seguir mostram de que forma a filosofia Just in time aborda o planejamento e controle dos processos produtivos, fazendo menção aos modelos de produção empurrado e puxado. A Figura 3 aborda o modelo considerado tradicional em que o foco está na alta utilização da capacidade que gera uma quantidade maior de estoques. O excesso de estoques não ajuda a expor os problemas, como paradas de máquinas, logo os problemas não são resolvidos ficam escondidos. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 62 A Figura 4 esboça o sistema de produção puxado em que as entregas são feitas mediante a existência de pedidos. Na abordagem JIT os problemas ficam aparentes como mostrará as figuras à seguir. A Figura 5 mostra uma analogia entre o nível da água comparando-a com os níveis de estoque. A Figura 6 demonstra as consequências da redução de estoques muito discutidas até aqui. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 63 A Figura 7 evidencia que os problemas surgidos com a diminuição dos estoques precisam ser tratados, sob pena de colocarem em risco a continuidade de todo processo produtivo. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 64 Figura 8 exibe o JIT como uma filosofia, um conjunto de ideias e também como um método de planejamento e controle. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 65 Atividade proposta Qual a diferença entre planejamento e controle da produção? Quais as diferenças entre os sistemas de produção empurrado e puxado? Quais são os principais tipos de estoque a serem controlados dentro de uma organização fabril e qual a associação que se pode fazer entre os sistemas de produção puxado e empurrado e controle de estoques? De que forma a demanda pode influenciar no planejamento e execução de sistemas produtivos baseados nos conceitos de produção puxada ou empurrada? Chave de resposta A noção dos trade-offs é fundamental para o entendimento da estratégia de operações. A idéia central é que uma operação não pode ter um desempenho excelente em todas as dimensões competitivas. Sendo assim, a empresa deve decidir em quais objetivos de desempenho deverá focar os seus esforços em detrimento de outros objetivos de desempenho. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 66 Aprenda Mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia os seguintes livros: • WOMACK, J. P. JONES, D. T. ROOS, D. A Máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992. • GOLDRATT, E. M. COX, J. A Meta. São Paulo: Educator, 1993. Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2008. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo. Pearson Prentice Hall. 2003. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações: manufatura de serviços – uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II/ERP: conceito, uso e implantação. São Paulo: Atlas, 1997. IMCHI-LEVI, D.; Kaminsky, P.; Simchi-levi, E. Cadeia de suprimentos – projeto e gestão. Porto Alegre: Bookman, 2003. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2008. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 67 Exercícios de fixação Questão 1 Coloque 1 para ações de planejamento e 2 para ações de controle: 1. Planejamento. ( ) É um conjunto de ações. 2. Ações de controle. ( ) É um conjunto de intenções. ( ) Visa o direcionamento do plano. ( ) Ajustes que permitem que a operação atinja os objetivos estabelecidos. ( ) É a formalização do que se pretende que aconteça. ( ) É baseado em expectativas e previsões. ( ) Monitoramento. ( ) Não garante que o evento vá realmente acontecer. ( ) Comparação com o planejado. ( ) É o processo de fazer ajustes quando necessário. ( ) Estabelece os objetivos da organização no futuro. Questão 2 Marque as opções de acordo com os números relacionados a cada tipo de planejamento: 1. Planejamento e Controle de Curto Prazo. ( ) Usa previsões de demanda agregada. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 68 2. Planejamento e Controle de Médio Prazo. ( ) Determina recursos de forma agregada. 3. Planejamento e Controle no Longo Prazo. ( ) Objetivos estabelecidos em termos financeiros. Questão 3 Qual das atividades listadas abaixo não é uma atividade relacionada ao Planejamento e Controle de um processo produtivo: a) Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva. b) Planejar os materiais comprados. c) Planejar os níveis adequados de demanda. d) Programar atividades de produção. e) Ser capaz de saber e de informar a respeito da situação dos recursos e das ordens de produção. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 69 Questão 4 Considerando o diagrama a seguir, qual letra caracteriza melhor o planejamento e o controle de produção de curto prazo? a) A b) A e B c) B e C d) B e) C Questão 5 Qual das atividades listadas abaixo não é uma atividade relacionada ao Planejamento e Controle de um processo produtivo: a) Ser capaz de prometer os prazos impossíveis ao cliente e cumpri-los. b) Planejar os níveis adequados de estoque. c) Programar atividades de produção. d) Ser capaz de saber e de informar a respeito da situação dos recursos e das ordens de produção. e) Ser capaz de reagir eficazmente a variações de demanda. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 70 Questão 6 As características de demanda dependente e independente estão explicadas na figura a seguir. Pode-se resumir afirmando que a demanda dependente é perfeitamente conhecida, pois existe uma correlação estreita entre a necessidade do insumo e sua aplicação no cliente. Já a demanda independente caracteriza a grande maioria dos produtos nos seus respectivos mercados, envolvendo variações de demanda, previsões etc. Diante do texto acima correlacione os modelos de planejamento e controle de produção abaixo, colocando 1 para demanda independente e 2 para demanda dependente. Tal análise deve privilegiaro desempenho interno da organização. 1. Demanda independente. ( ) Make to Stock (fazer para estoque): neste caso, a empresa produz seus produtos e os mantém estocados até a venda. A rapidez na entrega é o ponto forte deste sistema. 2. Demanda dependente. ( ) Make to Order (fazer contrapedido): neste caso, a empresa só iniciará a produção do produto após receber o pedido feito pelo PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 71 cliente. Neste sistema, a empresa perde na rapidez de entrega e ganha na customização do produto a ser entregue para o cliente. Questão 7 As características de demanda dependente e independente estão explicadas na figura a seguir. Pode-se resumir afirmando que a demanda dependente é perfeitamente conhecida, pois existe uma correlação estreita entre a necessidade do insumo e sua aplicação no cliente. Já a demanda independente caracteriza a grande maioria dos produtos nos seus respectivos mercados, envolvendo variações de demanda, previsões etc. Diante do texto acima correlacione os modelos de planejamento e controle de produção abaixo, colocando 1 para demanda independente e 2 para demanda dependente. Tal análise deve privilegiar a resposta à demanda. 1. Demanda independente. ( ) Make to Stock (fazer para estoque): neste caso, a empresa produz seus produtos e os mantém estocados até a venda. A rapidez na entrega é o ponto forte deste sistema. 2. Demanda dependente. ( ) Make to Order (fazer contrapedido): neste caso, a empresa só iniciará a produção do produto após receber o pedido feito pelo cliente. Neste sistema, a empresa perde na rapidez de entrega e ganha na customização do produto a ser entregue para o cliente. Questão 8 Os carregamentos possíveis em um plano de produção estão contemplados a seguir e pode-se notar que o carregamento infinito extrapola os níveis de PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 72 capacidade em função da demanda, o que não é verificado no carregamento finito.</p><p style="text-align:center;"><img src="imagens/a04_exercicio08.jpg" alt=""/></p><p>Correlacione as afirmativas abaixo com o texto acima, colocando:</p> 1. para características de carregamento infinito ( ) Não limita a aceitação do trabalho, tenta corresponder a ele. 2. para carregamento finito ( ) Aloca serviços a um centro de trabalho até um limite estabelecido. Questão 9 Sequenciamento significa tomar decisões sobre a ordem em que as tarefas serão executadas. Neste sentido, marque os números de cada opção com as afirmativas correspondentes: 1. Restrições físicas. ( ) A sequência do trabalho ocorre de acordo com a data prometida. Apesar de se ter um ganho na confiabilidade de entrega, corre-se um risco muito grande de se perder em produtividade. 2. Prioridade ao consumidor. ( ) A natureza física dos materiais e produtos a serem processados pode determinar a prioridade do trabalho. 3. Data Prometida. ( ) Importante em operações de alto contato com o cliente (filas de banco). 4. LIFO / UEPS (último a entrar, primeiro a sair). ( ) Prioriza operações mais longas. Pode haver um ganho de produtividade em função da maior utilização dos equipamentos em determinado período. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 73 5. FIFO / PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair). ( ) Prioriza operações mais curtas. Pode ajudar na gestão do fluxo de caixa, uma vez que os recebimentos por operações mais curtas ocorrem mais cedo. 6. Operação mais longa em primeiro lugar. ( ) Quando existe somente uma entrada e saída (elevador, pilha,...). Neste caso nenhum dos objetivos de desempenho é bem servido. 7. Operação mais curta em primeiro lugar. ( ) Consumidores mais importantes (segundo determinada ordem de importância) podem ser atendidos em primeiro lugar. Questão 10 Qual dos cinco objetivos de desempenho listados abaixo está relacionado a “Lead Times” curtos? a) Custo. b) Celocidade. c) Qualidade. d) Flexibilidade. e) Confiabilidade. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 74 Introdução A competitividade de uma organização é um fator determinante para o sucesso em um mercado de acirrada concorrência e há diversas maneiras de se incrementar a competitividade de uma empresa. Nesta aula, discutiremos a gestão de estoques, como fator de grande importância na construção de uma vantagem competitiva de uma empresa, que permita a sobrevivência da mesma no mercado. O principal argumento para se estudar a gestão de estoques é o grande impacto financeiro que é possível se obter através do aumento da eficácia e da eficiência das operações da organização. As políticas de estoque são suficientemente importantes para que gerentes de produção, de marketing e de finanças trabalhem de forma conjunta com a finalidade de cumprir o que foi determinado no planejamento estratégico da empresa. O fato de existirem pontos de vista conflitantes, nas políticas de estoques, ressalta o equilíbrio que deve existir entre metas divergentes tais como, reduzir custos de produção, reduzir investimentos em estoques e aumentar o nível de atendimento do cliente. Para tornar-se mais competitiva, em relação às organizações que são suas rivais na disputa por um mercado, torna-se necessário a elaboração de estratégias operacionais que suportem a estratégia organizacional. A gestão de estoques é uma excelente ferramenta para conciliar os interesses da organização (a lucratividade que a ferramenta proporciona é resultado de tais interesses) em disponibilizar o produto ao cliente possibilitando que o mesmo tenha suas expectativas atendidas. Objetivo: 1. Interpretar a importância da gestão de estoques; 2. Examinar as principais variáveis no controle de estoque. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 75 Conteúdo Gestão de Estoques O estoque é um conjunto de bens armazenados. A manutenção do estoque, seja em pequenas ou grandes quantidades, é uma garantia para que sejam atingidas as metas e os objetivos de qualquer organização. Essa necessidade ocorre em função da estratégia da organização em relação aos clientes e fornecedores. A decisão dos volumes a serem estocados é determinante para definir quais custos a empresa incorrerá ao longo de sua operação e os custos dos processos é que serão importantes na determinação dos volumes a serem estocados. Assim, a manutenção de estoques de materiais e insumos são encarados como necessários à sua operação e impactam o atendimento do cliente. Os estoques são uma forma de a organização se proteger da imprevisibilidade dos processos com os quais lida ou está envolvida, a falta de qualidade de seus processos internos, bem como dos externos dos quais depende pressionam no sentido de elevar o volume de estoques. Conclui-se que níveis elevados de estoques tendem a gerar conformidade com o erro e as causas dos problemas não são atacadas. Os estoques são compostos de: • Matéria-prima; • Material auxiliar; • Material de manutenção; • Material de escritório; • Material e peças em processos e produtos acabados. Eles são necessários para compensar a imprevisibilidade dos processos organizacionais e ambientais. Veja, a seguir, outras características da gestão de estoque: Justificativas para a existência de estoques PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO 76 São justificativas para a existência de estoques: Internas• Quebras de equipamentos; • Não cumprimento de prazos e condições de fornecimentos pelos fornecedores; • Fragilidade dos processos gerenciais – especialmente planejamento. Externas• Variação da demanda; • Condições climáticas; • Socioeconômicas. Funções associadas ao controle de estoque São funções associadas ao controle de estoque de modo que se possa: • Determinar o
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