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Revisão direito tributário

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Revisão - Direito Material (Tributário) 
 
Competência Tributária é o poder outorgado pela Constituição Federal a 
fim de que criem tributos através de leis. 
• CF outorga competência à União, Estados, Municípios e Distrito Federal 
Este poder outorgado pela CF é considerado indelegável, incaducável e 
facultativo. 
→ Indelegável é aquele que o ente federativo não pode delegar os 
poderes outorgados a ele pela CF. Exceção: pode ser delegado o 
poder arrecadatório e fiscalizatório (previsão legal: artigo 7º, CTN – 
A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou 
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma 
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do §3º do artigo 
18 da CF). Somente pode ser delegada a Pessoa Jurídica de Direito 
Público (entre os entes federativos, autarquia e fundação pública de 
direito público) exceção: é previsto no artigo 240, CF onde prevê que 
pode delegar o poder arrecadatório e fiscalizatório para o Sistema 
´´S`` que são empresas de direito privado. e podendo ser revogada a 
qualquer tempo. 
→ Incaducável o poder de delegar não caduca, não tem fim. 
→ Facultativo os entes federativos não são obrigados a criarem os 
tributos. 
No ordenamento jurídico brasileiro temos doutrinas que defendem a Teoria 
Pentapartida e a Teoria Tripartida. Porém, a teoria adotada pela doutrina majoritária 
é a pentapartida que podemos verificar que existem cinco tributos no CTN, quais são: 
▫ Impostos 
▫ Taxas 
▫ Contribuição de Melhoria 
▫ Empréstimos Compulsórios 
▫ Contribuição Especial 
 
Quadro da competência: 
União 
Impostos (art.153, CF): 
II, IE, IOF, IR, IPI, ITR, 
IGF + art.154, CF I- 
residual e II- 
extraordinario. 
Taxas (art. 145, II, CF) 
Contribuição de 
melhoria (art.145, III, 
CF) 
Empréstimo 
Compulsório (art.148, 
CF) 
Contribuição especial 
(art. 149, CF) 
→ Sociais: 
Contribuição de 
Seguridade 
Social Residual 
(só a União pode 
criar contribuição 
nova – art. 195, 
§4º, CF) 
→ De intervenção 
do domínio 
econômico 
(CIDE) 
→ Para interesse 
de categorias 
profissionais 
 
Estados 
Impostos (art. 155, CF) 
ITCMD, IPVA e ICMS 
Taxas (art. 145, II, CF) 
Contribuição de 
melhoria (art.145, III, 
CF) 
Contribuição especial 
→ Previdenciária 
do Regime 
Próprio de 
Previdência dos 
servidores 
Estaduais (art. 
149, §1º, CF) 
 
Municípios 
Impostos (art. 156, CF) 
IPTU, ISS e ITBI 
Taxas (art. 145, II, CF) 
Contribuição de 
melhoria (art.145, III, 
CF) 
Contribuição Social 
previdenciária do 
Regime próprio de 
previdencia dos 
servidores municipais 
(art. 149, §1º, CF) 
Contribuição para 
custeio de iluminação 
pública (art. 149-A, CF) 
 
 
 
OBS.: ¬ Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) - servidores {deve pagar 
ao ente que estatutário trabalha} 
¬ Regime Geral de Previdência Social (RGPS) - celetistas 
Classificações da competência tributária: 
→ Competência privativa é o poder conferido aos entes para instituir os 
impostos que estão enumerados na CF. 
→ Competência comum os entes federativos poderão ser os sujeitos 
ativos das taxas ou contribuição de melhoria. 
→ Competência cumulativa é o poder da União em instituir nos 
Territórios Federais. 
→ Competência especial poder de instituir os empréstimos compulsórios 
e as contribuições especiais. 
→ Competência residual pode instituir tributo diversos daqueles já 
existentes. Há duas hipóteses, quais sejam: 
 - impostos: o imposto novo deverá ser instituído, por lei 
complementar, pela União, obedecendo-se a duas limitações : a) respeito ao 
princípio da não cumulatividade; b) proibição de coincidência entre o seu fato 
gerador ou a sua base de cálculo com o fato gerador ou a base de cálculo de 
outros impostos. 
 - contribuições para seguridade social: devem respeitar 
os seguintes parâmetros: a) instituição por lei complementar, pela União; b) 
respeito ao princípio da não cumulatividade; c) proibição de coincidência entre 
o seu fato gerador ou base de cálculo com o fato gerador ou base de cálculo 
de outras contribuições. 
→ Competência extraordinária poder de instituição, pela União, por meio 
de lei ordinária federal, do Imposto Extraordinário de Guerra (IEG). 
Análise do artigo 146, CF e o CTN como status de lei complementar. 
CTN 1966 CF 1988 
Lei ordinária Lei complementar 
OBS.: incompatibilidade com a CF – material 
 - Formal a) vício de iniciativa 
 b) vício de competência 
 c) vício de processo legislativo 
Incompatibilidade formal de vício de processo legislativo. - Esse é o do CTN. 
OBS.: Só existe não recepção de uma lei anterior a Constituição Federal se for 
incompatibilidade material, mas se for incompatibilidade formal irá ser recpcionada 
pela Constituição Federal. 
Em 1988, pela Constituição Federal, o Código Tributário Nacional (CTN) foi elevado 
para o status de Lei Complementar. 
OBS.: É vedado a edição de Medida Provisória (MP) sobre a matéria que for 
reservada a Lei Complementar – artigo 62, §1º, III, CF. 
 
Linha do tempo do crédito tributário 
Hipótese de Incidência/ Fato gerador Abstrato (114, CTN) ~> fato gerador concreto ~> 
obrigação tributária (113, CTN) ~> crédito tributário (139, CTN) ~> 1- pagar (156, I, CTN) 
OBS.: a opção 2,3 e 4 são consideradas causas de 2- parcelar (art. 115- A, CTN) 
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art.151, CTN) 3- administrativa 
A Fazenda Pública fica impedida de tomar quaisquer medidas 4- judicial 
Na intenção de cobrança e terá uma certidão positiva com 5- não pagar 
efeito de negativa. 
~> se caso o contribuinte escolher a opção de não pagar será inscrito em dívida ativa ~> 
Certidão de dívida ativa (CDA) ~> Execução Fiscal 1- Embargos à Execução Fiscal 
OBS.: são as vias de defesa do executado 2- Exceção de pré-executividade 
As fases: a 1º fase inicia na hipótese de incidência e termina no lançamento. A ação cabível 
é Ação Declaratória - que é antes da Constituição do crédito, cabendo também Mandado 
de Segurança preventivo (MS). 
A 2ª fase inicia no lançamento e termina na Execução Fiscal. A ação cabível é a Ação 
Anulatória - que é após a constituição do crédito tributário, cabendo também o mandado 
de Segurança repressivo (MS). 
A 3ª fase inicia na execução fiscal/ vias de defesa do executado. 
OBS.: Constituição do crédito tributário, são elas: 
1- Lançamento 
2- Auto declaração do contribuinte 
3- Sentença judicial 
~> se caso o contribuinte não concorda com o valor ou acha que não é devedor daquele 
tributo, podendo ser por via administrativa ou judicial. 
1- Via administrativa ~> caso favorável ao contribuinte (art.156, IX, CTN – extingue pp 
crédito tributário: a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na 
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória.) 
 ~> caso desfavorável ao contribuinte 
2- Via judicial ~> caso favorável ao contribuinte 
 ~> caso desfavorável ao contribuinte 
Deve haver depósito do montante integral (Súmula 112, STJ) [afasta juros 
de mora] ou tutela/liminar (Súmula vinculante 28, STF - é inconstitucional a exigência 
de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se 
pretenda discutir a exigibilidade do crédito tributário). 
(Súmula 112, STJ – o depósito somente suspende a exigibilidade do 
crédito tributário se for integral e em dinheiro). 
Art. 38, § Ú, lei6.830/80 - a propositura, pelo contribuinte, da ação prevista 
neste artigo em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência 
do recurso acaso interposto. 
OBS.: é possível ingressar em juízo consignar o valor que está discutido na esfera 
administrativa. 
SV 21 - é inconstitucional exigir garantia ou depósito prévio para admissibilidade de recurso 
administrativo. 
Quando a exigibilidade do crédito tributário está suspensa e a Fazenda Pública inscreve 
aquele contribuinte em dívida ativa acarretará um erro. 
Crédito Tributário 
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não seja sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada – art. 3º, CTN. 
Subdividindo o conceito de Tributo: 
1. Prestação pecuniária - o tributo é prestação pecuniária, ou seja, a obrigação 
de prestar dinheiro ao Estado. 
Não admite pagamentos através de forma trabalhada (in labore) ou entrega de um 
bem imóvel ou móvel (in natura). OBS.: a Fazenda Pública pode penhorar os bens. 
Exceção ao pagamento in natura: atraves da Lei complementar 104/2001 
acrescentando o artigo 156,XI, CTN - Dação em pagamento em bens imóveis é 
um acordo, por meio do qual o credor concorda receber do devedor uma prestação 
diferente da que lhe é devida – isto é, mediante a substituição da forma de 
pagamento original, podendo ser entregue um imóvel a fim de quitar aquela 
dívida. 
2. Prestação compulsória - obrigatoriedade, ou seja, não facultativa, não 
contratual, não voluntária. 
OBS.: taxa é tributo = compulsoriedade ≠ tarifa ou preço público é facultativa = 
não tributo. 
Súmula 545, STF - preços públicos e taxas não se confundem, porque estas, 
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à 
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. 
ADI 800, STF – se posicionou que o pedágio não é tributo e sim tarifa. 
Contribuição sindical obrigatória (artigo 8, IV, CF e SV 40) - não existe mais e 
possuía natureza de tributo. Somente exigível do filiado ao sindicato. 
SV 40 – a contribuição confederativa de que trata o artigo 8, IV, CF, só é exigível 
dos filiados ao sindicato respectivo. 
3. Prestação diversa de sanção (não é sanção por ato ilícito) - tributo não é 
multa e multa não é tributo – artigo 118, I, CTN. 
´´pecunia non olet`` - dinheiro não em cheiro. 
OBS.: quando o Estado inscreve tributo de ato ilícito, mas não importa que o 
contribuinte pagou esse tributo através de dinheiro que conseguiu de forma ilícita. 
OBS.: Princípio da vedação às Sanções Políticas 
Súmula 70, STF - é inadmissível a interdição de estabelecimento como meio 
coercitivo para cobrança de tributo. 
Súmula 323, STF - é inadmissível a apreensão de mercadorias como meio 
coercitivo para pagamento de tributos. 
Súmula 547, STF - não é lícito à autoridade proibir o contribuinte em débito 
adquira estampilhas/despache mercadorias nas alfândegas/exerça suas 
atividades complementares. 
OBS.: Súmula 523, STF – o empresário pode vender de dentro do país os 
seus produtos mesmo que estiver devendo tributo, apenas em território 
nacional. 
Em caso de importação, que é o caso de quando está trazendo de fora, pode 
o Fisco condicionar o pagamento do tributo para liberar a mercadoria 
(apenas tributação da importação pode ocorrer este fato). Exceção: ADI 5135 
– entendeu que a utilização pela Fazenda Pública para promover a cobrança 
extrajudicial de CDA´s e acelerar a recuperação de créditos tributários é 
constitucional e legítima. 
ADI 547, STF – (protesto de CDA) - não é sanção por ato ilícito. 
4. Prestação instituída por lei – a obrigação do pagamento do tributo tem 
origem legal. Seu nascimento se dá pela simples realização do fato descrito na 
hipótese de incidência prevista em lei, sendo a vontade das partes irrelevante. 
´´no taxation without representation`` (não há tributação senão não há 
representação) 
-Princípio da legalidade tributária. 
5. Prestação cobrada mediante lançamento (art. 142, §Ú, CTN) - define o 
artigo 142 do CTN que o lançamento é procedimento de exigibilidade do 
tributo, mostrando-se como atividade administrativa plenamente vinculada. 
Sendo assim, o lançamento rechaça a discricionariedade em seu processo de 
formação. 
 Contudo, o lançamento não é ato autoexecutório. Assim, o contribuinte pode 
desviar-se do pagamento do tributo e discuti-lo administrativa ou judicialmente, 
não podendo ser alvo implacável de atos autoexecutáveis de coerção, que o 
pressionem a efetuar o recolhimento do gravame. 
 
Limitações constitucionais ao poder de tributar 
As limitações ao poder de tributar são, em última análise, qualquer 
restrição imposta pela CF às entidades dotadas de tal poder, no interesse da 
comunidade, do cidadão ou, até mesmo, no interesse do relacionamento entre as 
próprias entidades impositoras. 
Nos artigos 150, 151 e 152 da CF, encontram-se as limitações ao poder de 
tributar, que são: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade, proibição do 
confisco, liberdade de tráfego, imunidades, além de outras limitações. 
Pela doutrina majoritária as limitações ao poder de tributar são divididas 
em: princípios constitucionais tributário e imunidades tributárias. 
Uma outra parte da doutrina entende que existem essa outra limitação do 
poder de tributar - Resoluções do Senado Federal. IPVA (art. 155, §6º, I, CF – terá 
alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal) - alíquota mínima. 
ITCMD (art. 155, §1º, IV, CF - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado 
Federal – 8%) 
ICMS (art. 155, §2º, V, CF - é facultado ao Senado Federal alíquota mínima) 
(art. 155, §2º, IV, CF - estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e 
prestações, interestaduais e de exportação) - 7% e 12% 
1. Princípios da legalidade tributária (art. 150, I, CF c/c art.97, CTN) - os entes 
tributantes só poderão criar ou aumentar, extinguir ou reduzir tributo por meio 
de lei. 
OBS.: este princípio deve ser assimilado conjuntamente com o princípio da 
legalidade genérica, onde a lei adequada para instituir tributo é a lei ordinária. Não 
cabe ao Poder Executivo o mister legiferante, que é criar as leis. 
Entretanto, existem tributos federais que, mesmo obedecendo ao princípio da 
legalidade, devem ser criados por lei complementar: IGF (art. 153, VII, CF); 
Empréstimos Compulsórios (art. 148, CF); Imposto Residual (art. 154, I, CF) e 
Contribuição de Seguridade Social Residual (art. 195, §4º, CF). 
Lei ordinária x Lei complementar 
Ex.: lei ordinária (deve ser feito por lei complementar) lei ordinária para diminuir alíquota 
Empréstimo Compulsório Empréstimo compulsório 
Calamidade pública 
2% 1% 
 
Ex.: lei complementar/ordinária lei ordinária 
 Taxa de polícia taxa de polícia 
 2% 1% 
Quando o tributo não exige que qualquer ato com ele seja feito através de lei 
complementar, poderá ser modificado por lei complementar ou lei ordinária. Os 
únicos que devem respeitar a criação, modificação ou extinção através de lei 
complementar deve ser o IGF, IR, Empréstimos compulsórios e Contribuição de 
Seguridade Social Residual. 
Exceção: 
Existem quatro impostos federais que poderão ter suas alíquotas majoradas ou 
reduzidas, por ato do Poder Executivo, o que se dá por Decreto Presidencial ou 
Portaria do Ministro da Fazenda, são eles: II, IE, IOF e IPI (art. 153, §1º, CF). 
Tributo Fiscal - é característica de tributo de fiscalidade eminentemente 
arrecadatória≠ Tributo Extrafiscal – possui função regulatória, o que justifica a 
flexibilidade de alíquotas. Com isso, os quatros impostos que são considerados 
extrafiscais. 
OBS.: se caso quiser criar ou extinguir deverá ser feito por meio de Lei, já 
aumentar ou reduzir poderá ser através de meios infralegais. 
O IPI deve respeitar os 90 dias. 
• Art. 177, §4, I, b, CF – Possuem alíquotas que podem ser 
reduzidas/restabelecidas através de Atos do Poder Executivo, como a CIDE- 
combustíveis (tributo extrafiscal). 
• Art. 155, §4º, IV, CF - Existem tributos que podem ter suas alíquotas fixadas 
por deliberação dos Estados e Distrito Federal (Convênios), como ICMS- 
combustíveis (tributo extrafiscal). 
• Art.96 e 97, CTN – existem três matérias relacionadas ao tributo que não 
dependem de previsão em lei em sentido estrito: 
a) Artigo 160, CTN – o prazo de pagamento/ vencimento do tributo 
b) Artigo 113. §2º, CTN – a instituição de obrigação tributárias 
acessórias. 
c) Artigo 97, §2º, CTN + Súmula 160, STJ – a atualização da base 
de cálculo, desde que respeitados os índices oficiais. 
Ex.: IPTU – base de cálculo é o valor venal do imóvel 
2020 IPTU - 2% ~> 4% 
Casinha R$ 400.000 ~> 800.000 
Só pode modificar a base de cálculo por ato infralegal se respeitar os índices 
oficiais de correção do ano. 
Ex.: correção é de 5%, ele pode atualizar por meio infralegal até 5%. Se caso 
quiser acima desse índice de correção deverá ser feito por meio de Lei. 
E as Medidas Provisórias? 
• Art. 62, §1º, III, CF - é vedada a edição de Medidas Provisórias sobre matéria 
reservada à lei complementar 
• Art. 62, §2º, CF – a Medida Provisória editada a fim de criar ou aumentar 
impostos deve ser convertida em Lei para que possa produzir efeitos, porém 
deve ser convertida até o último dia do ano que foi editada. Sendo assim, 
devendo produzir efeito somente no próximo exercício financeiro. 
Exceção.: existem alguns impostos que não possuem a necessidade de que 
a Medida Provisória seja convertida em Lei para que produza efeito, são eles: 
II, IE, IOF, IPI e IEG. Sendo assim, quando editada uma MP onde crie ou 
aumente esses impostos deverão produzir efeitos imediatamente, sem que 
haja conversão em Lei. 
Se for aumentar o IPI através de Decreto ou MP deve respeitar os 90 dias 
para vigorar. 
Ex.: 
MP- II 
2% - 3% OBS.: a MP é recebida como ato qualquer do Poder Executivo, não 
sendo necessário ser aprovado Lei pelo Congresso Nacional. 
MP criou IEG 
 Lei OBS.: pode ser cobrado imediatamente, porém deve passar pelo 
Congresso Nacional para se transformar em Lei. 
A Medida Provisória pode ter perda da eficácia quando decorrido o prazo de 
60 dias prorrogáveis por mais 60 dias. 
Se não for modificado nada pelo Congresso Nacional começará a contar a 
nonagesimal a partir da data da publicação da MP. 
Só será aplicado a nonagesimal se for alterado algo pelo Congresso 
Nacional e será contado a partir da data da publicação da Lei. 
 
 
 
O que acontece quando o Congresso Nacional não aprova o Decreto 
Legislativo? 
1- Quem pagou – fez o que deveria ser feito. 
2- Quem não pagou - ainda poderá ser cobrado. (mantém o período da vigência 
da MP). 
O que acontece quando o Congresso Nacional aprova um Decreto Legislativo? 
1- Quem pagou – pedir extinção 
2- Quem não pagou – OK!! 
Aqui o efeito é ex tunc (para trás) a MP nunca deveria ter existido, pois aquele 
tributo não deveria ser cobrado. 
2. Princípio da isonomia tributária (art. 150, II, CF) - este princípio veda o 
tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situação de 
equivalência. 
a) Isenção de custas judiciais (taxas) concedida à servidores da Justiça - viola o 
princípio da isonomia. 
b) EC 41 – RGPS e RPPS 
R$5.000 - limite RGPS 
RGPS (iniciativa privada) 
Enquanto o indivíduo está ativo, trabalhando, ele irá contribuir para previdência + 
Imposto de Renda. Após, a aposentadoria ele não terá que manter a contribuição 
previdenciária (art. 195, II, CF), mas terá que manter o Imposto de Renda. 
Contribuição previdenciária 
✅ 
Contribuição previdenciária 
❎ 
Imposto de Renda ✅ Imposto de Renda ✅ 
Ativa (trabalhando) Aposentadoria 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, 
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e 
das seguintes contribuições sociais: 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de 
acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; 
RPPS (estatutário) 
Enquanto o indivíduo está ativo, trabalhando, ele irá contribuir para previdência + 
Imposto de Renda. Após, a aposentadoria ele não irá manter a contribuição 
previdenciária até o valor do teto do INSS, se passar desse valor deverá contribuir 
para previdência referente ao valor que ultrapassa o teto do INSS (art. 40, §18º, 
CF) e também manterá o Imposto de Renda. 
Contribuição previdenciária 
✅ 
Contribuição previdenciária 
(depende do valor da 
aposentadoria, pode manter a 
contribuição ou não) ✅❎ 
Imposto de Renda ✅ Imposto de Renda ✅ 
Ativa (trabalhando) Aposentadoria 
 
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de 
aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. 
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que 
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos 
efetivos. 
 
3. Princípio da irretroatividade tributária (art. 150, III, CF) - este princípio 
impõe que a lei deve abranger fatos geradores posteriores à sua edição. Não 
deve a Lei, desse modo, retroceder com a finalidade de abarcar situações 
pretéritas, sob pena de se verificar uma retroatividade. Será aplicada, portanto, 
a lei vigente no momento do fato gerador. 
Ex.: <__________________ Lei nova (criar/aumentar) 
 Fato gerador pretérito. 
Ex.: Lei Municipal criou nova taxa em 15/08/2020, era devida em 1/01/2020 (não 
deve mais porque foi criado uma nova lei que passou a vigorar em 15/08) 
Ex.: Lei Municipal ISS 3% ~> 5% - incidindo em serviço odontológico 
Janeiro/2020 março/2020 
Exceção: 
• Art. 106, I, CTN – lei nova meramente interpretativa – em qualquer caso, 
que é aquela que se limita a explicar o entendimento que tenha ofertado à outra 
norma jurídica. É conhecida por interpretação autêntica, legal ou legislativa. 
• Art. 106, II, a, b e c, CTN – lei nova que extingue ou reduz penalidade 
(multa) ou deixe de definir um ato como infração. 
Art. 106. A Lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
II – Tratando-se de ato não definitivamente 
julgado: 
a) Quando deixe de defini-lo como infração; 
b) Quando deixe de tratá-lo como contrário a 
qualquer exigência de ação ou omissão, desde 
que não tenha sido fraudulento e não tenha 
implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) Quando lhe comine penalidade menos severa 
que a prevista na lei vigente ao tempo de sua 
prática. 
• Art. 144, §1º, CTN – lei nova que estabeleça novos critérios de controle e 
de fiscalização ou que outorgue ao crédito tributário maiores garantias. 
 Art. 144. O lançamento reporta-se à data da 
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-
se pela lei então vigente, ainda que 
posteriormente modificadaou revogada. 
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, 
posteriormente à ocorrência do fato gerador da 
obrigação, tenha instituído novos critérios de 
apuração ou processos de fiscalização, 
ampliado os poderes de investigação das 
autoridades administrativas, ou outorgado ao 
crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, 
neste último caso, para o efeito de atribuir 
responsabilidade tributária a terceiros. 
4. Princípio da anterioridade tributária (art. 150, III, b e c, CF) - a alínea b se 
refere a anterioridade de exercício ou anual – determina que os entes 
tributantes não podem cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que 
tenha sido publicada a lei majorada ou instituidora do tributo. A expressão 
´´exercício financeiro`` deve ser entendida como ´´ano fiscal``, que, no Brasil, 
representa o próprio ´´ano civil``. 
Já, a alínea c se refere à anterioridade nonagesimal - impõe que o tributo, 
majorado ou instituído, seja exigido depois de decorridos 90 dias da publicação da 
lei que tenha perpetrada a majoração ou sua instituição. Tem a contagem a partir 
do dia 3/10 a 31/12 de cada ano, no período anterior que é do dia 02/10 já está 
sendo respeitado os 90 dias. 
OBS.: em caso de redução ou extinção não haverá relação ao princípio da 
anterioridade, irá ter efeitos imediatamente. 
Não exercício 
Não 90 dias (efeito imediato) 
Sim exercício 
Não 90 dias 
Não exercício 
Sim 90 dias 
II IR IPI 
IE Fixação de base cálculo - IPVA e 
IPTU 
Contribuição de seguridade 
social (art. 195, §6º, CF) 
IOF Restabelecer – ICMS-
combustíveis 
Empréstimos Compulsórios 
Guerra/ calamidade pública 
 Restabelecer – CIDE- 
combustíveis 
Imposto extraordinário de 
guerra 
 
 
OBS.: Desenvolvimento de IPTU e IPVA 
a) Primeira exceção da anterioridade nonagesimal refere-se à fixação da base de 
cálculo, não sendo aplicada para os casos de aumento de alíquota. 
b) Segunda exceção: o IPTU e IPVA tem uma peculiaridade quando a data da 
ocorrência do fato gerador. Como regra, as leis estaduais ou municipais que o 
fato gerador ocorre no dia 01/01 de cada ano (1º de Janeiro). 
Ex.: o Município de Duque de Caxias publicou Lei Municipal relativa ao IPTU que 
estabelecerá o seguinte: 
1º Majora-se a alíquota do IPTU de 2% ~> 3% 
2º Atualiza-se a base de cálculo - tabela do valor venal do imóvel em 20% 
(Não aguarda 90 dias) Já começa a vigorar 26/11 começa a vigorar em 01/01 
Publicado em 26/11/2020 
OBS.: Alteração do prazo de pagamento de tributo e o princípio da anterioridade 
(Súmula 669, STF e Súmula vinculante 50 – Norma legal que altera prazo de 
recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade). 
Ex.: 
2004 2020 2021 
Taxa de polícia lei nova 
3% pagamento anual até 20/02 
Pagamento anual 
Até 20/04 
A nova data deverá ser imediatamente aplicada, com isso, o pagamento será 
realizado em 20/02/2021. 
OBS.: A revogação da isenção e o princípio da anterioridade 
Ex.: 
 2004 2020 2021 
Taxa de polícia lei nova 
3% está revogada a isenção, inclusive 
Estão isentas as empresas já são obrigados a pagar referente 
Que possuem faturamento a 2020. 
Inferior a 100mil por ano 
Súmula 615, STF - não se deve esperar a anterioridade x Informativo 757 - terá 
que aguardar a anterioridade - ICMS 
 
5. Princípio da vedação ao confisco (art. 150, IV, CF) - a vedação a 
confiscabilidade proíbe a instituição de quaisquer tributos com caráter de 
absorção substancial da propriedade privada, sem a proporcionada 
indenização. 
OBS.: o STF entendeu que este princípio deve orientar as penalidades e multas. 
OBS.: este princípio deve ser observado naqueles casos em que dois ou mais 
tributos incidem sobre a mesma grandeza econômica. 
Exceção: a CF prevê a apropriação do bem sem indenização em duas 
situações: 
a) Art. 5º, XLVI, b, CF – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre 
outras, a seguinte perda de bens; 
b) Art. 243, § Ú, CF – todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em 
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração 
de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com 
destinação específica, na forma da lei. 
6. Princípio da liberdade de tráfego de pessoas e bens= liberdade de 
locomoção (art. 150, V, CF) - determina que a intermunicipalidade e a 
interestadualidade não poderão ser fatos geradores de quaisquer tributos, 
sejam eles federais, estaduais ou municipais. 
Súmula 323, STF - é inadmissível a apreensão de mercadorias como meio 
coercitivo para pagamento de tributos. 
OBS.: Pedágio é tarifa – final do artigo 150, V, CF 
OBS.: ICMS exigido pelas autoridades fiscais nos Postos de Fiscalização das 
rodovias – entendimento da doutrina. 
7. Princípio da uniformidade geográfica da tributação (art. 151, I, CF) - o 
tributo federal deverá conter a mesma alíquota em toda a extensão territorial 
do país, indicando que o postulado em estudo visa à defesa da identidade de 
alíquotas. Atente-se também para o fato de que há exceção prevista para os 
incentivos fiscais específicos, ou seja, aqueles destinados a incentivar o 
equilíbrio socioeconômico entre as regiões diferentes do país. 
8. Princípio da isonomia da tributação de renda pública e rendimento de 
servidores (art. 150,, II, CF) - é vedado à União tributar a renda das 
obrigações da dívida pública dos Estados, Municípios e do DF, bem como a 
remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis 
superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes. 
9. Princípio da vedação à isenção heterônoma (art. 151, III, CF) - é vedado à 
União instituir tributos da competência dos Estados, DF e Municípios. 
OBS.: Só existe isenção autônoma e só quem pode dar é aquele ente que tem 
competência para instituir aquele tributo. 
10. Princípio da não discriminação em razão da procedência ou destino (art. 
152, CF) - é vedado aos Estados, ao DF e Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua 
procedência ou destino. 
OBS.: é vedada a diferenciação de alíquota de IPVA entre carros nacionais e 
internacionais. 
 
Princípios específicos: 
1. Princípio da seletividade: permite gravar-se com uma maior alíquota o bem 
mais inessencial, ou seja, na razão direta da superfluidade do bem. 
Os impostos que detêm seletividade são: 
a) ICMS (art. 155, §2º, III, CF) - poderá ser seletivo em função da sua 
essencialidade das mercadorias e dos serviços (caráter facultativo) 
b) IPI (art. 153, §3º, I, CF) - será seletivo em função da sua essencialidade do 
produto (caráter obrigatório). 
OBS.: ponderação da alíquota relacionado a produto supérfluo (alíquota maior) e 
essencial (alíquota menor). 
2. Princípio da progressividade: técnica de incidência de alíquotas variadas, 
cujo aumento se dá na medida em que se majora a base de cálculo do gravame 
O critério refere-se ao aspecto quantitativo, do qual decorre a progressividade 
fiscal e a extrafiscal. 
• Progressividade fiscal - ´´quanto mais se ganha, mais se paga``, de finalidade 
meramente arrecadatória, que admite operar mais gravosamente a riqueza 
tributável maior. 
• Progressividade extrafiscal – atua na determinação de parâmetros de 
condutas, no interesse regulatório. 
Os impostos que detêm progressividade são: 
a) IR (art. 153, §2º, I, CF) - oimposto de renda será informado pelos critérios da 
generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei. 
b) ITR (art. 153, §4º, I, CF) - o imposto será progressivo e terá suas alíquotas 
fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. 
Anexo Lei 9.393/1996 
c) IPTU (art. 156, §1º, I, CF) - o imposto poderá ser progressivo em razão do valor 
do imóvel. Neste caso, o IPTU está tendo a progressividade fiscal. OBS.: 
Súmula 589, STF - é inconstitucional a fixação de adicional progressivo 
do IPTU em função do número de imóveis do contribuinte. OBS.: Súmula 
539, STF - é constitucional a lei do município que reduz o IPTU sobre o 
imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro. 
Súmula 668, STF e súmula 656, STF. 
d) IPTU (art. 182, §4º, II, CF) - é facultado ao Poder Público municipal, mediante 
lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei 
federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não 
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, de IPTU 
progressivo no tempo. Neste caso, o IPTU está tendo a progressividade 
extrafiscal, querendo garantir a função social da propriedade. 
Ex.: 1º notificação 
2º IPTU progressivo no tempo ou IPTU extrafiscal – o Estatuto da Cidade veda a 
isenção ou anistia de IPTU progressivo. (durante 5 anos 15% da alíquota máxima 
- não pode ser mais que o dobro de 1 ano para o outro) 
3º desapropriação com títulos das dívidas públicas. 
Devendo ser observado a capacidade econômica do contribuinte – art. 145, §1º, 
CF – sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
OBS.: a decisão do STF no RE 562.045/RS e as Súmulas 656 e 668, STF 
Súmula 656, STF- é inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas 
para ITBI com base no valor venal do imóvel. (ITBI é um tributo real) 
Súmula 668, STF - é inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes 
da Emenda Constitucional nº 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo 
se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. 
(é um tributo real) 
OBS.: os tributos que forem reais não podem haver alíquota progressiva se não 
tiver autorização constitucional. 
RE 562.045/RS - colocou o ITCMD como um tributo progressivo (é um imposto 
pessoal é uma forma que o STF entendeu como constitucional a progressividade) 
3. Princípio da não cumulatividade – refere-se a uma operação contábil, 
segundo a qual, do valor a ser recolhido a título de tributo, são deduzidos os 
valores pagos relativamente ao mesmo produto nas fases anteriores do 
processo produtivo. 
a) IPI (art. 153, §3º, II, CF) - será não cumulativo compensando-se o que for 
devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores 
b) ICMS (art. 155, §2º, I, CF) - será não cumulativo, compensando-se o que for 
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação 
de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro 
Estado ou pelo Distrito Federal. 
c) Muito difícil cair na prova os artigos 154, I, CF; 195, §4º, CF e 195, §12º, CF 
 
Ex.: 
Fábrica Atacado Varejo Ser humano 
100 400 
10(ICMS) 40(ICMS) 
= 110 430 
O Atacado possuía um crédito no valor de 10 referente à compra realizada na 
Fábrica. 
OBS.: como o atacado já havia um crédito, pois já havia efetuado o valor embutido 
no preço de 10 reais de ICMS. 
Toda essa aplicação vale para o IPI e o ICMS. 
O prazo para utilizar o crédito é de 5 anos, inicia a contagem desse prazo a partir da 
emissão da Nota Fiscal. 
Esse crédito não faz jus a correção monetária. 
Caso o contribuinte tenha tentado utilizar o crédito e foi impedido pelo Fiscal pelo fato 
de a nota fiscal ser fria (falsa). A partir desse momento começa a correr juros de 
correção monetária. 
Quando a nota fiscal é declarada pelo Fiscal inidônea, porém o contribuinte consegue 
provar que aquela compra foi lícita poderá, então, fazer jus do crédito. 
Súmula 509, STJ - é lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS 
decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada 
a veracidade da compra e venda. 
Art. 23 da LC 87/96 - o direito de crédito, para efeito de compensação com débito do 
imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para 
o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da 
documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos 
na legislação. 
Súmula 411, STJ - é devida a correção monetária ao creditamento do IPI quando há 
oposição ao seu aproveitamento decorrente de resistência ilegítima do Fisco. 
OBS.: Quanto aos isentos? 
No art. 155, §2º, II, alínea a, CF – a isenção ou não incidência, salvo determinação 
em contrário da legislação: não implicará crédito para compensação com o montante 
devido nas operações ou prestações seguintes. Assim, aquele que isento ou imune 
se vender não dar direito a quem ele vendeu de utilizar o crédito devido a sua 
imunidade e não pagou o tributo. 
No art. 155, §2º, II, alínea b, CF - a isenção ou não incidência, salvo determinação 
em contrário da legislação: acarretará a anulação do crédito relativo às operações 
anteriores. Assim, aquele que isento ou imune que comprar de alguém ele anula 
aquele direito de crédito. 
No art. 155, §2º, X, CF - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário 
da legislação: não incidirá: sobre operações que destinem mercadorias para o 
exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a 
manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e 
prestações anteriores. 
OBS.: Mesmo sendo imune ela pode utilizar esse crédito e poderá usar em operações 
em âmbito nacional. Se for uma empresa que sua função é somente exportadora 
poderá fazer cessão onerosa de crédito (podendo vender, como nomeado acima). 
Existe um prazo de 5 anos para utilizar o crédito. 
OBS.: Súmula 495, STJ (não gera direito de crédito relacionado ao IPI) ≠ art. 20, §5º, 
Lei complementar 87/96 (gera direito de crédito relacionado ao ICMS, devendo 
obedecer a LC 87/96) 
Súmula 495, STJ – a aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa 
não gera direito ao creditamento de IPI. 
 art. 20, §5º, Lei complementar 87/96 - para efeito do disposto no caput deste artigo, 
relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no 
estabelecimento destinados ao ativo permanente, deverá ser observado: (ver todos 
os incisos do art.) 
I- a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a 
primeira fração a ser apropriada no mês e que ocorrer a entrada no estabelecimento. 
II- em cada período de apuração do imposto, não será permitido o creditamento de 
que trata o inciso I, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações 
isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações 
efetuadas no mesmo período. 
... 
4. Princípio da generalidade e da universalidade (IR) Art. 153, §2º, I, CF) - 
deve atingir a todos 
5. Princípio da capacidade contributiva (art. 145, §1º, CF) 
6. Princípio da vedação da receita de impostos (art. 167, IV, CF) - são 
vedados a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
Ex.: é vedado ao Estado vincular a receita de seus impostos, como o caso que o 
senso comum afirma que pagar o IPVA e as ruas continuam ruins. 
 
Imunidades 
As imunidades tributárias apresentam-se como normas constitucionais de 
desoneraçãotributária. Em outras palavras, são mandamentos que distanciam a 
tributação, por vontade do legislador constituinte, que assim se manifesta objetivando 
homenagear determinados valores inalienáveis da pessoa. Com efeito, as 
imunidades tributárias delineiam exonerações justificadas teologicamente, uma vez 
que o legislador constituinte deliberou prestigiar valores constitucionalmente 
consagrados, tais como a liberdade religiosa, a liberdade política, a liberdade sindical, 
a liberdade de expressão, os direitos sociais, o acesso à cultura, o incentivo à 
assistência socia, etc. 
~> Gerais (art. 150, VI, CF nas alíneas a, b, c, d, e são referentes a impostos) 
~> Específicas - impostos, taxas, contribuições especiais (ontológica ou 
intergovernamental) 
• Gerais (art. 150, VI, CF nas alíneas a, b, c, d, e são referentes a impostos) 
1. Imunidade recíproca (art. 150, VI, alínea a, CF) - é vedado a instituição de 
impostos sobre patrimônio, renda ou serviço entre os entes federativos. O 
patrimônio, renda ou serviço são imunes entre os entes. Pode ser cobrado 
taxa. 
Esta regra se estende às autarquias e fundações públicas, em razão da 
personalidade jurídica de direito público, de que são possuidoras as referidas 
entidades (art. 150, §2º, CF). 
Conclui-se que haverá incidência de tributos sobre as demais pessoas jurídicas, 
a sociedade de economia mista e as empresas públicas. 
Porém, há um entendimento do STF que há imunidade quando a prestadora de 
serviço público + exclusividade (forma exclusiva). 
Ex.: ECT, CAERD, CODESP, CBTU, CEDAE - poderá ter imunidade tributária. 
• A jurisprudência do STF tem se orientado no sentido de que a imunidade 
tributária relacionado a prestadora de serviço público (imunidade): deverá 
responder: ´´ A jurisprudência do STF tem se orientado no sentido de que a 
imunidade tributária recíproca é também aplicável as empresas públicas e à 
sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos, notadamente 
quando prestados com cunho essencial e exclusivo.`` 
• A jurisprudência do STF tem se orientado no sentido de que a imunidade 
tributária relacionado a imóvel público arrendado: deverá responder: ´´ A 
imunidade recíproca não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel 
público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins 
lucrativos. Nessa hipótese, é constitucional a cobrança de IPTU pelo Município. 
Súmula 75, STF – sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não 
compreende o imposto de transmissão inter vivos, que é encargo do comprador. 
Súmula 583, STF – promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome 
de autarquia é contribuinte de IPTU. 
Súmula 178, STJ – o INSS não goza de isenção do pagamento de custas e 
emolumentos, nas ações acidentárias e de benefícios propostas na Justiça Estadual. 
(é uma isenção) 
2. Imunidade religiosa ou de qualquer templo religioso (art. 150, VI, alínea b, 
CF) - almeja a preservação da liberdade de culto e da postura de não 
identificação do Estado (neutralidade estatal) com qualquer religião, conforme 
se depreende do art. 19, I, CF (é vedado a União, Estados, Municípios e ao DF 
estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público). 
O legislador constituinte não vê óbices no exercício de atividades conexas pelo 
templo. 
Nesse caso, o templo desfrutará da imunidade, desde que cumpra determinadas 
condições: 
a) A prova do reinvestimento integral do montante pecuniário advindo das 
atividades conexas na consecução dos objetivos institucionais da igreja; 
b) A prova da inexistência de prejuízo à livre concorrência, impedindo-se o cunho 
empresarial na atividade financeira desempenhada. 
OBS.: 
• Imóveis pertencentes a entidades religiosas onde funciona estacionamento - 
não perde a imunidade 
• Residência do líder religioso (imóvel pertencente a entidade religiosa) - não 
perde a imunidade 
• Cemitérios religiosos - não perde a imunidade. 
A maçonaria: 
i. Não é considerada uma religião e sim uma ideologia de vida 
ii. Não possui imunidade 
iii. Pode cobrar imposto da maçonaria 
 
3. (a)Imunidade para partidos políticos, (b)entidades sindicais de 
trabalhadores, (c) instituições de educação e (d) entidades de assistência 
social (art. 150, VI, alínea c, CF) - 
a. Imunidade para partidos políticos - tal imunidade tem como elemento 
teleológico a liberdade política, preceituada no art. 1º, V, CF, indicando um dos 
fundamentos da nossa República. 
b. Imunidade para entidades sindicais de trabalhadores – protege-se a 
liberdade de associação sindical, indo ao encontro dos direitos sociais 
previstos na Carta Magna. Ressalte-se, no entanto, que esta imunidade 
protege somente os sindicatos dos empregados, isto é, as entidades obreiras. 
Sendo assim, os sindicatos patronais (dos empregadores) serão destinatários 
de uma normal tributação. 
c. Imunidade para instituições de educação - busca-se, com a presente 
imunidade, a difusão da educação e do ensino, prevista nos arts. 205, 208 e 
214 da CF, na medida em que se protege a educação formal ou curricular 
(escolas, faculdades, universidades, etc.) e a educação informal ou 
extracurricular (bibliotecas, centros de pesquisa, teatros, centros de estudos, 
etc.). 
d. Imunidade para entidades de assistência social – o efeito protetor aqui 
almejado é a difusão da assistência social (arts. 203 e 204 da CF). Nesse 
contexto, têm despontado as entidades do chamado ´´terceiro setor``, ou seja, 
aquelas instituições interessadas na prática social da benemerência. Como 
exemplos, citem-se: as entidades beneficentes, as ONGs, as OSCIPs, entre 
muitas. 
Como instituições de assistência social, despontam-se aquelas que auxiliam o 
Estado no atendimento dos direitos sociais, como saúde, a maternidade, a 
segurança, o trabalho, a moradia, a assistência aos desamparados, etc. 
Para efeitos de imunidade e quanto à equiparação das entidades fechadas de 
previdência social privada ou ´´fundos de pensão`` às entidades de assistência 
social, a Súmula 730, STF. 
Súmula 730, STF – a imunidade tributária conferida a instituição de 
assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, Vi, ´´c``, CF, somente 
alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver 
contribuição dos beneficiários. 
OBS.: para todas as imunidades referidas acima: 
• Súmula 724, STF (SV. 52, STF) - ainda que alugado a terceiros, permanece 
imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo 
art. 150, VI,c, CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades 
essenciais de tais entidades. 
• Existem requisitos para que as entidades usufruam da imunidade concedida 
pela CF, previsto no art. 14, CTN. 
Art. 14, CTN – o disposto na alínea c do inciso VI do art. 9º é subordinado à 
observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: 
I- não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a 
qualquer título; 
II- aplicarem integralmente, no País, o seus recursos na manutenção de seus 
objetivos institucionais 
III- manterem a escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de 
formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 
As entidades de educação e de assistência social sem fins lucrativos gozam da 
imunidade às contribuições de seguridade social na forma do artigo 195, §7º, CF, 
desde que sejam atendidos todos os requisitos previstos no art. 14, CTN. 
• Súmula 591, STF – a imunidade ou isenção tributária do comprador não se 
estende ao produtor, contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI). 
Quando o imune for consumidor irá pagar o imposto, pois está embutido no valor. 
• Súmula 612, STJ – o certificado de entidade beneficente de assistênciasocial 
(CEBAS), no prazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins 
tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento 
dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade. 
Art. 146, II, CF – cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao 
poder de tributar. + art. 14, CTN 
Com isso, tanto o CEBAS e o art.14 CTN ficam como requisitos para a imunidade 
de entidade de assistência social. 
Mesmo sem o CEBAS a entidade já goza de imunidade, sendo assim, não 
podendo a receita cobrar o IRPJ dos anos de funcionamento sem o certificado. 
Tendo em vista, que a Súmula 612, STJ entende que mesmo sem o certificado 
ela continua com a imunidade, pois o certificado possui natureza declaratória. 
4. Imunidade livros, jornais, periódico e papel destinado à sua impressão 
(art. 150, VI, d, CF) - essa imunidade dá lugar à chamada ´´imunidade de 
imprensa``. O dispositivo vem, prestigiar a liberdade de expressão, a difusão 
de cultura e a utilidade social. Na compra de insumos não há incidência de 
impostos. 
A presente imunidade, têm natureza objetiva. Isso quer dizer que aqui serão 
afastados os impostos sobre ´´bens`` - livros... 
Quanto aos livros, sabe-se que são meios de difusão de cultura, representando 
um suporte material de propagação de um pensamento. Não são abarcados pela 
imunidade os livros que não veiculam ideias, nem pensamento formalmente 
considerados, como livro de ponto, livro de bordo, livros fiscais, livro de atas. 
Incluem-se no conceito de livros, na visão do STF, os manuais técnicos e as 
apostilas. 
Quanto aos jornais, a imunidade é plena, incluindo até as propagandas, desde 
que venham impressas no corpo do jornal ou periódico, conforme já decidiu o STF, 
por diversas vezes. 
No âmbito dos periódicos, que são revistas editadas com periodicidade, o 
legislador não diferencia os tipos de revistas, considerando legítimas destinatárias 
de imunidade as revistas de pouco conteúdo intelectual, aquelas que contêm 
material pornográfico, o álbum de figurinhas e os fascículos semanais e 
sequencialmente formadores de livro. 
Ademais, para o STF, as listas telefônicas, a par dos catálogos e guias, são 
imunes, na condição de ´´periódicos``. No que se refere ao papel, que é o único 
insumo previsto na alínea d, paralelamente aos três veículos de pensamento 
(livros, jornais e periódicos), o legislador somente menciona este insumo, e não 
outros. (Súmula 657, STF). Ebook e ereaders possuem imunidade. 
Não abrange imunidade as tintas/ placas off set - são insumos tributados. 
5. Imunidade de fonogramas e videofonogramas de música, de artistas 
brasileiros ou produzidos por artista brasileiros (art. 150, VI, e, CF) - 
imunidade musical. O propósito dessa imunidade é desonerar de impostos os 
fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, bem como os 
suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, com a ressalva da 
incidência na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
Nesse passo, a venda de CDs e DVDs será protegida da cobrança de ICMS, 
do ISS e até mesmo do IOF (nas aquisições virtuais). A benesse constitucional, 
todavia, não alcança o processo de replicação industrial, que permanece com 
a tributação. 
Obs.: se for artista estrangeiro e produtora brasileira terá imunidade. 
• Específicas - impostos, taxas, contribuições especiais (ontológica ou 
intergovernamental) 
Obs.: não há imunidade para contribuição de melhoria e empréstimos 
compulsórios. 
1. Impostos 
a) Imunidade específica do ITR (art. 153, §4º, II, CF) - requisitos para que 
possa usufruir desta imunidade: 
Pequena gleba rural (art. 2º, Lei 9.393/96) + não pode possuir outro imóvel + tem 
que explorar esse imóvel - esses requisitos são cumulativos. 
Obs.: art. 2º, Lei 9.393/96 - nos termos do art. 153, §4º, in fine, CF, o imposto não 
incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o 
proprietário que não possua outro imóvel. 
§Ú - para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área 
igual ou inferior a: 
I – Cem hectares, se localizado em município compreendido na Amazônia 
Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense. 
II – Cinquenta hectares, se localizado em município compreendido no Polígono 
das Secas ou na Amazônia Oriental 
III – trinta hectares, se localizado em qualquer outro município. 
Art. 3º, Lei 9.393/96 - neste artigo da Lei fala sobre a isenção do ITR, devendo 
obedecer aos limites fixados no art.2º, Lei 9.393/96. 
b) Imunidade do ITBI (art. 156, §2º, I, CF) - não incide sobre transmissão de 
bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização 
de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, 
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a 
atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou 
direitos locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. 
Traduzindo, sendo assim, não incide ITBI quando a pessoa jurídica integraliza o 
bem imóvel para o patrimônio da empresa, desde que a empresa não tenha a 
atividade de compra e venda de imóveis ou locação ou arrendamento mercantil. 
Obs.: Critério de preponderância (art. 36 e 37, CTN) - 
Ex.: Empresa Delta com atividade de compra e venda de bens imóveis + 
fabricação de tijolos. 
Essa empresa transfere um bem imóvel para o patrimônio da empresa, com isso 
aumentou + de 50% da receita da empresa. A parte de compra e venda de imóveis 
deverá realizar o pagamento ITBI. Já, a parte de fabricação de tijolos não deverá 
pagar o ITBI. 
Ex².: quando a empresa já é constituída, funcionando e um novo sócio entra 
colocando um bem imóvel no patrimônio da empresa: aumentou + de 50% da 
receita da empresa, A parte de compra e venda de imóveis deverá realizar o 
pagamento ITBI. Já, a parte de fabricação de tijolos não deverá pagar o ITBI. 
Verificada a preponderância tornar-se-á devido o imposto, antes disso não há 
contagem do prazo decadencial, pois o fisco só pode cobrar depois que houver a 
afirmação da preponderância. 
Não incide ITBI na transferência de bem imóvel quando for fusão, incorporação, 
cisão ou extinção. 
Ex.: A+B= C imóvel passado para C 
Obs.: Diferença entre Evasão, Elusão e Elisão Fiscal 
• Elisão Fiscal: ocorre quando é utilizado um meio permitido em direito para 
não pagar ou pagar menos tributo. Também conhecido como planejamento 
tributário. 
• Evasão Fiscal: ocorre quando é utilizado um meio proibido em direito para 
não pagar ou pagar menos tributo. Exemplo: Sonegação de fiscal. 
• Elusão Fiscal (ou elisão ilícita): é também chamado de abuso das formas. 
Ocorre quando o sujeito simula um negócio jurídico para fugir da tributação. 
Exemplo: ocorre quando duas pessoas constituem uma sociedade (simulação 
para se beneficiar da imunidade de ITBI, prevista no art. 156, §2º, I, CF). Nesse 
caso a autoridade administrativa pode desconsiderar o negócio jurídico 
simulado e autuar o contribuinte para a cobrança do tributo (art. 116, §Ú, CTN). 
OBS.: quando houver desincorporação não será incidir ITBI, transferindo o bem 
imóvel da empresa para o sócio pessoa física. Só irá incidir nesse caso quando 
houver simulação de u negócio jurídico para burlar a incidência de ITBI. 
Obs.: Súmula 660, STF - não incide ICMS na importação de bens por pessoa física 
ou jurídica que não seja contribuinte de imposto. (Superada). 
Importação Exportação 
IPI - importação (RE 722.651; art. 46, I, 
CTN) 
IPI - exportação (art. 153, §3º, III, CF) 
ICMS - importação (art. 155, §2º, IX, 
alínea a, CF; Súmula 661, STF; SV. 48, 
STF) 
ICMS - exportação (art. 155, §2º, X, 
alínea a, CF) 
ISS - importação (art. 1º, §1º, LC 
116/2003; art. 3º, I, LC 116/2003; art. 6º, 
§2º, I, LC 116/2003) 
ISS - exportação (art. 156, §3º, II, CF) 
Art. 2º,I, LC 116/2003 - é uma exceção 
da vedação à isenção heterônoma. 
PIS/COFINS - receitas importação 
(CIDE) art. 195, IV, CF 
PIS/COFINS - receitas de exportação 
(CIDE) (art. 149, §2º, I, CF) 
CSLL – lucro de importação (art. 195, I, 
CF) 
CSLL – lucro de exportação (RE 
564.413) 
 
Todos os impostos riscados na exportação são devido a uma imunidade que há para 
exportadores. 
Ex.: Receitas (art. 195, I, CF) 
I 
B – receita/ faturamento 1.000.000 Receita 
C – lucro – CSLL 700.000 
 = 300.000 Lucro 
A imunidade é na receita e não no lucro. Sendo assim, a exportação não 
possui imunidade referente ao Lucro, com isso, deverá pagar o CSLL. 
Obs.: Em regra é o prestador que recolhe o ISS e no Município onde é o prestador. 
Exceção - ISS na importação 
Deverá recolher o ISS no local onde foi prestado o serviço (domicílio) - art. 3º, I, LC 
116/2003 
Deverá o tomador recolher o ISS – art. 6º, §2º, I, LC 116/2003 
Espécies tributárias 
Teoria pentapartida – defende a maioria da doutrina que existem cinco tributos no 
atual sistema tributário constitucional brasileiro. No ano de 1966, no CTN, só possuía 
Impostos, Taxas e contribuição de melhoria. O que vai dizer qual é a espécie 
tributária daquele caso concreto é o fato gerador e a aplicação do art. 4º, CTN. 
O art. 4º não pode ser aplicado nas espécies tributárias que vieram com a CF, que 
foram: Empréstimos compulsórios e Contribuições especiais. 
Art. 4º, CTN – a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador 
da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para quantificá-la: 
I – A denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II – A destinação legal do produto da sua arrecadação ≠ art. 148 e 149, CF 
Só serve para os tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
a) Impostos (art. 16, CTN) - tem como fato gerador uma situação que não possui 
relação de atividade estatal 
b) Taxas (art. 77, CTN) - tem como fato gerador a prestação de serviço público 
específico e divisível ou exercício regular de poder de polícia. 
c) Contribuição de melhoria (art. 81, CTN) - tem como fato gerador a realização 
de obra pública que dela tenha resultado valorização imobiliário. 
d) Empréstimos compulsórios (art. 148, CF) - o fato gerador será aquilo que a 
Lei Complementar definir. É um tributo causal, só pode ser cria em razão de 
guerra, calamidade pública. 
e) Contribuições especiais (art. 149, CF) – o fato gerador pode ser o mesmo de 
um imposto. 
Para o Empréstimos compulsórios e Contribuições especiais possuem receita 
vinculada. É importante saber a arrecadação desses tributos. 
• Classificação das espécies tributárias 
1- Fato gerador vinculado (contraprestacional) – quando a cobrança do tributo 
depende da contraprestação (ou atuação) do Estado (ex.: taxa e contribuição de 
melhoria) 
2- Fato gerador não vinculado (não contrasprestacional ) - quando a cobrança 
é feita mesmo que o Poder público não forneça nada em troca (ex.: imposto) 
1- Receita vinculada – quando a sua receita tem que ter uma destinação 
específica de despesa pública 
2- Receita não vinculada – quando a sua receita não possui destinação 
específica e podendo ser aplicado em qualquer órgão ou despesa pública. 
Obs.: Art. 167, IV, CF – a receita de impostos não é vinculada. 
I. Impostos - são tributos de fato gerador não vinculado (art. 16, CTN) e cuja 
receita não pode ser vinculada (art. 167, IV, CF). 
É um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa à vida do 
contribuinte, à sua atividade ou a seu patrimônio. Esta figura tributária também é 
prevista pelo art. 145, I, CF. É um tributo não ligado à atividade estatal, ou seja, 
refere-se à atividade do particular, estando limitado ao âmbito privado do 
contribuinte. 
A Constituição prevê, de modo taxativo, as listas de impostos federais, estaduais 
e municipais. 
a) Impostos Federais (art. 153, CF) 
• Imposto de importação (inciso) 
• Imposto de exportação (inciso II) 
• Imposto de renda (inciso III) 
• IPI (inciso IV) 
• IOF (inciso V) 
• ITR (inciso VI) 
• Imposto sobre grandes fortunas (inciso VII) 
• Impostos residuais (ar .154, I, CF) 
• Imposto extraordinário de Guerra (art. 154, II, CF) 
• Cabe à União pode instituir impostos Estaduais e Municipais em Territórios 
federais quando este não for dividido em Municípios. Art. 147, CF 
 
b) Impostos Estaduais (art. 155, CF) 
• ITCMD (inciso I) 
• ICMS (inciso II) 
• IPVA (inciso III) 
 
c) Impostos Municipais (art. 156, CF) 
• IPTU (inciso I) 
• ITBI (inciso II) 
• ISS (inciso III) 
OBS.: o Distrito Federal tem a competência dos impostos estaduais e municipais. 
 
II. Taxas - são tributos de fato gerador vinculado (contraprestacional) (art. 4º, 
CTN). Possuem dois fatos geradores, são eles: em razão da prestação de 
serviço público específico e divisível ou em razão do exercício regular do poder 
de polícia. 
É um tributo vinculado à ação estatal, sujeitando- se à atividade pública, e não à 
atividade do particular. Deverá ser exigida pelas entidades impositoras (União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios), não se admitindo a exigência em face de 
atuação de empresa privada. De modo diverso do imposto, é exação bilateral, 
contraprestacional e sinalagmática. Seu disciplinamento vem do art.145, II, CF c/c os 
arts.77 a 79, CTN. 
Há dois tipos de taxa, são elas: Taxa de polícia e Taxa de serviço. 
• Taxa de serviço - prestação de serviço público específico e divisível 
O CTN e a CF não admitem que ela seja cobrada em razão de qualquer serviço que 
for prestado ao cidadão. Tem que ser em razão de uma prestação de serviço 
específico e divisível. 
Específico - quando o usuário ou beneficiário daquele serviço público consegue 
identificar uma unidade autônoma da administração pública que presta aquele 
serviço. (contribuinte enxergar quem do Estado está prestando aquele serviço) 
Divisível - quando o poder público prestador consegue individualizar o usuário 
daquele serviço. (quando o Estado enxerga quem é o sujeito que está usando 
aquele serviço) 
Uti univerzi ou indivisível - não pode ser remunerado mediante taxa. 
Quando o Estado não consegue identificar a quem ele está prestado o serviço, assim 
sendo considerado um serviço uti univerzi. 
Uti singuli ou divisível - pode sim ensejar a cobrança de uma taxa. Quando 
o Estado consegue identificar a quem ele está prestado o serviço, sendo assim uti 
singuli. 
Obs.: Serviços indivisíveis: iluminação pública, segurança pública, limpeza de vias 
e logradouros públicos, limpeza e jardinagem de praças públicas. 
OBS.: o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa 
- Súmula vinculante 41, STF. É um serviço indivisível. Por muitos anos foi 
considerado uma taxa. Com isso, foi através desta Súmula que o STF afirmou que 
não deve ser cobrado mediante taxa. 
Obs.: o serviço de prevenção e combate de incêndios e de outros 
Não cabe ao Município instituir taxa de incêndio, apenas os Estados que podem 
instituir esta taxa. RE 643.274/SP 
Súmula 549, STF – a taxa de bombeiros do Estado de Pernambuco é constitucional, 
revogada a Súmula nº 274. 
Sendo assim, o STF considera a taxa de combate e prevenção de incêndio um serviço 
uti singuli. Porém, ainda não foi pacificado pela jurisprudência e Superiores Tribunais 
se é um serviço uti singuli ou uti univerzi. 
Obs.: Serviços divisíveis: combate e prevenção de incêndio, serviço de coleta de 
lixo em domicílios, taxa pelo serviço de coleta de lixo domiciliar, atividade jurisdicional 
(custas judiciais) 
Súmula vinculante 19, STF – a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços 
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduosde 
imóveis, não viola o art. 145, II, CF. O STF entende que a coleta de lixo é um 
serviço público divisível. 
Limpeza de vias logradouros públicos - é indivisível (não pode taxa) ≠ coleta de lixo 
domiciliar - é divisível (pode taxa). 
• Taxa de polícia - exercício regular do poder de polícia (art. 78, CTN) 
Taxa de polícia, denominada também de taxa de fiscalização, será exigida em razão 
de atos de polícia realizados pela Administração Pública, pelos mais variados órgãos 
ou entidades fiscalizatórias. Pagar-se-á tal taxa em função do ´´exercício regular do 
poder de polícia administrativa``, tendente a limitar direitos ou liberdades individuais 
em benefício da coletividade. 
É cobrado na prova como taxa de fiscalização de ... 
Obs.: quando for taxa de polícia pode o contribuinte pagar este tributo 2 vezes a órgãos diferentes, 
tendo em vista que os entes federativos mantêm órgãos de fiscalização próprio em pleno 
funcionamento para que haja a fiscalização. Não há que se falar em bitributação. 
São exemplos de atividades fiscalizatórias que podem ensejar a cobrança do tributo: 
a. Taxa para o FUNDAF 
b. Taxa de alvará (ou de funcionamento) 
c. Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM 
d. Taxa de controle e fiscalização ambiental (TCFA) 
e. Taxa de fiscalização dos serviços de cartórios extrajudiciais 
Art. 79, CTN – fala sobre a efetividade e potencialidade relacionado a taxa de polícia. 
Efetivamente – quando por ele usufruídos a qualquer título. Tem que ser efetivo 
sempre. (basta que exista um órgão de fiscalização que esteja funcionando para 
fiscalizar) 
Potencialmente – quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua 
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. (mesmo não 
usando o serviço, o Administração coloca à disposição para o contribuinte) 
OBS.: resposta de uma questão: a taxa de poder polícia é cobrado em razão do exercício regular do 
poder de polícia de forma efetiva. Mas, e considerado poder de polícia efetivo quando, mesmo o 
contribuinte não sofrendo fiscalização in loco, existem em pleno funcionamento órgão e estruturas 
administrativas para efetiva fiscalização (art. 79, I, CTN). 
 Súmula 665, STF - é constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e 
valores mobiliários instituídas pela lei 7.940/1989. É constitucional a taxa de CVM. 
*informações complementares sobre as taxas: 
Base de cálculo das taxas: art.145, §2º, CF e art. 77, §Ú, CTN – as taxas não podem 
ter a mesma base de cálculo própria dos impostos. 
Taxas - correlação razoável entre o custo do serviço e o valor da taxa que será 
cobrada 
Impostos – base de cálculo é uma grandeza econômica. (serve para o Estado 
fazer Caixa para o erário público). 
Súmula vinculante 29, STF - é constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, 
de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde 
que não haja integral identidade entre uma base e outra. 
Súmula 595, STF - é inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de 
rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do ITR. 
Súmula 667, STF – viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa 
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. 
Art. 98, §2º, CF – as custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao 
custeio dos serviços afetos a atividades específicas da Justiça. 
Há discussão doutrinária referente a receita das taxas se é vinculada ou não. 
Para o Leandro Paulsen – entende que a taxa tem receita vinculada 
Para o Ricardo Alexandre – entende que a taxa não tem receita vinculada, exceto as 
custas judiciais conforme art. 98, §2º, CF. 
Taxas Preços públicos (tarifas) 
É tributo Não é tributo 
Prestação pecuniária compulsória Prestação pecuniária facultativa 
Sem autonomia de vontade Com autonomia de vontade 
Decorrente de lei Decorrente de contrato administrativo 
Rescisão inadmissível Rescisão admissível 
Obrigação ´´ex lege`` Obrigação ´´ex volunte`` 
Obedece aos princípios de direito 
tributário 
Não está sujeito aos princípios de 
direito tributário, mas aos princípios de 
direito administrativo 
Regime jurídico de direito público Regime jurídico de direito privado 
Há taxa de serviço de utilização 
potencial 
Só há tarifa cobrada em face de serviço 
de utilização efetiva 
Existe taxa cobrada em razão de poder 
de polícia 
Não existe tarifa cobrada em razão de 
poder de polícia 
Exigida por pessoas jurídicas de direito 
público 
Exigida por pessoas jurídicas de direito 
público e de direito privado 
Receita derivada de direito público, com 
uso de seu poder de império (a receita 
´´deriva`` do patrimônio do particular) 
Receita originária de direito privado, 
sem uso de seu poder de império (a 
receita ´´origina-se`` do próprio 
patrimônio do Estado) 
Cobrança não proporcional ao uso Cobrança proporcional ao uso 
 
Súmula 545, STF - preços de serviço público e taxas não se confundem, porque estas, 
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à 
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as institui. 
ADI 800 – fala sobre o pedágio que é considerado preço público (tarifa). 
Sacramentado o seguinte julgamento: ´´ o pedágio cobrado pela efetiva utilização de 
rodovias conservadas pelo poder público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso 
V, parte final, do art. 150, da CF, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço 
público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da 
legalidade estrita``. 
A doutrina não é uníssona quanto à natureza jurídica do pedágio, entendendo alguns 
trata-se de taxa, enquanto outros vinculam a exação a preço público, na espécie 
tarifa. A questão é problemática, com intermináveis divergências. Veja em resumo, 
algumas das razões abaixo: 
• O pedágio é prestação comumente cobrada por concessionárias, isto é, por 
pessoas jurídicas de direito privado, que se colocam na posição de ´´sujeitos 
ativos`` - um paradoxo inaceitável no campo da obrigação tributária. 
• O pedágio é prestação instituída e reajustada por atos diversos de lei, 
afastando da exação a feição tributária. 
• Inexistindo as vias alternativas, a exação se torna compulsória, aproximando-
a de uma ´´taxa``, propriamente dita. 
• O art. 150, V, ´´parte final```, CF preceitua sobre o pedágio como ressalva a 
um princípio tributário, levando o intérprete a vinculá-lo a ´´tributo``, o que lhe 
avocaria, de modo inflexível, os princípios constitucionais tributários, entre os 
quais o da legalidade. 
III. Contribuição de Melhoria – sua existência se justifica como freio ao 
enriquecimento involuntário de proprietários de imóveis adjacentes a obras 
públicas que os valorizem, fazendo com que, em troca da valorização 
imobiliária, eles venham a pagar uma indenização ao Estado por saborear esse 
incremento econômico. (art. 145, III, CF; art. 81, CTN e art. 3º do Decreto- Lei 
195/1967). 
Tributo de fato gerador vinculado (contraprestacional) - realização de obra pública, 
que dela tenha resultado de valorização imobiliária. 
A competência para instituir este tributo é de quem realizou a obra e com isso 
teve a valorização do imóvel. 
Obs.: se houver obra pública sem que decorra valorização imobiliária, não há que 
se falar em contribuição de melhoria. 
No art. 81, CTN – traz a base de cálculo onde deve levar em conta o limite global 
e o limite individual. 
 Ex.: limite total – 100.000,00 
Limite individual – 20.000,00 (cada um dos dois imóveis obteve a valorização de 
20 %) com isso o ente poderá cobrar até 20.000,00 na cobrança de cada imóvel. 
Obs.: a arrecadação não pode ultrapassar o limite global e o limite individual deve 
respeitar o valor (ou porcentagem) de cada imóvel valorizado. O ente tem que 
respeitar o limite global e o limite individual onde deve respeitar a porcentagem 
que valorizou imóvel daquelecontribuinte. Com isso, havendo dois limites para 
instituir o valor da contribuição de melhoria. 
Tem que levar em consideração quanto gastou na obra e quanto valia o valor 
venal do imóvel antes e depois da obra, para saber se houve a valorização e 
devendo respeitar os dois limites. 
No art. 2º, do Decreto – Lei 195/1967 - fala sobre os exemplos de obras públicas 
que podem gerar valorização imobiliária. 
Art. 82, CTN – fala sobre os requisitos sobre a contribuição de melhoria. 
Taxas e contribuições de melhoria respeitam o princípio da legalidade e da anterioridade 
sem exceções. 
Obs.: não confunda obra pública (trazer algo novo) e serviço público (fazer 
manutenção). 
A base de cálculo da contribuição de melhoria significa o quantum de valorização 
acrescido ao imóvel em função da obra pública realizada pela Administração. 
IV. Empréstimos Compulsórios - (art. 148, CF) - a competência tributária, o 
empréstimo compulsório mostra-se como exação federal, de exclusiva 
competência da União. Sua instituição depende, necessariamente, de lei 
complementar, o que afasta, desde logo, a utilização da medida provisória. 
Receita estritamente vinculada e pode ser instituído sobre qualquer fato gerador, 
mesmo já existente. O fato gerador do empréstimo compulsório será o que a Lei 
Complementar definir. 
Art. 148, CF – a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I- Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. 
II- No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, 
´´b``. 
§ Ú - a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua 
instituição. 
O empréstimo compulsório é um tributo causal, pois só pode ser criado em razão de 
guerra, calamidade pública ou relevante interesse nacional. Receita necessariamente 
vinculada. Pode haver bitributação no empréstimo compulsório. 
Fato gerador do tributo não será representado pela ́ ´calamidade pública``, nem 
mesmo pelo ´´investimento público``, mas verdadeiramente por toda e qualquer 
situação abstrata, legalmente prevista e apta a desencadear a relação jurídico-
tributária. Finalmente, é induvidoso que o empréstimo compulsório se evidencia como 
tributo finalístico, ou seja, uma exação finalisticamente afetada, para a qual o fato 
gerador não detém relevância, não lhe sendo aplicado o art.4ª, incisos I e II, CTN. 
Significa dizer que a natureza jurídica do empréstimo compulsório não s define por 
meio e seu fato gerador, como no caso das taxas, impostos e contribuição de 
melhoria, porquanto figura como gravame ligado a uma finalidade específica, de 
natureza emergencial ou urgente. 
Quando criado através de lei ordinária é considerado inconstitucional (princípio da 
legalidade – art.150, I, CF) 
Quando criado por meio de Medida Provisória (é vedado a edição de Medida 
Provisória quando a matéria é reservada à Lei Complementar – art. 150, I, CF c/c 
art.62, §1º, III, CF). 
Relacionado ao princípio da anterioridade o inciso I, art.148, CF prevê as 
exceções ao princípio da anterioridade tributária, ao passo que o inciso II estipula uma 
hipótese de regra ao postulado. dessa forma, temos que, enquanto o inciso primeiro 
denota situações emergenciais, o inciso II invoca, necessariamente, a observação do 
princípio da anterioridade. Sendo assim, forçoso é concluir que o empréstimo 
compulsório calcado em situações de calamidade pública e guerra externa (art.148, 
I, CF), vigerá in continenti, tendo em vista o seu caráter de exceção às anterioridades 
anual e nonagesimal (art.150, §1º, CF). Diversamente, o empréstimo forçado, 
instituído em razão de investimento público de caráter urgente e relevante interesse 
nacional, deverá observar a anterioridade anual e a anterioridade nonagesimal 
(art.148, II, CF). 
Art.15, CTN dispõe sobre o empréstimo compulsório. Em 1966, o empréstimo 
compulsório previsto neste artigo não era tratado como tributo. Na Súmula 418, STF 
– o empréstimo compulsório não é tributo e sua arrecadação não está sujeita à 
exigência constitucional da prévia autorização orçamentária. Esta súmula perdeu a 
validade. Este artigo foi recepcionado pela CF. 
§Ú, do art.15, CTN – a lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo 
compulsório e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o 
disposto na Lei. 
OBS.: se a cobrança foi feita em dinheiro, a devolução também será feita em dinheiro. 
O entendimento do STF é que a devolução deve ser feita por dinheiro. Porém, houve 
uma exceção no caso da Eletrobras, a devolução foi por meio de ação da empresa. 
No caso da Eletrobrás, o empréstimo compulsório foi instituído por ADCT e foi previsto 
na própria norma que a devolução seria através de quotas empresariais da própria 
Eletrobrás. Com isso, o STF entendeu que poderia realizar a devolução através de 
quotas empresariais. (RE 193.798/1995) 
 OBS.: se a Lei Complementar onde previa o empréstimo compulsório e estava 
previsto a devolução desses valores por meio de quotas de empresas é 
inconstitucional, pois a devolução deve ser em dinheiro. 
Eletrobrás é uma sociedade de economia federal (art.109, I, CF) - na época falava 
sobre onde deveria ser proposta a ação estadual ou federal. (Súmula 553, STJ). 
Se no polo passivo o indivíduo somente colocava a Eletrobrás, seria competência 
estadual. Neste caso, se a Eletrobrás perdia a ação requeria a intervenção da União 
após a prolação da sentença pelo juízo estadual, a apelação era remetida ao TRF. 
Mas, se colocasse no polo passivo tanto a Eletrobrás quanto a União, seria 
competência da justiça federal. 
V. Contribuições especiais (art.149, CF) - as contribuições são gravames cuja 
destinação se revela no financiamento de gastos específicos, no contexto de 
intervenção do Estado nos campos social e econômico, no cumprimento de 
ditames da política de governo. Competência exclusiva da União. Exceção da 
competência estão previstas nos art. 149, §1º, CF e art.149-A, CF). Receita 
vinculada. 
Art.149, §1º, CF – os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para 
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art.40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição 
dos servidores titulares de cargos efetivos da União. 
Art.149-A, CF – os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para custeio 
do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art.150, I e III. 
O art.149, caput, CF liga as contribuições, de modo explícito, a ́ ´instrumentos de ação 
nas respectivas áreas``. 
As contribuições, dependendo de suas particularidades, podem estar inseridas no 
âmbito da parafiscalidade. A contribuição será parafiscal se for devida a entidades 
paraestatais, em função de atividades especiais por elas desempenhadas. Nota-se, 
todavia, que as contribuições, hodiernamente, revestem-se de características 
peculiares, o que torna difícil enquadramento preciso na rubrica ́ ´parafiscais``. Daí se 
utilizar, em alguns casos, o vocábulo ´´especiais``, que determina abrangência mais 
expressiva. 
 art.149, §2º, CF – as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
I- não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (tem natureza de imunidade) 
II- Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; () 
III- poderão ter alíquotas: 
(a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; 
(b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
OBS.: RE 474.132/2010 - fala sobre a abrangência apenas as contribuições sociais 
que possuem o faturamento ou receita

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