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REFERÊNCIA: POMPÉIA, J. A. & SAPIENZA, B. T. Na Presença do Sentido: Culpa e desculpa. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2013, p. 87-118. Seminário 6 Nome: Karine Vieira Machado RA: T5265B-9 Data: 11/09/2020 A culpa é um tema muito presente na humanidade, fala-se dela nas religiões, nos mitos, na filosofia, na literatura, no direito e na psicologia. Além disso, ela compõe cada um de nós, pois incomoda, seja quando nos sentimos culpados, ou quando precisamos de alguma forma lidar com a culpa do outro. Pensamos na culpa como uma coisa negativa e perigosa, como já passado culturalmente pela tradição da religião, em que a culpa desencadeou a perda do paraíso. Evidenciando também como somos propensos a afastar a culpa de nós. Sabemos que a culpa é um sentimento muito íntimo, às vezes escondido no meio de outros sentimentos, como medo, remorso e vergonha. Desta forma, a pessoa culpada está remoída, assustada e envergonhada. Mesmo que a culpa seja vivida de maneira intima, não significa que ela esgota em si mesmo. A culpa existe em relação a algo, e esse algo sempre diz respeito ao mundo. Os atos e as omissões humanos têm desdobramentos de significados e consequências. Isso também precisa ser pensado quando alguém nos procura para dizer o porque está se sentindo culpado. A vivência da culpa vem acompanhada de conflitos: eu e mim mesmo, eu e minha vontade, eu e meu desejo, eu e minha ação, e assim por diante. A culpa é a sensação básica de perda da integridade, por exemplo quando nos desculpamos de algo e dissemos que foi sem querer é como se disséssemos “minha vontade é uma coisa, mas minha ação é outra”. E mesmo que em dada situação admita-se a vontade de magoar, em outro momento surge o sentimento da culpa, por ter querido algo que não deveria querer. Este conflito está entre o que fui capaz de ser e a pessoa que gostaria de ser. Essas coisas não coincidem, desta forma, foi perdida a integridade.
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