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Experiências corporais como experiências ontológicas (texto de 12 pág

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- “Experiências corporais como experiências ontológicas” (texto de 12 pág. da
qualidade vea ruim, que responde a pergunta 3).
No texto, a afirmação de que "o ser corpo só pode ser entregue ao homem como tarefa
para a realização, porque ele sabe de algum modo de sua corporeidade" destaca a relação
fundamental entre a experiência do corpo humano e a compreensão mais profunda da
existência. Isso enfatiza a importância das emoções e sensações corporais na formação dessa
compreensão mais abrangente sobre a vida humana.
O ser humano só pode compreender verdadeiramente seu corpo quando reconhece que
ele representa uma tarefa a ser realizada em sua existência. Isso significa que o corpo não é
apenas uma parte passiva de nossa identidade, mas uma dimensão ativa e central de nossa
jornada humana. Esta perspectiva contrasta com a tendência contemporânea de idealizar um
corpo jovem e perfeito, revelando uma hostilidade em relação à nossa natureza corporal
essencial, o que, nas palavras de Kunz “...o que hoje é afirmado, sim até mesmo divinizado,
não é o corpo, tal como ele nos é entregue como tarefa pela natureza, mas o corpo físico
eternamente jovem e ao mesmo tempo belo segundo os critérios dominantes."
A compreensão e a avaliação do corpo têm evoluído ao longo da história,
influenciadas não apenas pelo declínio da tradição cristã, mas também pelos avanços na
Medicina, que têm prolongado a vida e tratado doenças anteriormente incuráveis. No entanto,
é importante ressaltar que essa mudança cultural não necessariamente traduz uma relação
mais positiva com o próprio corpo. Em vez disso, muitas vezes reflete uma obsessão pela
juventude e perfeição física, desconsiderando a complexidade e a imperfeição inerentes à
corporeidade humana.
Assim, o autor explora três experiências corporais fundamentais que revelam aspectos
cruciais da existência humana: a dor, o nojo e a vergonha. A dor é apresentada como uma
experiência que nos conecta diretamente com nosso ser corporal. Mesmo em momentos de
ausência de dor, o corpo está sempre presente em nossa consciência, pois a dor nos lembra de
nossa vulnerabilidade e da capacidade do corpo de ser ferido. Além disso, a dor é discutida
como uma busca pelo autoasseguramento, uma vez que a identificação com o sofrimento
corporal pode proporcionar um senso ilusório, mas duradouro, de integridade e existência. O
nojo é descrito como uma experiência fundamental que nos confronta diretamente com a
nossa natureza corpórea. Pode surgir em resposta a elementos "sujos" ou ao processo de
envelhecimento inevitável do corpo. Através do nojo, somos lembrados da carnalidade
intrínseca do corpo e de sua eventual caducidade, enfatizando a finitude da existência. A
vergonha é explorada como uma experiência que não é inata, mas adquirida por meio do
aprendizado social. Ela não se limita apenas às ações, mas também abrange os pensamentos
que permanecem ocultos aos olhos dos outros. A vergonha está intimamente ligada à
visibilidade do corpo e ao desejo subjacente de se tornar invisível diante dos outros.
Experimentar vergonha implica confrontar a irrealizabilidade desse desejo e, com isso, a
impotência em relação à nossa condição de seres corpóreos visíveis.

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