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Transporte: gases, produtos, hormônios, célulase e anticorpos; Distribuição: água, solutos, calor. Líquido/plasma: água, proteínas, lipídios, glicídios, hormônios, eletrólitos; Componente celular: eritrócitos, leucócitos, plaquetas. A contagem das células do sangue tem sido uma informação importante, não somente para o diagnóstico de doenças, mas também como um “atestado de saúde” nos exames periódicos e no check-up; Entende-se que um organismo com as contagens normais é capaz de produzir e destruir as células do sangue em perfeito equilíbrio, mantendo a quantidade e a qualidade das células em circulação. Esse processo evita infecções e sangramentos e garante o fornecimento adequado de oxigênio às células; Vários fatores podem interferir nesse equilíbrio, diminuindo a produção ou aumentado a destruição de eritrócitos, causando anemias. Fatores genéticos e nutricionais, entre outros, interferem na síntese de hemoglobina, ocasionando, igualmente, anemias. Estas, portanto, são importantes indicadores de vários tipos de processos patológicos; Análise qualitativa (características) e quantitativa (contagem) do sangue; Valores de referências; Eritrograma = alterações nos eritrócitos, hematócrito, dosagem de hemoglobina, avaliação morfológica e contagem; Leucograma = avaliação morfológica e contagem total e diferencial de leucócitos; Plaquetograma = avaliação morfológica e contagem. 1. ERITROGRAMA Contagem de Hemácias ou série vermelha; A Hb presente nas hemácias, que se combina facilmente com o O2 e o CO2 e confere ao sangue arterial um aspecto brilhante; Para possibilitar um maior uso de Hb, a hemácia tem formato de disco bicôncavo que proporciona a maior área superficial para combinação de Hb com o O2; Transporte gasoso: é a principal função da hemácia (ou eritrócito) é transportar O2 dos pulmões para os tecidos corporais e transferir CO2 dos tecidos para os pulmões. É através da avaliação do eritrograma que podemos saber se um paciente tem anemia ou policitemia. OBSERVAÇÃO: Os glóbulos vermelhos anormais podem estar fragmentados ou ter a forma de lágrimas, crescentes (forma de foice) ou diversas outras formas. Conhecer a forma e o tamanho específicos dos glóbulos vermelhos pode ajudar um médico a diagnosticar a causa particular da anemia. Células em forma de foice, por exemplo, são características da anemia falciforme; Pequenas células contendo quantidades insuficientes de hemoglobina apontam provavelmente para uma anemia ferropriva; Células grandes sugerem anemia por deficiência de folato (ácido fólico) ou de 1. Eritrócitos: número de glóbulos vermelhos; 2. Hematócrito (Ht): índice em porcentagem n° de hemácias/volume da amostra (VC); 3. VCM ou VGM (volume corpuscular médio/volume globular médio) – tamanho das hemácias: importante para classificar anemias; Situações que podem alterar o VCM: Macrositose: deficiência de vitamina B12 e Ác. Fólico; Micrositose: deficiência de Ferro e anemia Falciforme. 4. CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia – monitora o tratamento da anemia; 5. HCM ou HGM (hemoglobina corpuscular média/globular média) – Quantidade de Hb na hemácia (COR) – diagnóstico de anemia grave. Situações que podem alterar o HGM: Hipercromia: excesso de ferro. OBSERVAÇÃO: O HCM indica a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas hipocrômicas; Quando têm muitas, são hipercrômicas. Volume corpuscular médio (VCM) Indica o tamanho da hemácia: Normal (normocítica) de 82 a 98 mm3 ou 82 a 98 f ; Menor (microcítica) < 82, micrositose; Maior (macrocítica) > 100, macrositose; Observações: Importante para classificar as anemias; Expressa o volume ocupado por um único eritrócito, medida em micrometros cúbicos (fentolitros, ou f ) do volume médio; Indica se o tamanho da hemácia é normal (normocítica), menor (microcítica) ou maior (macrocítica). HCM ou HGM (Hemoglobina Corpuscular Média ou Globular Média) É a quantidade de hemoglobina por hemácia (grande valor no diagnóstico de anemia grave). Normocrômica (tamanho e coloração normais); Hipocrômica (menos quantidade de hemoglobina que o normal, sendo visualizadas no microscópio com uma cor mais clara). CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) Útil na monitoração do tratamento para anemia mais preciso (Hb e Ht). VALORES NORMAIS De 82 a 98 mm3 ou 82 a 98 f – (valores maiores em lactantes, recém-nascidos e idosos). IMPLICAÇÕES CLÍNICAS O VCM é a base do sistema de classificação usado para avaliar as anemias. Hematócrito (Ht) / volume corpuscular (VC) Significa “separar o sangue” – o plasma e as células do sangue são separados por centrifugação; Mede indiretamente a massa de hemácias; Os resultados são apresentados como a porcentagem de hemácias por volume no sangue total (VC); O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é composto por hemácias; É importante no diagnóstico de anemia ou policitemia. BAIXA DO HEMATÓCRITO Anemia Leucemias, linfomas Insuficiência suprarenal Doença crônica Hemorragia Reação hemolítica ALTADO HEMATÓCRITO Eritrocitose Policitemia vera Choque Hemoglobina (Hb) Principal componente dos eritrócitos e veiculo para o transporte de O2 e CO2; Contém átomos de ferro e o pigmento vermelho porfirina, que se combina facilmente ao O2 e confere ao sangue sua coloração vermelha característica; A capacidade de associação ao O2 do sangue é ---> proporcional à de Hb, e não ao número de hemácias, algumas hemácias tem + Hb que outras; VALORES NORMAIS Homens Mulheres 14,0 a 17,4 g/d ou 140 a 174 g/ 12,0 a 16,0 g/d ou 120 a 160 g/ Policitemia (ALTA): Policitemia relativa: aumento de Hb, Ht ou hemácias com baixa do vol. plasmático; Policitemia absoluta: Primária (policitemia vera, eritrocitose eritrêmica); Secundária (apropriada – resposta da medula óssea a condições fisiológicas; Inapropriada – produção excessiva de hemácias desnecessária para fornecer O2 aos tecidos). Anemia (BAIXA): Hipoproliferativas (Ex.: aplasias da medula óssea); Defeito de maturação (Ex.: hipocrômicas); Hiperproliferativas (Ex.: perda de sangue aguda); Dilucionais (Ex.: gravidez). Exemplo 01 Exemplo 02 2. LEUCOGRAMA Serve como um guia útil da gravidade do processo patológico; Podem ser esperados padrões específicos de resposta leucocitária; Em vários tipos de doenças pela porcentagem de diferentes tipos de leucócitos, porém, por si só tem pequeno valor como auxilio ao diagnostico, exceto se relacionado ao estado clinico do paciente. LEUCOCITOSE Acima do limite superior da normalidade; Geralmente é causada por apenas um tipo de leucócito e recebe o nome do tipo de célula que mostra o aumento principal. Leucocitose Neutrofílica ou Netrofilia; Leucocitose Linfocítica ou Linfocitose; Leucocitose Monocítica ou Monocitose; Leucocitose Basofílica ou Basofilia; Leucocitose Eosinofílica ou Eosinofilia. LEUCOPENIA Abaixo do limite inferior da normalidade; Geralmente acontece durante e após as seguintes situações: Infecções virais, algumas infecções bacterianas e bacterianas graves; Hiperesplenismo; Depressão da medula óssea causada por intoxicação por metais pesados, radiação ionizante, drogas; Distúrbios primários da medula óssea; Neutropenia associada ao sistema imune; Anema ferropriva. Neutrófilos: Infecções piogênicas (bacterianas); Eosinófilos: Distúrbiosalérgicos e infestações parasitárias; Basófilos: Infecções, alguns distúrbios alérgicos; Linfócitos: Infecções virais (sarampo, rubéola, varicela, mononucleose infecciosa); Monócitos: Infecções graves, por fagocitose. NEOTROFILIA Infecções bacterianas: Meningite; Pneumonia; Apendicite; Peritonite; Amigdalite; Endocardite; Artrite; Outras. NEUTROPENIA Infecções bacterianas: Neutropenia cronica benigna; Neutropenia cíclica; Medicamentos, produtos químicos, radiações; Mielodisplasias; Febre tifóide; Febre paratifóide; Infecções instestinais por salmonelas; Viroses. LINFOCITOSE Infecções virais: Mononucleose; Rubéola; Hepatite; CMV; HIV. Infecções bacterianas: Coqueluche; Sífilis; Tuberculose. EOSINOFILIA Parasitose; Alergias; Radioterapia; Sindrome de Loeffler; Doenças Mieloproliferativas. EOSINOPENIA Estresse; Infecções Agudas; Corticosteroides; ACTH. Basofilia - Doenças Mieloproliferativas: Leucemia Mielóide crônica; Policetemia Vera. Basofilopenia - Sem interesse clínico. Monocitose - acompanha a neutrofilia nos processos inflamatorios (mais tardia e persiste na canvalescença). Tuberculose; Brucelose; Leishmaniose; Mielodisplasia. Monocitopenia – Incomum. 3. PLAQUETOGRAMA Últil para avaliar distúrbios sangramento que ocorre com: Tombocitopenia, hepatopatia ou malgnidades. Indicado quando o número de plaquetas estimado (num esfregaço de sangue) aparece anormal. As plaquetas (trombócitos) são os menores formados do sangue; A contagem de plaquetas é útil para avaliar distúrbios hemorrágicos que aparecem em trombocitopenia, uremia, hepatopatia ou neoplasias malignas e para monitorar a evolução da doença associada à insuficiência da medula óssea; O VPM indica a uniformidade de tamanho da população de pletas. É usado para o diagnóstico diferencial da trombocitopenia. VALORES NORMAIS Contagem de plaquetas (ADULTOS) Volume Plaquetário Médio (ADULTOS) 140 a 400 x 103/mm3 ou 140 a 400 x 109/ 7,4 a 10,4 m3 ou f TROMBOCITOPENIA Púrpuras trombocitopênicas; Mieloaplasias; Leucemias; Grandes hemorragias; Viroses; Esplenomegalia; Septicemias. TROMBOCITOSE Sindromes Mieloproliferativas; Pós-hemorragia; Doenças Inflamatórias Crônicas; Pós-Esplenectomia; Anemia Ferropriva.
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