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REAÇÕES ADVERSAS RELACIONADAS À UTILIZAÇÃO DE ADITIVOS QUÍMICOS EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E POSSÍVEIS SUBSTITUTOS NATURAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Adverse reactions related to the use of chemical additives in food products and possible natural substitutes: a bibliographic review SILVA, Carla Alves da Centro Universitário Max Planck FARIA, Stéphanie Cristine Centro Universitário Max Planck AGUIAR, Ana Célia Meirelles Tassinari Amaral Gurgel Dias de Centro Universitário Max Planck RESUMO: Aditivos químicos são todos e quaisquer ingredientes adicionados aos alimentos sem a função de nutrir, tendo por objetivo modificar características físicas, químicas, biológicas e/ou sensoriais durante a fabricação, preparação, manipulação, embalagem, armazenamento ou transporte. O objetivo deste trabalho é demonstrar os efeitos deletérios do corante amarelo tartrazina (E102), muito utilizado em bebidas à base de soja, balas coloridas e gelatinas, e do nitrito de sódio (E250) e nitrato de sódio (E251), corantes de cor avermelhada utilizado em embutidos como linguiças, mortadela, salsicha e salame, apresentando soluções de substituição destes corantes químicos por corantes naturais extraídos de frutas, folhas, flores, sementes, raízes e algas, com benefícios para saúde. São propostos compostos extraídos do açafrão, de coloração amarelo-alaranjada, a betalaína de coloração roxa, extraída da beterraba, o corante extraído do urucum, de coloração avermelhada e as antocianinas de coloração arroxeada extraídas do açaí. Como benefício desta substituição apresenta- se a melhoria do perfil nutricional e a diminuição dos efeitos adversos que os aditivos químicos podem causar. PALAVRAS-CHAVES: Aditivo alimentar; Tartrazina; Nitrito de sódio; Nitrato de sódio; Corantes Naturais; Curcuminoides; Betalaína; Urucum; Antocianina. ABSTRACT: Chemical additives are any and all ingredients added to food, without the function of nourishing, with the objective of modifying physical, chemical and biological and/or sensory characteristics during manufacturing, preparation, handling, packaging, storage and transportation. The objective of the work is to demonstrate the deleterious effects of the yellow dye tartrazine (E102), widely used in soy-based beverages, colored candies, gelatines, and sodium nitrite (E250) and sodium nitrate (E251), reddish coloring used in processed meats sausages, mortadella, sausage and salami, presenting solutions to replace these chemical dyes with natural dyes extracted from fruits, leaves, flowers, seeds, roots and seaweed, with health benefits. As purposes, there are compounds extracted from: saffron, yellow-orange, betalain, wich is purple colored, extracted from beet, the dye extracted from urucum, yellow and the anthocyanins, purple, extracted from açaí. With the benefit of this replacement, the nutritional profile is improved and the adverse effects that chemical additives can cause are reduced. KEYWORDS: Food additive; Tartrazine; Sodium nitrite; Sodium nitrate; Natural Dyes; Curcumoids; Betalains; Annatto; Anthocyanin. 1. INTRODUÇÃO O estilo de vida dos consumidores vem se modificando nos últimos anos com uma grande tendência para o consumo de alimentos de simples e rápido preparo, tendo grande aceitabilidade com preço acessível, como é o caso da salsicha e do apresuntado, principalmente, entre a população de baixa renda (HENTGES et al., 2016). Segundo o conceito sobre aditivos, lê-se no portal da ANVISA (2019): Aditivos são todos e quaisquer ingredientes adicionados aos alimentos, sem a função de nutrir e tem com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas e/ou sensoriais, na fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, armazenamento, transporte ou manipulação. A Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (2013), classifica os aditivos alimentares em: Antioxidante: Retarda a oxidação dos alimentos; Corante: Restaura ou intensifica a cor dos alimentos; Conservante: Impede/retarda que os microrganismos ou as próprias enzimas na deterioração do alimento, garantindo maior durabilidade; Edulcorante: Confere sabor adocicado aos alimentos; Espessante: Confere viscosidade aos alimentos; Estabilizante: Evita que, com o tempo, os ingredientes se separem em fases; Aromatizante: Confere ou reforça o aroma e/ou o sabor dos alimentos; Umectante: Permite que não haja a perda de umidade ou age como facilitador da dissolução em meio aquoso; Acidulante: Confere sabor ácido e aumenta a acidez nos alimentos. Estes aditivos são muito utilizados na fabricação de alimentos industrializados devido à melhora na palatabilidade aumentando sua aceitação, mas, devido ao alto consumo acabam se tornando tóxicos ao organismo (HONORATO et al., 2013). O público mais vulnerável ao consumo de alimentos com aditivos é o infantil, e o consumo excessivo está associado ao desenvolvimento de alguns tipos de alergias, com reações como asma, rinite, bronquite e dores de cabeça (FERREIRA, 2015). Pelo fato de causar reações adversas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) adotou medidas para a prevenção de riscos à saúde pelo consumo de muitos alimentos industrializados (ANASTÁCIO et al., 2016), como por exemplo linguiças, mortadelas, salsichas (CARTAXO, 2015), balas e chicletes (OLIVEIRA et al., 2010). Em função das medidas implementadas, a indústria começou a adotar corantes naturais, por serem mais saudáveis e não possuírem malefícios à saúde (PARIZE, 2009). Diante disso, o presente estudo tem como objetivo avaliar e demonstrar a influência do consumo dos aditivos químicos, bem como seus efeitos deletérios na saúde dos indivíduos, especialmente, tartrazina, nitrito e nitrato de sódio, propondo a utilização de corantes naturais como alternativa para a indústria. 2. METODOLOGIA Conduziu-se uma pesquisa nas bases, SciELO, Google acadêmico e PubMed, em busca de literatura que abordasse assuntos relacionados a aditivos químicos alimentares e corantes alimentares naturais e seus efeitos na saúde, achados 47 artigos, três sites especializados, além da Legislação vigente, utilizando-se os seguintes termos: aditivos alimentar; tartrazina; nitrito de sódio e nitrato de sódio; corantes naturais; curcuminoides; betalaínas; urucum; antocianinas. Deste total foram excluídos 13 artigos cujo data era inferior ao ano de 2009 e que não tratavam, especificamente do assunto a ser tratado no presente trabalho. Do total de material encontrado, então, foram utilizados 34 artigos, três sites especializados e a Legislação vigente, que atendiam ao critério de inclusão, a saber, a descrição dos efeitos dos aditivos químicos e naturais na saúde dos indivíduos. 3. ADITIVOS QUÍMICOS Aditivos alimentares são ingredientes que tem como objetivo modificar características sensoriais, físicas, químicas e biológicas de um determinado alimento industrializado com o objetivo de melhorar sabor, cor e aspecto e, também, aumentar a vida útil do alimento (ANVISA). Os corantes fazem parte do grupo de aditivos alimentares e existem duas classes distintas que são utilizadas em alimentos, sendo elas as dos aditivos sintéticos e dos naturais. Os corantes sintéticos apresentam menor custo para a produção e maior estabilidade e vêm sendo estudados quanto à sua toxicidade e seus riscos à saúde (HONORATO et al., 2013). Dentre eles está o corante amarelo tartrazina, associado com várias reações adversas como asma, urticária e hiperatividade em consumidores, especialmente, em crianças (SILVA, 2009). Outra classe de corantes são o nitrito e o nitrato de sódio, muito utilizados em produtos cárneos de fácil preparo e preço acessível, tendo como efeito adverso alterações de comportamento e carcinogenicidade (SILVA, 2009). 3.1 Tartrazina (E102) A tartrazina, um pigmento sintético de cor amarela (RDCnº 281, 2019), é utilizada como corante alimentar em bebidas à base de soja, e refrescos (SOARES et al. 2018), balas coloridas, gelatinas e sucos artificiais, alimentos voltados para o público infantil (PIASINI et al. 2014). Muitos produtos que utilizam a tartrazina como corante, como bolos e produtos de confeitaria, não apresentam a rotulagem devidamente correta e, pode gerar riscos à saúde de quem os consomem (PEREIRA et al., 2015). Por ser um corante de baixo custo, é uma estratégia da indústria para ocultar a falta de cor nos alimentos e para evitar as alterações da coloração no processo de produção ou estocagem, mascarando problemas com procedimentos mal realizados ou alimentos deteriorados (OLIVEIRA et al., 2010). Ele é feito na forma de sal de sódio, e é encontrado em forma granulada ou em pó e está associado a reações alérgicas em intolerantes à aspirina (RODRIGUES, 2015). A ingestão deste corante causa danos ao estômago, cólon e bexiga com doses superiores a 10 mg/kg de peso corporal, dose esta que se aproxima à da recomendação da Ingestão Diária Aceitável (IDA), sendo ela de até 7,5 mg/kg de peso corporal (PIASINI, 2014), outros efeitos da tartrazina, são: asma, náusea, bronquite, rinite e broncoespasmos, podendo interferir na coagulação sanguínea e a longo prazo pode ocorrer o surgimento de câncer. Uma pesquisa realizada em 2014 com crianças e adolescentes, em sua maioria, avaliou a concentração de tartrazina em alimentos e concluiu que a quantidade encontrada nos alimentos industrializados consumidos por esse público estava acima dos valores determinados pela legislação (FERREIRA, 2015). Em altas doses causa aumento nos níveis séricos de creatina, albumina, ureia, globulina e redução nos níveis totais de colesterol (HDL e LDL), ALT (alanina aminotransferase), AST (transaminase glutâmico-oxalacética), ALP (fosfatase alcalina), além do aumento no marcador de estresse oxidativo de MDA (malondialdeído), e da bilirrubina, diminuição dos antioxidantes hepáticos DIM (diindolilmetano) e GSH (glutationa), SOD (superóxido dismutase), além de diminuição da hemoglobina (ANASTÁCIO et al., 2016). No mundo existem muitas pessoas que apresentam algum tipo de alergia decorrente ao consumo de alimentos que contém a tartrazina, com destaque para crianças com idade inferior de um ano. Alguns países da Europa como França e Reino Unido, a utilização da tartrazina foi proibida. Já no Brasil está presente em diversos alimentos industrializados, sendo um dos mais utilizados no país (FERREIRA, 2015). Em crianças, a tartrazina causa efeito de impulsividade, irritabilidade, déficit de atenção, hiperatividade podendo, assim, apresentar distúrbios comportamentais, sociais e emocionais, desencadeando sequelas até a vida adulta (FERREIRA, 2015). O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por exemplo, foi uma das alterações relacionadas ao uso da tartrazina. A exclusão deste aditivo da dieta destas crianças que apresentavam tal transtorno resultou em efeitos benéficos significativos, tendo melhora nos sintomas (SÁ et al., 2016). A tartrazina possui propriedades tóxicas sistêmicas, afetando o desenvolvimento corpóreo e metabólico, e a capacidade moduladora de receptores hormonais, interagindo com o DNA, e seus efeitos citotóxicos e genotóxicos tem potencial para causar reações adversas em transmissão vertical e efeitos alergênicos (ANASTÁCIO et al., 2016). 3.2 Nitrito de sódio (E250) e Nitrato de sódio (E251) Estes aditivos são utilizados no processamento de produtos cárneos, conservando a carne contra a deterioração bacteriana, sendo também, fixadores da cor avermelhada (HONORATO et al., 2013). O processamento de embutidos surgiu como uma forma de transformação da carne em produtos cárneos sendo esta matéria-prima de origens diversas como carne bovina, suína e de aves, muito utilizadas na fabricação, por exemplo, de linguiça, mortadela, salsicha, presunto, hambúrguer, charque e salame. Nitrito e nitrato estão relacionados com o aparecimento de câncer de estômago, tendo sua dosagem padrão de 300ppm de nitrato e de 150ppm de nitrito (CARTAXO, 2015). Estes aditivos, também são encontrados em água potável, solo e alguns fertilizantes, aumentando, desta maneira, o contato das pessoas com eles, sendo o nitrito o mais tóxico causando reações nos indivíduos como vasodilatação e relaxamento da musculatura lisa e sua dose considerada letal é de 1,0 g para adultos. Em doses inferiores a esta, causa sintomas como desconforto gastrointestinal e cefaleia (LAMARINO et al., 2015). Quando absorvido, o nitrito age na hemoglobina e provoca a produção de metahemoglobinemia (hemoglobina é oxidada a uma velocidade maior que a capacidade enzimática normal para a redução da hemoglobina), impedindo, assim, o transporte de oxigênio. Além da atividade carcinogênica, apresenta atividade mutagênica e teratogênica, com capacidade de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez (LAMARINO et al., 2015), astenia, dispneia, cefaleia, taquicardia (ADAMI et al., 2015). A excessiva ingestão de nitrito oriundo de fontes alimentares animais está associada ao risco de carcinoma de células renais, câncer de bexiga e carcinoma de esôfago em homens e, durante a gestação, este aditivo está também associado com o tumor cerebral nas crianças (ADAMI et al., 2015). Diante destes riscos, foi determinado pela FAO/WHO a IDA de 0 a 0,6 mg/kg/dia de nitrito (FERREIRA, 2015). O nitrato de sódio é utilizado em curas longas, sendo obtido através agentes redutores dos tecidos e decomposição do ácido nítrico. Sua concentração cai durante os processos de armazenamento e aquecimento. Sua atividade antibutírica depende da concentração de pH e salina, além da temperatura de incubação. Ele é reduzido a nitrito de sódio quando em contato com bactérias digestivas, formando nitrosaminas, substâncias que, além de apresentarem potencial cancerígeno, causam desconfortos gastrointestinais e inibem a absorção do iodo pela tireoide, resultando na redução do iodeto disponível e, consequentemente, na redução na produção dos hormônios tireoidianos T3 e T4 com aumento da produção de TSH (estimulador da tireoide). Por este estímulo apresenta potencial carcinogênico no organismo, quando ingerido com frequência (ADAMI et al., 2015). Em lactentes pode ocorrer o óbito com a ingestão inadequada deste aditivo pela a imaturidade fisiológica, sendo proibido em alimentos para crianças menores de 3 meses (FERREIRA, 2015). 4. CORANTES NATURAIS Corantes naturais são encontrados naturalmente no meio ambiente, porém, são mais fáceis de serem oxidados quando expostos à luz e a variação de pH, sendo menos estáveis que os corantes químicos e, além de não possuírem muita variação de cores, seu custo é mais elevado quando comparados aos sintéticos. São utilizados como matérias-primas para a fabricação desses corantes naturais: frutas, folhas, flores, sementes e raízes, fungos e algas e substâncias presentes nestes alimentos que ajudam na coloração como os flavonoides, carotenoides e porfirinas. Cita-se como exemplo a capsaicina, um componente ativo das pimentas vermelhas e verde, que atua na inibição de radicais livres, os curcuminoides presentes no açafrão, que agem na diminuição da oxidação de lipídica, e o licopeno, presente no tomate, que inibe a oxidação do colesterol e diminui o risco de câncer de próstata e doenças cardiovasculares (PARIZE, 2009). 4.1 Curcuminoides Rizoma popularmente conhecida como açafrão da terra ou cúrcuma, apresenta cor alaranjada devido à presença de curcuminoides polifenólicos, apresentando odor forte, característico e agradável, com sabor pouco picante e bem aromático. O açafrão é composto por três tipos de curcuminoides - curcumina, demethoxycurcumina e bisdemetoxicurcumina, óleos voláteis (turmerone, zingibereno e natlantone),proteínas, açúcares e resinas. Desde a Antiguidade a cúrcuma vem sendo utilizada em forma de tempero em vários tipos de preparações alimentares, oferecendo cor e sabor diferenciados, sendo, também, muito utilizada na medicina popular, indicada para tratar diversas doenças. Isto se deve à presença da curcumina, que apresenta características anti-inflamatórias, antitumorais e antioxidantes. Ela não apresenta reações toxicológicas, nem mesmo em altas doses não se torna genotóxica e mutagênica, sendo seu consumo considerado seguro por não apresentar toxicidade (COSTA, 2017). A cúrcuma também é utilizada na indústria alimentícia em forma de tempero, conservante, corante, suplemento diurético, inibidor de apetite e termogênico para o controle da obesidade e na aromaterapia, tendo como benefícios propriedades anticoagulantes, antivirais, anticancerígenas e neuroprotetoras. Também é usada de forma caseira, preparada como chá (decocção, maceração e infusão) e na fitoterapia utiliza-se as partes secas e frescas para extratos, chás, óleos, pomadas, comprimidos e cremes. A principal parte da cúrcuma utilizada para fins alimentícios, cosméticos, corantes e medicamentosos é o rizoma (caule subterrâneo) podendo ser consumida de forma triturada, em pó, ralada ou em pedaços, em preparações alimentícias como massas, mostarda, carne, queijos, arroz, manteigas, podendo, assim, substituir o corante sintético amarelo tartrazina (NOGUEIRA, 2019). Segundo Marchi et al., (2016), a Curcuma longa tem apresentado resultados positivos sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) agindo no Parkinson e Alzheimer, tem ação gastroprotetora, hipoglicemiante, hepatoprotetora, inibidor da carcinogênese, age no sistema respiratório e digestivo, reduz o colesterol e tem ação no sistema imune. Sua dosagem é de 280 a 560 mg/kg de peso para expressar os benefícios citados, e quando ingerida em altas doses por indivíduos que apresentam estômago hipersensível, pode ocorrer agravamento dos sintomas, e seu uso prolongado também em altas doses, pode ocasionar úlceras gástricas. Ela é contraindicada para indivíduos portadores de distúrbios hemorrágicos, que tenham obstrução de ductos biliares, hipersensibilidade ou alergia a curcumina, gestantes por ser um estimulante hormonal, podendo induzir o aborto, lactantes e em crianças. 4.2 Betalaína (EEC E162) O corante natural betalaína, é derivado da beterraba e extraído do seu suco pasteurizado para a eliminação de microrganismos, sendo posteriormente fermentado, processo onde intensifica a cor do pigmento (GONÇALVES et al., 2014). Suas cores variam desde o vermelho, passando pelo pink e laranja, indo até o amarelo, não apresentando grau de toxicidade e não causa dano ao organismo (SOUZA, 2012). Ela é comercializada na forma de extrato líquido, extrato concentrado e extrato em pó, oferecendo teores altos de carboidratos, fibras, lipídios e proteínas (NASCIMENTO, 2017). Apesar de ser instável em relação ao pH, calor, luz e oxidação, a betalaína é bastante utilizada em sorvetes e confeitos (ROSA, 2018), laticínios e bebidas. Além da possibilidade de utilização como corante, a betalaína apresenta atividades anti- inflamatórias, anticancerígenas, propriedades hepatoprotetoras, quimiopreventivas, auxiliando na diminuição da Pressão Arterial, redução do LDL. É hipoglicemiante, tem ação hematopoiética, antidepressiva, além de atuação no sistema imune, rins e fígado, manutenção das funções cognitivas como, percepção, comunicação, tomada de decisões e aprendizagem, melhora o fluxo cerebrovascular, regenera e reativa as células sanguíneas e previne o estresse oxidativo (SOUSA, 2019). Seu uso está associado, também, a melhora do diabetes tipo 2 e, por ter uma resposta comparável a um quimioterápico, é utilizada em vários tipos de cânceres, possuindo elevado efeito inibitório na multiplicação de células cancerígenas do estômago e próstata (FERREIRA, 2017). Não há uma ingestão diária aceitável (IDA) referente ao consumo da betalaína estabelecida, não apresentando efeitos tóxicos (SOUZA, 2012). 4.3 Urucum (Bixa orellana) O corante feito a partir do urucum possui compostos fenólicos e carotenoides que são antioxidantes, responsáveis pela proteção da oxidação celular, sendo preventivo contra cânceres, problemas cardiovasculares e envelhecimento (MOREIRA et al., 2014). Comprovou-se, com o seu uso, a redução na concentração de colesterol sanguíneo (LIMA et al., 2010). A FAO determina seu limite de ingestão de 0,65 mg/kg de peso corporal ao dia, não causando toxicidade em gestantes e não causando ganho de peso e alterações nos padrões hematológicos ou oftalmológicos (GARCIA et al., 2012). 4.4 Antocianinas As antocianinas são pigmentos naturais que fazem parte do grupo de metabólitos secundários das plantas, conhecidos também como flavonoides, sendo mais comuns na forma de glicosídeos de geninas antocianidinas. São solúveis em água e facilmente extraídas com solventes polares e solventes alcoólicos (etanol e metanol). O tipo e a quantidade de antocianinas nos vegetais sofrem algumas alterações pela forma do cultivo, o tempo de plantio e exposição solar e, quando comparados os teores de antocianinas em diferentes cultivos, no caso das frutas, podem ocorrer alterações nos resultados (CARDOSO et al., 2011). O corante natural obtido a partir de antocianinas possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, além de inibir a oxidação do LDL, diminuindo o surgimento de doenças cardiovasculares e câncer (CARDOSO et al., 2011). Uma das fontes de antocianinas é o açaí, sendo ele considerado um alimento nutracêutico. Não é considerado um pigmento tóxico, é de fácil solubilidade em água, possuindo papel importante para a prevenção de muitas doenças degenerativas (VALENTE et al., 2017). O consumo diário de antocianina permitido, é de 23,7 mg/dia (LOCATELI; KOENLEINS, 2015). DISCUSSÃO Sá et al. (2016), demonstram que com a exclusão da tartrazina na alimentação de crianças, o TDAH e a hiperatividade apresentam melhoras significativas em relação ao comportamento infantil. Segundo Ferreira (2015) a utilização da tartrazina tem como efeitos adversos de bronquite, rinite, asma e náusea, impulsividade, hiperatividade e o déficit de atenção, e Piasini (2014) diz que os efeitos da ingestão acima de 10 mg/kg de peso corporal são danos ao estômago, cólon e bexiga. Adami et al. (2015) dizem que alguns efeitos adversos da ingestão de nitrito e nitrato de sódio são dispneia, cefaleia, taquicardia, câncer de bexiga, carcinoma de células renais e esôfago tendo relação, também, com tumor cerebral em crianças e câncer de bexiga, e Lamarino et al., (2015) dizem poder ocorrer o surgimento de câncer e danos ao embrião ou no feto durante a gravidez. Nos quadros 1 e 2 abaixo, demonstra-se os estudos citados. QUADRO 1 – EFEITOS DO CONSUMO DA TARTRAZINA À SAÚDE Autores Tipo de estudo Método utilizado Resultado PIASINI et al., 2014 Intervenção Análise de amostras de gelatinas em pó, sucos artificiais e isotônicos Danos ao estômago, cólon e bexiga FERREIRA, 2015 Intervenção Revisão de Literatura Surgimento de câncer Asma, náusea, bronquite, rinite e broncoespasmos Interfere na coagulação sanguínea Impulsividade, irritabilidade, déficit de atenção, hiperatividade Distúrbios comportamentais, sociais e emocional ANASTÁCIO et al., 2016 Intervenção Revisão de Literatura Redução de HDL, LDL, ALA, AST e ALP Mudança nos níveis séricos de: Creatina, albumina, ureia e globulina Marcador oxidativo de MDA e bilirrubina Diminuição dos antioxidantes hepáticos: DIM, GSH, SOD e hemoglobina Sá et al., 2016 Intervenção Revisão de Literatura Melhora nos sintomas de TDAH e hiperatividade Fonte: Dos autores (2020). QUADRO 2 – EFEITOS DO CONSUMO DE NITRATO E NITRITO À SAÚDE Autores Tipo de estudo Método Utilizado Resultado ADAMI et al.,2015 Intervenção Análise de amostras de linguiças Asma, dispneia, cefaleia e taquicardia Potencial cancerígeno Desconforto gastrointestinal e inibição da absorção de iodo pela tireoide Carcinoma de células renais e esôfago Câncer de bexiga, e tumor cerebral em crianças LAMARINO et al., 2015 Intervenção Revisão de Literatura Atividade mutagênica e teratogênica, produzindo dano ao feto e embrião Causa metahemoglobinemia Interfere na coagulação sanguínea Impulsividade, irritabilidade, déficit de atenção, hiperatividade Distúrbios comportamentais, sociais e emocional CARTAXO, 2015 Intervenção Revisão de Literatura Câncer de estômago FERREIRA, 2015 Intervenção Revisão de Literatura Óbito em lactantes Fonte: Dos autores (2020). Já os corantes naturais trazem benefícios à saúde dos indivíduos, segundo Marchi et al. (2016), a cúrcuma tem resultado positivo sobre o Parkinson e o Alzheimer, tem ação hepato e gastroprotetora, é hipoglicemiante, reduz o colesterol e tem ação no sistema imune. Souza (2019) e Ferreira (2017) dizem que a betalaína tem como benefícios a atividade anti-inflamatória, anticancerígena, antidepressiva, hepatoprotetora, é hipoglicemiante, reduz o LDL e a Pressão Arterial, age na manutenção das funções cognitivas, regenera e reativa as células sanguíneas, previne o estresse oxidativo e, também, tem ação antioxidante, melhora o diabetes do tipo 2 e possui um elevado efeito de inibição da multiplicação das células cancerígenas do estômago e da próstata. O corante de urucum segundo Moreira et al. (2014) e Lima et al. (2010) tem como benefício a ação antioxidante, protegendo contra a oxidação celular, além de ser preventivo contra cânceres e problemas cardiovasculares, reduzindo, também, o colesterol sanguíneo. Cardoso et al. (2011) e Valente et al. (2017) falam que as antocianinas possuem atividades antioxidantes e anti-inflamatórias, inibem a oxidação do LDL, diminuem o surgimento de doenças cardiovasculares e câncer, e previnem doenças degenerativas. Nos quadros 3, 4, 5 e 6, demonstra-se os estudos citados. QUADRO 3 – EFEITOS DO CONSUMO DE CURCUMINOIDES À SAÚDE Autores Tipo de estudo Método Utilizado Resultado COSTA, 2017 Coorte Revisão de Literatura Ação anti-inflamatória Antitumoral Antioxidantes NOGUEIRA, 2019 Intervenção Revisão de Leitura Suplemento diurético Inibidor de apetite Termogênico Anticoagulante Antivirais Neuroprotetor MARCHI et al., 2016 Intervenção Revisão de Leitura Gastroprotetora Hipoglicemiante Hepatoprotetora Reduz o colesterol Ação no sistema imune Fonte: Dos autores (2020). QUADRO 4 – EFEITOS DO CONSUMO DE BATALAÍNA À SAÚDE Autores Tipo de estudo Método Utilizado Resultado SOUSA, 2019 Intervenção Revisão de Literatura Ação anti-inflamatória Anticancerígenas Hepatoprotetora Quimiopreventivas Redução de LDL Hipoglicêmica Hematopoiética Ação no sistema imune Aprendizagem Manutenção de funções cognitivas Melhora no fluxo cerebrovascular FERREIRA, 2017 Intervenção Análise de amostras Melhora na hipertensão Melhora no diabetes tipo II Inibidor de multiplicação de células cancerígenas do estômago e próstata Fonte: Dos autores (2020). QUADRO 5 – EFEITOS DO CONSUMO DO CORANTE DE URUCUM À SAÚDE Autores Tipo de estudo Método Utilizado Resultado MOREIRA et al., 2014 Intervenção Análise de amostras Preventivo contra cânceres Preventivo de problemas cardiovasculares Preventivo ao envelhecimento LIMA et al., 2009 Intervenção Análise de amostras Redução da concentração do colesterol no sangue Fonte: Dos autores (2020). QUADRO 6 – EFEITOS DO CONSUMO DE ANTOCIANINAS À SAÚDE Autores Tipo de estudo Método Utilizado Resultado CARDOSO et al., 2011 Intervenção Observacional Antioxidante Anti-inflamatório Inibição da oxidação do LDL Diminuição de doenças cardiovasculares Diminuição da incidência de câncer Fonte: Dos autores (2020). CONSIDERAÇÕES FINAIS Os efeitos dos aditivos alimentares na saúde humana, especificamente, tartrazina e nitrato e nitrito de sódio, mostraram-se deletérios e sua utilização em larga escala mostrou-se bastante danosa à saúde. Com os dados obtidos neste trabalho, podemos ressaltar que mesmo com a praticidade dos alimentos de rápido e fácil preparo e de baixo custo, devemos nos atentar para o que é utilizado nestes alimentos como matéria-prima, pois os aditivos utilizados em sua composição podem ter efeitos maléficos para a saúde do consumidor a médio e longo prazo, afetando desde o feto, durante a gravidez, até a vida adulta. Os rótulos dos alimentos, principalmente em produtos como doces, onde a tartrazina está presente e dos alimentos que são curados, trazem riscos por não alertar suficientemente sobre os riscos, o que pode levar a um alto consumo destes produtos ultrapassando, assim, a dose aceitável vigente na legislação. Com a exclusão destes aditivos da dieta, muitos dos efeitos deletérios desaparecerão, melhorando a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos. A proposta apresentada visa a utilização de corantes naturais que, além de trazerem cor ao alimento, oferecem inúmeros benefícios à saúde, melhorando, inclusive, o seu perfil nutricional. Alguns dos benefícios na utilização dos corantes naturais, são o poder antioxidante, melhora na Pressão Arterial, prevenção de doenças como cânceres diversos e ação positiva sobre o sistema imune. Embora este trabalho aponte para os benefícios na utilização dos corantes naturais, faz-se necessários mais estudos para ajudar a indústria a fazer escolhas melhores e que beneficiarão a saúde dos consumidores. Como nutricionistas, temos a missão e o dever de, sempre que possível, propor alternativas mais saudáveis para o consumo de alimentos pela população. REFERÊNCIAS ADAMI, F. S.; GIOVANAZ, L. S.; ALTENHOFEN, G.; BOSCO, S. M. D.; MARCADENTI, A.; OLIVEIRA, E. C. Análise microbiológica e de nitrito e nitrato em linguiça. Scientia Plena, [S. l.], p. 2-7, 19 mar. 2015. ANASTÁCIO, L.; DELMASCHIO, D.; ANTUNES, L.; CHEQUER, F. Corantes alimentícios: amaranto, eritrosina b e tartrazina, e seus possíveis efeitos maléficos à saúde humana. Journal of Applied Pharmaceutical Sciences, [S. l.], p. 16-30, 23 dez. 2015. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alimentos: autorizados aditivos e coadjuvantes. In: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. [S. l.], 13 dez. 2019. 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