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PALAVRA BRINCADA: INFÂNCIA, LITERATURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

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IFRS 
 
 
 
PALAVRA BRINCADA 
INFÂNCIA, LITERATURA E CONTAÇÃO DE 
HISTÓRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2021 
Curso dividido em: 
 
 
 Módulo 1: Relações entre a história e a literatura. 
 
 Módulo 2: Tópicos teóricos sobre a literatura infantil 
– conceito, função e aspectos composicionais. 
 
 Módulo 3: Clássicos infantis: contos de fadas da 
oralidade, da escrita e do cinema. 
 
 Módulo 4: Contação de histórias. 
 
 
Os conteúdos e atividades presentes neste arquivo, 
foram retirados do Instituto Federal do Rio Grande do 
Sul (IFRS) 
Segue o link para a plataforma do curso: 
https://moodle.ifrs.edu.br/course/index.php?categoryid=38 
 
 
 
 
 
2021 
https://moodle.ifrs.edu.br/course/index.php?categoryid=38
 
PALAVRA BRINCADA: INFÂNCIA, LITERATURA E 
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS 
 
MÓDULO 1 
INFÂNCIA: RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRIA E A 
LITERATURA 
 
 Para começar: vamos brincar? 
 
Children’s Games, 1560, Pieter Bruegel the Elder (Flemish 
Northern Renaissance Painter, ca.1525-1569), Kunsthistorisches 
Museum, Vienna, Austria. 
 
O quadro que você visualizou já possui quase 
meio século! Pieter Bruegel era um artista 
contemporâneo ao Renascimento Holandês, 
mas que apresentava características 
medievais. Sua pintura representa diversas 
crianças envolvidas em mais de oitenta 
brincadeiras. Entre elas, estão: 
• Brincar com bonecas; 
• Jogo da cerca; 
• Jogo da cabra-cega; 
• Brincar com bolhas de sabão; 
• Subir em árvores; 
• Jogo das cinco Marias; 
• Pular corda. 
 
Você identificou as brincadeiras acima 
citadas? Visualizou outras? Percebeu que 
muitas delas ainda existem na atualidade? 
 
 
Além das brincadeiras, é possível observar 
que o artista representou um vilarejo 
localizado na beira de um rio, na qual há 
uma igreja, casas, árvores e até um castelo. 
As crianças exibidas na obra demonstram 
bastante agitação, o que nos remete à 
impressão de movimento. Para também 
incitar o sentimento de euforia, o artista faz 
uso de cores vivas sobre um fundo 
amarelado. 
 
Mas você observou bem a representação do 
corpo das crianças? E suas roupas? E seu 
rosto? 
Repare nesse recorte do quadro: 
 
 
Children’s Games, 1560, Pieter Bruegel the Elder (Flemish 
Northern Renaissance Painter, ca.1525-1569), Kunsthistorisches 
Museum, Vienna, Austria [Recorte]. 
 
É bem provável que você tenha a impressão 
de a única diferença entre as crianças e os 
adultos, nesse quadro, seja a estatura. E é 
isso mesmo! Na Idade Média, cujo 
imaginário inspira Pieter Bruegel, as 
crianças eram considerados "adultos em 
miniatura". Por isso, Jogos Infantis é umas 
http://www.artcyclopedia.com/artists/bruegel_the_elder_pieter.html
http://www.artcyclopedia.com/artists/bruegel_the_elder_pieter.html
das únicas obras derivadas desse período 
que direcionou o seu foco às crianças. A 
escassez da representação de infantes em 
produções artísticas levou muitos 
estudiosos, como o historiador Phillipe 
Ariès, a defenderem que o sentimento de 
infância não existia antes da Idade 
Moderna. 
 
 A construção da infância: 
"As crianças são as mensagens vivas que 
enviamos a um tempo que não veremos. Do 
ponto de vista biológico é inconcebível que 
uma cultura esqueça a sua necessidade de se 
reproduzir. Mas uma cultura pode existir 
sem uma ideia social de infância. Passado o 
primeiro ano de vida, a infância é um 
artefato social, não uma categoria biológica. 
Nossos genes não contêm instruções claras 
sobre quem é e quem não é criança, e as leis 
de sobrevivência não exigem que se faça 
distinção entre o mundo do adulto e o da 
criança. [...] 
 
Vejamos um pequeno exemplo: [...] ainda em 
1890 as escolas secundárias americanas 
acolhiam somente sete por cento da 
população de jovens entre quatorze e 
dezessete anos. Juntamente com muitas 
crianças mais novas, os outros noventa e três 
por cento executavam trabalho adulto, 
alguns do nascer ao pôr do sol, em todas as 
nossas grandes cidades." 
(POSTMAN, Neil. O desaparecimento da 
infância. Tradução: Susana Menescal de 
Alencar Carvalho e José Laurenio de Melo. 
Rio de Janeiro: Graphia, 1999, p.10-11). 
 
 A criança no fio da história: 
 
 Apesar de parecer simples, a tarefa de 
definir o que, de fato, é infância pode ser 
uma questão profundamente complexa. 
Para começarmos nosso diálogo, leia o texto 
que preparamos para você. 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/273
5449/mod_page/content/38/Inf%C3%A2ncia
%20e%20hist%C3%B3ria%20m%C3%B3dul
o%201.pdf 
 
 Existe infância na sociedade 
contemporânea? 
 
Origem da palavra "infância": 
latim infantia, referente ao indivíduo que 
não é capaz de falar. 
 
Nós presenciamos, na atualidade, uma 
constante busca pelo direito de fala, 
especialmente por grupos minoritários, 
como mulheres, indígenas, negros. Assim, 
compreendemos o alcance simbólico do ato 
de falar, que remete à possibilidade de 
expressão, de participação social e de 
responsabilização pelos atos. 
O historiador Neil Postman (1999) explica 
que, na Idade Média, a infância terminava 
aos sete anos, isso porque, nessa idade, os 
infantes já podiam dizer e compreender o 
que os adultos, por sua vez, diziam e 
compreendiam. Isso foi transformado com a 
expansão da cultura escrita, que passou a 
registrar os segredos da vida adulta. 
Dessa forma, criou-se a necessidade de 
proteção da infância, que, hoje, toma forma 
em diferentes marcos legais. Neles, 
predominam critérios etários para a 
definição da infância: 
Segundo a Convenção sobre os Direitos da 
Criança, adotada pela Assembleia Geral nas 
Nações Unidas, a criança é definida como 
todo o ser humano com menos de 18 anos, 
exceto se a lei nacional confere a maioridade 
mais cedo. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) considera criança a pessoa até 12 
anos incompletos. 
A Portaria 1.130, de 05 de agosto de 2015, 
que institui a Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Criança 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735449/mod_page/content/38/Inf%C3%A2ncia%20e%20hist%C3%B3ria%20m%C3%B3dulo%201.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735449/mod_page/content/38/Inf%C3%A2ncia%20e%20hist%C3%B3ria%20m%C3%B3dulo%201.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735449/mod_page/content/38/Inf%C3%A2ncia%20e%20hist%C3%B3ria%20m%C3%B3dulo%201.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735449/mod_page/content/38/Inf%C3%A2ncia%20e%20hist%C3%B3ria%20m%C3%B3dulo%201.pdf
(PNAISC) considera criança o indivíduo 
de 0 a 9 anos, destacando-se a Primeira 
infância, de 0 a 5 anos. 
 A criança na vitrine: haverá infância 
no futuro? 
Ainda que a proteção à infância esteja 
assegurada em leis e normativas, a 
integridade física, intelectual e moral das 
crianças continua suscetível a riscos, como a 
exploração do trabalho infantil, a 
vulnerabilidade social, e o apelo midiático 
pelo consumo. 
Para Neil Postman (1999), estamos 
assistindo ao desaparecimento da infância 
devido ao surgimento do sistema de mídia, 
que fornece informações acerca dos 
"segredos do mundo adulto", desfazendo a 
separação estabelecida entre este e o mundo 
infantil. Essa perspectiva é complementada 
por Shirley Steinberg e Joe Kincheloe 
(2004), que alertam que a chamada “cultura 
infantil” é construída por corporações que, 
por seus produtos, são capazes de penetrar, 
constantemente, na vida privada das 
crianças, desestabilizando-lhes a 
identidade. Na visão dos pesquisadores, as 
noções mais tradicionais da infância como 
um tempo de inocência e de dependência do 
adulto foram minadas pelo acesso das 
crianças à cultura popular durante o século 
XX. 
Está, portanto, decretado o fim da 
infância? Talvez não. 
Autores como Dora Marín-Díaz (2010) 
apresentam um contraponto às ideias 
apocalípticas em relação à infância. A 
pesquisadora reafirma que o uso dos meios 
de comunicação e de informaçãomodernos 
não só mantém as fronteiras entre os 
mundos adulto e infantil, como ainda 
acabam por produzir e ampliar as fronteiras 
entre as gerações. Desse modo, as crianças, 
em vez de serem dominados pelas mídias, 
utilizam-nas em seu próprio benefício, 
tornando-as instrumentos de força e de 
diferenciação do adulto pela naturalidade 
com que o fazem. 
Deve-se dizer que ideias como esta são 
menos recorrentes, mas ajudam a sustentar 
o debate acerca da infância que é produzida 
e reproduzida nos produtos e manifestações 
culturais de nossa sociedade. A conclusão a 
que se chega diante da narrativa da história 
da infância – vale lembrar, não é única, há 
múltiplas infâncias e portanto, múltiplas 
histórias – é que há muito para se refletir e 
construir para que a infância alcance um 
tempo realmente feliz, no sentido de que 
todas as crianças possam vivenciá-la. Como 
é uma construção social que se modifica ao 
longo do tempo, não tem um fim, está em 
constante transformação. Porém, o que se 
deseja é que ao menos alcance um estágio em 
que se consiga ter a certeza de que a 
concepção de infância finalmente resultasse 
em benefícios inquestionáveis a todas as 
crianças. 
Para quem quer mais! Uma dica de leitura 
para aprofundar os conhecimentos sobre as 
relações entre infância e a produção da 
literatura é a dissertaçã de Cláudia Gisele 
Masiero, em que o texto desse módulo se 
inspira. Ela é intitulada “Era uma vez…” – 
um estudo sobre concepções de infância em 
narrativas” e está disponível para consulta 
gratuita por meio do 
link https://biblioteca.feevale.br/Dissertacao
/DissertacaoClaudiaMasiero.pdf . 
 
 O encontro entre a história da 
infância e a história da literatura: 
"Entre os gêneros literários existentes, um 
dos mais recentes é o constituído pela 
literatura infantil, que apareceu durante o 
século XVIII, época em que as mudanças na 
estrutura da sociedade provocaram efeitos 
no âmbito artístico [...]. Nesse contexto, 
aparece a literatura infantil; seu 
nascimento, porém, tem características 
próprias, pois decorre da ascensão da família 
burguesa, do novo status concedido à 
https://biblioteca.feevale.br/Dissertacao/DissertacaoClaudiaMasiero.pdf
https://biblioteca.feevale.br/Dissertacao/DissertacaoClaudiaMasiero.pdf
infância na sociedade e da reorganização da 
escola" (ZILBERMAN, 2003, p. 33). 
 
 Era uma vez... 
 
Basta ler ou ouvir essa expressão que nos 
transportamos para o universo dos contos de 
fada e da literatura voltada a crianças, não 
é? Em sua origem, porém, esses elementos 
não eram tão interligados assim. Os contos 
de fada, em sua gênese, não eram textos 
para crianças, nem eram textos da 
burguesia, nem eram repletos de finais 
felizes e... nem começavam com "era uma 
vez...". 
Se, como já vimos, a infância é um conceito 
que decorre da ascensão da burguesia e de 
formação da família numa concepção 
moderna, também os textos voltados a 
crianças fazem parte desse processo 
histórico. 
A literatura infantil é uma criação dos 
adultos, que recorreram à adaptação de 
textos em diferentes níveis para 
alcançar efeitos moralizantes. Em outras 
palavras, a burguesia valeu-se da tradição 
folclórica dos contos populares, adaptando-
os para que estimulassem as crianças "do 
ponto de vista comportamental" e as 
conduzisse "à aceitação de valores que 
colaborem em sua integração ao meio social" 
(ZILBERMAN, 2003). 
 
 Para entender melhor, um pequeno 
exercício de análise: 
Pense em histórias como Chapeuzinho 
Vermelho, Branca de Neve, Cinderela e A 
Bela Adormecida. Todas essas histórias 
apresentam um problema ou uma situação 
de conflito que envolve a personagem citada 
no título: o ataque do lobo, o envenenamento 
pela maçã, o anonimato social, o 
adormecimento após o feitiço. 
Mas como se dá a resolução desse nó? 
Em nenhuma das histórias, a personagem 
citada no título encontra a solução, ela 
precisa sempre de uma intervenção externa, 
seja ela um artifício mágico ou a ação de um 
ser mais forte (leia-se: um homem da 
burguesia). Na origem folclórica, essas 
personagens eram associadas, por sua 
fragilidade física, econômica ou social, à 
classe camponesa, que utilizava os contos 
populares para refletir sobre as 
adversidades de sua vida, conformada a uma 
hierarquia social intransponível. Havia um 
tom de rebeldia nas histórias, repletas de 
violência e de infortúnios, e sem heróis 
montados em cavalos brancos. 
Mas rebeldia não combinava com o projeto 
burguês de educar as crianças para se 
acomodarem à nova ordem social. Assim, na 
adaptação romântica dos contos de fada, as 
personagens frágeis foram mantidas para 
provocar a identificação de um novo público: 
as crianças. Sinalizando sua dependência ao 
mundo adulto e masculino, elas foram, 
então, submetidas a príncipes salvadores e a 
seres mágicos, que passaram a garantir os 
finais idealizados. Por esses motivos, o 
nascimento da literatura infantil está mais 
ligado ao campo da Pedagogia que da 
Literatura. 
Na sua opinião, pode-se dizer o mesmo a 
respeito da literatura infantil hoje? 
Mais questionamentos e algumas respostas 
estão no próximo módulo desse curso! 
 
 História da literatura infantil no 
Brasil: 
Talvez você esteja se perguntando se a 
literatura infantil é criação exclusiva de 
países europeus. Não, não é! Um exemplo é 
o rico folclore do Brasil, que mescla cantigas, 
lendas, mitos e parlendas de inúmeras 
etnias. Mesmo em se tratando dos textos 
escritos, a literatura infantil possui um 
percurso próprio em terras tupiniquins Veja: 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - 1 
 
Questão 1. A Literatura infantil surgiu com 
a intencionalidade de traduzir os anseios e 
desejos das crianças do século XVIII. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 2. No Brasil, atualmente, todas as 
crianças têm o direito e vivem plenamente a 
infância, sem abusos e explorações, como o 
trabalho infantil. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 3. Apesar da qualidade estética dos 
livros atuais, pode-se afirmar que, até hoje, 
a literatura infantil produzida no Brasil 
limita-se a reproduzir os padrões europeus. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 4. Durante a Idade Média, era 
permitido que o infante participasse do 
mundo adulto, frequentando locais como 
prostíbulos e bares. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 5. No Brasil, um marco para a 
produção literária infantil são os livros de 
Monteiro Lobato, que começam a incorporar 
elementos do folclore brasileiro. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 6. Apesar de muitos avanços em 
relação à infância na contemporaneidade, 
ainda não existem leis ou órgãos 
governamentais que assegurem o bem-estar 
da criança. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 7. Segundo alguns estudiosos, no 
futuro, a infância não existirá devido ao 
apelo midiático e o livre acesso a 
informações do mundo adulto. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 8. Nos dias atuais, considera-se que 
a infância termina aos 7 anos completos, 
pois, nessa idade, o indivíduo já possui o 
domínio de sua língua nativa e não possui 
dificuldade em se comunicar. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 9. Um dos fatores que influenciou o 
desenvolvimento da infância foi o 
fortalecimento do núcleo familiar e da noção 
de privacidade. 
Verdadeiro Falso 
 
Questão 10. Inicialmente, o intuito da 
Literatura Infantil era o de moralizar e 
transmitir os valores da sociedade burguesa 
Verdadeiro Falso 
 
 
 
MÓDULO 2 
TÓPICOS TEÓRICOS SOBRE A LITERATURA 
INFANTIL: CONCEITO, FUNÇÃO E ASPECTOS 
COMPOSICIONAIS 
 
 Literatura infantil: do que estamos 
falando? 
 
O QUE É, O QUE É? 
Sou um nobre muito rico 
Feito por sábio engenho 
Dou-vos tudo quanto tenho 
Com quanto tenho me fico 
QUEM SOU? 
 
Vamos tratar da pergunta que não quer 
calare que vem ocupando a mente e o 
coração de pesquisadores ao longo das 
décadas: o que, afinal, é a literatura infantil? 
Para tentar simplificar a questão que não 
possui nenhuma resposta simples, vamos 
começar definindo o que a literatura infantil 
não é. 
 Não é um gênero: A literatura infantil 
NÃO é definida por um gênero específico, 
como poema ou texto dramático, por 
exemplo. A falta de experiência leitora da 
criança e, portanto, um horizonte de 
expectativas muito amplo, permite que ela 
esteja aberta a inúmeros gêneros, alguns 
específicos da literatura infantil (como 
contos de fada e histórias de animais), outros 
não (como poemas, contos etc.). Além disso, 
é comum que textos lúdicos e fantasiosos do 
folclore sejam incluídos no rol dessa 
literatura, como quadrinhas, adivinhas, 
lendas, mitos, cantigas, entre outros. 
 
 Não é um tema: A literatura infantil 
NÃO é definida por uma temática, como o 
romance policial ou as narrativas de 
viagens, por exemplo. Os textos para 
crianças podem abordar tantos temas 
fantasiosos, repletos de seres mágicos, 
quanto aspectos do cotidiano, como a 
descrição de paisagens em poemas e a 
abordagem de temas sociais em narrativas. 
 
 Não possui uma finalidade única: A 
literatura infantil NÃO é definida por uma 
finalidade específica, como os romances de 
tese ou textos paradidáticos. A literatura 
infantil, na concepção contemporânea, não é 
produzida para educar uma criança, nem 
para alfabetizar nem para desenvolver a 
consciência política. Esses podem ser efeitos 
indiretos da formação leitora, mas não são o 
propósito em si da produção de textos para 
crianças. 
 
Assim, o único elemento que confere unidade 
ao conjunto de textos que compõem a 
literatura infantil é o PÚBLICO a que se 
destinam as obras. Por isso é tão importante 
entender que o conceito de infância não é 
estável: se ele se modifica, também a 
literatura infantil se transforma. Além 
disso, a literatura ainda tem de lidar com 
mudanças internas, relacionadas com a 
transitoriedade de seu próprio leitor, como 
explica Regina Zilberman (2003, p. 66): 
 
Abrangendo tudo que é produzido para 
pessoas de até mais ou menos doze anos, a 
literatura infantil deve ir se modificando à 
medida que evolui a criança até perdê-la por 
completo, fenômeno paralelamente vivido 
pelo próprio leitor, que vai aos poucos se 
afastando do produto a ele oferecido. Essa 
índole passageira do gênero determina sua 
temporalidade, o que se relaciona, de um 
lado, com a condição de seu receptor e, de 
outro, com a própria natureza histórica da 
faixa etária a que se destina. 
 
 
É importante sempre recordar que a 
literatura infantil é fruto da visão que o 
adulto lança sobre a infância. Uma obra 
infantil deriva de um trabalho de adaptação 
na forma, no conteúdo e na linguagem, com 
a intenção de amenizar a assimetria entre o 
mundo do adulto criador e da criança 
receptora. Zilberman (2003, p. 68) chega a 
afirmar que a literatura infantil é uma 
traição: 
 
 [...] provindo de uma tomada de decisão da 
qual a criança não participa, mas cujos 
efeitos percebe, a literatura infantil pode ser 
considerada uma espécie de traição, uma vez 
que lida com as emoções e o prazer dos 
leitores, para dirigi-los a uma realidade que, 
por melhor e mais adequada que seja, eles 
em princípio não escolheram. Nessa medida, 
a literatura infantil somente poderá 
alcançar sua verdadeira dimensão artística 
e estética pela superação dos fatores que 
intervieram em sua geração. 
 
 
A acusação de traição é enfática, e há provas 
contundentes na história da literatura 
infantil! É possível, entretanto, argumentar 
a favor da ré. Antes de sair condenando de 
modo geral a literatura infantil, é preciso 
entender que não se deseja que ela tenha 
caráter educativo ou didático, o que é 
diferente de manifestar uma natureza 
formadora. Isso quer dizer que a literatura 
exerce um papel importante, em um sentido 
antropológico e intelectual, para o 
desenvolvimento infantil, justamente 
porque não possui o intuito de ensinar ou 
moralizar. 
 
 Função do texto literário para 
crianças: 
 
Em resumo, os textos literários atuam no 
alargamento da compreensão do real pela 
criança. Isso acontece, em primeiro lugar, 
porque “qualquer narrativa, por simples que 
seja, compõe um modelo do real e manifesta 
certo modo de interpretação de algo” 
(CADEMARTORI, 2012, p. 46). Em outras 
palavras, a experiência fictícia apresenta 
uma realidade organizada e acessível à 
criança, auxiliando-a a perceber os fatos de 
sua realidade e a sistematizá-los em relações 
de causa e consequência. Em segundo lugar, 
porque os textos literários estimulam o 
desenvolvimento da linguagem, que atua 
como “[...] mediador entre a criança e o 
mundo, de modo que, propiciando, pela 
leitura, um alargamento do domínio 
linguístico, a literatura preencherá uma 
função de conhecimento” (ZILBERMAN, 
2003, p. 45 – 46). Assim, antes mesmo da 
alfabetização, a criança exposta à literatura 
terá iniciado seu processo de letramento. 
 
 
 
 Poesia e rima com infância? 
 
 
O QUE É, O QUE É? 
Sou um nobre muito rico 
Feito por sábio engenho 
Dou-vos tudo quanto tenho 
Com quanto tenho me fico 
QUEM SOU? 
 
A resposta da adivinha é a mesma da 
adivinha que segue: 
Tenho capa sem ser herói 
Tenho folhas sem árvore ser 
Nem todos podem me compreender 
QUEM SOU? 
Para falar de todas as características dos 
textos infantis, teríamos de fazer 
primeiramente um traçado dos gêneros, o 
que, por si só, já demandaria um módulo 
inteirinho. Então, nós vamos optar por 
deixar uma sugestão de leitura acerca dos 
gêneros no quadro “Para quem quer mais”, 
que você pode buscar conforme seu 
interesse. 
Para quem quer mais: o livro Literatura e 
Alfabetização: do plano do choro ao plano da 
ação (Porto Alegre: Artmed, 2001), 
organizado por Juracy Assmann Saraiva, 
reúne textos de vários pesquisadores sobre 
narrativas e poesias infantis. Além disso, 
apresenta 16 roteiros para exploração de 
textos literários nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental. Veja um exemplo do 
conteúdo: 
 
 Era uma vez, a história vai começar... 
 
Toda criança adora uma boa história, não é? 
Mas o que pode ser considerada uma boa 
história? 
Não há como definir com exatidão, mas 
podemos elencar algumas características 
importantes nas narrativas literárias. 
Explore esse livro para descobrir de que 
características estamos falando! Para cada 
característica, apresentamos um exemplo de 
obra literária e, na sequência, registramos 
um pequeno comentário sobre ela. 
 
 Linguagem adequada ao pública: 
 
Gosto muito de 
inventar coisas. Por 
isso não sou muito boa 
contadeira de 
história. Fico 
misturando as coisas 
que aconteceram com 
as inventadas. E 
quando começo a 
conversar vou 
lembrando de outros assuntos, e misturando 
mais ainda. Fica uma história grande e 
principal cheia de historinhas pequenas 
penduradas nela. (MACHADO, 1982, p. 5). 
 
 Explicando... 
 A simplicidade da linguagem aproxima o 
leitor criança da história e, muitas vezes, 
imprime um tom de diálogo ao texto. Isso, 
porém, não significa subestimar a 
capacidade infantil, confundindo 
simplicidade com uma escrita descuidada, 
excessivamente explicativa ou infantilizada. 
A obra História meio ao contrário subverte a 
tradição dos contos de fada ao iniciar pelo “E 
viveram felizes para sempre”. Nela, a 
linguagem é acessível à criança e, ao mesmo 
tempo, ajuda a construir sua competência 
leitora, lançando mão de ironia, vocábulos 
cultos (inseridos em um contexto cômico) e 
recursos narrativos diversos. 
 Tratamento de temas universais: 
 
Porque todas as noites, 
enquanto ESTRELA 
sonhava, LINO via pela 
janela LUA iluminada. 
Às vezes, ela até 
parecia sorrir no céu. 
(NEVES, 2011, s.p.) 
 
Explicando: 
Por mais doce que seja, a infância também 
lida com perdas materiais, afetivas e 
simbólicas. Em Lino, o luto da partida de um 
amigo próximo transforma-se em uma 
metáfora delicada, que envolve o nome das 
personagens e os elementos da natureza. 
Assim como ocorre no livro de André Neves, 
a boa literatura infantil lança um olhar 
sensível a temas universais do ser humano, 
como morte, amor, solidão etc. A fantasia, os 
jogos sonoros, as metáforas tornam os 
assuntos compreensíveis à mente da criança 
e respeitam a delicadeza do mundo afetivo 
infantil. 
 
 Humor / ludicidade: 
“Eu sou um Bolinho, 
Redondo e fofinho, 
De creme recheado, 
Na manteiga assada. 
Deixaram-me esfriando, 
Mas eu fugi rolando! 
O vô não me pegou, 
A vó não me pegou, 
Nem você, dona Lebre, 
Vai me pegar!” 
(BELINKY, 2017) 
 Explicando... 
Brincadeira, risada, alegria têm tudo a ver 
com criança. Em consideração ao mundo 
lúdico da infância, muitas obras literárias 
apostam no humor para conquistar os 
pequenos leitores. Muitas vezes, esses textos 
ironizam o adulto, mobilizam o nonsense e 
envolvem a criança em um jogo linguístico. 
Em “O caso do bolinho”, o enredo gira em 
torno de um bolinho, que foge enquanto 
esfriava na janela. A situação inusitada é 
cômica e se intensifica no decorrer da 
história, quando o bolinho se encontra com 
animais que querem comê-lo. Ele, então, 
engana os bichos ao cantar uma canção, que 
pode ser musicada pelo leitor infantil ou pelo 
contador de histórias. 
 
 Narrador identificado com a criança: 
 
Por isso, se você é uma 
princesa, vê lá, hein? 
Não vá beijar nenhum 
sapo por aí... 
Porque os reizinhos 
mandões 
Podem aparecer em 
qualquer lugar 
(ROCHA, 1982, p. 38) 
 
 Explicando... 
Nada de voz autoritária ou moralista: quem 
manda em história infantil é a voz da 
criança! Em O reizinho mandão, por 
exemplo, há um narrador infantojuvenil que 
conta a história de um rei menino que 
silenciou todo um reino com seu 
autoritarismo. A narração é fluida, recheada 
de oralidade e de diálogos com a criança 
leitora. 
 Na literatura infantil, o narrador precisa 
preservar os espaços de participação da 
criança. Assim, nada de ficar explicando 
tudo para o leitor ou dando lição de moral: 
essas características narrativas já ficaram 
para trás na tradição literária. 
 
 Narrativas de repetição ou 
acumulativas: 
 
Fonte: DRUCE, Arden. Bruxa, Bruxa, venha à minha 
festa. 2 ed. São Paulo: Brinque-Book, 2007, p. 4-5. 
 
 Explicando... 
 A repetição é uma fórmula clássica da 
infância. Narrativas acumulativas 
costumam envolver os leitores menores, 
porque facilitam a compreensão da história, 
propondo um jogo de memorização. 
Em Bruxa, Bruxa, venha à minha festa, 
uma voz convida diferentes seres mitológicos 
e animais para participarem de uma festa. 
Cada personagem condiciona sua aceitação 
ao convite de outra personagem. Assim, a 
história torna-se interativa, pois a criança já 
antecipa as falas da próxima página. 
 
 Linguagem visual: 
 
 Explicando... 
A escritora Bia Vilella diz que “o livro é um 
brinquedo de ideias”. E as ideias se formam 
no conjunto entre palavras e imagens. 
Assim, as ilustrações em um livro infantil 
devem estimular a criatividade do leitor e 
contribuir para a construção de sentido 
textual. Imagens que reforçam estereótipos, 
que são meramente ilustrativas ou que 
correspondem unicamente ao padrão do 
adulto não combinam com boa literatura. 
Observe, por exemplo, as páginas do livro O 
grilo, reproduzidas na página anterior desse 
livro. Em um projeto gráfico minimalista e 
descontraído, as linhas recebem diferentes 
combinações para formar as personagens e 
reproduzir seu movimento. A linha 
pontilhada, por exemplo, no canto inferior 
da página, simula o movimento do grilo, bem 
como a fonte das letras, que parecem pular 
junto com o animalzinho. O conteúdo do 
texto, escrito em linguagem simples e 
objetiva, enriquece a estética, demonstrando 
que todos os bichos possuem diferentes 
formas de se locomover, mas que todos se 
divertem à sua maneira. 
 
 Culturas variadas: 
 
Fonte: MUNDURUKU, Daniel. As serpentes que roubaram a noite 
e outros mitos. São Paulo: Peirópolis, 2001. 
 
 Explicando... 
A ampliação do universo cultural das 
crianças passa pelo contato com as 
narrativas de diferentes povos. No Brasil, 
mais do que simples disposição do professor, 
o acesso à cultura indígena e africana está 
previsto nas leis 10.639 – art. 26a – e 11.845. 
 Para conhecer essas culturas, é 
importante procurar por escritores que 
pertençam às etnias, como o brasileiro 
Daniel Munduruku, que traduz o imaginário 
indígena em seus livros de contos e lendas. 
Em As serpentes que roubaram a noite, as 
ilustrações foram feitas por crianças 
indígenas, representando a estética 
munduruku. 
Também é possível ter acesso a narrativas 
africanas por meio de escritores como o 
renomado moçambicano Mia Couto. Muitas 
lendas e contos não foram escritos 
especialmente para crianças, mas são 
adequados ao universo infantil. A propósito, 
vale a pena conhecer a coleção “Contos de 
Moçambique”, da editora Kapulana. 
Importante: há uma infinidade de 
adaptações do folclore indígena e africano 
que não respeitam a simbologia dessas 
narrativas para os povos de origem. Da 
mesma forma, é preciso ter cuidado com 
ilustrações estereotipadas acerca do 
universo indígena e/ou africano. 
 
 
 Essa história entrou pela perna do pato e saiu 
pela perna do pinto. Quem gostou, conte até cinco. 
Como você percebeu, definir uma boa 
história não é uma ciência exata. 
Entretanto, se você encontrar a maioria das 
seguintes características em um livro 
literário, é bem provável que ele possua 
qualidade artística: 
- Linguagem adequada ao público; 
- Tratamento de temas universais; 
- Presença de humor/ ludicidade; 
- Presença de um narrador identificado com 
a criança; 
- Configuração de narrativas de repetição ou 
acumulativas, especialmente para crianças 
menores; 
- Linguagem visual que acrescente 
significados ao texto verbal; 
- Exploração de culturas variadas. 
 Ressaltamos que cada obra possui suas 
particularidades, as quais devem ser 
analisadas, assim como se analisam as 
características das crianças para as quais a 
história se destina. Em síntese, boas 
histórias encantam os leitores, 
independente de sua idade. Assim, se uma 
obra cativar você, aposte nela! 
 
 Critérios de seleção para leitura em 
ambiente escolar: 
Ok, mas como escolher a obra adequada 
para minha turma? Como apresentá-la aos 
alunos? 
 
Se essas dúvidas surgiram em sua mente, 
você faz parte da grande maioria 
dos professores que resolvem inserir a 
literatura infantil no seu cotidiano. Embora 
não possamos oferecer uma resposta 
definitiva e prática para suas perguntas, 
podemos apontar alguns caminhos. 
 
Para a primeira questão, segue um 
infográfico inspirado no texto de Mara 
Jardim. 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO – 2 
 
Questão 1. Leia o trecho a seguir. 
De borco 
no barco. 
(De bruços 
no berço…) 
O braço é o barco 
O barco é o berço. 
(Cecília Meireles) 
 
A respeito, são feitas as seguintes 
afirmações. 
 
I - A poesia descritiva sugere sentimentos a 
partir das imagens descritas e dos jogos 
sonoros. 
II - A poesia descritiva não é adequada para 
crianças abaixo de 6 anos. 
 
Escolha uma opção: 
a. I e II estão corretas. 
b. Apenas a II está correta. 
c. Nenhuma das alternativas está 
correta. 
d. Apenas a I está correta. 
 
 
Questão 2. Leia o trecho que segue. 
Gosto muito de inventar coisas. Por isso não 
sou muito boa contadeira de história. Fico 
misturando as coisas que aconteceram com 
as inventadas. E quando começo a conversar 
vou lembrando de outros assuntos, e 
misturando mais ainda. Fica uma históriagrande e principal cheia de historinhas 
pequenas penduradas nela. 
(História meio ao contrário, de Ana Maria 
Machado) 
A respeito da linguagem nas obras literárias 
infantis, são feitas as seguintes afirmações: 
I - A linguagem deve sempre respeitar a 
norma padrão da língua escrita, pois a 
finalidade do texto é somente a de preparar 
a criança para a alfabetização. 
II- A linguagem simples e oralizada 
aproxima o leitor infantil da obra, sem 
subestimar sua capacidade interpretativa. 
 
Escolha uma opção: 
a. Apenas II está correta. 
b. I e II estão corretas 
c. Nenhuma das afirmações está correta. 
d. Apenas I está correta. 
 
Questão 3. Leia o trecho que segue. 
 
Por isso, se você é uma princesa, vê lá, hein? 
Não vá beijar nenhum sapo por aí... 
Porque os reizinhos mandões 
Podem aparecer em qualquer lugar 
(O reizinho mandão, de Ruth Rocha) 
 
A respeito do narrador em livros infantis, 
fazem-se as seguintes afirmações: 
I - O narrador deve sempre guiar a criança 
na aprendizagem de valores morais e na 
compreensão do sentido textual. 
II - O narrador deve aproximar-se da 
criança, estabelecendo diálogos com ela e 
evitando impor a ótica moralizante do 
adulto. 
 
Escolha uma opção: 
a. Apenas a II está correta. 
b. I e II estão corretas. 
c. Nenhuma das afirmações está correta. 
d. Apenas a I está correta. 
 
Questão 4. Leia o trecho que segue. 
Era uma vez 
Uma casa sonolenta 
Onde todos viviam dormindo 
 
Nessa casa 
Tinha uma cama 
Uma cama aconchegante, 
Numa casa sonolenta, 
Onde todos viviam dormindo. 
 
Nessa cama tinha uma avó [...] 
 (A casa sonolenta, de Andrey Wood) 
 
A respeito desse trecho, fazem-se as 
seguintes afirmações: 
I - As narrativas de repetição ou 
acumulativas estimulam a participação da 
criança e facilitam sua compreensão. 
II - A repetição é um elemento importante 
para crianças maiores de 6 anos, pois, antes 
dessa idade, a redundância provoca a 
dispersão dos leitores/ouvintes. 
 
Escolha uma opção: 
a. Apenas a II está correta. 
b. Nenhuma das afirmações está correta. 
c. I e II estão corretas. 
d. Apenas a I está correta. 
Questão 5. Assinale a alternativa 
CORRETA sobre a poesia infantil. 
Escolha uma opção: 
a. A poesia infantil não parte de 
elementos da realidade para um universo 
imaginário, mas, sim, instaura a ludicidade 
somente através do ritmo. 
b. Os poemas infantis são apenas 
descritivos, pois os poemas narrativos não 
cabem na classificação de poesia. 
c. O ritmo e a temática da poesia infantil 
não possuem importância para a sua 
composição. 
d. A poesia infantil possui laços estreitos 
com a oralidade e o folclore. 
 
Questão 6. Assinale a alternativa que NÃO 
apresenta uma característica importante em 
textos literários para crianças. 
 
Escolha uma opção: 
a. O ritmo, em poemas. 
b. Um narrador identificado com a 
criança, em narrativas. 
c. O glossário de palavras, em romances 
infantis. 
d. A repetição, em narrativas 
acumulativas. 
 
Questão 7. A respeito da poesia dirigida ao 
público infantil, é CORRETO afirmar que: 
 
Escolha uma opção: 
a. poemas descritivos não são adequados 
para crianças, pois são um gênero exclusivo 
da literatura para adultos. 
b. poemas descritivos só são adequados à 
criança quando descrevem elementos do 
cotidiano de forma objetiva, sem elementos 
fantasiosos. 
c. nos poemas infantis, o ritmo é 
essencial, pois reforça a natureza lúdica do 
texto e colabora na construção de sentidos 
textuais. 
d. poemas narrativos não são adequados 
para crianças, pois são um gênero exclusivo 
da literatura para adultos. 
 
Questão 8. Leia a frase: 
A literatura infantil pode ser caracterizada 
como uma espécie de _____________, pois 
_____________ determina a produção do 
texto direcionado ______________, que sofre 
os efeitos das escolhas temáticas e artísticas, 
sem ter podido decidir sobre elas. 
Assinale a alternativa que preenche 
corretamente as lacunas. 
 
Escolha uma opção: 
a. traição/ o adulto/ à criança 
b. ensinamento/ jovens e adultos/ à 
criança 
c. leque/ o adulto/ a um público amplo 
d. tradução/ a criança/ à própria criança 
 
Questão 9. A literatura infantil pode ser 
definida: 
 
Escolha uma opção: 
a. pela finalidade exclusiva de instruir 
seu leitor. 
 
 
b. pela existência de um único gênero 
textual. 
c. pelo público específico a que se 
destina. 
d. pela temática sempre centrada em 
histórias fantásticas e com animais. 
 
Questão 10. É correto afirmar que, na 
compreensão contemporânea, a literatura 
infantil possui uma função: 
Escolha uma opção: 
a. formadora 
b. educativa 
c. moralizante 
d. pedagógica 
 
 
 
MÓDULO 3 
ERA UMA VEZ... OS CONTOS DE FADAS E SUA 
LOGA TRAJETÓRIA 
 
 Um espaço especial reservado aos 
contos de fadas: 
Segundo Karin Volobuef (1993), o conto de 
fadas (que em muitas coletâneas são 
chamados de “Histórias clássicas infantis”), 
pertence ao gênero maravilhoso, sendo que o 
herói e sua tarefa constituem o centro e a 
base de sua narrativa. Pode-se citar quatro 
características básicas deste gênero: a 
tendência à nitidez; a propensão à 
universalidade; a representação estilizada 
da realidade e a adequação à transmissão 
oral. 
O elemento fantástico presente enquanto 
maravilhoso nessas narrativas cumpre a 
função de garantir que se trata de outra 
dimensão, de outro mundo, com 
possibilidades e lógicas diferentes. Assim 
fazendo, os argumentos da razão e da 
coerência já são barrados na porta, e a festa 
pode começar sem suas incômodas 
presenças, bastando pronunciar as palavras 
mágicas Era uma vez... Como uma senha de 
entrada. 
Nelly Novaes Coelho afirma que “os contos 
de fadas fazem parte desses livros eternos 
que os séculos não conseguem destruir e que, 
a cada geração, são redescobertos e voltam a 
encantar leitores ou ouvintes de todas as 
idades” (2012, p.27). A autora pergunta 
quando e onde teriam nascido essas 
narrativas maravilhosas, que hoje 
conhecemos como Literatura Infantil 
Clássica? 
Diversas fontes, levadas para diversas 
regiões, por peregrinos, viajantes, invasores, 
foram-se misturando umas às outras e 
criando diferentes formas narrativas 
“nacionais”, que hoje constituem a 
Literatura Infantil Clássica e o folclore e 
cada nação. 
Para Canton (2009) estão presentes na 
cultura de diversos povos: surgiram nos 
primórdios da tradição oral, passaram por 
manuscritos medievais – a maioria deles, 
anônimos – e chegaram a partir da invenção 
da prensa até a Literatura. 
Durante séculos faziam parte dos momentos 
coletivos, em que um bom contador de 
histórias emocionava a sua plateia. Não 
eram tidos como infantis. Estavam ligados à 
oralidade. 
À medida que as antigas histórias se 
espalhavam, ultrapassando fronteiras 
sociais, e ao logo dos séculos, desenvolveram 
um enorme poder de resistência. Mudaram 
sem perder o seu sabor. Mesmo depois de 
absorvidas pelas principais correntes da 
cultura moderna são testemunhos de uma 
antiga visão de mundo. 
Os contos populares são documentos 
históricos. Surgiram ao longo de muitos 
séculos e sofreram diferentes 
transformações em diferentes tradições 
culturais. Longe de expressarem as 
imutáveis operações do ser interno do 
homem, sugerem que as próprias 
mentalidades mudaram. 
Quer tenhamos ou não consciência disso, os 
contos de fadas modelam códigos de 
comportamento e trajetórias de 
desenvolvimento, ao mesmo tempo em que 
nos forneceram termos com que pensar 
sobre o que acontece em nosso mundo. 
Os contos de fadas, outrora narrados por 
camponeses ao pé da lareira para afugentar 
o tédio dos afazeres domésticos, foram 
transplantados com grande sucesso para o 
quarto das crianças, onde florescem na 
forma de entretenimento e edificação. 
A importância dos contos tradicionais para a 
construção e o desenvolvimento da 
subjetividade humanajá foi estudada e 
demonstrada, especialmente por Bruno 
Bettelheim em seu livro A Psicanálise dos 
Contos de Fadas. Essa obra foi uma 
experiência pioneira em interpretar 
exaustivamente os contos de fadas a partir 
da teoria psicanalítica, ressaltando que seu 
uso pelas crianças contemporâneas visa a 
ajuda-las na elaboração de seus conflitos 
íntimos. 
Disseminados por diversas mídias – da 
ópera e do drama ao cinema e à publicidade 
-, os contos de fadas tornaram-se uma parte 
vital de nosso capital cultural. O que os 
mantém a vida vibrando: angústias, medos, 
desejos, romance, paixão e amor. 
 
o A origem dos contos se perde no 
tempo. Para Canton (2009), estão presentes 
na cultura de diversos povos: surgiram nos 
primórdios da tradição oral, passaram por 
manuscritos medievais e chegaram a partir 
da invenção da prensa até a Literatura. Até 
o século XII, os contos eram essencialmente 
narrados oralmente e se destinavam a 
pessoas de qualquer idade, “em sua essência, 
não eram destinados ao universo das 
crianças, uma vez que as histórias eram 
recheadas de cenas de adultério, 
canibalismo, incesto, mortes hediondas e 
outros componentes do imaginário dos 
adultos” (SCHNEIDER; TOROSSIAN, 2009, 
p. 134). Eles eram parte do lazer e da 
distração, contados tanto em tabernas e nas 
simples rodas de amigos, quanto nos salões 
da alta nobreza. São narrativas atemporais 
porque os valores de cada sociedade estão 
intrínsecos neles e se modificam e modelam 
conforme cada época. 
Toda vez que se inicia uma dessas histórias 
com o “Era uma vez” ou “Em um reino muito 
distante”, se reporta o ouvinte a um mundo 
desconhecido e fascinante, seria como uma 
senha de acesso, nas palavras de Diana 
Corso e Mario Corso (2006). E o tão esperado 
“felizes para sempre” da maioria dos contos 
de fadas pode representar simbolicamente 
não a felicidade que dura eternamente, mas 
a felicidade de enfrentar obstáculos, 
conflitos, sofrimentos inesperados, 
injustiças e, mesmo assim, sair vitorioso. 
Como já dito, mas é importante destacar, 
“sabe-se que, ao mesmo tempo em que uma 
criança escuta um conto, a sua mente está a 
produzir outro” (MESQUITA, 2010, p. 34), 
está trabalhando internamente as suas 
questões existenciais. Assim, também, deve-
se contar sempre o seu conto favorito, 
quantas vezes ela quiser. Para Maria Tatar 
(2004), a verdadeira magia dos contos de 
fadas reside na sua capacidade de extrair 
prazer da dor. Assim, dando vida às figuras 
sombrias de nossa imaginação, como bichos-
papões, bruxas, canibais, ogros e gigantes, 
essas narrativas podem fazer aflorar o medo, 
mas no fim sempre proporcionam o prazer de 
vê-lo vencido. 
 
- Observe a diferença dos clássicos e tente 
adivinhar quais são os seus títulos: 
Lembre-se: estamos falando das versões 
mais antigas de contos de fadas, e elas nem 
sempre correspondem às histórias que lemos 
atualmente em livros infantis. 
Para descobrir as respostas das adivinhas, 
clique sobre cada imagem. 
 
1. A bruxa foi obrigada a calçar sapatos de 
ferro em brasa e dançar em torno de si até, 
finalmente cair morta. 
 
2. A menina é engolida pelo lobo depois de 
tirar a roupa e se deitar com ele na cama. 
Ela morre, e esse é o final da história. 
 
3. Duas crianças encontram uma casa que 
era feita de pão, o telhado era bolo e as 
janelas de açúcar cintilante. 
 
4. A mãe então disse para a segunda filha: 
"Pegue o sapato, e se ele for apertado, é 
melhor cortar a parte dos dedos". A filha 
levou o sapato para o quarto e, ao ver que 
seu pé era grande demais, cerrou os dentes e 
cortou fora um pedaço bem grande do dedão. 
 
5. A avó pôs uma coroa de lírios brancos no 
cabelo dela, mas cada pétala das flores era 
metade de uma pérola. Depois a velha 
senhora prendeu oito grandes ostras na 
cauda princesa [...]. 
- Ai, como dói - disse ela. 
- É, mas todo mundo sabe que para ficar 
bonita é preciso sofrer - disse a avó. 
 
6. - Tem razão, disse o monstro. 
- Mas além de feio, não tenho inteligência, 
afinal não passo de um animal. 
- Não pode ser um animal se acha que não 
tem inteligência. Um tolo nunca sabe que é 
um tolo. 
 
7. Um moleiro muito pobre, que tinha uma 
filha muito bonita, mentiu ao rei dizendo 
que ela sabia tecer a palha e transformá-la 
em ouro, só para casá-la com o príncipe. A 
moça acabou se metendo numa grande 
enrascada. 
 
8. Nessa narrativa uma menina coloca 
pedras na barriga de um lobo. Depois desse 
episódio, encontra outro lobo, mas não mais 
de deixa enganar por ele. 
 
9. Uma senhora malvada, chamada Gothel, 
leva a personagem desse conto ao deserto 
onde teria que viver em grande sofrimento e 
miséria. Nesse contexto, ela deu à luz 
gêmeos. 
 
10. Aconteceu que o prazo de cem anos 
acabara de se esgotar, e chegara o dia em 
que a Rosa de Urze iria acordar. Quando se 
aproximou da cerca viva de urzes, o príncipe 
não encontrou nada senão grandes e lindas 
flores. Elas se afastaram para lhe abrir 
caminho e o deixaram passar são e salvo [...]. 
 
11. Seus filhos são muito bonitos, madame! - 
disse a pata idosa da fitinha na perna. - 
Todos, fora um, que é um fracasso. Eu 
gostaria muito que a senhora pudesse 
fabricar de novo esse tal. 
 
- Respostas: 
1. Branca de Neve- Irmãos Grimm 
2. Chapeuzinho Vermelho - Charles 
Perrault 
3. João e Maria - Irmãos Grimm 
4. A Gata Borralheira - Irmãos Grimm 
5. A Sereiazinha - Hans Christian 
Andersen 
6. A Bela e a Fera - Jeanne Marie Leprince 
Beaumont 
7. Rumpelstiltskin - Irmãos Grimm 
8. Chapeuzinho Vermelho - Charles 
Perrault 
9. Rapunzel - Irmãos Grimm 
10. A Bela Adormecida - Irmãos Grimm 
11 - Patinho Feio - Hans Christian 
Andersen 
 
 Charles Perrault: as obras 
O nome do autor Charles Perrault pode não 
lhe parecer muito familiar, mas temos 
certeza de que uma de suas histórias marcou 
sua infância. Ou melhor, a adaptação de 
uma de suas histórias. 
Quer saber o que nunca te contaram sobre 
Chapeuzinho? E, quem sabe, conhecer o 
macabro Barba Azul? Veja: 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mo
d_page/content/26/Chapeuzinho%20vermelho%20pe
rrault%20transcrito.pdf 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mo
d_page/content/26/o%20BARBA%20AZUL%20perra
ult%20transcrito.pdf 
 
"Perrault não é responsável apenas pelo 
primeiro surto de literatura infantil, cujo 
impulso inicial determina, retroativamente, 
a incorporação dos textos citados de La 
Fontaine e Fénelon. Seu livro provoca 
também uma preferência inaudita pelo 
conto de fadas, literarizando uma produção 
até aquele momento de natureza popular e 
circulação oral, adotada doravante como 
principal leitura infantil." 
Marisa Lajolo e Regina Zilberman 
(2010, p. 16) 
 
 
Para você se familiarizar com esse expoente 
da produção de contos de fada, preparamos 
um infográfico! Confira a seguir dados 
relevantes sobre a vida e a obra de Charles 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mod_page/content/26/Chapeuzinho%20vermelho%20perrault%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mod_page/content/26/Chapeuzinho%20vermelho%20perrault%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mod_page/content/26/Chapeuzinho%20vermelho%20perrault%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mod_page/content/26/o%20BARBA%20AZUL%20perrault%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mod_page/content/26/o%20BARBA%20AZUL%20perrault%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735464/mod_page/content/26/o%20BARBA%20AZUL%20perrault%20transcrito.pdf
Perrault, clicando sobre a imagem do 
Monumento ao autor. 
 
 
 Os Irmãos Grimm: as obras 
É quase impossível pensar em contos de fada 
sem a produção dos irmãos germânicos, mas 
vale lembrar que nem sempre as versões 
açucaradas do presente correspondem aos 
contosoriginais. Veja: 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/273
5466/mod_page/content/14/o%20lobo%20e%
20os%20sete%20cabritinhos%20grimm%20
transcrito.pdf 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/273
5466/mod_page/content/14/o%20principe%2
0sapo%20grimm%20transcrito.pdf 
 
"Os contos dos Irmãos Grimm fazem hoje 
parte do património da nossa cultura: são 
conhecidos pelas crianças, são recontados 
por elas, são reescritos e reinterpretados por 
escritores e ilustradores e por toda uma 
indústria cultural que os consolida no 
âmbito da chamada cultura popular." 
John Storey (2013 apud AZEVEDO, 2003) 
 
 
Você que assistiu ao filme Os irmãos 
Grimm (2005) e pensa saber tudo sobre 
essas figuras históricas, vai perceber que 
nem sempre a ficção imita a vida. Leia o 
infográfico que preparamos para saber sobre 
a vida nem tão aventureira, mas igualmente 
marcante, dos irmãos alemães do século 
XIX! 
 
 
 Hans Christian Andersen: as obras 
Conto de fadas sempre tem final feliz, certo? 
E o protagonista é sempre uma personagem 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735466/mod_page/content/14/o%20lobo%20e%20os%20sete%20cabritinhos%20grimm%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735466/mod_page/content/14/o%20lobo%20e%20os%20sete%20cabritinhos%20grimm%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735466/mod_page/content/14/o%20lobo%20e%20os%20sete%20cabritinhos%20grimm%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735466/mod_page/content/14/o%20lobo%20e%20os%20sete%20cabritinhos%20grimm%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735466/mod_page/content/14/o%20principe%20sapo%20grimm%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735466/mod_page/content/14/o%20principe%20sapo%20grimm%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735466/mod_page/content/14/o%20principe%20sapo%20grimm%20transcrito.pdf
masculina, não é? A essa altura, você já sabe 
que não, pois a diversidade também marca 
as narrativas folclóricas. 
Separamos dois textos muito especiais, 
escritos por Hans Andersen, e que 
apresentam protagonistas femininas. Um 
deles emociona. Veja: 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/273
5468/mod_page/content/16/a%20pequena%2
0vendedora%20Andersen%20transcrito.pdf 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/273
5468/mod_page/content/16/a%20princesa%2
0e%20a%20ervilha%20Andersen%20transc
rito.pdf 
"Segundo o próprio Hans Christian 
Andersen, sua vida foi como um conto de 
fadas – e não há como negar que ela parecia 
de faz de conta. Andersen foi um garoto sem 
instrução, vinha de uma família pobre, mas 
isso não o impediu de vir a frequentar os 
salões de aristocratas e reis; adulto tímido, 
soube dominar as próprias fraquezas para 
fascinar as crianças com histórias que desde 
então vêm encantando gerações. " 
Russell Ash e Bernard Higton (1995, p. 6) 
 
 
 Revisitados para sempre: novas 
versões literárias e novos produtos culturais 
Os contos de fadas sobreviveram ao tempo e 
foram sendo “reinventados”. Novas versões 
surgem constantemente e nos fazem pensar 
sobre contextos passados e sobre a sociedade 
atual. 
Como nos dizem Diana Corso e Mario Corso 
(2006), geralmente, quando contamos um 
conto, apropriamo-nos dele e o subjugamos 
aos nossos interesses. Para tanto, os autores 
explicam que uma parte se conserva (uma 
espécie de núcleo da história), mas outra é 
acrescentada, por isso, as histórias não 
permanecem exatamente iguais com o 
passar dos anos. Acrescentam, ainda, que 
nós vivemos num momento em que a 
mutação dos meios dessas histórias atingiu 
um ponto de virada: a tradição oral cedeu 
espaço ao império das imagens. 
Hoje, tudo o que se diz deve ser ilustrado. Os 
sons, os silêncios, a entonação e a capacidade 
dramática que faziam a glória de um bom 
contador de histórias foram substituídos 
pelas capacidades narrativas dos estúdios de 
cinema, da televisão e dos ilustradores de 
livros e quadrinhos. O que nos interessa é o 
fato de muitas histórias terem subsistido 
através desses novos meios e perdurarem 
evocando as mesmas emoções. Nosso 
propósito é encontrar velhas tramas mesmo 
que estejam vestindo novos trajes (CORSO; 
CORSO, 2006, p. 27). 
Vamos olhar para narrativas de diversas 
época e lugares, contadas nos mais 
diferentes formatos. 
Da tradição oral ao livro, do cinema ao meme 
da rede social... Onde estão essas histórias e 
o que nos contam?; 
Veja mais sobre em: 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/273
5470/mod_page/content/24/Contos%20de%2
0Fadas%20e%20Inf%C3%A2ncia.pdf?time=
1591664149720 
 
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735468/mod_page/content/16/a%20pequena%20vendedora%20Andersen%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735468/mod_page/content/16/a%20pequena%20vendedora%20Andersen%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735468/mod_page/content/16/a%20pequena%20vendedora%20Andersen%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735468/mod_page/content/16/a%20princesa%20e%20a%20ervilha%20Andersen%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735468/mod_page/content/16/a%20princesa%20e%20a%20ervilha%20Andersen%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735468/mod_page/content/16/a%20princesa%20e%20a%20ervilha%20Andersen%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735468/mod_page/content/16/a%20princesa%20e%20a%20ervilha%20Andersen%20transcrito.pdf
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735470/mod_page/content/24/Contos%20de%20Fadas%20e%20Inf%C3%A2ncia.pdf?time=1591664149720
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735470/mod_page/content/24/Contos%20de%20Fadas%20e%20Inf%C3%A2ncia.pdf?time=1591664149720
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735470/mod_page/content/24/Contos%20de%20Fadas%20e%20Inf%C3%A2ncia.pdf?time=1591664149720
https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/2735470/mod_page/content/24/Contos%20de%20Fadas%20e%20Inf%C3%A2ncia.pdf?time=1591664149720
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - 3 
 
Questão 1. Bruno Bettelheim (2007) destaca 
a importância dos Contos de Fadas para as 
crianças principalmente porque: 
 
Escolha uma opção: 
a. São apenas divertidos e atrativos. 
b. enquanto divertem a criança, essas 
narrativas favorecem o desenvolvimento de 
sua personalidade e um maior conhecimento 
sobre si mesma. 
c. Não há infância se não houver a 
leitura de contos de fadas. 
 
Questão 2. Considere as sentenças abaixo, a 
respeito dos contos populares. 
I - Os contos populares são documentos 
históricos. 
II - Surgiram ao longo de muitos séculos e 
sofreram diferentes transformações em 
diferentes tradições culturais. 
III - Sugerem que as próprias mentalidades 
nunca mudaram. 
 Segundo os estudos de Robert Darnton 
(1986), estão corretas as afirmações: 
 
Escolha uma opção: 
a. Apenas a I. 
b. Apenas a I e III. 
c. Apenas a I e II. 
 
Questão 3. Os contos mais conhecidos de 
Charles Perrault são: 
a. O Gato de Botas, O Patinho Feio, João 
e Maria, A Roupa Nova do Imperador e 
Rumpelstiltskin. 
b. Cinderela, Barba Azul, O Gato de 
Botas, Chapeuzinho Vermelho, A Bela 
Adormecida e O Pequeno Polegar. 
c. O Patinho Feio, A Pequena Sereia, O 
Soldadinho de Chumbo, A Roupa Nova do 
Imperador e A Pequena Vendedora de 
Fósforos. 
d. Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, 
Branca de Neve, A Bela Adormecida, 
Rapunzel e Rumpelstiltskin. 
 
Questão 4. Charles Perrault escreveu contos 
com as seguintes características: 
Escolha uma opção: 
a. Os textos focavam exclusivamente o 
padecimento de órfãos e crianças; ou seja, a 
descrição do sofrimento. 
b. O objetivo inicial era elaborar um 
documento cultural a respeito do folclore 
alemão para estudiosos. 
c. Os textos falavam sobre temas íntimos 
e pessoais; comportamento humano; 
virtudes e vícios; compaixão e 
arrependimento. 
d. Os textos continhammensagens sobre 
comportamentos, valores e atitudes, todas 
com aspecto moralizante. 
 
Questão 5. Marque a opção que completa 
corretamente as lacunas: 
Segundo Robert Darton (1986) à medida que 
as antigas ___________ se espalhavam, 
ultrapassaram fronteiras ___________ e, ao 
longo dos séculos, desenvolveram um 
enorme poder de ______________. Os contos 
tradicionais mudaram sem perder o seu 
sabor. Mesmo depois de ______________ 
pelas principais correntes da ___________ 
moderna são testemunhos de uma antiga 
visão de _____. 
 
Escolha uma opção: 
a. histórias; sociais; resistência; 
absorvidos; cultura; mundo. 
b. narrativas; culturais; mudança; 
absorvidos; arte; literatura. 
c histórias; sociais; resistência; 
descartados; cultura; sociedade. 
d. narrativas; sociais; mudança; 
absorvidos; literatura; mundo. 
 
Questão 6. “A menina é engolida pelo lobo, 
depois de tirar a roupa e se deitar com ele na 
cama. Ela morre e esse é o final da história”. 
A qual conto pertence o trecho acima? 
 
a. A Polegarzinha - Hans Christian 
Andersen 
b. Patinho feio – Hans Christian 
Andersen 
c. Rumpelstiltskin – Irmãos Grimm 
d. Chapeuzinho Vermelho – Charles 
Perrault 
 
Questão 7. “A bruxa foi obrigada a calçar 
sapatos de ferro em brasa e dançar em torno 
de si até, finalmente, cair morta”. 
 
 O trecho acima pertence a qual conto? 
a. Rumpelstiltskin – Irmãos Grimm 
b. Branca de Neve – Irmãos Grimm 
c. Patinho feio – Hans Christian 
Andersen 
d. João e Maria – Irmãos Grimm 
 
Questão 8. Observe a ilustração abaixo: 
 
 A figura ilustra uma cena do conto: 
a. Branca de Neve - Charles Perrault 
b. O Barba Azul - Charles Perrault 
c. A Luva Azul - Charles Perrault 
d. A Chave Mestra - Charles Perrault 
 
Questão 9. Observe os cartazes dos filmes a 
seguir: 
 
Em quais contos, respectivamente, os filmes 
se inspiram? 
a. A Rainha da Neve e Rapunzel 
b. A Rainha da Neve e Branca de Neve e 
os Sete Anões 
c. Floco de Neve e Cinderela 
d. Branca de Neve e os Sete Anões e A 
Bela e a Fera 
Questão 10. Observe a ilustração abaixo: 
 
 
 
A imagem ilustra uma cena do conto: 
a. A Princesa e a Ervilha - Hans 
Christian Andersen 
b. A Polegarzinha - Hans Christian 
Andersen 
c. A Senhora Holle–Irmãos Grimm 
d. A Pequena Vendedora de Fósforos - 
Hans Christian Andersen 
 
 
 
MÓDULO 4 
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS 
 
 Antes de contar: contar ou ler? 
 
• Após a escolha da história, o passo 
seguinte é você decidir se irá ler ou contar 
com suas próprias palavras. 
• Leve em consideração aquilo que o deixará 
mais confortável e confiante. 
• Se não estiver seguro do texto, é melhor 
estudá-lo mais antes de ser contado com 
suas palavras ou ser simplesmente lido. 
 
 O que contar? 
• Para orientar a escolha das histórias é 
importante saber os assuntos preferidos 
relacionados à faixa etária: 
• Até 3 anos: histórias de bichinhos, de 
brinquedos, de animais com características 
humanas, histórias cujos personagens são 
crianças. 
• Entre 3 e 6 anos: histórias com bastante 
fantasia, histórias com fatos inesperados e 
repetitivos, histórias cujos personagens são 
crianças ou animais. 
• 7 anos: aventuras no ambiente conhecido 
(a escola, o bairro, a família), histórias de 
fadas, fábulas. 
• 8 anos: histórias que utilizam a fantasia de 
forma mais elaborada, histórias vinculadas 
à realidade. 
• 9 anos: aventuras em ambientes 
longínquos (selva, Oriente, fundo do 
mar,outros planetas), histórias de fadas com 
enredo mais elaborado, histórias 
humorísticas, aventuras, narrativas de 
viagens, explorações, invenções. 
• 10 a 12 anos: narrativas de viagens, 
explorações, invenções, mitos e lendas. 
 
ATENÇÃO! 
Essa orientação não é uma regra, pois 
direcionar corretamente as histórias 
depende mais da proposta do contador e da 
maturidade individual de cada criança, ou 
do grupo de crianças, do que propriamente 
da história em si. 
 
 Onde e quando contar? 
• A criança não vai querer ouvir histórias 
em um ambiente com muito barulho, nem 
terá vontade se estiver com sono ou fome. 
Ela também poderá não querer se estiver 
ansiosa por algo que irá acontecer, como 
uma viagem, o início das aulas. 
• Ao local também é preciso ficar atento. 
Não deve ser um lugar onde as pessoas não 
param de passar, com a televisão ligada, em 
ambiente quente, ou onde todos fiquem mal 
acomodados. O espaço deve ser tranquilo e 
confortável. Portanto, procure lugares 
tranquilos, confortáveis, aconchegantes e 
com boa acústica. 
 
 O contador de histórias: seu rosto, seu 
corpo, sua voz – Seu corpo fala? 
O corpo e a voz são as ferramentas mais 
importantes para se contar uma boa 
história, não é mesmo? Quando utilizados 
de forma atrativa e cativante, eles auxiliam 
o público a mergulhar na fantasia e se 
interessar pela história narrada. 
Confira algumas dicas que selecionamos 
sobre como adequar a voz e as expressões 
corporais e faciais em contações de histórias. 
 
A VOZ E O CORPO DO CONTADOR DE 
HISTÓRIAS 
 
o VOZ 
 
• Volume: atentar-se ao volume e adequar a 
voz de acordo com o tamanho da plateia, 
para que todos escutem o narrador sem 
dificuldades, é imprescindível para uma boa 
contação de histórias. 
• Tonalidade: a entonação da voz deve ser 
modificada conforme o sentimento que se 
deseja passar. 
Exemplo: uma voz grave pode incitar a 
sensação de suspense ou medo. Além disso, 
uma voz monótona poderá desinteressar os 
ouvintes. Portanto, faça pausas, mude a 
entonação da voz, o volume, para que o 
público não se distraia. 
• Dicção: é importante manter uma boa 
dicção e pronunciar todas as palavras de 
forma audível. 
• Diferentes vozes: muitos contadores de 
histórias recomendam criar uma voz para 
cada personagem da narrativa, pois essa 
estratégia auxiliará o público a identificar as 
personagens e compreender a história mais 
facilmente. 
• Adequação: adeque a sua voz de acordo 
com a faixa etária dos seus ouvintes. 
Lembre-se que crianças pequenas podem se 
assustar facilmente, e produzir uma voz 
muito expressiva pode não lhe ser 
agradável. 
 
o EXPRESSÕES FACIAIS E 
CORPORAIS 
 
• Importância: as expressões faciais e 
corporais são fundamentais, pois podem 
acentuar a própria troca ou determinadas 
características das personagens. 
• Adaptação: adapte o seu corpo e rosto 
segundo as personagens da história e com a 
narrativa. 
Exemplo: se a história narrada for sobre 
gigantes malvados, você pode franzir a testa 
e expressar, com o seu corpo, erguendo os 
pés, o quão grande é aquele monstruoso 
gigante. 
• Estimular sentidos: utilize do seu corpo e 
faze como ferramentas para estimular os 
sentidos dos seus ouvintes. 
Exemplo: se você estiver narrando uma 
história que se passa na gélida Antártica, 
você pode sinalizar o frio tremendo o corpo e 
o queixo. 
• Objeto cênico: caso você deseje utilizar um 
objeto cênico para representar uma 
personagem, não esqueça de olhar para ele 
quando reproduzir a sua fala. 
 
 Recursos alternativos para contação 
de histórias: 
Há pessoas que conseguem cativar o público 
apenas com sua presença e espontaneidade. 
Elas contam uma história naturalmente, 
sem utilizar nenhum objeto cenográfico. 
Talvez você seja assim. Talvez seja uma 
pessoa mais tímida. Em todos os casos, 
variar os recursos na contação de história 
sempre pode deixar a narrativa mais 
interessante. 
 
 Encanto especial para crianças 
surdas: 
Você já teve um(a) colega ou um(a) aluno(a) 
surdo(a)? Se sim, você consegue imaginar 
uma contação de histórias adaptada a ele(a)? 
Mesmo que você tenha hesitado na resposta, 
os surdos estão cada vez mais integrados à 
escola regular, e incluí-los no processo de 
aprendizagem é um dever do professor. 
 
 Surdez e contação de histórias: 
Todos somos diferentes e temos nossas 
particularidades, certo? Em umasala de 
aula, também é assim. Quando um aluno 
apresenta um diagnóstico específico, 
conseguimos identificar e fazer algumas 
adaptações, mas que nem sempre funcionam 
de igual maneira para todos; assim sempre é 
necessário conhecermos o aluno ao qual 
iremos ministrar nossas aulas. Diante do 
diagnóstico da Surdez, existem estratégias 
gerais para serem seguidas pelo professor: 
 
 Aposte no visual: 
O material utilizado deve ser o mais visual 
possível e com imagens. Além de facilitar a 
memorização e a compreensão do surdo, esse 
recurso beneficiará todos os alunos, 
promovendo o interesse e favorecendo a 
memória fotográfica. 
 Selecione vídeos com janela de 
tradução: 
A primeira língua do surdo é a LIBRAS, por 
isso nem todos os surdos têm a compreensão 
do português. Vídeos, mesmo que com 
legenda, podem não ser compreendidos; o 
ideal é possuírem uma interpretação com 
janela. 
 
 Fique atento a seu corpo: 
A contação de histórias precisa ser 
expressiva, com o olhar direcionado aos 
alunos, pois, caso haja alguma comunicação 
de perfil ou mesmo de costas, o aluno não 
compreenderá. Assim, evite comunicações 
desta maneira e se coloque sempre de frente. 
Mesmo que você não saiba a LIBRAS, é 
possível contar histórias, pois, na contação, 
são utilizados frequentemente os 
classificadores, ou seja, sinais que possam 
expressar alguma semelhança com a forma 
ou o tamanho do referente. 
Ex: Para falar da boca grande do leão em 
uma história, você pode abrir bem sua boca 
e ampliar com a mão, fazendo movimento 
para simular o rugido. 
 
 Conheça a cultura surda: 
Sim, os surdos possuem uma cultura 
própria, que merece ser divulgada e 
valorizada. Conhecer a cultura surda facilita 
o trabalho a ser feito com os alunos. Os 
surdos também se identificam de diferentes 
maneiras entre eles, e muitos não se aceitam 
como surdos. A valorização dos saberes da 
comunidade dos surdos é um trabalho a ser 
construído diariamente com 
multiprofissionais. Uma boa alternativa são 
cursos EaD que trazem a acessibilidade, 
possibilitando que sejam cursados por 
alunos que já saibam LIBRAS, por 
profissionais surdos ou por professores que 
queiram se aprofundar se tiverem alunos 
surdos. 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO – 4 
 
Questão 1. Marque o recurso de contação de 
histórias que corresponde à seguinte 
descrição: 
Pode ser fabricado com uma caixa de 
papelão, onde se dispõe um rolo que, ao ser 
girado, apresenta a ilustração de diferentes 
cenas da história que é contada. 
 a. gravuras b. fantoches 
c. teatro de sombras d. cineminha 
 
Questão 2 - Objeto cênico. 
Imagine que você escolheu o 
livro “O domador de 
monstros”, de Ana Maria 
Machado. Nele, um menino 
chamado Jorge sente medo, 
pois as sombras que as 
árvores projetam na parede de seu quarto 
parecem um monstro. 
Para apresentar essa história, seria 
adequado um . Nesse 
caso, seria essencial providenciar um 
ambiente e uma fonte 
de . 
 
Questão 3 - Emprego da voz. 
Você vai contar a história de 
"Lúcia já-vou-indo", de 
Maria Heloísa Penteado. 
Nela, a personagem 
principal é Lúcia, uma 
lesma que sempre chega atrasada a todas as 
festas. Quando ela recebe um convite para a 
festa de Chispa-Foguinho, ela 
promete: "Juro que vou chegar na hora". 
Para reproduzir a voz da lesma, você 
deveria . 
 
Questão 4 - Objeto cênico alternativo. 
Para divertir a plateia, você escolheu o livro 
“E o dente ainda doía”, de Ana Terra. Na 
história, um jacaré está com uma tremenda 
dor de dente. Para ajudá-lo, diferentes 
animais dão conselhos: coelhos, corujas, 
tatus, patos, ratos, toupeiras, sapos, 
esquilos, passarinhos. 
Para representar esses animais, você pode 
utilizar somente objetos alternativos, 
utilizados dentro de sua casa. Usando sua 
criatividade, é possível imaginar que um 
grampo de roupa abre como a 
boca ; uma rolha perfura 
como ; um pincel de 
maquiagem é suave 
como e assim por diante. 
 
Questão 5. Marque a alternativa 
INCORRETA a respeito da contação de 
histórias. 
a. O sucesso da contação de histórias 
inicia no planejamento da ação, no qual o 
contador decidirá ler ou contar a história, 
optará pela utilização ou não de recursos e 
pensará na organização do espaço da 
contação. 
b. É essencial pensar em uma forma de 
demarcar o início e o final da contação da 
história, o que pode ser feito por meio de um 
sinal sonoro, de uma frase de efeito ou de um 
objeto, como um baú de histórias, por 
exemplo. 
c. O contador de histórias deve sempre 
observar seu público. O uso da voz é um 
recurso importante, mas deve ser cauteloso 
para não causar sustos em crianças muito 
pequenas ou mais sensíveis, como as 
autistas. 
d. A contação de histórias requer a 
memorização do livro, por isso, é necessário 
que o contador faça repetidas leituras até 
conseguir reproduzir todas as passagens da 
narrativa, tal qual foram escritas.

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