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08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 1/33 GESTÃO DA LOGÍSTICAGESTÃO DA LOGÍSTICA INTEGRADAINTEGRADA REDES DE DISTRIBUIÇÃOREDES DE DISTRIBUIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DEE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕESINSTALAÇÕES Autor: Me. Laiane Aparecida Soares Sena Nery R e v i s o r : D a n y l o d e A ra u j o V i a n a I N I C I A R 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 2/33 introduçãoIntrodução Olá, estudante! Como sabemos, o planejamento e a visão analítica são muito importantes quando o assunto é logística integrada, e não seria diferente quando falamos em redes de distribuição e localização de instalações. Pensando nisso, nesta unidade, iremos discutir as principais fases do planejamento de redes de distribuição e os fatores mais importantes que impactam na decisão sobre localização de instalações. Veremos também como é realizado o cálculo de centro de gravidade, que tem como objetivo apontar o local mais adequado com base no volume e custo de uma operação e, por �m, veremos algumas características sobre centralização e descentralização de unidades logísticas e em quais situações isso pode ser uma vantagem ou uma desvantagem para a operação. Aproveite o material e bons estudos! 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 3/33 A rede de distribuição logística compreende o conjunto de instalações físicas que tem como objetivo atender à demanda de uma operação, levando em consideração sua capacidade de estoque, armazenagem e transporte. Segundo Ballou (2006), a rede de instalações e, consequentemente, o �uxo de produtos que por ela percorre devem ser de�nidos a partir de dados, informações, ferramentas computacionais e um processo de análise detalhado para que seja possível conduzir o processo de forma e�ciente. O problema da con�guração de rede, segundo o autor, trata de questões como: determinar a) a quantidade de instalações que serão necessárias; b) a localização; c) quais os produtos e clientes a elas atribuídos; d) os serviços de transporte utilizados; e) os níveis de estoque mantido nas instalações, entre outros. Como sabemos, cada cadeia produtiva terá sua própria rede de distribuição, porém podemos pensar em uma rede genérica como um �uxo em que os materiais são distribuídos partindo das fontes primárias (fábricas/fornecedores) até armazenagens regionais, que, por sua vez, distribuem os materiais para armazéns de campo, para então distribuir aos clientes (varejo, atacado). Redes deRedes de DistribuiçãoDistribuição 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 4/33 O chamado problema de rede envolve ao menos dois aspectos importantes: a questão espacial e a questão temporal. A questão espacial diz respeito ao número de armazéns, suas dimensões e localização, questão essa que deve ser determinada pela relação nível de serviços x custos. Já a questão temporal diz respeito ao tempo gasto na aquisição e distribuição de materiais e como isso impacta na disponibilidade e, consequentemente, no nível de serviço entregue ao cliente. De fato a con�guração da rede de suprimentos é uma matéria complexa que requer muito estudo e planejamento. Nesse sentido, o primeiro passo quando se pensa em planejamento da rede é o estabelecimento de uma fonte de dados con�ável, entre outras coisas. Podemos citar ainda dois aspectos que, segundo Ballou (2006), devem ser considerados: 1) um inventário de dados e 2) a fonte de dados. Inventário de Dados O planejamento de rede, nas palavras de Ballou (2006), pode necessitar de um grande banco de dados com rami�cações em diversas fontes. Obviamente, o tipo de informação varia conforme o tipo de empresa, porém o autor aponta algumas informações genéricas que, no geral, constam no inventário de dados: Relação de todos os produtos. Localização dos clientes, pontos de estocagem e pontos de origem. Demanda de cada produto conforme a localização do cliente. Tarifas e custos de transporte. Tempos de viagem, tempos de transmissão de pedidos e tarifas de atendimento de pedidos. Tarifas ou custos de armazenagem. Custos de produção/compra. Tamanhos de embarques por produto. Níveis de estoques por local por produto e os métodos para controlá-los. Padrões de pedidos por frequência, tamanho, sazonalidade e conteúdo. Custos de processamento de pedidos e os pontos em que ocorrem. Metas de serviço aos clientes. Equipamento e instalações disponíveis, com os respectivos limites de capacidade. Padrões de distribuição da realização das vendas, entre outros. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 5/33 Fontes de Dados Como se trata de uma questão complexa, os dados necessários para apoiar o planejamento da rede, via de regra, são produzidos por fontes diversas, tanto internas quanto externas às organizações, devendo, portanto, partir do gestor a busca por esses dados. Segundo Ballou (2006, p. 485), as principais fontes de dados são: 1) Documentos operacionais de negócios: as ordens de venda podem fornecer uma boa fonte de dados (inclusive logísticos), isso porque, a partir dela, é possível encontrar informações como localização de clientes, nível de venda por período (sazonalidade), localização e tamanho das remessas, e tantas outras, como estoques, atendimento de pedidos e nível de serviço etc. 2) Relatórios contábeis: essa é uma fonte de dados vital, pois é por meio dos relatórios contábeis que o gestor terá, entre outras coisas, os principais custos logísticos, como: custos de armazenagem, embalagem, estocagem, inventários, transporte, custo tributário, entre outros. 3) Pesquisa Logística: trata-se de estudos realizados por consultores, especialistas ou professores e que têm como objetivo a elaboração de relatórios úteis para o planejamento estratégico da organização. O autor ressalta que, embora esse tipo de pesquisa seja escassa, ela constitui uma valiosa fonte de informação que nem os relatórios gerenciais nem os relatórios contábeis são capazes de fornecer. 4) Informações Publicadas: esse tipo de dado é proveniente de sites especializados, publicações acadêmicas e até relatórios de órgãos competentes, como IBGE e Ministério da economia. Essas publicações são importantes, segundo o autor, por trazer uma fonte de informação atualizada sobre tendências industriais, inovações tecnológicas, previsão de mercado, etc. 5) Senso crítico: essa fonte de dados, embora menos objetiva, é, ainda assim, uma potencial forma de acesso a dados e informações logísticas, sobretudo por meio de especialistas da área, vendedores, compradores, fornecedores, etc. O planejamento da rede de distribuição passa, portanto, por uma intensa busca por dados e informações para que seja possível estudar as variáveis (custo, volume de vendas, localização dos clientes, nível de serviço etc.), e realizar um planejamento estratégico mais e�ciente. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 6/33 Estrutura para Decisões de Projeto de Rede Na visão de Chopra e Meindl (2003), as decisões sobre o projeto de rede devem ser pautadas em ao menos quatro fases, como mostra a Figura 4.1. São elas: 1) Estratégia da cadeia de suprimento; 2) Con�guração da instalação regional; 3) Locais de interesse e 4) Escolha dos locais. A FASE I diz respeito ao estabelecimento (claro e objetivo) de qual é a estratégia competitiva da empresa. Apenas a partir desse entendimento é possível caminhar para Figura 4.1 - Estrutura para decisões do projeto de rede Fonte: Chopra e Meindl (2003, p. 320). 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 7/33 asdemais decisões. De�nir a estratégia competitiva é a base para entender qual o mercado que se pretende atingir, qual o nível de serviço, qual a concorrência, quais as restrições e, também, qual será o tamanho da operação necessária para atingir esse objetivo. Já a FASE II diz respeito à de�nição da con�guração da instalação regional. Em outras palavras, é a fase na qual a região para a instalação do armazém será de�nida. A escolha deve ser pautada principalmente em decorrência da demanda prevista, porém, questões como: riscos, tarifas regionais, incentivos �scais, restrição para importação/exportação, exigência local para produção etc. também devem ser levadas em consideração. A FASE III é o momento no qual serão eleitos os potenciais locais de interesse para a instalação. Nesse momento, é importante que o número de locais em potencial seja maior que o número desejado de instalações. Para eleger os potenciais locais de interesse, é preciso considerar: infraestrutura, disponibilidade de fornecedores, oferta de serviços de transporte, comunicação e serviços em geral, disponibilidade de mão de obra especializada, receptividade da comunidade aos negócios, entre outros. Por �m, a FASE IV é o momento de escolher de fato o local para a instalação. É importante lembrar que a escolha do local deve ser restrita aos locais previamente analisados na fase anterior. praticarVamos Praticar Em relação aos tipos de dados que devem ser estudados quando falamos em planejamento de redes, é correto a�rmar: a) Devem-se buscar dados sobre a localização dos clientes, pois clientes mais próximos aos armazéns tendem a ser mais exigentes devido à maior oferta de serviços. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 8/33 b) Devem-se buscar dados sobre equipamentos e instalações disponíveis, com os respectivos limites de capacidade para que seja possível dimensionar o tamanho do armazém e sua capacidade de movimentação e/ou produtividade. c) Devem-se buscar dados sobre tarifas e custos de transporte, pois, quanto maior for o volume de transporte, maior será o custo com transporte, e, portanto, torna-se inviável implantar uma unidade logística. d) Devem-se buscar dados sobre tamanho dos embarques por produtos para planejar que per�l de vendedores executivos irá atender à demanda. e) Devem-se buscar dados sobre as metas de nível de serviço oferecido ao cliente, pois, em geral, níveis de serviço mais baixos permitem que se tenha uma rede menor de distribuição. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 9/33 De acordo com Ballou (2006), realizar o estudo da localização das instalações é essencial, pois permite que os custos e, consequentemente, todo investimento necessário sejam de�nidos previamente. Podemos considerar, segundo o autor, que o estudo das instalações inclui: fábricas, portos, armazéns, pontos de varejo, fornecedores, clientes etc. Decisão sobreDecisão sobre Localização deLocalização de InstalaçõesInstalações 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 10/33 Já para Chopra (2003), as decisões sobre instalações devem estar baseadas em algumas questões, como: A. Papel das instalações: qual o papel que cada instalação deve exercer? Que processos deverão ser desencadeados em cada instalação? B. Localização das instalações: onde as instalações devem ser localizadas? C. Alocação da capacidade: qual a capacidade que deve ser alocada em cada instalação? D. Alocação de mercados e suprimentos: que mercados devem ser servidos pelas instalações? Que fontes de suprimento devem alimentar cada instalação? É preciso ter em mente que as decisões sobre localização de instalações possuem caráter complexo, de modo que cada decisão tomada afetará inevitavelmente outras decisões. Por exemplo, se a empresa optar por uma localização próxima aos principais clientes, isso pode afetar a distância entre a empresa e os fornecedores ou vice-versa. Chopra (2003) salienta que as decisões sobre localização devem ser exaustivamente planejadas e estudadas, porque, no geral, são a longo prazo. Como sabemos, abrir ou reflitaRe�ita Localizar instalações �xas ao longo da rede da cadeia de suprimentos é um importante problema de decisão que dá forma, estrutura e contornos ao conjunto completo dessa cadeia. Fonte: Ballou (2006). 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 11/33 fechar uma unidade é algo muito custoso para uma empresa; por isso, a localização deve ser bem analisada, pois, provavelmente, ela se manterá no local escolhido por muitos anos. Nesse sentido, o autor apresenta alguns fatores que podem in�uenciar essa decisão. São eles: Fatores estratégicos: a estratégia competitiva de qualquer empresa, sem dúvida, deve ser o fator central da tomada de decisões. As empresas que possuem oferta de produtos a baixos preços provavelmente irão priorizar instalações de baixo custo; do mesmo modo, empresas que priorizam alta taxa de resposta provavelmente irão priorizar instalações mais perto de seus grandes mercados, mesmo que isso signi�que um custo maior. Fatores tecnológicos: a tecnologia exerce um papel vital nas organizações. Se a produção de determinada empresa apresenta economia de escala, provavelmente a melhor decisão em relação às instalações é optar por um número menor de locais. Do mesmo modo, se o custo �xo de produção for considerado “baixo”, talvez a melhor estratégia seja considerar um número maior de instalações. Em relação à �exibilidade, operações produtivas que possuem maior �exibilidade em relação à tecnologia em geral podem estar localizadas em diferentes pontos; já no caso em que a tecnologia se mostra in�exível, o ideal é consolidar a produção em poucos pontos. Fatores macroeconômicos: devido à expansão comercial, questões políticas, econômicas e de infraestrutura precisam ser observadas, como: 1. Tarifas: são as taxas pagas na produção/transporte de produtos dentro e fora do país. Em alguns casos, as tarifas em determinado país são tão altas que as empresas optam por produzir seu produtos em outros países, mesmo que para isso precisam aplicar a rede de distribuição. 2. Incentivos �scais: são reduções de tarifas concedidas pelo governo de modo a incentivar a economia local. 3. Risco de taxa de câmbio: as �utuações do câmbio em geral têm impacto direto na cadeia de suprimentos em mercados mundiais. Uma das formas de amenizar isso é criar uma capacidade excessiva na rede de modo que seja possível �exibilizar a produção conforme o mercado atual. 4. Política: a situação política dos países também in�uencia na escolha da localização. No geral, as organizações dão prioridade para instalar suas unidades em países politicamente instáveis e com regras claras de comércio. 5. Infraestrutura: de modo geral, unidades instaladas em locais com infraestrutura de�ciente são mais custosas às empresas. Os principais pontos 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 12/33 a serem observados são: acesso a rodovias, portos e aeroportos, disponibilidade de transporte, mão de obra etc. Fatores competitivos: é preciso entender a relação das empresas com seus concorrentes. Algumas vezes, dependendo do tipo de empresa e do objetivo estratégico, é mais interessante �car instalado próximo aos concorrentes devido à oferta de mão de obra e acesso a fornecedores. Tempo de respostas ao cliente: o nível de serviço deve ser considerado. Se o cliente tolera um tempo de resposta mais longo, concentrar a capacidade produtiva em menos locais pode ser uma estratégia mais competitiva. Custos: como já mencionado, os custos são, via de regra, um fator determinante para a decisão de uma instalação. Os custos quemais chamam a atenção e que devem ser considerados são: custos de estoque, custos de transporte e custos de armazenagem. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 13/33 Nível hierárquico Decisão Fatores principais Região Global Região do mundo ou país - Potencial de mercado - Custos operacionais - Estabilidade política - Aceitação cultural - Adequação ao clima e à temperatura - Infraestrutura global de utilidades e serviços Sub-região País ou região de país - Custos de transporte - Impostos e incentivos - Custos e disponibilidade de insumos materiais e humanos - Legislação trabalhista - Protecionismo - Infraestrutura interna de utilidades e serviços - Potencial de mercado Comunidade Cidade - Acesso a mercados - Custos e disponibilidade de insumos materiais e humanos - Legislação e incentivos �scais locais - Atitude da comunidade - Disponibilidade de locais: custo do espaço - Infraestrutura local de utilidades e serviços - Fatores referentes à qualidade de vida Local especí�co Endereço - Acesso à infraestrutura de transporte - Acesso a mercados locais - Características do endereço (ambiente 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 14/33 Quadro 4.1 - Nível hierárquico Fonte: Corrêa (2010, p. 319). praticarVamos Praticar As operações logísticas que em alguns casos se concentram apenas em uma região, em outros casos possuem um alcance global, o que requer, é claro, um bom planejamento de localização de instalações. Nesse sentido, assinale a alternativa correta sobre as decisões de localização de instalações. a) Se uma empresa possui como estratégia competitiva atender o cliente de forma ágil, deve concentrar suas operações em um local único, de forma a diminuir o custo �xo de produção. b) No momento de estudar a localização de uma instalação, é preciso levar em consideração o volume de produção, pois grandes volumes necessitam de diversos fornecedores de transporte, o que pode di�cultar o gerenciamento dos transportes. c) A política pode in�uenciar a decisão sobre localização de instalações, pois, de forma geral, os países mais atrativos são aqueles com uma política mais “estabilizada” e que, portanto, oferecem um ambiente mais “amigável” e sem “surpresas” para as empresas. físico e de negócio) - Infraestrutura micro local de utilidades e serviços - Custo do espaço: disponibilidade para expansão - Impostos territoriais - Incentivos locais (�scais ou outros) - Fatores referentes à qualidade de vida 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 15/33 d) Quando pensamos em decidir sobre a localidade de novas instalações, o primeiro passo é veri�car se existem incentivos �scais para a localidade estudada; caso não haja, a operação se torna inviável. e) Podemos a�rmar que infraestrutura local (rodovias, aeroportos, portos etc.) in�uencia muito pouco na decisão sobre localidade de instalações; isso porque a maioria da operação é realizada “indoor”, ou seja, a empresa possui pouco ou nenhum contato com o ambiente externo. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 16/33 De forma geral, os problemas de localização, segundo Ballou (2006), podem ser classi�cados de diferentes maneiras, a �m de facilitar sua compreensão. Analisar o problema de localização por meio da “força direcionadora” é uma das maneiras mais comuns. Essa classi�cação demonstra que a localização será determinada por um fator fundamental; no caso de armazéns, esse fator pode ser o custo; no caso do varejo, esse fator pode ser o volume de receita; e, no caso de localização de unidades de serviço (hospitais, bancos etc.), esse fator pode ser a facilidade de acesso. Em relação às formas de analisar a localização ideal, o autor destaca que a mais comum e amplamente divulgada é o método de centro de gravidade para localização de instalação única, que veremos nesta unidade. O método do centro de gravidade busca identi�car a melhor localização para um armazém ou centro de distribuição intermediário levando em conta o volume transportado para determinados distribuidores, varejistas etc., bem como os custos de transporte envolvidos na operação. O cálculo matemático é feito por meio das seguintes fórmulas (BALLOU, 2006; CORRÊA, 2010): Modelos deModelos de Localização: CentroLocalização: Centro de Gravidadede Gravidade 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 17/33 e Sendo: , = coordenadas para a nova instalação = coordenadas dos pontos de fonte e demanda = volume no ponto i = custo de transporte até o ponto i Para efetuar o cálculo, além dos volumes transportados mensalmente e os custos, é necessário também adequar a planta das localizações da fábrica e demais distribuidores em um sistema de coordenadas, como exempli�cado na Figura 4.2. A título de exemplo, considere uma fábrica hipotética que atua no Estado do Rio de Janeiro e �ca localizada na cidade de Nova Iguaçu. Seus varejistas estão localizados nas cidades demonstradas na Figura 4.2. Imagine que esta fábrica deseja construir um armazém intermediário para onde ela enviará um grande volume de produtos para, em seguida, distribuí-los em volumes menores para os varejistas. =X − ∑ ViRiXi ∑ i ViRi =Y − ∑ ViRiYi ∑ i ViRi X − Y − ,Xi Yi Vi Ri 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 18/33 Os volumes mensais despachados de e/ou para cada varejista, bem como os custos de transporte relativos aos despachos constam na Tabela 4.1: Tabela 4.1 - Volumes despachados da fábrica para cada varejista e custos de transporte envolvidos Fonte: Elaborada pela autora. Figura 4.2 - Mapa de localização hipotética de uma fábrica e seus varejistas Fonte: Adaptada de Google Maps (2020). Ponto (i) Local Volume (toneladas) Custo de transporte ($/t/km) 1 Campo dos Goytacazes 20 3 2 Nova Friburgo 15 4 3 Nova Iguaçu (Fábrica) 20 2 4 Rio de Janeiro 40 2 5 Volta Redonda 30 3 Vi Ri 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 19/33 Observa-se que os custos de transportes dizem respeito ao produto do custo unitário por tonelada e pela distância, que pode ser dada em quilômetros ou simplesmente de acordo com as coordenadas estabelecidas na Figura 4.2. Continuemos o raciocínio para melhor entendimento do que isso signi�ca. Com os dados da Tabela 4.1, precisamos encontrar os produtos da multiplicação de determinadas variáveis, os quais comporão as fórmulas anteriormente mostradas. Dessa forma, adicionando outras colunas à Tabela 4.1, obtém-se a Tabela 4.2: 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 20/33 Tabela 4.2 - Organização dos dados para cálculo de localização de instalação única pelo método de centro de gravidade Fonte: Elaborada pela autora. As coordenadas e podem ser veri�cadas na Figura 4.2. São valores aproximados em razão da precisão da escala utilizada. Por exemplo, a fábrica em Nova Iguaçu, na Figura 4.2, está localizada no par ordenado (4,2; 2,2). Na última linha da Tabela 4.2, temos os valores necessários às fórmulas. Portanto: i Local 1 Campo dos Goytacazes 10,6 5,4 20 3 60 636 324 2 Nova Friburgo 7 3,8 15 4 60 420 228 3 Nova Iguaçu (Fábrica) 4,2 2,2 20 2 40 168 88 4 Rio de Janeiro 5 1,7 40 2 80 400 136 5 Volta Redonda 2,3 3 30 3 90 207 270 *** *** *** *** *** 330 1831 1046 Xi Yi Vi Ri ViRi ViRiXi ViRiYi Σ Xi Yi = = ≃ 5, 5X − ∑ ViRiXi∑ i ViRi 1831 330 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 21/33 Ou seja, considerando os volumes e custos envolvidos nessa situação hipotética, o cálculo do centro de gravidade indica que a localização ideal desse armazém intermediário, de modo a garantir os menores custos totais envolvidos na operação, é nas coordenadas (5,5; 3,2), que, no mapa, seria uma localização nas proximidades de Teresópolis. praticarVamos Praticar Uma fabricante de autopeças tem sua fábrica localizada em São José dos Campos-SP. Com vistas a reduzir custos operacionais, de transporte e agilizar as operações, a fábrica estuda a construção de um Centro de Distribuição que ofereça a localização ideal para suas operações, aliada ao menor custo de transporte possível. Para tanto, o corpo de diretores reuniu as informações necessárias para tomar essa decisão por meio do cálculo de centro de gravidade. A �gura e a tabela fornecem essas informações. Na tabela, os volumes estão expressos em toneladas e os custos, em reais. = = ≃ 3, 2Y − ∑ ViRiYi ∑ i ViRi 1046 330 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 22/33 Figura: Mapa de localização hipotética de uma fábrica de autopeças e seus distribuidores Fonte: Adaptada de Google Maps (2020). 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 23/33 Tabela: Volumes despachados da fábrica para cada distribuidor e custos de transporte envolvidos i Local 1 Aparecida 13,6 5,4 40 7 2 Araçatuba 4,5 8,5 25 3 3 Catanduva 7 8,6 45 10 4 Presidente Prudente 2,9 6,8 30 5 5 Ribeirão Preto 9 8,5 40 6 6 Santos 11,5 3,1 55 7 7 São Carlos 8,8 6,9 15 4 8 São José dos Campos 12,3 4,6 45 9 9 São Paulo 11 4 60 7 10 Sorocaba 9,6 4 30 10 *** *** *** *** *** Xi Yi Vi Ri ViRi ViRiXi ViRiYi Σ 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 24/33 a) As coordenadas indicadas para o Centro de Distribuição, de acordo com o método do centro de gravidade, são (5,4; 6,7), ou seja, nas proximidades de Marília. b) As coordenadas indicadas para o Centro de Distribuição, de acordo com o método do centro de gravidade, são (6,9; 6,4), ou seja, nas proximidades de Bauru. c) As coordenadas indicadas para o Centro de Distribuição, de acordo com o método do centro de gravidade, são (9,6; 4), ou seja, nas proximidades de Sorocaba. d) As coordenadas indicadas para o Centro de Distribuição, de acordo com o método do centro de gravidade, são (9,9; 5,6), ou seja, nas proximidades de Campinas. e) As coordenadas indicadas para o Centro de Distribuição, de acordo com o método do centro de gravidade, são (11; 4), ou seja, nas proximidades de São Paulo. Fonte: Elaborada pela autora. e Com o auxílio dos espaços em branco na tabela, efetue os cálculos e assinale a alternativa que indica a localização mais indicada para a construção do Centro de Distribuição. =X − ∑ ViRiXi ∑ i ViRi =Y − ∑ ViRiYi ∑ i ViRi 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 25/33 Como vimos, a decisão sobre a localização das instalações é de suma importância para a estratégia competitiva das empresas; entretanto, há outra decisão estratégica igualmente importante à qual devemos nos ater: a centralização ou descentralização de unidades logísticas. Unidades logísticas, neste contexto, segundo Corrêa (2010), dizem respeito ao conjunto de instalações, como: fábricas, armazéns e, claro, o impacto dos meios de transporte utilizados ao longo da cadeia de suprimentos. Centralização Centralização versusversus Descentralização deDescentralização de Unidades LogísticasUnidades Logísticas 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 26/33 No caso dos armazéns, o autor ainda a�rma que é possível caracterizar os fatores que in�uenciam a decisão de centralização ou descentralização de armazéns em ao menos cinco variáveis: 1) economias de escala; 2) riscos, 3) transporte, 4) estoques e 5) nível de serviço. Economia de escala (armazenagem): refere-se à economia gerada principalmente em relação aos custos �xos. Em um cenário onde haja pouca estrutura, obtém-se um custo menor com mão de obra, segurança, despesas �xas, como aluguel, água e energia elétrica, assim como licença e alvarás de funcionamento, equipamentos de segurança, equipamentos de movimentação, entre outros. Por outro lado, quando a operação é saibamaisSaiba mais Como sabemos, são muitos os fatores que impactam na decisão sobre a localização de instalações logísticas. A infraestrutura e a oferta de transportes são fatores de peso nessa decisão, isso porque toda movimentação da fábrica/armazém é realizada por estradas, portos, aeroportos etc. Nesse sentido, é preciso conhecer a infraestrutura do local em que se pretende localizar uma instalação. Pensando nisso, acesse o site do ministério da infraestrutura e con�ra em detalhes os mapas de transporte multimodais do Brasil e da América Latina. Fonte: Brasil (2017). ACESSAR http://www.infraestrutura.gov.br/component/content/article/63-bit/5091-bitpublic.html#nacionais 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 27/33 descentralizada, ou seja, quando há diversos pontos de armazenagem ao longo do canal logístico, esses custos tendem a aumentar. Riscos (Armazenagem): quando existe uma centralização de 100% da operação em um único armazém, essa operação está sujeita a um risco maior, isso porque, caso ocorra um acidente (um incêndio, por exemplo), existe a possibilidade de afetar 100% de todo �uxo da empresa, estando ele centralizado em uma única instalação. Transporte (armazenagem): ocorre nos transportes vantagens e desvantagens em ambos os casos. Operações centralizadas, apesar de possuírem um melhor desempenho nos transportes de entrada, possuem um custo maior no transporte de saída, já que, em geral, estão mais distantes do destino �nal. Já operações descentralizadas, embora não possuam um desempenho tão bom nos transportes de entrada, no transporte de saída tendem a ser menos custosas, isso porque, em geral, as instalações estão mais próximas do destino �nal. Estoques (armazenagem): estruturas descentralizadas, no cômputo geral, possuem um estoque de segurança maior do que estruturas centralizadas. Isso ocorre porque o estoque de segurança é estabelecido calculando-se um percentual de estoque acima do esperado pela previsão de demanda, de modo que, se houver variação, a demanda possa ser atendida sem maiores complicações. No entanto, por se tratar de operações descentralizadas (ou seja, diversos pontos de armazenagem), cada um desses pontos deverá ter o seu próprio estoque de segurança, o que eleva a quantidade de estoque de segurança total, em comparação com as operações centralizadas, em que o estoque de segurança é realizado apenas para um armazém. Nível de serviço (armazenagem): armazéns centralizados, no geral, entregam um nível de serviço menor, se pensarmos unicamente em velocidade de atendimento. Por outro lado, armazéns descentralizados, no geral, conseguem entregar um nível de serviço mais satisfatório, isso porque, de modo geral, estão localizados mais próximos ao cliente. É necessário lembrar que não basta ter armazéns descentralizados para manter o nível de serviço, é necessário que toda a cadeia logística esteja operando de forma integrada e almejando atingir o mesmo objetivo estratégico. Já em relação às unidades fabris, o autor destaca três dos fatores jámencionados anteriormente (economias de escala; riscos e transporte), porém aponta outras 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 28/33 características que devem ser observadas, como: Economias de escala (unidades fabris): em geral, os custos de produção são menores quando a produção é concentrada em um único local; isso porque o custo �xo da produção é diluído pelo volume produzido, o que gera um custo unitário menor, se comparado ao custo unitário de produção com unidades fabris descentralizadas. Transporte (unidades fabris): quando a fábrica é centralizada, via de regra, os custos com insumos são menores, pois é possível consolidá-los, ao passo que os custos de distribuição se tornam maiores, pois a fábrica estará mais longe dos clientes. Por outro lado, unidades fabris descentralizadas, embora tenham um custo maior no transporte de insumo, no geral, possuem menores custos de distribuição, justamente por estarem localizadas “mais próximas” ao cliente. Riscos (unidades fabris): em geral, os riscos são menores em unidades descentralizadas, isso porque qualquer eventualidade que atrase a produção terá efeito sobre 100% da produção; por outro lado, em operações descentralizadas, em que, por exemplo, cada fábrica represente 20% da produção, qualquer eventualidade (como, por exemplo, quebra de uma máquina) impactará apenas em 20% da produção e não em sua totalidade, como seria o caso em uma unidade fabril centralizada. Nas palavras de Corrêa (2010), as decisões sobre centralização e descentralização envolvem um trade-off muito comum entre nível de serviço e e�ciência; em outras palavras, a escolha pode trazer mais e�ciência ou maior nível de serviço. Essa é uma análise complexa que deve levar em consideração também: a proximidade com o cliente, o fornecedor, a mão de obra, a relação da empresa com a comunidade local, as questões globais, como política e economia, entre outros. praticarVamos Praticar 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 29/33 Como vimos, além da decisão sobre a localização de uma fábrica ou armazém, é necessário decidir também se a operação será centralizada ou descentralizada. Nesse sentido, assinale a alternativa correta em relação à centralização e à descentralização de fábricas e armazéns. a) A descentralização do armazém facilita o transporte até o cliente, uma vez que existem diferentes opções de onde o material pode sair, diferentemente de quando a armazenagem é centralizada. b) Centralização do armazém tem a ver com a localidade ser na região central do Brasil (MatoGrosso, Mato Grosso do Sul e Goiás). c) Centralização do armazém tem a ver com o fato de o armazém estar na mesma distância entre seus fornecedores e seus clientes, ou seja, estar localizado exatamente no meio do caminho entre os dois (fornecedores e clientes). d) A descentralização do armazém promove um maior risco na questão de segurança, pois, caso haja um acidente em um armazém, a notícia irá comprometer o engajamento dos funcionários nos demais armazéns. e) A descentralização de fábricas e armazéns é sempre muito mais vantajosa, pois permite que os clientes sejam atendidos mais rápido, assim como permite que os custos totais sejam menores. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 30/33 indicações Material Complementar WEB HUB Natura Ano: 2019 Comentário: você conhece como funciona um armazém vertical? E um caminhão que é capaz de carregar/descarregar todo material de forma 100% automatizada? Este vídeo institucional apresenta o mais novo HUB Logístico da empresa Natura, localizado no interior de São Paulo. O armazém dispõe de mais de 90.000 posições porta-palete e movimenta mais de 60 carretas por dia. A C E S S A R https://www.youtube.com/watch?v=E5bQkf9jCiQ 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 31/33 conclusão Conclusão Como vimos ao longo da unidade, a rede de distribuição é formada pelas instalações que são responsáveis por atender todo o processo logístico ao longo da cadeia de suprimentos. Vimos também alguns dos principais fatores que impactam a decisão sobre localização de instalações, como: custos, tecnologia, estratégia competitiva, cenário macroeconômico, entre outros. Fomos apresentados também ao chamado “centro de gravidade”, que é um cálculo que busca minimizar os custos de transporte indicando o local mais adequado para a localização de uma instalação. Por �m, vimos algumas características de centralização e descentralização de unidades logísticas e como é possível obter vantagens de acordo com o objetivo estratégico de cada empresa. referências Referências Bibliográ�cas BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimento/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Mapas Multimodais. 2017. Disponível em: http://www.infraestrutura.gov.br/component/content/article.html?id=5091. Acesso em: 14 dez. 2019. http://www.infraestrutura.gov.br/component/content/article.html?id=5091 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 32/33 CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. CORRÊA, L. H. Gestão de redes de suprimento: integrando cadeias de suprimento no mundo globalizado. São Paulo: Atlas, 2010. LEITE, G. M. L. et al. Proposta de um modelo conceitual para tomada de decisão entre centralizar ou descentralizar armazéns. Revista Produção Online, Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 1262-1284, out./dez. 2016. 08/12/2020 Ead.br https://fadergsead.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 33/33