Buscar

Revista da Escola Biblica Dominical da Igreja Batista P_V-N69-2T2021-3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Os Dez
mandamentos
para os dias atuais
EDIÇÃO
DIGITAL
ESPECIAL
PR. ROMILTON LOURENÇO
Revista de Jovens e
Adultos da Convenção
Batista Fluminense
Ano 17 - n° 69 - 2T2021
Sumário
Revista evangélica 
trimestral da Convenção 
Batista Fluminense.
O intuito desta revista 
é servir de material de 
educação religiosa acerca 
do que é ensinado na 
Palavra de Deus, pela 
leitura e interpretação dos 
escritores destas lições.
Esta revista não é um 
manual para a vida cristã, 
é apenas um material de 
auxílio educacional. Antes 
de tudo leia a Bíblia, que 
é a Palavra de Deus.
Publicada pela Convenção 
Batista Fluminense, sob 
cuidado do Departamento 
de Educação Religiosa 
e produção do DECOM 
(Departamento de 
Comunicação).
(21) 2620-1515 
contato@batistafluminense.org.br 
Rua Visconde de Morais, 231 
Ingá, Niterói/RJ - CEP 24210-145
Nota Especial5
Primeiras Palavras7
Palavra do Redator9
Apresentação – Quem Escreve11
Notas Técnicas74
14 Lição 1 Uma sociedade que Desconsidera 
os Mandamentos Divinos
56 Lição 10 Mentiras Piedosas, Falsos Testemunhos 
em Confronto com a Verdade
18 Lição 2 Relacionamento Perigoso
22 Lição 3 A Imagem do Deus Invisível
26 Lição 4 O Nome que Está Sobre Todo Nome
30 Lição 5 Jesus é o Senhor do sábado
36 Lição 6 Código de Honra
42 Lição 7 Estancando o Sangue
46 Lição 8 Adúlteros e Adultério na Balança de Deus
52 Lição 9 Obter Algum Valor por Nada em Troca
62 Lição 11 Olhos Cobiçosos
70 Lição 13 O Segundo Grande Mandamento
66 Lição 12 O Grande Mandamento
Clique no item 
abaixo para ir 
até a página
Novidade!
4
5
Nota Especial
Rio Bonito, 23 de março de 2021.
Queridos pastores, diretores, professores de EBD e mui amados irmãos.
Como deve ser do conhecimento de todos, estamos com grande difi-
culdade em distribuir as edições da Revista Palavra e Vida, de forma im-
pressa, o que se intensificou no ano passado com a crise da pandemia e a 
consequente queda de ofertas e do Plano Cooperativo.
Para temos uma noção da dimensão das dificuldades, as despesas com 
a revista superaram em quase 50 por cento em relação às receitas, o que 
naturalmente inviabiliza a distribuição impressa de forma gratuita, além de 
produzir resultado negativo em nossas contas.
Pedimos que todos nos ajudem ofertando especificamente para a Re-
vista Palavra e Vida a fim de que possamos cobrir o custeio dessa edi-
ção impressa ou virtual, que os irmãos receberam, ou receberão, para o 
segundo trimestre. A nossa Revista tem abençoado muitas vidas tanto 
em nosso campo fluminense, quanto no Brasil e até no mundo, através 
da versão digital, as vídeo aulas e o áudio books para deficientes visuais, 
recursos amplamente usados gratuitamente em todos os países e igrejas 
de língua portuguesa no mundo, especialmente na África. Nossa Revista 
é missionária, por isso, já distribuímos mais de 7 milhões de exemplares 
gratuitamente.
Você pode ajudar a cobrir esse cus-
to que impacta negativamente nossas 
contas desde o ano passado. Faça livre-
mente a sua oferta agora, através do PIX 
07026815000199 (CNPJ), através do QR 
code, TED para a conta corrente da CBF 
(c/c 12523-7 – ag. 2376 – Bradesco), ou 
ainda por boleto gerado no site de nos-
sa Convenção: www.batistafluminense.
org.br
Deus te abençoe poderosamente!
Muito obrigado!
Pr. Amilton Ribeiro Vargas
Diretor Executivo da CBF
6
Embora ainda existam alguns indi-
ferentes, a maioria sofre, e todos os 
que têm compaixão estão sofrendo 
com a pandemia. Muitos estão mor-
rendo, o número de pessoas passando 
por necessidades aumentou, o núme-
ro de empregos diminuiu, os trabalha-
dores informais praticamente sumiram 
do mercado, empresas acumulam 
prejuízos, escolas fecham suas portas, 
neste momento faltam vacinas (salvo 
exceções), os idosos têm a ansiedade 
como companheira, famílias desestru-
turadas sofrem com a intensificação 
do convívio gerado pelo isolamento 
social, mas existe uma Esperança real: 
Jesus conosco! 
Quando Jesus estava prestes a dei-
xar o convívio terreno presencial com 
seus discípulos, disse “estou convos-
co”, declarando que não ficaríamos 
sós. Ele deixou a certeza de que diante 
das alegrias, dos sofrimentos ou dos 
problemas, Ele estará conosco. Em 
dias difíceis como os dessa Pandemia, 
ele está comigo e com você, meu ir-
mão! Lembre-se que em sua promes-
sa ele usou o verbo no presente: “es-
tou convosco”. Sejam quais forem as 
circunstâncias, Ele está conosco! Não 
apenas por um tempinho, mas “todos 
os dias”.
Preciso agradecer a você, pois 
sua generosidade chegou a milha-
res de pessoas que, através das or-
ganizações e departamentos de sua 
Convenção, foram assistidos, espe-
cialmente por nossa OPBBFL e pelo 
Departamento de Evangelismo e Mis-
sões, mas principalmente por você e 
sua igreja. Muitíssimo obrigado!
Nessa pandemia, embora haja mui-
tos templos com portas fechadas, a 
Igreja de Cristo não está fechada, pois 
continua sendo assistida pela presen-
ça de Jesus e pelo Espírito Santo, sus-
tentando e confortando seus filhos e 
filhas através de uma comunhão que 
não pode ser impedida. Não só saiba, 
mas sinta reconfortante e maravilhosa 
presença.
Continue orando por nós!
Glórias a Deus! Jesus está presente 
sempre!
Pr. Amilton Ribeiro Vargas
Diretor Executivo da CBF
Você Não
Está Só
“Estou convosco
todos os dias.”
Mateus 28,20b
7
Primeiras Palavras
“Felizes os que guardam os man-
damentos de Deus e Lhe obedecem 
de todo o coração!” Salmo 119.2
O salmista observa o resultado 
na vida daqueles que guardam e 
obedecem aos mandamentos de 
Deus: Eles são felizes! Há diversas 
passagens na Bíblia que mostram 
a felicidade dos que refletem sobre 
a perfeição da Lei do Senhor e obe-
decem aos seus mandamentos. A lei 
do Senhor é perfeita, e para o nosso 
bem. Assim, todos os que a obser-
vam são felizes, mesmo quando se 
paga um alto preço pela obediência 
aos seus princípios.
Neste trimestre, estaremos estu-
dando sobre os Dez Mandamentos 
para os dias atuais. Todas essas li-
ções foram preparadas ainda em 
2019 para serem estudadas no se-
gundo trimestre de 2020. Porém, 
por conta da Pandemia do novo 
Coronavírus e das consequentes di-
ficuldades de distribuição naquele 
período, essas lições só puderam 
ser estudadas agora. 
Por conseguinte, encerramos o 
modelo usado nos três últimos tri-
mestres, com vários autores e au-
toras que nos abençoaram com 
preciosas lições. A partir deste tri-
mestre, voltaremos à continuidade 
do projeto original da revista.
Desejo expressar aqui a minha 
profunda gratidão ao trabalho ex-
traordinário do PR. Marcos Zumpi-
chiate, como então redator desta 
edição, bem como pelo trabalho 
realizado ao longo desses anos 
como redator da nossa revista. Te-
nho certeza de que muitos frutos 
serão colhidos pela instrumentali-
dade desse gentil e generoso servo.
Nossa sincera gratidão também 
ao Pr. Romilton Lourenço, por ter 
escrito essas preciosas lições, que 
falam profundamente aos nossos 
corações. Certamente, os princípios 
emanados das Santas Escrituras, 
especialmente contidos nos Dez 
Mandamentos, são afirmações vitais 
para os nossos dias. Esperamos que 
você, ao estudar cada uma dessas 
lições, possa reafirmar aqueles prin-
cípios para Glória de Deus.
Que o Senhor te abençoe e te 
guarde!
9
Pr. Alonso Colares
Pastor da Igreja Batista de Vera Cruz, 
Campos dos Goytacazes (RJ) e 
Diretor da FABERJ
Palavra do Redator
11
Apresentação
Quem Escreve Você seria capaz de descrever 
o mundo atual em uma só palavra? 
Nos faltam adjetivos para caracteri-
zar o estado social do nosso planeta.
Dias desses, estava parado em-
baixo do semáforo e respeitando o 
sinal vermelho, quando vi uma cena, 
não rara, mas que me chamou a 
atenção. À minha frente uma faixa 
para pedestres. Do meu lado direito 
foi possível observar que no semá-
foro de pedestre, o verde se apagou 
e a luz vermelha começou a oscilar. 
Muitos pedestres apressaram os 
passos na faixa de travessia. Do meu 
lado esquerdo o automóvel estava 
sendo guiado por umrapaz, sem o 
cinto de segurança. Ele olhava para 
o semáforo sobre nós e ao mesmo 
tempo em que acelerava fundo, 
dando mais torques no motor e buzi-
nava com veemência. Foi exatamen-
te neste momento que um senhor 
apoiado em seu andador, pôs os pés 
no início da faixa e começou a sua 
travessia. Logo que vi a cena, retirei 
o pé da embreagem e com os olhos 
preocupados acompanhei a longa 
travessia deste senhor. Foi possível 
ouvir o som, quase que ensurdece-
dor, das buzinas que se misturavam 
às palavras de baixo calão, soando 
atrás de mim. O moço do meu lado 
esquerdo estava em desespero. Ao 
final da travessia deste senhor, o se-
máforo indicou sinal vermelho para 
todos nós, nos impossibilitando de 
continuar o trajeto. São as leis do 
Pastor da Igreja Batista Central 
em Praça da Bandeira, São João 
de Meriti – RJ, Bacharel em Te-
ologia pelo Seminário Teológico 
Batista da Pavuna, graduado em 
Pedagogia pela Universidade de 
Uberaba, pós graduado em Teo-
logia Contemporânea pelo STBP, 
casado com Mariélia Souza Quei-
roz, pai de Yuri Queiroz Lourenço 
e Laura Queiroz Lourenço e avô 
de Alice Vieira Queiroz Lourenço.
Pr. Romilton Lourenço
12
trânsito.
As leis foram feitas para quem? 
No caso acima, você entende que 
a lei foi feita para mim, ou para o 
rapaz ansioso do meu lado? É fácil 
responder: as leis foram elaboradas 
para aqueles que não amam, que 
não respeitam o próximo. Leis são 
mandamentos. As Leis são princípios 
e normas que foram criadas para es-
tabelecer como devemos nos com-
portar.
Na Bíblia, em especial no Livro 
do Êxodo, encontramos um povo 
recém liberto da escravidão que ain-
da não era uma nação. Os hebreus, 
embora caminhassem livres rumo 
à Terra Prometida, eram ágrafos e 
anômicos, ou seja, não tinham uma 
escrita definida, tampouco tinham 
leis sobre si. Yahweh, não apenas foi 
o libertador de Israel, da sua servi-
dão aos egípcios, mas era também o 
seu legislador. Mesmo livres, o povo 
de Israel, para ser uma nação, teria 
que admitir um código legal e divi-
namente inspirado, a saber, os dez 
mandamentos (Êx 20.3-17; Dt 5.7-21).
Permita-me algumas sugestões: 
releia os dez mandamentos; estu-
de também o sermão da montanha 
registrados nos capítulos 5, 6 e 7 do 
evangelho de Mateus; agregue à sua 
memória os dois grandes manda-
mentos de Jesus em que devemos 
amar a Deus e ao próximo (Mt 22.37-
40). Assim, possibilitará a você des-
cobrir nestas lições, se a sociedade 
atual desconhece ou descumpre a 
todos os princípios da Lei divina.
13
Os historiadores cristãos dividem 
a trajetória humana, desde a Criação 
até os dias atuais, em longos perío-
dos de tempo: Pré-História humana 
que compreende entre o Jardim do 
Éden até o início da escrita; Antigui-
dade, período entre 4000 a.C. a 476 
d.C.; Idade Média entre 476 d.C. a 
1453 d.C. que marcou a queda de 
Constantinopla; a Idade Moderna 
que compreende o período de 1453 
d.C. até 1789 d.C ano do início da Re-
volução Francesa; A Pós-moderni-
dade tem seu início em 1989 com a 
queda do Muro de Berlim e durou até 
2001 que marcou a queda das Torres 
Gêmeas nos EUA. De 2001 até os dias 
atuais, não há uma definição em que 
período estamos da nossa História. O 
sociólogo Zygmunt Bauman defende 
que o período atual é de uma socie-
dade líquida que insiste nas decisões 
individualistas, pois tudo é relativo.
A sociedade atual defende que 
o pluralismo de ideias deve ser res-
peitado e que a tolerância necessita 
estar sempre acima da lei de Deus e 
dos homens. Os homens tornaram-se 
amantes de si mesmos (2Tm 3.1-5). 
Deus e os princípios morais divinos, 
deixam de ser o centro, o início e o fim 
de tudo. Na sociedade atual, não há 
espaço para os princípios imutáveis 
constantes nas Escrituras Sagradas. 
O homem de hoje, com seu ego infla-
do, ocupa todos os espaços. Nos dias 
atuais, não há mais espaço para Deus 
na consciência humana, promoven-
do, assim, o desprezo pelo sagrado, 
o desrespeito pelas leis e a redução 
do Ser de Deus a um mero mordomo, 
ávido para servir e atender aos mais 
absurdos desejos humanos.
Texto base: Oseias 4.6
Uma Sociedade 
que Desconsidera 
os Mandamentos 
Divinos
14
Data do estudo Lição 1
O Senhor Jesus nos exorta a bus-
car a Deus e a sua justiça antes de 
tudo (Mt 6.33). Jesus nos diz que de-
vemos fazer do governo soberano de 
Deus e do nosso responsável relacio-
namento com o Criador, a mais alta 
prioridade da nossa vida. Na escala 
de valores desta vida, classificamos 
que o corpo vale mais do que o ves-
tuário, a vida vale mais do que o que 
comemos. Entretanto acima de todas 
estas coisas terrenas, devemos bus-
car a comunhão com Deus. Quem 
opta por entregar a Deus o primeiro 
lugar da sua vida, desfrutará do cui-
dado divino (Rm 8.32)
1. O desconhecimento dos 
princípios morais de Deus
O profeta Oseias nos assegura que 
o povo de Deus não é destruído pelo 
inimigo, pois dele podemos lutar, 
resistir e até fugir na tentativa de so-
breviver; não somos destruídos pelas 
pragas e doenças deste mundo, pois 
o cuidado com a saúde e o avanço da 
ciência tende a nos fazer mais sau-
dáveis. O povo de Deus é destruído 
pela ignorância, pela falta de conhe-
cimento. O que nos destrói definitiva-
mente é a ausência de conhecimen-
to de Deus e dos seus caminhos. O 
povo de Israel estava sendo aniqui-
lado por falta de conhecimento que 
vem através da Sua Lei (Os 4.1,2). Os 
próprios sacerdotes, interpretes da 
Lei, estavam recusando o aprendiza-
do e ensino da Lei. 
Observe que Deus diz: “o meu 
povo...”. A nação de Israel estava per-
dendo o relacionamento com Deus 
por conta da falta de observação da 
Lei moral de Deus. Ao rejeitar o co-
nhecimento de Deus e aos seus ca-
minhos, estavam cavando as suas 
próprias sepulturas. Fé, conhecimen-
to e obediência a Deus são indisso-
ciáveis.
Alguns dizem que pecar é errar 
o alvo. Entretanto podemos errar o 
alvo tentando acertar. Pecar é de-
sobedecer às leis de Deus (1Jo 3.4). 
São complexas e muito extensas as 
leis de Deus, por isso foi dado a Moi-
sés a bênção em resumi-las em dez 
grandes Mandamentos. São Man-
damentos e não recomendações ou 
sugestões. Certamente você já se 
deparou com uma prova de múltiplas 
escolhas. Nesse tipo de avaliação, 
você poderá optar pelas questões 
mais fáceis para responde-las. Se a 
média escolar for 6, 7 ou 8, conve-
nhamos que não será muito difícil. 
Muitos de nós confundem os Dez 
Mandamentos como provas escola-
res. Pensam que Deus, quando nos 
deu seus Mandamentos, disse a nós: 
“Escolham, meus filhos, e obedeçam a 
alguns dos Mandamentos”. Contrário 
a isso, Deus quer que cumpramos to-
dos os seus Mandamentos (Êx 24.7). 
O Novo Testamento é claro em 
nos dizer que a salvação não vem da 
Lei, mas da fé em Jesus. A lei no pas-
sado nos serviu de placas indicativas 
até que a humanidade chegasse ao 
Cristo Salvador (Gl 3.23-25). A função 
disciplinar da Lei no passado, cessou 
com a vinda do Senhor Jesus (Rm 
10.4). Entretanto a Lei ainda opera, 
principalmente nos corações dos pe-
cadores com a finalidade de desper-
ta-los para Cristo.
15
2. Consequências da 
desobediência da Lei 
divina
Desde que a humanidade optou 
por ignorar as Leis morais de Deus, o 
caos foi instaurado. Adolf Hitler é o fi-
lho gerado pela sociedade moderna. 
A humanidade que desconhece as 
Leis divina, experimentou duas gran-
des Guerras Mundiais. Se sairmos 
da visão caótica que apenas amplia 
momentos de trevas na história e 
entramos nos dramas internos desta 
sociedade veremos o número cres-
cente da violência contra a mulher. 
Enquanto poucos conseguem, pelo 
menos, três refeições diárias, existem 
muitos adultos, jovens e crianças re-
mexendo latas de lixo em busca de 
algo para comer. Hoje a noite alguns 
terão um colchão e um cobertor para 
descansar, mas existem pessoas cujo 
teto sobre si é uma marquise e o úni-
co bem que possui, além de poucas 
roupas, é um pedaço de papelão 
para repousar o seu corpo. Muitos 
que dormem sob as marquises, não é 
pela consequência do usode drogas 
ou do álcool, mas por causa do de-
semprego e da miséria. A crescente 
e incurável epidemia da Aids é uma 
triste realidade. As armas de grosso 
calibre, que deveriam apenas serem 
utilizadas pelas forças armadas em 
defesa da sociedade, estão espalha-
das nas mãos de homens maus que 
ameaçam, saqueiam e matam uma 
população indefesa e acuada. As no-
tícias de que homens-bomba assas-
sinaram inocentes por causa de suas 
insanidades, parece não mais alar-
mar, tamanha rotina no Oriente Mé-
dio. Quantas crianças, jovens, adultos 
e idosos arriscam suas vidas sobre 
perigosas embarcações na travessia 
de mares e rios na tentativa de se re-
fugiarem em outros países em busca 
de paz? Crescemos mundialmente. 
Somos 7 bilhões de habitantes que 
cresce a cada dia. Temos fama de 
que vivemos, mas estamos mortos 
(Ap 3.1). A humanidade tem colhido 
os frutos amargos por causa de sua 
desobediência (Dt 28.15). 
3. O amor e a lei
Durante a Segunda Guerra mun-
dial e na agonia do holocausto dos 
judeus, dentro do campo de concen-
tração, existia um acordo, algo tácito: 
as judias que engravidassem dos sol-
dados nazistas tinham direito à liber-
dade levando consigo, não apenas o 
filho no ventre, mas também os filhos 
judeus. Em nome do amor aos filhos, 
afim de amenizar seus sofrimentos, 
muitas judias se prostituíam. Será 
que esse amor pela família ultrapas-
sa qualquer objeção a lei moral? Será 
que a fornicação e o sexo ilícito são 
perdoados por causa do amor? Tal-
vez, por causa desse pseudo amor, a 
humanidade tem encontrado justifi-
cativa para relacionamento sexual de 
indivíduos do mesmo sexo que cons-
ta na certidão de nascimento, entre-
tanto é uma prática condenada pela 
lei de Deus (Rm 1.25-27). Toda atitude 
sem amor, tende a ser ofensiva. Con-
tudo, o aborto para salvar apenas a 
mãe e a eutanásia que toma o lugar 
de Deus para decidir quem vive ou 
quem morre jamais podem ser con-
siderados atos de amor sem antes 
esbarrar no limite da lei de Deus que 
diz: “não matarás” (Êx 20.13). Alguns 
16
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Mateus 22.37-40
Salmos 37.30-31
Gálatas 3.23-25
Romanos 2.12-15
Mateus 5.17-18
Romanos 13.8-10
Mateus 19.17
homens estão distorcendo o enten-
dimento do que é o amor, alegando 
que “não estamos sob a lei, mas sob 
a graça” (Rm 6.14). Tomam como 
exemplo a decisão do Senhor Je-
sus em perdoar uma mulher pega 
em adultério, mas mesmo assim a 
perdoou (Jo 8.1-11). Erroneamente, 
estão se apossando do amor para 
legalizar seus pecados, afinal, há 
quem diga que Moisés nos trouxe 
a Lei que já está ultrapassada, mas 
Cristo é a única lei.
Com isso, muitos estão justifi-
cando seus erros e pecados, sobre-
pujando a lei em nome do amor. Até 
cristãos estão trocando de esposas 
por causa desse pseudo amor. Je-
sus não veio para revogar a lei, mas 
para cumpri-la (Mt 5.17). Ao confron-
tar os acusadores da mulher pega 
adulterando, precisamos observar a 
frase final dita por Jesus: “... vá e não 
peques mais.” (Jo 8.11). Ainda que te-
nha perdoado, Jesus faz questão de 
afirmar que houve pecado.
Para pensar e agir
Quando você pensa no antigo 
código moral de Deus, conhecido 
como os Dez Mandamentos, não 
vem a sua mente a figura de Moisés 
segurando duas tábuas de pedras, 
uma em cada mão? Porventura, não 
lhe dá a sensação de que tal figura é 
antiquada, na verdade um símbolo 
ultrapassado? É justamente o que a 
sociedade ao longo do tempo foi in-
ternalizando: as leis morais de Deus 
são retrógradas. Não parece estra-
nho, saber que Jesus defendeu as 
Leis, além de cumpri-las? Nas pa-
redes dos tribunais humanos, juízes 
têm sobre si uma figura do Cristo 
estereotipada numa escultura fixa-
da, mas grande parte dos magistra-
dos dos dias atuais, consultam suas 
leis, mas ignoram as de Deus em 
suas decisões.
O Decálogo não deve ser com-
parado às peças de um museu. 
Na verdade, os Dez mandamen-
tos sempre nos oferecerão solu-
ções práticas para nossos dilemas 
existenciais e sociais. Você pode 
imaginar um mundo sem leis? Bu-
zinaríamos em frente aos hospitais. 
Não reduziríamos a velocidade no 
perímetro escolar. Não teríamos 
um guarda corpo na estrada e to-
dos nós estaríamos em perigo por 
causa do desfiladeiro em uma cur-
va da montanha, por exemplo. Os 
Dez mandamentos não são instru-
ções, meios ou planejamentos para 
deixar a servidão no Egito. Os Dez 
Mandamentos são normas para 
que possamos viver livres (Jo 14.15).
17
A parábola do Filho Pródigo (Lc 
15.11-32) é mais do que uma história, 
mas trata-se de um alerta do Senhor 
Jesus aos seus discípulos. A narrativa 
é entorno de um filho que rompe a 
sua intimidade fraternal e vai em bus-
ca de outros relacionamentos. Pode-
mos conjecturar que o pai exortou 
ao seu filho, mas este, colocando as 
mãos sobre suas orelhas, tenha dito: 
“não quero ouvir, apenas deixe-me 
ir! O desejo do Filho Pródigo era sair 
em busca de novos relacionamen-
tos. Novas aventuras. Abandonar o 
seu pai e desejar o mundo, era mais 
do que um objetivo do Filho Pródi-
go, mas era uma obsessão. Algum 
tempo depois o Filho Pródigo colhe 
as consequências de sua decisão in-
sensata. Ao voltar para casa ele trazia 
no corpo e na alma as humilhações 
dos relacionamentos ocasionados 
pelo mundo.
Foi por isso que Deus nos escreveu 
o Primeiro Mandamento. Na verdade, 
este Mandamento é uma advertên-
cia que nos transmite uma profunda 
preocupação do Senhor com a nossa 
integridade, física, moral, psíquica e 
espiritual. Sua intenção é nos adver-
tir do perigo que existe em nos rela-
cionarmos com quem quer que seja 
diferente dEle. Quão grande é o risco 
de entregar nossa fidelidade e dedi-
cação a deuses, que na verdade nun-
ca existiram. O primeiro mandamento 
é a manifestação do amor de Deus 
ao seu povo. O primeiro mandamen-
to é um alerta: se optarmos por Deus, 
teremos guarda, carinho e salvação, 
mas se O substituirmos por algo ou 
alguém, estes nos trarão falsas e 
momentâneas alegrias, pois fora de 
Texto base: Êxodo 20.1-3
Relacionamento 
Perigoso
O Primeiro Mandamento
“Não terás outros deuses 
diante de mim” Êx 20.3
18
Data do estudo Lição 2
Deus teremos humilhação, desespe-
rança e condenação.
1. Relacionamento com 
Deus e “deuses” na Bíblia
A intensão da Bíblia é clara em 
provar que só existe um Único Deus 
(Is 43.10; 1Co 8.6). Não existem deu-
ses. Entretanto, no período do antigo 
povo de Israel, muitas nações adora-
vam seus ídolos. Os filisteus suplica-
vam a Dagon por prosperidade em 
suas colheitas. Moloque era adorado 
pelos amorreus que exigia crianças 
como sacrifício. Uma abertura na 
estátua de Moloque fora transforma-
da em fornalha e ali os bebês eram 
lançados sobre a chama ardente e 
sacrificados. Em troca, os amorreus 
acreditavam que Moloque lhes con-
cederia vitória sobre seus inimigos 
nas guerras. Uma deusa comumente 
adorada, em especial pelos fenícios 
era Astarote, que consentia, segundo 
suas devoções, a fertilidade. Quan-
do Deus chama Abrão para sua jor-
nada de fé, lhe assegura que será o 
seu Deus e irá protege-lo (Gn 12.1-3). 
Após livrar o povo da servidão no 
Egito, Deus lembra ao seu povo que 
foi Ele quem os tirou da escravidão e 
reafirma: “Eu sou o Senhor teu Deus...” 
(Êx 20.2).
Deus exige de nós exclusividade: 
“não tenha outros deuses!”. Alguns in-
terpretam este Primeiro Mandamen-
to como uma arrogância divina. Uma 
rápida análise diria que Deus quer 
tudo para sua glória. Mas o que é ar-
rogância? Arrogante é aquele ser que 
exige aquilo que não é ou não pode 
ser. Imagine alguém nos dizer: “não 
tomem mais remédio, vou curar todos 
vocês. Não trabalhem mais, eu vou 
sustentar vocês”. Será que alguém ou 
algo é capaz de ordenar isto e cum-
prir? Jamais! Mas e Deus é capaz? 
Sim, claro! Então, Deus não é arro-
gante, mas poderoso, pois promete e 
cumpre. Entretanto, Deus não pode-
ria ser mais humilde, possibilitando-
-nos outros relacionamentos? Deus 
certamente é humilde, pois se rela-
ciona conosco. O que Deus não tem 
é a falsa humildade.Imaginem Cris-
tiano Ronaldo, jogador português, 
eleito melhor jogador do mundo por 
várias vezes, em uma entrevista dizer: 
“Ah, bondade de vocês, pois não jogo 
tanta bola assim, não. Aliás sou quase 
um perna-de-pau”. Trata-se de uma 
falsa modéstia, uma enganosa hu-
mildade. Em Deus você não encon-
trará falsidade. Os relacionamentos 
com ídolos podem nos trazer danos 
futuros terríveis. Por isso é segu-
ro crer em Deus e seguir o primeiro 
mandamento. Não coloque nada na 
frente de Deus (Mt 6.33). Deus quer 
prioridade. 
2. Relacionamento com 
“deuses” no passado e 
nos dias atuais
No passado, muito mais pessoas 
se inclinavam diante dos ídolos, ape-
sar de encontrarmos muitos povos, 
nações e tribos que ainda adoram 
deuses de madeira, pedra e metal. O 
avanço do cristianismo fez com que 
esta prática relacional e religiosa, 
19
tenha diminuído. Entretanto, os dias 
atuais têm em seu leque criativos, no-
vos deuses. Por exemplo, o dinheiro 
– que o Novo Testamento chama de 
“Mamón” (Mt 6.24). Também, O após-
tolo Paulo, dá destaque para a avare-
za, considerando-a uma idolatria (Cl 
3.5). Além do dinheiro, o sexo, a comi-
da, a bebida e o poder ocupam o lu-
gar principal na vida de muitos seres 
humanos, pois seus relacionamentos 
com tais “deuses” são interesseiros, 
apenas interessa alimentar o ventre, 
ou seja, a carne (Fl 3.19). Por que será 
que nos dias dos grandes clássicos 
de futebol regional, em especial nos 
jogos de decisão de campeonato, os 
nossos cultos a Deus nos templos, 
sentimos falta de alguns irmãos? Os 
“deuses” ainda ocupam espaço nos 
corações e mentes humanas. 
A sociedade atual colhe frutos 
amargos dos relacionamentos com 
seus deuses. A adoração desenfrea-
da ao sexo, trouxe ao mundo o vírus 
da AIDS. O site da Revista Veja, re-
gistra que “em 2010 existiam no Brasil 
cerca de 43 mil novos casos de aids. 
Já em 2015, esse número subiu para 
44 mil. Entre 2010 e 2015, essa popu-
lação saltou de 700 000 para 830 000 
pessoas. O aumento foi de 18%. Hoje, 
a doença é a causa de 15 000 mortes 
por ano no país”. A ciência não des-
cobriu a cura da AIDS, mas Deus afir-
ma que a cura para esta pandemia 
é abandonar os “deuses”, se arre-
pender e voltar imediatamente para 
um exclusivo relacionamento com o 
Único Deus. A erradicação da AIDS 
só será possível quando a sociedade 
obedecer a Deus, venerando-O com 
o matrimônio honrado (Hb 13.4) e 
adorando ao Senhor, respeitando os 
valores familiares.
Os amantes do dinheiro (1Tm 6.10), 
não apenas financiam incentivos para 
a prática da fornicação, fabricando 
em laboratórios métodos contra-
ceptivos, mas também esperanças 
paliativas para que mantenham vivos 
e ativos os portadores de doenças 
sexualmente transmissivas, até que 
a vacina da cura venha a existir. O di-
nheiro financia o poder político e bé-
lico. Os homens-bomba não repre-
sentam apenas a vingança contra o 
capitalismo, mas é a justiça descabi-
da dos fracos. Para proteger do fana-
tismo que mata inocentes, o dinhei-
ro concede poder aos políticos que 
criam armas capazes de aniquilarem 
seus alvos terroristas a milhares de 
distância. É o mundo em guerra.
A sociedade atual precisa, urgen-
temente, abandonar a adoração aos 
seus ídolos que não são apenas de 
pedra, madeira e bronze, mas de es-
cravidão ao dinheiro, sexo e poder e 
conceder soberania a Deus em sua 
vida e atitudes.
3. Ofertas dos falsos 
deuses nos dias atuais
No Livro do Profeta Daniel, quatro 
jovens se recusaram as ofertas dis-
poníveis no palácio do Rei Nabuco-
donosor. Muito provavelmente nos 
dias de hoje, os adoradores de deu-
ses diriam que neste ato, estariam 
recebendo suas recompensas, afinal 
20
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
João 14.8-12
Lucas 12.31
Sofonias 2.3
1Crônicas 16.11
Jeremias 29.11
Salmos 25.14
Jeremias 33.3
estavam saboreando finas iguarias. 
Os babilônicos podiam mudar as 
vestes, os nomes, a habitação, os en-
sinamentos e até o cardápio de Da-
niel, Hananias, Misael e Azarias, mas 
não conseguiriam mudar o coração 
deles. Eles só tinham um Deus, o Se-
nhor, Deus dos seus pais (Dn 2.23).
Até ao Senhor Jesus foi lhe ofe-
recido falsas recompensas. Satanás 
oferece ao Cristo uma recompensa, 
na verdade um atalho sem sacrifí-
cio, sem cruz, sem, sem dor e sem 
a humilhação. A única exigência de 
Satanás, seria que Jesus abando-
nasse o Primeiro Mandamento e se 
prostrar diante dele. Entretanto, Je-
sus não apenas o enfrenta negando 
insana possibilidade, mas também 
nos ensina que não basta recusar as 
ofertas dos falsos deuses, também 
é necessário adorar a Deus (Dt 6.13). 
Muitos nos dias de hoje estão rejei-
tando os falsos deuses. Cumprem 
parcialmente o Primeiro Mandamen-
to: “Não terás outros deuses diante de 
mim”, mas estão substituindo ídolos 
pelo vazio existencial. Pessoas aban-
donam o vício, pagam suas contas 
em dia, não adulteram, não se pros-
tituem, mas esquecem de adorar a 
Deus. É necessário entender bem o 
Primeiro Mandamento: não basta re-
cusar a ofertas dos falsos deuses, é 
imprescindível oferecer a Deus, por 
meio de Jesus, nosso sacrifício de 
louvor (Hb 13.7).
Para pensar e agir
Nas lições a seguir vamos parti-
lhar sobre os outros Mandamentos. 
Observe que se este Mandamento: 
“Não terás outros deuses diante de 
mim”, não estivesse em primeiro lu-
gar na lista do Decálogo, os outros 
mandamentos seriam apenas bons 
conselhos ou regras de conduta mo-
ral.
Se você tem certeza que obede-
ce aos outros nove Mandamentos, 
mas ainda declina no Primeiro Man-
damento, afirmo que você apenas 
conhece os Mandamentos, mas não 
os obedece. Se você entende que 
basta cumprir e obedecer do Segun-
do ao Décimo Mandamento e com 
isso alcançará a bondade e a graça 
de Deus, também lhe asseguro que 
você está cometendo um grande en-
gano. Só é possível cumprir todo os 
princípios do Decálogo se você cum-
prir o Primeiro Mandamento.
Responda para si mesmo: Deus 
ocupa o primeiro lugar na minha vida 
e adoração? É exatamente sobre isso 
que trata o Primeiro Mandamento. 
Nossa vida só tem sentido se Deus 
estiver em primeiro lugar. Deus é o 
nosso porto seguro (Is 41.10).
21
Quando era criança, meu filho, ao 
me ver arrumar as malas, correu até 
o seu quarto e me trouxe seu avião-
zinho de brinquedo e me perguntou: 
“papai, você vai viajar em um desse?” 
– “Sim”, respondi com certa ironia. “- 
E você cabe aqui papai?”. No dia do 
meu embarque, ele foi comigo ao 
aeroporto. No caminho ele viu vários 
aviões no céu e os comparou ao seu 
aviãozinho. Não passava na cabeça 
dele como seu pai caberia em uma 
aeronave. Quando chegamos ao ae-
roporto, logo depois do meu check-
-in, levei-o até uma grande janela 
de vidro de frente à pista de pouso e 
decolagem. Seus olhos arregalaram. 
Sua mente ainda ingênua, tentava 
comparar a gigantesca aeronave a 
sua frente com seu aviãozinho. Da ja-
nela ele observava o plano inverso: o 
avião era imenso, e as pessoas eram 
pequeninas. Foi então que ele me 
fez uma pergunta que nunca esque-
ci: “Pai, você vai encolher para entrar 
dentro do avião?”
Não cabe na mente das crianças 
a dimensão das grandezas, por isso 
elas tendem a reduzir o tamanho de 
quase tudo. 
O Segundo Mandamento é um 
alerta às mentes dos adultos que 
insistem a raciocinar como as das 
crianças. Este mandamento impede 
o homem esculpir ídolos ou fazer 
imagens para representar a Deus. A 
proibição é óbvia: qualquer tentativa 
de esculpir Deus em madeira, ges-
so, latão, ainda que bem adornados 
com o mais raro metal deste mundo, 
o artesão apenas estaria reduzindo o 
tamanho de Deus e comparando-O à 
dimensão humana.
Texto base: Êxodo 20.4-6
A Imagem do 
Deus Invisível
O Segundo Mandamento
“Não farás para ti imagem 
de escultura” Êx 20.3
22
Data do estudo Lição 3
Meu filho ao se aproximar da ae-
ronave descobriu a sua grandeza e 
seguramente pode perceber que a 
imagem de seu aviãozinho em nada 
representava o que seus olhos es-
tavam testemunhando. O Segundo 
mandamento é uma advertência doCriador: se você idolatra imagens, 
mesmo que a intenção seja de que 
esta se assemelhe a Deus, você in-
correrá em um grande pecado, pois 
a imagem é morta e o Deus a qual 
servimos é vivo. 
Quanto mais distante de Deus, 
mais o reduzimos o seu esplendor. 
Quanto mais perto de Deus, mais 
observamos e tememos a sua gran-
deza.
1. Por que o homem 
tende a fazer esculturas 
e contraria o Segundo 
Mandamento?
A idolatria a imagens é mais anti-
ga que a adoração ao próprio Deus. 
O homem sempre encontrou prazer 
neste tipo de veneração. O apóstolo 
Paulo já advertia sobre tal pecado em 
Rm 1.21-23, onde os homens insanos 
estariam trocando a glória do Deus 
imortal por imagens mortas. O pro-
feta Isaias esclarece que o Segundo 
Mandamento adverte que Deus é 
irrepresentável, pois nenhum símbo-
lo ou imagem o representa (Is 42.8). 
Quem se relaciona com imagens e 
esculturas tem relacionamentos su-
perficiais. Deus quer de nós um rela-
cionamento profundo.
Israel fez para si um bezerro de 
ouro. Esqueceram o que Deus lhes fi-
zera libertando-os das garras do Egi-
to, além lhes de abrir o Mar Vermelho.
No século VIII, surge o movimento 
iconoclasta (movimento dedicado à 
destruição de imagens). As imagens, 
ícones e pinturas foram apagadas 
nas igrejas, em especial no Oriente. 
Entretanto no Segundo Concílio de 
Nicéia, em 787 d.C. onde fora reali-
zado o Sétimo Concílio Ecumênico, 
tornou legítimo a veneração de ima-
gens de santos católicos romanos e 
declarou herético todo o movimento 
iconoclasta. A partir desta data, não 
apenas a idolatria à imagens, mas 
cresceu a veneração às relíquias 
chamadas de sagradas. A igreja de 
Constantinopla, atual Istambul, dizia 
possuir a cabeça de João Batista e 
o corpo de Estêvão, primeiro mártir, 
o que lhes garantia a proteção da ci-
dade. 
A Reforma Protestante em 1517, 
tem como uma de suas prerroga-
tivas, o cumprimento do Segundo 
Mandamento, ainda que na paróquia 
de Lutero, como em algumas lutera-
nas nos dias atuais, existissem pin-
turas que registrem cenas bíblicas, 
embora quase nenhuma imagem. 
Calvino afirmava, citando Gregório, 
que as imagens são para incultos e 
que imagens e esculturas que ten-
tam representar Deus, são mentiras e 
vaidades humanas.
Os símbolos da fé cristã, por sé-
culos, não são necessariamente 
imagens que contrariam o Segundo 
Mandamento. A cruz, a Bíblia e os 
elementos da Ceia do Senhor são 
ícones que despertam a fé. Em es-
23
pecial, os batistas, entendem como 
princípios que tais símbolos não con-
ferem graça.
O homem, durante séculos, acre-
ditou que as imagens eram media-
doras para que pudesse ter acesso 
ao Deus invisível. O Segundo Man-
damento é uma advertência: não há 
imagens entre nós e Deus que possa 
validar algum tipo de mediação ou 
intercessão. Só existe um Mediador 
entre Deus e o homem, a saber, Jesus 
Cristo (1Tm 2.4-6), pois o próprio Cris-
to é a imagem do Deus vivo (Cl 1.15).
2. Consequências da 
desobediência ao 
Segundo Mandamento
Para os que insistem na idolatria, 
o Segundo Mandamento tem uma 
dura sentença: a aflição até a quarta 
geração (Êx 20.5). Nos assusta quan-
do Deus afirma ser “zeloso”. O sentido 
mais próximo para entendimento da 
palavra “zeloso” é ter ciúme da noiva 
amada. E o castigo, pelo descumpri-
mento do Segundo Mandamento, é 
o sofrimento da terceira até a quarta 
geração por causa dos pecados dos 
pais no passado.
Uma leitura superficial deste texto 
pode parecer que Deus é vingativo e 
sua sentença aos que o trai, é o so-
frimento aos pais e que este alcança 
os seus filhos, netos, bisnetos e tata-
ranetos. Entretanto o que está escrito 
no Segundo Mandamento é que as 
gerações irão sofrer é a “iniquidade 
dos pais”, ou seja, a adoração a ima-
gens promove um canal que desa-
gua na depravação humana. Quando 
o homem troca a glória de Deus por 
imagens de aves e répteis ou coisa 
semelhante, na verdade está come-
tendo iniquidade, onde tal erro abre 
as portas da violência, da desigual-
dade, malícia, avareza, maldade, in-
veja, homicídio, contenda, engano, 
malignidade (Rm 1.23-29).
A sociedade atual vive atolada na 
lama da iniquidade. Colhe os frutos 
amargos da herança dos seus peca-
dos de idolatria. Pais hoje olham para 
o futuro e se perguntam que mundo 
deixarão para os seus filhos, quando 
na verdade deveriam se preocupar 
de outra forma: quais os filhos deixa-
rão para este mundo? Que possamos 
afirmar como Josué que advertiu ao 
seu povo e fez valer o Segundo Man-
damento, cancelando a adoração 
aos ídolos e preocupado com sua 
geração afirmou que serviriam ape-
nas ao Senhor (Js 24.15).
3. Benefícios aos que 
adoram apenas a Deus
O segundo Mandamento pode ser 
resumido como uma ordem contra 
toda e qualquer profanação e tentati-
va de representar a imagem de Deus 
seja por escultura ou pintura e por 
estas criar um acesso ao Criador.
Nosso relacionamento com Deus 
sempre parte do princípio de Causa 
e Efeito. Por isso o salário do pecado 
(causa) é a morte (efeito). Entretanto, 
servimos ao Deus que é perfeito em 
amor. Sabemos que Ele é justo, mas 
também é amor. Jesus nos apresen-
tou o desdobramento desse Amor: 
Misericórdia e Graça. A misericórdia 
24
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Romanos 8.1
Salmos 97.7-9
João 4.23-24
1Tm 2.4-6
Salmos 115.1-8
Tiago 1.25
Deuteronômio 4.15-19
de Deus, retira de nós os efeitos da 
causa (Ef 2.3-5). A graça nos presen-
teia com favores de Deus, ainda que 
não sejamos merecedores. A miseri-
córdia retira o castigo que merece-
mos.
Ao cumprir o Segundo Manda-
mento, Deus nos concede misericór-
dia até mil gerações. Veja que Deus 
tem mais prazer em nos conceder 
misericórdia, pois a estende até mil 
das nossas gerações, do que impor a 
sua justiça, pois esta última sentença, 
alcança até a quarta geração dos de-
sobedientes.
A ampliação deste entendimen-
to, em que Deus tem prazer em nos 
conceder misericórdia e não justiça 
pelos delitos dos nossos antepassa-
dos, fica claro em Ezequiel 18.14-20. 
Jesus com a obra da cruz, nos trouxe 
misericórdia cancelado qualquer dí-
vida do passado oriunda, porventura, 
dos nossos antepassados (Cl 2.13-15).
Para pensar e agir
Você consegue perceber que na 
atual sociedade existe adoração a 
imagem? Será que o horóscopo é 
um exemplo que fere diretamente 
o Segundo Mandamento? Será que 
na igreja evangélica desses nossos 
dias, existem imagens e idolatria que 
materializam a fé e estão sendo uti-
lizadas como mediadora ao Deus in-
visível?
Se o Segundo Mandamento nos 
adverte a não adorar a Deus através 
de imagens e tampouco por elas pro-
duzir um acesso a Deus, qual seria a 
forma correta de adorar ao Senhor?
A Bíblia diz que somos imagem e 
semelhança de Deus, nem por isso 
podemos cometer a autoidolatria. 
Deus nos dotou de capacidade cria-
tiva e de liderança, pois somos ca-
pazes de raciocinar, analisar, plane-
jar e visualizar o futuro. Nós criamos 
literatura, arte, música e poesia. Nós 
somos, de certa forma, muito limita-
damente, semelhantes a Deus. Mas 
em outras áreas nós, como huma-
nidade, estamos longe de ser como 
Ele. Nosso caráter tende à fraqueza. 
Não amamos como Deus ama. En-
tendemos muito pouco do plano es-
piritual. Contudo nenhum outro ser 
neste mundo se assemelha a Deus 
como nós. 
Qual então, seria nosso exemplo 
perfeito da imagem de Deus? A res-
posta é Jesus: “Quem me vê a mim vê 
o Pai” (João 14.9). E diz que devemos 
buscar essa mesma semelhança (Rm 
8.29). Se Cristo é a imagem do Deus 
vivo, nós, iguais a Cristo, refletiremos 
a imagem do Deus vivo. Como isso se 
dará? A resposta está em 1Co 15:50-
53 - 1 João 3.2.
25
Dias desses, em uma visita pas-
toral, uma irmã reclamava de enor-
me buraco em frente a sua resi-
dência. O que mais me chamou a 
atenção foi a expressão que ela 
usou para lamentar sobre a perigo-
sa cratera: “Só Jesus na causa, pas-
tor!”. Nesse dia, à noite, quando eu 
estava meditando sobre o Terceiro 
Mandamento, a seleção brasileira 
estava em campo vencendo por 1 
x 0,em um importante campeona-
to. Lá pelos 45 minutos do segundo 
tempo, o jogo já entrando em seus 
acréscimos, a seleção adversária 
teve um escanteio a seu favor. Ob-
servei alguns dedinhos cruzados 
na sala e o que mais me chamou a 
atenção foram os clamores: “Ai, meu 
Deus do Céu! E agora? Tira essa bola 
daí, Jesus!”.
Grande problema da humanida-
de, que desconhece a importância 
e os desdobramentos do Terceiro 
Mandamento, é a intenção do uso 
mágico do nome. Parece que, pelo 
simples ato de mencionar o nome 
de Deus, a situação tende a ser re-
vertida ou controlada. 
O Senhor Jesus, nos ensinou a 
reverenciar o nome de Deus, por 
exemplo na oração modelo, quando 
disse: “...santificado seja o Teu nome” 
(Mt 6.9). Entretanto advertiu os fa-
riseus quando usavam o nome de 
Deus em vão nos seus juramentos 
(Mt 5.33-36), mesmo que não pro-
nunciassem o nome de Deus, mas 
o substituísse pelos termos Reino 
dos Céus, terra e até pela cidade 
de Jerusalém. O que Jesus nos ad-
vertiu é que o Terceiro Mandamen-
Texto base: Êxodo 20.7
O Nome que Está 
Sobre Todo Nome
O Terceiro Mandamento
“Não tomarás o nome do Senhor, 
teu Deus, em vão” Êx 20.7
26
Data do estudo Lição 4
to não trata de pronunciar ou não 
o nome de Deus e até expressões 
como “sangue de Jesus tem poder; 
Jesus toma conta”, mas empregar 
seu nome em situações banais de 
forma leviana e imprópria.
O Novo Testamento, em espe-
cial nos imperativos de Jesus, nos 
autoriza a utilizar o nome de Deus 
(Mt 28.18,19). Enquanto os judeus te-
miam e não pronunciavam o nome 
de Deus para não correrem o risco 
de pecar, Jesus nos permite fazer 
menção o nome de Deus. Contudo, 
é necessário observar que o nome 
de Deus é santo quando nós o pro-
nunciamos com reverência e temor.
A geração passada, tinha uma 
espécie de juramento quase que in-
falível. Quando alguém jurava “pela 
mãe mortinha”, servia como ga-
rantia de que aquilo que se estava 
falando era verdadeiro, pois quem 
colocaria a vida da sua própria mãe 
em risco? Os tribunais requeriam 
das testemunhas seus juramentos 
com a mão sobre a Bíblia Sagrada e 
com a frase: “juro em nome de Deus 
dizer nada mais além da verdade”. 
Será que nos dias atuais alguém 
acreditaria nos juramentos endos-
sados por tais argumentos? 
1. A importância do nome
Quando os filhos nascem, pais se 
apressam ao cartório, não apenas 
para registrar a criança, mas o mais 
importante neste processo é que a 
criança tenha também o seu nome. 
Quão frustrante é para os que em 
suas certidões de nascimento não 
consta o nome do pai. Intensa é a 
luta dos filhos e filhas na busca pe-
los pais ausentes. Em muitos casos 
a procura se dá, não pelo resgate da 
afetividade perdida, mas pela inclu-
são do nome do pai em sua identi-
dade mesmo que tardia.
Muitos de nós também, mesmo 
que tardiamente, tivemos nosso 
nome registrado no Cartório Celes-
tial (Ap 3.5). A obra do Cristo possi-
bilitou nossa adoção (Ef 1.5). Outrora 
tínhamos um pai que nos abando-
nou, a saber, Adão que nos deixou 
uma herança de pecados. Nossa 
certidão espiritual não continha o 
nome do pai. Mas Jesus nos conce-
deu um novo nome (Ap 2.17), escre-
veu nosso nome no Livro da Vida e 
nos deu Pai (Rm 8.15).
Por todo este sacrifício e pela 
maravilhosa graça da conquista de 
ter Deus como pai, em nossas vidas 
é existe o Terceiro Mandamento. A 
obra custou o sangue precioso de 
Jesus. A graça não é barata. Não a 
compramos com dinheiro, mas pa-
gamos um alto preço e demonstrar 
que a Graça de deus nos alcançou. 
Tal demonstração se dá pelo fato 
de não utilizar o nome de Deus em 
vão (Ml 1.6).
27
2. Consequências em usar 
o nome de Deus em vão
O nome de uma pessoa repre-
senta o seu caráter e reputação. Ve-
nho de uma geração que bastava o 
pai assinar um bilhete ou empenhar 
sua palavra, para que o crédito fos-
se aprovado na mercearia do bairro. 
Mais do que isso, os compromissos 
assumidos eram saldados. Confiá-
vamos na palavra e o sobrenome 
da família era devidamente preser-
vado. Nos dias de hoje, o SPC e o 
Serasa, são instituições que regis-
tram os inadimplentes. De certa 
forma, estas instituições registram 
os nomes de pessoas que não são 
confiáveis, claro com raríssimas ex-
ceções de quem é arrolado por um 
erro ou má fé. Se é honroso preser-
var nosso nome, por que não pre-
servar o nome de Deus, se Ele é a 
maior autoridade em todo Univer-
so? 
Nenhuma punição direta é im-
posta aos que pecarem contra 
Deus usando o seu nome em vão. 
Todavia, quando lemos o terceiro 
Mandamento, encontramos o re-
gistro: “... porque o Senhor não terá 
como inocente o que tomar o seu 
nome em vão”. Então, fica devida-
mente entendido que quem usa o 
nome de Deus em vão, não esca-
pará do castigo divino. Qual a pena? 
Não sabemos, por isso é bom não 
arriscar.
Talvez o maior castigo seja a 
vergonha. Tomemos como exem-
plo uma passagem bíblica, onde 
homens judeus estavam tentando 
exorcizar um espírito maligno em 
Atos 19.13 e para isso utilizaram o 
nome de Jesus em vão, pelo sim-
ples fato de terem visto o apostolo 
Paulo agir assim. Estes judeus não 
se relacionavam com Jesus. A re-
preensão não veio de Deus, tam-
pouco dos apóstolos, mas do pró-
prio espírito maligno: “Conheço a 
Jesus, e sei quem é Paulo, mas vós 
quem sois?”. O nome de Deus não é 
mágico, antes deve-se ter temor e 
reverência ao utilizá-lo, pois a igno-
mínia pode ser o maior castigo aos 
que o utilizam em vão o nome do 
Senhor.
3. Como usar o nome do 
Senhor de forma digna?
É muito comum encontrar cris-
tão utilizando-se de certas expres-
sões: “Se Deus quiser! Graças a 
Deus! Deus te abençoe!”. Tais frases 
do nosso cotidiano são forças de se 
expressar. Melhor seria definir essas 
citações como expressões da for-
ça de Deus. São expressões de fé; 
expressões da autoridade de Deus. 
Ao dizer essas frases, não estamos 
utilizando do nome de Deus em 
vão, não é algo dito da boca para 
fora. Quando utilizamos o nome do 
Senhor, não feito por desleixo, aca-
bamos por expressar a fé e a alegria 
em abençoar ao nosso próximo (Ml 
4.2).
O batismo é uma forma de utili-
zar o nome do Senhor dignamente 
28
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Salmos 83.18
Salmos 105.1
Isaias 42.8
Lucas 11.2
João 12.28
Marcos 7.6
Malaquias 1.6
(Mt 28.19). O batismo é um símbolo 
do sepultamento e da ressurreição 
de uma nova criatura, um novo filho 
ou filha que traz consigo um novo 
nome (Cl 2.12).
Outra maneira honrada de uti-
lizar o nome de Deus é através da 
pregação da Sua Palavra. Jesus diz 
que pelos frutos conheceremos os 
verdadeiros obreiro (Mt 7.15,16), pois 
o que é dito, precisa necessaria-
mente, concordar com o que Deus 
diz de fato (Mc 7.6).
Quando não vivemos de forma 
digna ou quando não vivemos de 
maneira honrosa cumprindo os 
nossos compromissos cristãos na 
adoração e na busca da santida-
de, nós representamos mal a Deus. 
Da mesma forma que nos esforça-
mos para não arrastar o nosso so-
brenome para a lama do escárnio 
e da vergonha, devemos também 
obedecer ao terceiro Mandamento 
e honrar o nome do Senhor. Exis-
tem falsos cristãos nos dias atuais 
que não zelam pelo nome do Deus 
a quem serve (Rm 2.24): políticos 
prometem em nome de Deus; fal-
sos sacerdotes utilizam o nome de 
Deus para enriquecer; diante de 
doenças, muitos fazem promessas 
e não cumprem (Ec 5.4,5).
Para pensar e agir
Os apóstolos pregaram que o 
nome de Jesus Cristo é que garante 
a redenção eterna aos que creem 
(1Jo 3.23,24). É preciso crer e ob-
servar o nome do Messias Salvador 
com respeito e reverência. É ne-
cessário entender que não há outro 
maior que o de Jesus (Fl 2.9). 
Neste caso não seria melhor 
repreender as expressões chulas 
acerca do nome do Senhor e crer 
que através da invocação do nome 
de Jesus, podemos alcançar a sal-
vação (At 2.21)?
Se o Primeiro Mandamento, nos 
encoraja a amar e coloca-lO no 
centro da nossa vida e o Segundo 
Mandamento nos exorta que nada 
pode substituí-lO em imagens, 
tampouco em esculturas, então o 
TerceiroMandamento nos diz que 
devemos honrar o nome do Senhor 
e que temos em nossas atitudes um 
nome a zelar, que é o próprio nome 
do nosso Deus. O nome do Senhor 
é santo. Portanto, neste nome há 
salvação, o que não encontraremos 
em nenhum outro nome (At 4.12).
29
O dia do descanso é exigido em 
muitos seguimentos religiosos e 
concedidos no mercado de traba-
lho. O mulçumano, por exemplo 
descansa na sexta feira; o judeu, 
no sábado; o cristão, no domingo; 
o pastor trabalha no sábado, no 
domingo e com raríssimas exce-
ções, descansa na segunda-feira 
com sua família; os trabalhadores 
que têm escala de 12h x 36h, fol-
gam dia sim, dia não; plantonistas 
de 24h tem um descanso de 5 dias. 
Então, cada religião ou trabalhador 
têm seu dia de descanso.
Existem alguns seguimentos re-
ligiosos que são ritualistas em seus 
princípios. Em algumas dessas re-
ligiões, Jesus é um ser importante, 
entretanto, idêntico a Rainha da In-
glaterra, o Filho de Deus é apenas 
uma figura, mas não é soberano, 
pois o que importa mesmo são os 
preceitos da lei. Para essas cren-
ças, Jesus e Moisés, por exemplo, 
estão no mesmo plano, sendo 
que a lei mosaica deve prevalecer 
sempre. 
A questão do descanso começa 
em Gênesis 2.2, onde está o regis-
tro do sétimo dia, mas não neces-
sariamente o sábado. A tradução 
diz que Deus descansou. Será que 
o Criador relaxou vislumbrando 
sua criação e disse: “vou tirar um 
cochilo!”? Jesus disse que o Pai 
trabalha sem parar (Jo 5.17). O sal-
mista afirma que Deus não cochila 
Texto base: Êxodo 20.8
Jesus é o Senhor 
do Sábado
O Quarto Mandamento
“Lembra-te do dia de sábado, 
para o santificar” Êx 20.8-11
30
Data do estudo Lição 5
(Salmos 121.4). Há alguma diver-
gência entre o texto de Gênesis e 
os do Novo Testamento? Na ver-
dade, não há. A menção de Jesus 
ao Deus Criador é que Ele não dor-
me, tampouco descansa. O Quarto 
Mandamento foi escrito para nós e 
não para Deus. 
A palavra sábado ou Shabāt é 
o mesmo que cessar, repouso ou 
pausa. Em Gênesis 2.2 o termo 
descansar é cessar. O termo he-
braico aqui é ו ִיַ ּ ֹבְׁש shavāt) ou seja) תּ
Deus cessou, terminou sua cria-
ção; mesmo termo hebraico usado 
em Jeremias 7.34. O descanso do 
Criador nada tem a ver com fadiga. 
Trata-se da calmaria que ocorre 
logo após que a ordem assume o 
lugar de onde só existia o caos (Gn 
1.1,2). Quando a luz, a água, o ar e a 
terra, passaram a existir, Deus viu 
que tudo isso era bom e suficiente 
para sua satisfação (Gn 1.10).
O Quarto Mandamento é a pos-
sibilidade de perguntarmos ao 
Criador se existe algo a fazer de-
pois que Ele criou tudo, mais eis 
que Deus nos responderá sempre: 
“Não, não há nada que você precise 
fazer, apenas descanse e desfrute 
da Minha Criação”.
1. Os aspectos da Lei no 
Antigo Testamento
Existem duas questões, muito 
importantes, implícitas na Lei do 
Antigo Testamento. A forma pela 
qual devemos observar a Lei é a 
partir de dois pontos de vista in-
terpretativos, a saber, o aspecto 
cerimonialista e o aspecto moral. 
No que diz respeito às leis ceri-
moniais, elas já tiveram seus mo-
mentos importantes na história do 
povo de Israel, mas ficou para trás 
e não são mais necessárias. O sa-
crifício de animais para expiação 
dos pecados humanos foi abolido 
pelo sacrifício de Jesus, por nós na 
cruz do Calvário (Jo 1.29; 1Tm 2.6). 
Por que nas cerimônias Deus exi-
gia o sacrifício de animais inocen-
tes? O que eles teriam feito de er-
rado, para pagar um preço tal alto 
pelos pecados dos humanos? A 
resposta é que no âmago da ceri-
mônia existia também um aspecto 
moral: os animais eram inocentes 
e morriam por aqueles que eram 
culpados. Jesus foi conduzido ao 
madeiro e por ser inocente, sem 
pecados, sem culpa e voluntaria-
mente se entregou em sacrifício 
por nós (2Co 5.21). Os aspectos 
cerimoniais da Lei já passaram, ou 
seja, não sacrificamos mais ani-
mais (Hb 10.1-16), mas os aspectos 
morais devem ser cumpridos. As 
cerimônias passam, mas as leis 
morais nunca passam. 
31
2. Consciência moral 
humana
O decálogo está intrínseco na 
consciência humana (Rm 2.14,15), 
pois sabemos muito bem que é 
errado diante de Deus e diante 
dos homens: matar e roubar, por 
exemplo. Todos nós sabemos que 
se trabalharmos interruptamente, 
sem descanso, morreremos venci-
dos pelo cansaço. Por isso, a pró-
pria consciência humana reconhe-
ce que precisamos de pelo menos 
um dia, para repor as energias do 
corpo.
O Quarto Mandamento é um elo 
natural entre o que é moral e o que 
é religioso. 
• Aspecto Moral: trabalhe seis 
dias e descanse no sétimo dia;
• Aspecto religioso: escolha o 
sábado para isso.
Nisso entendemos que o con-
ceito moral do Quarto Mandamen-
to nos diz que se trabalharmos 
direto, morreremos. Já no concei-
to ritualista deste mandamento é: 
tenha um dia para consagrar sua 
vida ao Senhor.
Nos dias atuais, parece que há 
um consenso de que 24 horas por 
dia, já não são mais suficientes 
para realização de todas as tare-
fas. Mundo empresarial, competi-
tivo e movido pela ganância tem 
criado alguns Workaholic (alguém 
viciado em trabalho; um trabalha-
dor compulsivo). Existem pessoas 
que não conseguem se desligar 
do trabalho. Além de trabalharem 
na empresa, levam trabalho para 
casa. A mente destes viciados 
em trabalho não descansa nun-
ca. Por outro lado, existem os que 
não querem absolutamente nada 
com o trabalho. Todavia, não po-
demos esquecer dos desempre-
gados que querem trabalhar, mas 
não encontram espaço no merca-
do. O que há de comum nos dias 
atuais é o descumprimento moral 
do Quarto Mandamento, pois tra-
balhadores e desempregados não 
separam um dia para consagrar a 
sua vida a Deus. 
Certa irmã clamava ao Senhor 
por um filho e milagrosamente 
Deus a ouviu. Durante o período 
da sua súplica, era muito regular 
nos cultos, inclusive no período da 
gestação. Quando seu filho nas-
ceu, ela não mais comparecia aos 
cultos. Certo dia a visitei e minha 
curiosidade, além de saber sobre 
sua saúde e do bebê, era desco-
brir o porquê, não mais compare-
cia na comunhão da igreja? Eis a 
resposta: “Não tenho mais tempo, 
pastor! Nem para mim, tampou-
co para Deus!”. As suas tarefas de 
32
mãe haviam sequestrado o seu 
descanso e consequentemente 
sua consagração a Deus.
3. Vendo mal onde não 
existe
Por que os cristãos não guar-
dam mais o sábado? Quando foi 
que esta cerimônia foi extinta? O 
Novo Testamento nos esclare-
ce que todas as cerimônias eram 
como um símbolo que iria se con-
cretizar no futuro (Lv 23.1-8; Hb 
10.1). Compreendemos que um 
dia as cerimônias não seriam mais 
necessárias, bem como o sábado, 
a Páscoa (não celebramos a Pás-
coa dos judeus, mas a ressurreição 
de Jesus, por ocasião da Páscoa), 
primeiro fruto, festa dos taberná-
culos ou Yon Kipur. Todas estas 
fizeram parte da Antiga Aliança. 
Nisto compreendemos que as fes-
tas cerimoniais não teriam mais 
sentido de existir. Findaram-se os 
aspectos cerimoniais destas, mas 
não os aspectos morais. Vejamos:
• Oseias 2.11 – Deus já comuni-
cava ao seu povo que cessaria as 
cerimônias.
• Cl 2.16,17 – Cumpre-se este 
comunicado com a vinda de Jesus
• Hb 8.6,7 e 13 – Estamos na 
Nova Aliança (1Co 11.24,25)
A grande pergunta ainda na 
atualidade é: por que será que, se 
fica claro que as cerimônias foram 
extintas, apenas o sábado ainda 
gera dúvida e é respeitado por al-
guns seguimentos religiosos? Fica 
claro que, se estamos em uma 
Nova Aliança, então as cerimônias 
também são outras.
Qual o ensino de Jesus para os 
dias atuais? Jesus foi muito per-
seguido pelos judeus exatamente 
por causa da cerimônia do sábado. 
O Filho de Deus nos esclarece que 
o sábado do Quarto Mandamen-
to foi feito por causa do homem 
e não o homem por causa do sá-
bado (Mc 2.27). Seria o mesmo que 
dizer o seguinte: o carro foi feito 
para servir a família. E não a família 
servir ao carro. Apesar de guardar 
o veículo na garagem e abastecê-
-lo de suas necessidades, a priori-
dade não é o carro, mas a família. 
4. A igreja e o dia dodescanso (shabāt)
O início da caminha da Igreja 
Primitiva, alguns irmãos ainda sa-
crificavam animais e iam ao Tem-
plo de Jerusalém. As cerimônias 
deixaram de existir por causa de 
dois fatos importantíssimos: A res-
surreição de Jesus e o derramar 
do Espírito Santo no Pentecostes. 
33
No dia da ressurreição de Je-
sus, os discípulos estavam reuni-
dos em uma casa; todos estavam 
temerosos com os desdobramen-
tos da crucificação de Jesus. Afinal 
eram seguidores do Cristo. Qual 
seria suas sentenças? Será que o 
Império Romano iria crucifica-los? 
Como Deus os julgaria por terem 
abandonado o seu Filho? Em meio 
a este turbilhão de dúvidas, eis 
que surge Jesus ressurreto e se 
põe entre eles dizendo: “paz seja 
convosco” (Jo 20.19). O evangelista 
João detalha o dia em isso acon-
teceu: “no primeiro dia da semana”, 
ou seja, exatamente no domingo. 
Quanto ao Pentecostes, dia da fes-
ta da Colheita judaica, era calcula-
do da seguinte forma: seriam 7 sá-
bados x 7 semanas após a Páscoa. 
O que resultaria em 49 dias, faltaria 
1 dia para o total de 50 dias. O ter-
mo penta é um designativo de cin-
co ou cinquenta. Então qual o dia 
após o sábado? Claro, o domingo! 
Portanto o dia que compreende-
mos que aconteceu a descida do 
Espírito Santo foi exatamente no 
domingo (At 2.1).
No decorrer da história da Igreja 
Primitiva, vamos identificando que 
o domingo passou a ser o dia do 
Senhor. Observe que, quando o 
apóstolo Paulo esteve em Trôade, 
foi exatamente em um domingo 
que ele prega àquele povo e ain-
da ministra a Ceia do Senhor (At 
20.7). Foi se tornando um habito, 
algo muito comum os primeiros 
crentes se reunirem para presta-
rem culto ao Senhor Jesus sempre 
aos domingos (1Co 16.1,2). Por isso 
entendemos que o dia do Senhor 
é o domingo e não mais o sábado.
Nos dias atuais é muito comum 
os crentes desejarem o repouso 
em casa ao invés buscarem des-
canso no dia do Senhor. O artigo X 
da nossa Declaração Doutrinária, 
destaca que o domingo é o dia do 
Senhor como princípio doutrinário. 
O domingo deve ser para os cris-
tãos um dia de repouso em que 
“pela frequência aos cultos nas 
igrejas e pelo maior tempo dedi-
cado à oração, à leitura bíblica e 
outras atividades religiosas, eles 
estarão se preparando para aquele 
descanso que resta para o povo de 
Deus”. 
O Quarto Mandamento, lon-
ge de ser um motivo para várias 
e intermináveis discussões inter-
pretativas, é uma bênção para os 
filhos de Deus. O Senhor abençoa 
o trabalho, mas exige para o nosso 
próprio bem um período de des-
canso. E o descanso sempre será 
nos braços do Salvador (Mt 11.28).
34
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Hebreus 4.9-10
Romanos 14.5-6
Isaias 1.10-15
João 5.16-17
Lucas 13.14-16
Mateus 12.11-12
Marcos 2.27-28
5. Jesus é o Senhor do 
sábado e de tudo que há 
na Criação
Durante todo o seu ministério 
terreno, o Senhor Jesus demons-
trou ser soberano a tudo. O Filho 
de Deus subjugou a natureza re-
volta, os demônios e os planos de 
satanás. Jesus foi superior às en-
fermidades. Cristo foi maior que a 
vida e a morte; e por que não seria 
superior à cerimônia do sábado? 
Foi no sábado, que pelos ritos 
judaicos nada poderia se fazer, 
que Jesus expulsou um demônio 
de um homem (Mc 1.21-28); curou a 
sogra de Pedro (Mc 1.29-31); curou 
um paralítico junto ao tanque de 
Betesda (Jo 5.1-18); curou um ho-
mem com uma mão deformada 
(Mc 3.1-6); restaurou uma mulher 
aleijada (Lc 13.10-17); curou um ho-
mem que tinha os braços e as per-
nas inchadas (Lc 14.1-6); curou um 
cego de nascença (Jo 9.1-16).
Para os judeus e os ritualistas 
da atualidade, o sábado é um far-
do pesado, uma imposição. Pela 
religiosidade do sábado nada se 
pode fazer. Jesus é o Senhor do 
sábado, do domingo e de todos 
os dias da semana. Jesus cita Davi 
que em um tempo de necessida-
de, comeu pães sagrados de que 
não era lícito comer (Mt 12.2-8). O 
que mais importa para Deus, de 
acordo com o Quarto Mandamen-
to, são as pessoas e não os ritos.
Para pensar e agir
Trabalhamos 6 dias da semana 
para conquistar o nosso sustento e 
dedicamos apenas 1 dia em con-
sagração para conquistar o sus-
tento pelas mãos de Deus. Será 
que se invertermos esta disposi-
ção e Deus dispor seus cuidados 
a nós em apenas 1 dia, sobrevive-
ríamos? 
Na sua opinião, qual o dia do 
Senhor? Apenas um domingo? 
Somente no sábado? Ou todos os 
dias devem ser dedicados ao Se-
nhor?
Quando suplicamos a Deus 
pelo pão nosso de cada dia, ape-
nas no sábado não temos o direito 
de pedir? Viver em Jesus e atra-
vés de Jesus é viver todos os dias 
como se fosse um shabāt.
35
Sem tempo para cuidar dos 
pais, certo filho decidiu envia-
-los para um asilo. Em menos de 
um ano na casa de acolhimento, 
seu pai veio a falecer. Os meses 
se passaram. A rotina intensa do 
filho, o impedia de visitar a sua 
mãe. Certo dia, o filho recebe uma 
ligação da casa de amparo, onde 
foi informado que sua mãe esta-
va falecendo. Com medo de não 
conseguir se despedir da mãe, 
como aconteceu com o seu pai, 
largou seus inúmeros afazeres e 
foi até o asilo. Ao reencontrar sua 
mãe, perguntou:
— Mãe, o que quer que te faça?
Então ela respondeu:
— Quero que você compre 
e instale ventilador em todo os 
quartos e no refeitório. Ah! Quero 
que compre uma geladeira para o 
abrigo. Os ventiladores são para 
tentar aliviar o intenso calor, já a 
geladeira é para conservação dos 
alimentos. Não foram poucos os 
dias em que eu dormi com fome 
porque a comida tinha estragado.
O filho surpreso, indagou:
— Mas, minha mãe, por que só 
agora está me pedindo estas coi-
sas? Por que não pediu antes?
A mãe, já em seus últimos sus-
piros, respondeu:
— Meu filho, o seu pai não re-
Texto base: Êxodo 20.12
Código de Honra
O Quinto Mandamento
“Honra teu pai e tua mãe” Êx 20.12
36
Data do estudo Lição 6
sistiu, mas eu consegui me acos-
tumar com o intenso calor e su-
portei os dias de fome. Mas minha 
maior preocupação é você não 
suportar quando seus filhos en-
viarem você para cá, no dia em 
que estiver mais velho.
Os Dez Mandamentos divi-
dem-se em dois grupos. Os qua-
tro primeiros Mandamentos do 
Decálogo, apontam para uma 
boa relação com Deus, onde os 
três primeiros Mandamentos são 
exigências do Senhor para o nos-
so próprio bem e, consequente-
mente, nossa felicidade. O Quarto 
Mandamento é uma cerimônia e 
uma condição moral: se alguém 
trabalhar direto, certamente ha-
verá fadiga, ou seja, trabalhe, mas 
folgue. A cerimônia é o shabāt 
(cesse de trabalhar) e nesse dia 
do seu descanso, consagre a sua 
vida a Deus. 
A partir do Quinto Mandamento 
temos o outro grupo de manda-
mentos extremamente morais. O 
primeiro grupo de quatro manda-
mentos nos instrui como adorar e 
nos relacionar com o Criador. Já 
o segundo grupo, formado por 
outros seis mandamentos, nos 
ensina como interagir, respeitar 
e se relacionar com o nosso pró-
ximo. O objetivo dos seis últimos 
Mandamentos é o bem-estar de 
todos. Na transição dos grupos de 
Mandamentos está o Quinto Man-
damento que fala do respeito aos 
pais e principalmente em honrá-
-los.
Os termos do Quinto Manda-
mentos são bem claros: “Honra 
teu pai e tua mãe, a fim de que te-
nha vida longa na terra que o Se-
nhor, o teu Deus, te dá” (Êx 20.12). 
Nas famílias bem estruturadas e 
de pais tementes ao Senhor, não 
existe nenhuma dificuldade em 
acatar a instrução do Quinto Man-
damento. Honrar pai e mãe em 
famílias tradicionais e bem ajus-
tadas, não há nenhum problema. 
No lar em que tudo é perfeito, em 
um lar cristão, por exemplo, é fácil 
honrar pai e mãe. 
Entretanto, para as famílias 
cujo os pais são desajustados, o 
Quinto Mandamento tem gosto 
amargo. Pense em um pai espíri-
ta ordenando o filho evangélico a 
frequentar o terreiro espírita com 
ele? Imagine um filho ou filha que 
foram violentados, molestados 
sexualmente pelo pai ou pelo 
padrasto? Reflita sobre a atitu-
de de uma mãe que acoberta os 
desvios morais do pai? Considere 
um lar onde o pai é um alcóolatra, 
ou idólatra?Nestes casos, como 
37
cumprir o Quinto Mandamen-
to? Talvez a resposta seria: “cabe 
aqui, para estes últimos casos de 
pais descompromissados com os 
Mandamentos do Senhor, obede-
cer a Deus e não os pais”. Pode até 
ser. Entretanto, a desobediência 
ao Quinto mandamento acarreta 
em perda da promessa de uma 
vida prolongada. Inegavelmente, 
há uma verdade no Quinto Man-
damento: independentemente 
das circunstâncias, pai e mãe me-
recem nossa honra.
Existem três princípios que de-
vem ser cuidadosamente analisa-
dos.
1. Primeiro princípio do 
código de honra é: A 
PROMESSA
O que significa uma vida longa 
prometida no cumprimento do 
Quinto Mandamento? Existem, 
pelo menos, três possibilidades:
• A primeira possibilidade é 
um sentido literal e histórico
» Na época do Antigo Testa-
mento, a desobediência aos 
pais tinha como sentença a 
pena de morte: Ex 21.17 – Lv 
20.9 – Dt 21.18-21 – o desobe-
diente morreria.
» Em um sentido mais amplo, 
quem obedecesse estaria livre 
da morte, mas quem cometes-
se desonra aos pais, pagaria 
com a própria vida.
• A segunda possibilidade 
dessa promessa é espiritual
» Isto implica em dizer que 
aqueles que obedecem ao 
Quinto Mandamento, viverá 
mais tempo na terra. Deus ob-
serva a obediência e prolonga 
a vida do filho obediente.
» E quanto àqueles filhos que 
eram obedientes ao Quinto 
Mandamento, mas morreram 
prematuramente? Não há res-
posta humana que satisfaça 
esta pergunta, somente Deus 
sabe as razões. Cabe a nós, 
em momento algum, desviar 
o princípio do código de hon-
ra aos pais. A vida pode até ter 
sido prematuramente ceifada, 
mas a promessa se cumpre 
em uma vida espiritual prolon-
gada e cuidada pela Senhor, 
pois Deus ao obediente pro-
mete ser companheiro e cui-
dar da alma (Dt 8.11-25).
38
• A terceira possibilidade é 
física, ou de uma vida longa 
de qualidade
» Deus sabe quem obede-
ce, mesmo com pais iníquos, 
prolonga a vida com saúde.
O maior exemplo da Bíblia em 
obediência está em Cristo. Veja 
se a promessa da obediência aos 
pais não se cumpriu em sua es-
sência na obra do Cristo. Afinal, 
Jesus ao obedecer ao Pai, não só 
foi ressuscitado, mas vive eterna-
mente.
2. Segundo princípio é ter 
uma geração vitoriosa
É necessário ressaltar que nos-
sos pais não são perfeitos (Rm 
3.23). Todos nós, incluindo nossos 
pais, estão destituídos da glória 
de Deus. Isto quer dizer que todos 
nós estamos muito distantes e 
somos incapazes em cumprir a lei 
de Deus e não nos submetemos 
a sua vontade. Deus não espera 
que nossos pais estejam sempre 
certos. O Quinto Mandamento 
não é uma ordem que pressu-
põe que nossos pais sempre es-
tarão certos em seus preceitos 
e que por isso devemos sempre 
honrá-los. Nossos pais não são 
merecedores da honra, pela qual 
só devemos dar apenas a Deus. 
Só o Senhor é digno de honra. O 
código de honra aos pais envolve 
o amor. O imperativo do Quinto 
Mandamento consiste em orien-
tar a amar aos nossos pais, pois 
mesmo que estes não mereçam, 
o amor deve ultrapassar os méri-
tos.
A honra é devida porque os pais 
são indispensáveis. Os filhos são o 
prolongamento da vida dos pais. 
Os pais cuidam dos filhos e com 
o passar dos anos, são os filhos 
que devem cuidar dos pais. Filhos 
necessitam de bons relaciona-
mentos com os pais para que haja 
desenvolvimento, conhecimento 
e aplicação de uma vida ética, 
preservando os conceitos morais 
e os princípios divinos. Pais prepa-
ram os filhos para a vida (Sl 127).
Nossa sociedade entende que 
a mãe faz parte da capitação de 
recursos financeiros para o sus-
tento da família. Cada vez mais a 
mulher adquire o direito de ajudar 
a compor financeiramente, junto 
com seu marido, o salário que a 
família necessita para seu susten-
to. O cuidado dos pais deve sem-
pre estar no cuidado e na atenção 
do desenvolvimento dos filhos. 
Mas em que isso acarreta? Pais 
atuais, trabalham de 8 a 10 horas 
por dia. Perdem quase 4 horas 
39
nas conduções que os levam para 
o serviço e os trazem de volta ao 
lar. Pais e mães chegam exaustos. 
Deram quase tudo de si no tra-
balho e na volta para casa. Mas o 
que dão aos filhos quando che-
gam em casa? O resto de quem 
trabalhou o dia inteiro, intensa-
mente pela família? Os pais estão 
apenas entregando aos filhos que 
sobra de deles? Talvez esta seja 
a resposta para os dias de hoje. 
Queremos que os nossos filhos 
sejam príncipes e princesas no 
futuro, mas estamos tratando-os 
como mendigos existenciais, pois 
o que lhes oferecemos quando 
chegamos em casa é o apenas o 
que resta em nós (1Tm 5.8).
Nossa geração só será vitorio-
sa, se entendermos que o Quin-
to Mandamento é um código de 
honra que começa primeiro na 
obrigação dos pais e depois no 
recebimento da honra. Mas tam-
bém de uma geração de filhos 
que, a despeito do tratamento, 
amor, dedicação e cuidado dos 
pais, deseja o melhor para os seus 
próprios filhos.
3. Terceiro princípio é ser 
bom fruto a despeito da 
árvore que o gerou
Os pais devem sempre se em-
penhar para merecer a honra dos 
seus filhos (Ef 6.4). Nossos pais 
nos corrigem por pouco tempo, 
até que cheguemos aos anos da 
nossa maturidade. Devemos aos 
nossos pais a nossa vida física. 
Entretanto, a Deus devemos nos-
sa parte imortal (Hb 12.9,10). Não 
existe pais perfeitos (Sl 106.6), por 
isso os pais precisam se esfor-
çar para fazer jus a devida honra. 
O esforço dos pais consiste em 
amar, cuidar, educar, motivar e 
principalmente incentivar os filhos 
nos retos caminhos do Senhor (Pv 
22.6).
Obedecer a pai e mãe, agra-
da ao Senhor (Cl 3.20). Entretan-
to, como obedecer aos pais que 
não são perfeitos? Honrar a pai e 
mãe, implica em ser bom fruto a 
despeito da criação. Uma árvore 
seca, que não tem formosura, cuja 
casca grossa, enrugada, pode ge-
rar bons frutos. Visitei um jovem 
que estava preso por seus deli-
tos. Indaguei o porquê, pois tão 
jovem perdeu a sua liberdade. Ele 
me disse que se tornou violento 
por causa do seu pai. Seu pai era 
um bêbado, um viciado, iracundo. 
Seus maus tratos à mãe, que não 
o denunciava, e o desprezo pela 
família o levaram a cometer pe-
quenos roubos para seu próprio 
sustento até ser preso. Perguntei 
40
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
Lucas 18.20
Marcos 7.10-13
Mateus 15.4-6
Deuteronômio 5.16
Marcos 10.19
Mateus 19.19
Provérbios 19.26
sobre sua família. Ele me disse 
que tinha um irmão gêmeo. Fui 
ate o endereço do irmão dele. 
Para minha surpresa o local onde 
encontrei seu irmão era em um 
escritório de advocacia. Seu irmão 
era advogado e iria lhe defender. 
Perguntei ao irmão o que incen-
tivou ser um advogado? Ele me 
respondeu: “Meu pai foi meu maior 
incentivo. Estou honrando meu pai 
produzindo um fruto que ele não 
gerou em mim, mas vou gerar em 
meus filhos”. Quem não honra pai 
e mãe é com uma lâmpada que 
se apaga nas trevas.
Para pensar e agir
Se quisermos a bênção de 
Deus sobre nossas vidas, se faz 
necessário honrar os nossos pais. 
Precisamos atentar que este é o 
primeiro Mandamento com pro-
messa (Ef 6.2). Aqueles que um 
dia são filhos, só poderão exigir 
o cumprimento do Quinto Man-
damento em suas vidas, se hoje 
obedecem a este código de hon-
ra.
Honrar pai e mãe descrentes, 
implica em uma árdua obediência 
ao Quinto Mandamento, por parte 
dos filhos. Honrar a pais desobe-
dientes aos princípios bíblicos não 
é ser solidário a estes. Uma das 
formas de honrar pai e mãe que 
são infiéis ao Senhor, é se conver-
ter a Jesus Cristo.
A última palavra registrada no 
Antigo Testamento é maldição. 
Entretanto o ultimo versículo do 
Antiga Aliança retrata a família. 
Quando é que Deus levanta mal-
dição na terra? Quando o coração 
dos pais não está convertido aos 
filhos, quando o coração dos fi-
lhos não está convertido aos pais 
e quando ambos não se conver-
tem a Deus (Ml 4.6).
Uma família cujos princípios 
estão firmados no Quinto Manda-
mento geram paz, harmonia, gra-
ça, bênçãos e amor para a nação. 
Contudo ao ferir o código de hon-
ra as famílias tornam-separte do 
mal desta sociedade.
41
60 pessoas são assassinadas a 
cada hora, segundo os dados da Or-
ganização Mundial da Saúde (OMS). 
No entanto, o Sexto Mandamento 
nos deixa bem claro: matar, contra-
ria os princípios do Criador. Assassi-
nar é pecado.
Desde a descoberta do Brasil, 
nossa nação vive em um banho de 
sangue. Uma pesquisa do Datafolha 
em 2017, registrou que um em cada 
três brasileiros já teve um amigo ou 
um parente que foi assassinado. En-
quanto isso, o Sexto Mandamento 
nos adverte: Matar é pecado. 2 mi-
lhões de pessoas morrem de forma 
violenta a cada ano no mundo. Esti-
ma-se que uma pessoa cometa sui-
cídio a cada 40 segundos; 1 pessoa 
morre a cada minuto de forma vio-
lenta; e 35 pessoas são mortas por 
hora decorrente das guerras. 
Cada vez mais, os exércitos, po-
liciais e bandidos estão se armando 
até os dentes. A pergunta que não 
cala é: “Por que será que a humani-
dade insiste em ferir o Sexto Man-
damento? Talvez não passe pela sua 
cabeça fazer mal a alguém, tam-
pouco matar. Entretanto, por que 
será que Jesus, não apenas alertou 
sobre este Mandamento, mas o po-
tencializou: “Ouvistes que foi dito 
aos antigos: “Não matarás; [...] Eu, 
porém, vos digo que todo aquele que 
[sem motivo] se irar contra seu irmão 
estará sujeito a julgamento; e quem 
proferir um insulto a seu irmão esta-
rá sujeito a julgamento do tribunal; 
e quem lhe chamar: Tolo, estará su-
jeito ao inferno de fogo” (Mt 5.21,22). 
Proferir um insulto, odiar ou cuspir 
Texto base: Êxodo 20.13
Estancando 
o Sangue
O Sexto Mandamento
“Não matarás” Êx 20.13
42
Data do estudo Lição 7
é tal letal quanto o efeito de matar. 
No coração de Deus, no interior do 
Senhor, não cabe o ódio.
O que Jesus quer nos dizer? Por 
qual motivo, o Senhor nos faz en-
tender o real motivo do Sexto Man-
damento? Jesus sabe que dentro 
de nós habita a velha criatura. Todos 
nós temos dentro de nós uma fera 
indomável. Se não a alimentarmos 
ela tende a enfraquecer de inani-
ção. Contudo, uma arma na cintura, 
pode levar um ser desequilibrado 
ao ápice da violência. Certa vez um 
rapaz me contou que estava muito 
angustiado. Seus punhos estavam 
cerrados. Seu rosto, vermelho de 
raiva. Ao indaga-lo do porquê, ele 
me disse que alguém bateu em seu 
automóvel e não parou para nego-
ciar o conserto. Ele perseguiu o veí-
culo por vários quarteirões, mas o 
outro motorista é habilidoso e fugiu. 
Ele me disse que se estivesse arma-
do, algo de pior poderia ter aconte-
cido. Eu lhe disse que o pior estava 
acontecendo, pois o motorista que 
causou o acidente tinha ido embora 
da cena do crime, mas ainda estava 
dentro do peito da vítima o fazendo 
sofrer e elaborar os mais sórdidos 
planos de vingança. Jesus espera 
mais dos seus discípulos do que da 
lei.
Por que a sociedade atual vio-
lenta este mandamento? Por que 
ainda se mata tanto. As respostas 
a seguir, são as interpretações mais 
prováveis e uma vez compreendida, 
podem servir de estanque desta 
hemorrágica violência. 
1. O pecado como causa 
principal 
A morte não é um castigo de 
Deus, mas uma consequência do 
pecado humano (Rm 6.23). Graças à 
bondade do Senhor, tal salário não 
é pago antecipadamente. 
As primeiras mortes acontecem 
no Éden. Adão é Eva, não caem, 
mas devido ao seu pecado, morrem 
diante da credibilidade do Criador. 
Logo depois mais duas mortes são 
registradas: “E fez o Senhor Deus a 
Adão e à sua mulher túnicas de pe-
les, e os vestiu” (Gn 3.21). Certamen-
te, os animais de quem Deus tirou 
as peles para fazer tecer as roupas 
para Adão e Eva, foram as primeiras 
vítimas do pecado. Isso implica em 
dizer que quando pecamos, inocen-
tes pagam por tal desvio. Também 
fica claro que, sem derramamen-
to de sangue, não há remissão de 
pecados (Hb 9.22). A morte põe fim 
ao pecado. A morte encerra a pos-
sibilidade de pecar. Se Adão e Eva 
permanecem no Éden, comeriam 
do fruto da Árvore da Vida e seriam 
pecadores eternos. Do lado de fora 
do Éden e longe do fruto da Árvore 
que lhes daria vida, teriam oportuni-
dade de se salvar arrependendo-se. 
Em permanecendo no Éden, Adão e 
Eva, manchariam a Glória de Deus.
Portanto, todo pecador terá que 
morrer, seja naturalmente ou por 
doenças, assassinado ou até por 
suicídio. O pecado condenou a hu-
manidade à morte (Gn 9.6). Todavia, 
nunca podemos esquecer que o 
43
dom da vida e a sentença da mor-
te pertencem a Deus. Quando Caim 
assassina seu irmão (Gn 4.8-16) e se 
arrepende, percebendo a gravida-
de do seu ato, Deus o livra da morte 
(Gn 4.15). Ninguém tem o direito de 
matar. 
2. É necessário diferenciar 
matar de assassinar
“Quem derramar o sangue do ho-
mem, pelo homem o se sangue será 
derramado; porque Deus fez o ho-
mem conforme a sua imagem” (Gn 
9.6). Jesus alertou a Pedro: “... Em-
bainha a tua espada; porque todos 
os que lançarem mão da espada, 
à espada morrerão” (Mt 26.52). Davi 
matou Golias, a ameaça viva do seu 
povo. 
A palavra hebraica usada no Sex-
to Mandamento (Êx 20.13 e Dt 5.17) 
é “ratsach”, que traduzida quer dizer 
“assassinar”. Ratsach, quer dizer, li-
teralmente, um assassinato pre-
meditado violento de um inimigo 
pessoal. Assassinar é matar pre-
meditadamente. Então, se pudés-
semos traduzir literalmente o Sexto 
Mandamento diríamos que está es-
crito assim, para melhor entendi-
mento: “Não assassinarás premedi-
tadamente”. 
Há profissionais que dialogam 
com a morte em suas rotinas de tra-
balho. Por exemplo, um bombeiro 
civil que se lança em um prédio em 
chamas na tentativa de salvar al-
guém, mas acaba morrendo no sal-
vamento. O bombeiro, não tirou sua 
própria vida, premeditadamente. Da 
mesma forma um policial militar, 
arrisca a sua vida perseguindo me-
liantes quase sempre. Se por ven-
tura falecer em combate, o policial 
militar não premeditou sua morte. 
Todavia, se um PM desferir tiros 
contra um bandido com ódio ou por 
vingança, na verdade, ele está co-
metendo pecado e ferindo o Sexto 
Mandamento.
Vários servos de Cristo e missio-
nários do Reino de Deus, deram suas 
próprias vidas na luta para anunciar 
as Boas Novas. Mesmo sabendo 
dos riscos de morte, ainda assim 
dedicaram suas vidas (Rm 8.36), não 
cabe aqui a auto aniquilação. Aliás o 
suicídio é um crime diante dos ho-
mens e uma afronta diante de Deus 
por ser premeditado.
3. Não há exceções no 
Sexto Mandamento
Não existe nenhuma exceção. O 
Sexto Mandamento inaugura uma 
proibição absoluta: “Não Matarás”. 
Contudo, será que há, por exemplo, 
exceções para o aborto ou a euta-
násia? 
O aborto é descontinuação da 
gravidez, com ou sem a expulsão 
do feto que resulta na morte do 
feto. A Bíblia esclarece que o nasci-
turo se torna um ser vivo no ventre 
materno (Jr 1.5; Salmos 139.13-16; 
Is 49.1). Davi afirma que alguém, 
mesmo sendo pecado, pode gerar 
filhos (Sl 51.5). Alguns movimentos 
insistem em afirmar que no Sexto 
44
DOM
SÁB
SEX
QUI
QUA
TER
SEG
Leitura Diária
João 11.17-27
1Samuel 2.6
Atos 3.15
Mateus 19.18
Lucas 18.20
Romanos 13.9
Tiago 2.11
Mandamento há exceções para o 
aborto, pois:
• A mulher tem direito sobre 
seu próprio corpo
» Sim, mas o nascituro não é uma 
extensão do seu corpo, mais um 
ser vivo que nele habita.
• A não autorização do abor-
to, muitas mulheres recorrem 
a clínicas clandestinas para o 
aborto, acarretando problemas 
graves de saúde. 
» Um erro não justifica o outro. 
Clinicas clandestinas são casos 
de polícia.
• As mães pobres são força-
das a dar à luz aos seus filhos.
» Existem métodos contracepti-
vos e campanha do Ministério da 
Saúde que doam anticoncepcio-
nais e alertam contra a má utiliza-
ção desses métodos.
Portanto, realizar um aborto, ou 
ajudar alguém a realiza-lo é homi-
cida, da mesma para a eutanásia 
(conduta de retirar a vida de alguém 
em estado terminal, beirando à 
morte, ou que esteja sujeito a dores 
e intoleráveis sofrimentos físicos): “... 
e não matarás o inocente e o justo; 
porque não justificarei o ímpio” (Êx 
23.7). 
A vida pertence a Deus. Ele é o 
doador da vida.

Continue navegando