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ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO

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LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO 
 
ANATOMIA DOS RINS 
 
Estão situados no retroperitônio sobre a parede posterior do abdome, um de cada lado da coluna vertebral, no nível das 
vértebras T XII a L III. Na margem medial côncava do rim há uma fenda vertical, o hilo renal. O hilo renal é a entrada de um 
espaço no rim, o seio renal. As estruturas que servem aos rins (vasos, nervos e estruturas que drenam urina do rim) entram 
e saem do seio renal através do hilo renal. O hilo renal esquerdo situa-se perto do plano transpilórico, a cerca de 5 cm do 
plano mediano. O plano transpilórico atravessa o polo superior do rim direito, que está por volta de 2,5 cm mais baixo do que 
o polo esquerdo, provavelmente por causa do fígado. Posteriormente, as partes superiores dos rins situam-se profundamente 
às costelas XI e XII. Os níveis dos rins modificam-se durante a respiração e com mudanças posturais. Cada rim move-se 2 a 
3 cm em direção vertical durante o movimento do diafragma na respiração profunda. Como o acesso cirúrgico habitual aos 
rins é através da parede posterior do abdome, convém saber que o polo inferior do rim direito está aproximadamente um 
dedo superior à crista ilíaca. 
 
Figura 1: Anatomia de superfície dos rins e parte abdominal dos ureteres. 
 
O rim possui uma divisão segmentar, a qual é importante para compreensão das relações anatômicas, da irrigação e da 
drenagem dos rins, definida por: 
- Segmento superior 
 Segmento antero-superior 
- Segmento posterior 
 Segmento antero-inferior 
- Segmento inferior 
 
Figura 2: Divisão segmentar dos rins 
 
Superiormente, os rins estão associados ao diafragma, que os separa das cavidades pleurais e do 12º par de costelas. 
Inferiormente, as faces posteriores do rim têm relação com os músculos psoas maior medialmente e quadrado do lombo. O 
nervo e os vasos subcostais e os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal descem diagonalmente através das faces posteriores 
dos rins. O fígado, o duodeno e o colo ascendente são anteriores ao rim direito. Esse rim é separado do fígado pelo recesso 
hepatorrenal. O rim esquerdo está relacionado com o estômago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente. 
 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
 
Figura 3: Relações anatômicas dos rins. 
Anatomia externa: 
Três camadas de tecido circundam cada rim: 
Cápsula fibrosa = A camada mais profunda, é uma lâmina lisa e transparente de tecido conjuntivo denso não modelado que é 
contínuo com o revestimento externo do ureter. Ela serve como uma barreira contra traumatismos e ajuda a manter a forma 
do rim. 
Cápsula adiposa = A camada intermediária, é uma massa de tecido adiposo que circunda a cápsula fibrosa. Ela também protege 
o rim de traumas e ancora-o fortemente na sua posição na cavidade abdominal. 
Fáscia renal = A camada superficial, é outra camada fina de tecido conjuntivo denso não modelado que ancora o rim às 
estruturas vizinhas e à parede abdominal. Na face anterior dos rins, a fáscia renal localiza-se profundamente ao peritônio. 
 
 
Figura 4: Posição e revestimento dos rins 
 
Anatomia interna: 
Um corte frontal através do rim revela duas regiões distintas: uma região vermelha clara superficial chamada córtex renal e uma 
região interna mais escura castanha-avermelhada chamada medula renal. A medula renal consiste em várias pirâmides renais 
em forma de cone. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide está voltada para o córtex renal, e seu ápice 
(extremidade mais estreita), chamado papila renal, está voltado para o hilo renal. O córtex renal é a área de textura fina que 
se estende da cápsula fibrosa às bases das pirâmides renais e nos espaços entre elas. Ela é dividida em 
uma zona cortical externa e uma zona justamedular interna. As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides 
renais são chamadas colunas renais. 
Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais da medula renal constituem o parênquima, ou porção funcional do rim. 
No interior do parênquima estão as unidades funcionais dos rins – aproximadamente um milhão de estruturas microscópicas 
chamadas néfrons. O filtrado formado pelos néfrons é drenado para grandes ductos coletores, que se estendem através da 
papila renal das pirâmides. Os ductos coletores drenam para estruturas em forma de taça chamadas cálices renais maiores e 
cálices renais menores. Cada rim tem de 8 a 18 cálices renais menores e 2 ou 3 cálices renais maiores. 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
Um cálice renal menor recebe urina dos ductos coletores de uma papila renal e a carrega para um cálice renal maior. Uma 
vez que o filtrado entra nos cálices, torna-se urina, porque não pode mais ocorrer reabsorção. 
O motivo é que o epitélio simples dos néfrons e túbulos se tornam epitélio de transição nos cálices. Dos cálices renais maiores, 
a urina flui para uma grande cavidade única chamada pelve renal, e, em seguida, para fora pelo ureter até a bexiga urinária. 
O hilo se expande em uma cavidade no interior do rim chamada seio renal, que contém parte da pelve renal, os cálices e ramos 
dos vasos sanguíneos e nervos renais. O tecido adiposo ajuda a estabilizar a posição destas estruturas no seio renal. 
 
 
Figura 5: Aparência externa e interna dos rins 
 
ARTÉRIAS E VEIAS DOS RINS 
 
As artérias renais originam-se no nível do disco IV entre as vértebras L I e L II. A artéria renal direita, é mais longa devido à 
aorta estar anatomicamente mais próxima da artéria renal esquerda e ela passa posteriormente à veia cava inferior. Já a veia 
renal esquerda, é mais longa por ser anatomicamente mais distante da veia cava inferior do que a veia renal direita e ela 
recebe a veia suprarrenal esquerda, a veia gonadal (testicular ou ovárica) esquerda e uma comunicação com a veia lombar 
ascendente, e depois atravessa o ângulo agudo entre a AMS anteriormente e a aorta posteriormente. 
Obs.: É comum haver várias artérias renais, que geralmente entram no hilo renal. Artérias renais extra-hilares, ramos da artéria 
renal ou da aorta, podem entrar na face externa do rim, muitas vezes em seus polos. 
 
Figura 6 e 7: Vascularização dos rins 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
 
No rim, a artéria renal se divide em várias artérias segmentares, que irrigam diferentes segmentos do rim. Cada artéria 
segmentar emite vários ramos que penetram no parênquima e passam ao longo das colunas renais entre os lobos renais como 
as artérias interlobares. As artérias segmentares são distribuídas para os segmentos renais do seguinte modo: 
O segmento superior (apical) é irrigado pela artéria do segmento superior (apical); os segmentos anterossuperior e 
anteroinferior são supridos pelas artérias do segmento anterior superior e do segmento anterior inferior; e o segmento 
inferior é irrigado pela artéria do segmento inferior. Essas artérias originam-se do ramo anterior da artéria renal. A artéria 
segmentar posterior, que se origina de uma continuação do ramo posterior da artéria renal, irriga o segmento posterior do 
rim. 
Um lobo renal consiste em uma pirâmide renal, um pouco da coluna renal em ambos os lados da pirâmide renal, e o córtex 
renal na base da pirâmide renal. Nas bases das pirâmides renais, as artérias interlobulares se arqueiam entre o córtex e a 
medula renais, conhecidas como artérias arqueadas. As divisões das artérias arqueadas produzem várias artérias interlobulares. 
Estas artérias irradiam para fora e entram no córtex renal. Neste local, emitem ramos chamados arteríolas glomerulares 
aferentes. Cada néfron recebe uma arteríola glomerular aferente, que se divide em um enovelado capilar chamado glomérulo. 
Glomérulos capilares então se reúnem para formar uma arteríola glomerular eferente, que leva o sangue para fora do 
glomérulo. Os capilares glomerulares são únicos entre os capilares no corpo, porque estão posicionados entre duas 
arteríolas, em vez de entre uma arteríola e uma vênula. Como são redes capilares e também têm participação importante na 
formação de urina, os glomérulos sãoconsiderados parte tanto do sistema circulatório quanto do sistema urinário. 
As arteríolas eferentes se dividem para formar os capilares peritubulares, que circundam as partes tubulares do 
néfron no córtex renal. Estendendo-se de alguns capilares glomerulares eferentes estão capilares longos, em forma de alça, 
chamados arteríolas retas, que irrigam porções tubulares do néfron na medula renal. 
Os capilares peritubulares por fim se unem para formar as veias interlobulares, que também recebem sangue das arteríolas 
retas. Em seguida, o sangue flui pelas veias arqueadas para as veias interlobares, que correm entre as pirâmides renais. 
O sangue sai do rim por uma veia renal única que emerge pelo hilo renal e transporta o sangue venoso para a veia cava 
inferior. 
 
 
Figura 8: Esquematização da vascularização nos rins – irrigação e drenagem 
 
 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
ANATOMIA DOS URETERES 
 
Os ureteres são ductos musculares (25 a 30 cm de comprimento) com lumens estreitos que conduzem urina dos rins para 
a bexiga. Seguem inferiormente, dos ápices das pelves renais nos hilos renais, passando sobre a margem da pelve na 
bifurcação das artérias ilíacas comuns. A seguir, passam ao longo da parede lateral da pelve e entram na bexiga urinária. 
As partes abdominais dos ureteres aderem intimamente ao peritônio parietal e têm trajeto retroperitoneal. Nas costas, a 
impressão superficial do ureter é uma linha que une um ponto 5 cm lateral ao processo espinhoso de LI e a espinha ilíaca 
posterossuperior. Os ureteres ocupam um plano sagital que cruza as extremidades dos processos transversos das vértebras 
lombares. 
Nas radiografias contrastadas, os ureteres normalmente apresentam constrições relativas em três locais: 
1. JUP (Junção uretero-pévica) - Na junção dos ureteres e pelves renais 
2. JUAIC (Junção uretero-arterial ilíaca comum/ externa) - Onde os ureteres cruzam a margem da abertura superior 
da pelve e fazem cruzamento com os vasos ilíacos 
3. JUV (Junção uretero-vesical) - Durante sua passagem através da parede da bexiga urinária. 
Essas áreas de constrição são possíveis locais de obstrução por cálculos ureterais. 
 
 
Figura 9: Pontos de constrição dos ureteres 
 
As partes pélvicas dos ureteres seguem nas paredes laterais da pelve, paralelas à margem anterior da incisura isquiática maior, 
entre o peritônio parietal da pelve e as artérias ilíacas internas. Próximo à espinha isquiática, eles se curvam anteromedialmente, 
acima do músculo levantador do ânus, e entram na bexiga urinária. As extremidades inferiores dos ureteres são circundadas 
pelo plexo venoso vesical. 
Os ureteres passam obliquamente através da parede muscular da bexiga urinária em direção inferomedial, entrando na face 
externa da bexiga urinária distantes um do outro cerca de 5 cm, mas suas aberturas internas no lúmen da bexiga urinária 
vazia são separadas por apenas metade dessa distância. Essa passagem oblíqua através da parede da bexiga urinária forma 
uma “válvula” unidirecional, e a pressão interna ocasionada pelo enchimento da bexiga urinária causa o fechamento da 
passagem intramural. Além disso, as contrações da musculatura vesical atuam como esfíncter, impedindo o refluxo de urina 
para os ureteres quando a bexiga urinária se contrai, o que aumenta a pressão interna durante a micção. A urina é transportada 
pelos ureteres por meio de contrações peristálticas, sendo levadas algumas gotas a intervalos de 12 a 20 segundos. 
Nos homens, a única estrutura que passa entre o ureter e o peritônio é o ducto deferente, que cruza o ureter na prega 
interuretérica do peritônio. O ureter situa-se posterolateralmente ao ducto deferente e entra no ângulo posterossuperior da 
bexiga urinária, logo acima da glândula seminal. 
Nas mulheres, o ureter passa medialmente à origem da artéria uterina e continua até o nível da espinha isquiática, onde é 
cruzado superiormente pela artéria uterina. Em seguida, passa próximo da parte lateral do fórnice da vagina e entra no ângulo 
posterossuperior da bexiga urinária. 
 
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DOS URETERES 
 
Os ramos arteriais para a parte abdominal do ureter originam-se regularmente das artérias renais, com ramos menos 
constantes originando-se das artérias testiculares ou ováricas, da parte abdominal da aorta e das artérias ilíacas comuns. Os 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
ramos aproximam-se dos ureteres medialmente e dividem-se em ramos ascendente e descendente, formando uma 
anastomose longitudinal na parede do ureter. Entretanto, os ramos uretéricos são pequenos e relativamente delicados, e a 
ruptura pode causar isquemia apesar do canal anastomótico contínuo formado. 
A irrigação arterial das partes pélvicas dos ureteres é variável, proporcionada por ramos uretéricos originados das artérias 
ilíacas comuns, ilíacas internas e ováricas. Os ramos uretéricos anastomosam-se ao longo do trajeto do ureter, formando uma 
vascularização contínua, embora não necessariamente vias colaterais efetivas. As artérias mais constantes que irrigam as 
partes terminais do ureter nas mulheres são ramos das artérias uterinas. As origens de ramos semelhantes nos homens são 
as artérias vesicais inferiores. 
As veias que drenam a parte abdominal dos ureteres drenam para as veias renais e gonadais (testiculares ou ováricas) A 
drenagem venosa das partes pélvicas dos ureteres geralmente é paralela à irrigação arterial, drenando para veias de nomes 
correspondentes. 
 
Figura 10: Vascularização dos ureteres 
 
VASOS LINFÁTICOS DOS RINS E DOS URETERES: 
 
Os vasos linfáticos renais acompanham as veias renais e drenam para os linfonodos lombares direito e esquerdo (cavais e 
aórticos). Os vasos linfáticos da parte superior do ureter podem se unir àqueles do rim ou seguir diretamente para os 
linfonodos lombares. Os vasos linfáticos da parte média do ureter geralmente drenam para os linfonodos ilíacos comuns, 
enquanto os vasos de sua parte inferior drenam para os linfonodos ilíacos comuns, externos ou internos. 
 
 
Figura 11: Drenagem linfática dos rins e ureteres 
 
A drenagem linfática das partes pélvicas dos ureteres, geralmente, os vasos linfáticos seguem principalmente para os 
linfonodos ilíacos comuns e internos. 
 
 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
NERVOS DOS RINS E DOS URETERES 
 
Muitos nervos renais se originam no gânglio renal e passam pelo plexo renal. Os nervos para os rins originam-se do plexo 
nervoso renal e são formados por fibras simpáticas e parassimpáticas. Os nervos renais integram a parte simpática 
da divisão autônoma do sistema nervoso. A maior parte consiste em nervos vasomotores que regulam o fluxo sanguíneo 
renal, causando dilatação ou constrição das arteríolas renais. 
O plexo nervoso renal é suprido por fibras dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos (principalmente o imo). Os nervos da 
parte abdominal dos ureteres provêm dos plexos renal, aórtico abdominal e hipogástrico superior. As fibras aferentes viscerais 
que conduzem a sensação de dor (p.ex., causada por obstrução e consequente distensão) acompanham as fibras simpáticas 
retrógradas até os gânglios sensitivos espinais e segmentos medulares T11–L2. A dor ureteral geralmente é referida no 
quadrante inferior ipsolateral da parede anterior do abdome e principalmente na região inguinal. 
 
 
Figura 12: Inervação dos ureteres Figura 13: Inervação dos rins 
 
ANATOMIA DA BEXIGA URINÁRIA 
 
A bexiga urinária, uma víscera oca que tem fortes paredes musculares, é caracterizada por sua distensibilidade, 
situado na cavidade pélvica posteriormente à sínfise púbica. A bexiga é um reservatório temporário de urina e varia em 
tamanho, formato, posição e relações de acordo com seu conteúdo e com o estado das vísceras adjacentes. Quando vazia, 
a bexiga urinária do adulto está localizada na pelve menor, situada parcialmente superior e parcialmente posterior aos ossos 
púbicos. É separada desses ossos pelo espaço retropúbico (de Retzius) virtual e situa-se principalmente inferior ao peritônio, 
apoiadasobre o púbis e a sínfise púbica anteriormente e sobre a próstata (homens) ou parede anterior da vagina (mulheres) 
posteriormente. 
A bexiga urinária está relativamente livre no tecido adiposo subcutâneo extraperitoneal, exceto por seu colo, que é fixado 
firmemente pelos ligamentos laterais vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, sobretudo seu componente anterior, o 
ligamento puboprostático em homens e o ligamento pubovesical em mulheres. Nas mulheres, como a face posterior da 
bexiga urinária está diretamente apoiada na parede anterior da vagina, a fixação lateral da vagina ao arco tendíneo da fáscia 
da pelve, o paracolpo, é um fator indireto, mas importante na sustentação da bexiga urinária. 
Em lactentes e crianças pequenas, a bexiga urinária está no abdome mesmo quando vazia. Em geral, a bexiga urinária entra 
na pelve maior aos 6 anos de idade; entretanto, só depois da puberdade está completamente localizada na pelve menor. A 
bexiga urinária vazia no adulto situa-se quase toda na pelve menor, estando sua face superior no mesmo nível da margem 
superior da sínfise púbica. À medida que se enche, a bexiga urinária entra na pelve maior enquanto ascende no tecido adiposo 
extraperitoneal da parede abdominal anterior. Em alguns indivíduos, a bexiga urinária cheia pode chegar até o nível do umbigo. 
Ao fim da micção, a bexiga urinária de um adulto normal praticamente não contém urina. Quando vazia, a bexiga urinária tem 
um formato quase tetraédrico e externamente tem ápice, corpo, fundo e colo. As quatro superfícies da bexiga urinária 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
(superior, duas inferolaterais e posterior) são mais aparentes na bexiga urinária vazia e contraída que foi removida de um 
cadáver, quando o órgão possui o formato semelhante ao de um barco. 
No assoalho da bexiga urinária encontra-se uma pequena área triangular chamada trígono da bexiga. Os dois cantos posteriores 
do trígono da bexiga contêm os dois óstios dos ureteres; a abertura para a uretra, o óstio interno da uretra, 
encontra-se no canto anterior. Como a sua túnica musculosa está firmemente ligada à túnica muscular, o trígono da bexiga 
tem uma aparência lisa. 
 
 
Figura 14: Ureteres, bexiga urinária e uretra na mulher 
 
Histologia da bexiga: 
 
Três camadas formam a parede da bexiga urinária. A mais profunda é a túnica mucosa, uma membrana mucosa 
composta por epitélio de transição e uma lâmina própria subjacente semelhante à dos ureteres. O epitélio de transição 
possibilita o estiramento. Além disso, existem pregas de mucosa que possibilitam a expansão da bexiga urinária. Em torno da 
túnica mucosa está a intermediária túnica muscular, também chamada músculo detrusor da bexiga, que é formada 
por três camadas de fibras de músculo liso: as camadas longitudinal internamente, circular na parte intermédia e 
longitudinal externamente. Em torno da abertura da uretra, as fibras circulares formam o músculo esfíncter interno da 
uretra; abaixo dele está o músculo esfíncter externo da uretra, composto por músculo esquelético e proveniente do 
músculo transverso profundo do períneo. O revestimento mais superficial da bexiga urinária nas faces 
posterior e inferior é a túnica adventícia, uma camada de tecido conjuntivo areolar que é contínua com a dos ureteres. 
Sobre a face superior da bexiga urinária está a túnica serosa, uma camada de peritônio visceral. 
 
ANATOMIA DA URETRA 
 
A uretra é um pequeno tubo que vai do óstio interno da uretra no assoalho da bexiga urinária até o exterior do corpo. Em 
homens e mulheres, a uretra é a parte terminal do sistema urinário e a via de passagem para a descarga de urina do corpo. 
Nos homens também libera sêmen. Além disso, a uretra se estende do óstio interno da uretra até o exterior, mas nos homens 
o seu comprimento e via de passagem através do corpo são consideravelmente diferentes das mulheres. A uretra masculina 
primeiro atravessa a próstata, em seguida o musculo transverso profundo do períneo e, finalmente, o pênis, percorrendo a 
distância de aproximadamente 20 cm. 
A uretra masculina, que também consiste em uma túnica mucosa profunda e uma túnica muscular superficial, é 
subdividida em três regiões anatômicas: 
1. A parte prostática, que passa através da próstata. 
2. A parte membranácea, a porção mais curta, que atravessa o músculo transverso profundo do períneo. 
3. A parte esponjosa, a mais longa, que atravessa o pênis. 
Várias glândulas e outras estruturas associadas à reprodução liberam seus conteúdos na uretra masculina. 
A parte prostática da uretra contém as aberturas (1) dos ductos que transportam secreções da próstata e (2) das 
glândulas seminais e do ducto deferente, que liberam os espermatozoides para a uretra e fornecem secreções que 
neutralizam a acidez do sistema genital feminino e contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides. 
LETICIA T SANTOS - MEDICINA 
Os ductos das glândulas bulbouretrais se abrem na parte esponjosa da uretra. Eles liberam uma substância alcalina antes da 
ejaculação, que neutraliza a acidez da uretra. As glândulas também secretam muco, que lubrifica a extremidade do pênis 
durante a excitação sexual. Ao longo da uretra, mas especialmente na parte esponjosa da uretra as aberturas dos ductos das 
glândulas uretrais liberam muco durante a excitação sexual e ejaculação. 
Nas mulheres, a uretra encontra-se diretamente posterior à sínfise púbica; é dirigida obliquamente, inferior e anteriormente; e 
tem um comprimento de 4 cm. A abertura da uretra para o exterior, o óstio externo da uretra, está localizada entre o clitóris e 
a abertura vaginal. 
Essa diferença de tamanho da uretra masculina para a feminina justifica o fato de ser mais comum infecções urinárias em 
mulheres do que em homens. 
 
 
Figura 15: Uretra masculina e uretra feminina 
 
REFERÊNCIAS 
 
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001 
TORTORA, G.J. Princípios de anatomia e fisiologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2017

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