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1 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 Etmologia • Anatomia: ramo da biologia no qual se estudam a estrutura e a organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente; • Radiologia: parte da ciência que estuda órgãos e/ou estruturas através da utilização dos diversos diagnósticos por imagem; • Anatomia radiológica: estudo morfológico e seccional dos diversos sistemas que compõe o corpo humano, nos diferentes métodos de diagnóstico por imagem, incluindo RX, TC, RM, USG e Medicina Nuclear. Desses, o raio X e a tomografia (parte de crânio) serão mais enfatizados durante o curso, pois são métodos que devem ser de domínio do método generalista, em relação a interpretação e avaliação das imagens. A ultrassonografia é um método examinador dependente, que deve ser de conhecimento geral a indicação, a serventia e os pontos fracos e fortes. A ressonância e a medicina nuclear são métodos muito específicos. Objetivos • Identificar as estruturas anatômicas perante aos diferentes estudos radiológicos; • Interpretar as diferentes técnicas e incidências radiológicas referentes aos estudos. Indicados para a avaliação do tórax: RX e TC são os principais. Tem também RM e US. • RX: Método de investigação inicial pra qualquer tipo de queixa torácica; se não for urgência ou situação que requeira uma rapidez de diagnóstico, brevidade da condução ou severidade maior. Se o raio X não esclarecer → tomografia. • TC: Padrão ouro para patologias torácicas. Quadro clássico de dissecção de aorta (dor torácica lancinante – pontada, fisgada interna)→ angioTC. • US: Indicações bem específicas, como por exemplo: avaliação das características (exsudato, transudato, empiema, derrame purulento, hemotórax?) de um derrame pleural (imagem de parábola vista pelo raio X), derrames pleurais muito pequenos (<200ml). Alguns achados investigam pneumotórax. A onda sonora da USG não se propaga bem no meio gasoso e, por isso, não é um método de rotina para avaliação. • RM: Método bem demorado; não serve para ver parênquima pulmonar. Indicado em casos de exceção, onde há contraindicação da tomografia. Pode avaliar um TEP que tenha contraindicação ao uso do contraste iodado, por exemplo. Anatomia radiológica torácica Avaliação de: cartilagem da glândula tireoide, estruturas ósseas, partes moles, estruturas do mediastino, parênquima pulmonar. É preciso ter uma metodologia para avaliar esse raio X de toráx - Minemônico referente as iniciais em inglês: A (vias aéreas), B (respiração – campos pulmonares), C (circulação – grandes vasos e coração), D (difragama), e E (o que tiver a mais). Anatomia Radiológica torácica O raio X é um método que transforma a estrutura tridimensional (corpo humano). Ultrapassa o nosso corpo, impressiona o filme radiográfico e tem o processo de revelação, se transformando em uma imagem bidimensional. Com isso, pode haver sobreposição de estruturas, o que pode levar, por exemplo, uma costela a esconder um nódulo pulmonar. Anatomia radiológica: Segmento Torácico 2 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 Para avaliar um raio X de tórax, eu tenho que inicialmente saber se ele está com uma boa qualidade técnica que permita a avaliação: Exposição, posicionamento e inspiração PARÂMETROS: • Exposição: quantidade de raio X que atinge o filme radiográfico; a dose tem que ser usada de acordo com o biotipo do paciente. Paciente mais magro (espessura menor de tecidos para ser ultrapassada) → quantidade menor. O objetivo é que o raio X ultrapasse o corpo do paciente e impressione a chapa radiográfica. • Posicionamento: raio X rodado ou não. As omoplatas (escápula) precisam estar fora do campo pulmonar e, por isso, o paciente precisa colocar a mão na cintura e rodar o cotovelo pra frente. As omoplatas tem densidade de osso, podendo se sobressair e esconder um infiltrado pulmonar ou um nódulo, por exemplo. • Inspiração: grau de insuflação pulmonar. Para que o raio X possa fornecer um diagnóstico, precisa ter uma boa qualidade técnica, com exposição, posicionamento e inspiração adequados. Avaliação quanto à exposição Ideal. A quantidade de raio X está ajustada ao biotipo do paciente. Coloração satisfatória. Visualização satisfatória dos corpos vertebrais superiores e médios (não tão bem os corpos vertebrais retrocardíacos), parênquima pulmonar, campos pulmonares, delineamento de estruturas vasculares (saem do hilo em todas as direções do pulmão em forma de raio). Superpenetrado. Dá pra ver muito os corpos vertebrais, incluindo os retrocardíacos (tá parecendo que é raio X de coluna). Não dá pra delinear a imagem dos vasos (pulmão muito preto). Se tiver um infiltrado pulmonar, talvez não dê pra ver. Subpenetrado. A quantidade de raio X não conseguiu ultrapassar o corpo do paciente pra impressionar o filme. Não dá pra ver o parênquima pulmonar retrocardíaco. Não dá pra ver nódulo, processo pneumônico, corpos vertebrais (desde a altura da clavícula). Então, eu posso perder alguma alteração. EXPOSIÇÃO ADEQUADA • A: vias aéreas; analisar a traqueia (tem que estar centrada; densidade de ar), brônquio fonte direito, brônquio fonte esquerdo, carina (união dos brônquios fonte). Lembrar: atelectasia puxa a taqueia para o mesmo lado; derrame pleural empurra a traqueia para o outro lado. • B: respiração; campos pulmonares (direito e esquerdo) - volume (tem que ser mais ou menos igual), simetria, coloração (cor habitual). Redução da transparência em parte específica → massa, infiltrado pulmonar, processo pneumônico. Aumento da transparência → aprisionamento de ar, bolha enfisematosa. Avaliar se tem alguma atelectasia, que leva a redução volumétrica do pulmão; processo de aprisionamento aéreo, enfisema pulmonar, DPOC → hiper expansão de um pulmão. • C: Circulação; avalia o coração e os grandes vasos. Veia cava superior, átrio direito, crossa aórtica, artéria pulmonar, ventrículo esquerdo. 3 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 Analisar mediastino (largura/espessura). Aumento do espaço em que a circulação tá contida, densidade de água/líquido → Inferior (pode representar uma cardiomegalia); → superior (pode representar um aneurisma). • D: Diafragma; Cúpula (diafragma) frênica direita e esquerda. A concavidade é o normal; a retificação é um padrão anormal. Analisar elevação ou rebaixamento. Normalmente, o diafragma direito é um pouco mais elevado (2cm) que o esquerdo, porque o fígado é maior que o baço e empurra o diafragma pra cima. • E: O que tiver a mais; arcabouço ósseo, corpos vertebrais, clavículas (direita e esquerda), escápulas (direita e esquerda), cabeça do úmero e úmero (se possível), arcos costais anteriores e posteriores; partes moles da musculatura e do subcutâneo; acessos (avaliar topografia), drenos, próteses, sondas. É possível ver fratura de costelas, enfisema subcutâneo, tumor ósseo. Avaliação quanto à inspiração Diz respeito à extensão longitudinal do campo pulmonar. O pulmão, quando se enche de ar, empurra o diafragma pra baixo e fica maior (mais cumprido) A altura precisa ser satisfatória. Quando o pulmão está menos insuflado (imagem 1), o mediastino fica com mais espaço: o coração fica horizontalizado (simula cardiomegalia), os grandes vasos ficam espalhados (a gente fica sem saber se tem ectasia), os vasos intrapulmonares ficam mais calibrosos (simula infiltrado pulmonar). O ideal é que o paciente encha bem o pulmão de ar para que os alvéolos cheios de ar comprimam os vasos pulmonares, deixando o pulmão com densidade mais escura (mais fácil de identificar infiltrados pulmonares). Com a inspiração adequada, o coração fica mais verticalizado, tornando mais fácil a identificaçãode uma possível cardiomegalia. O mediastino fica mais estreito, sendo possível o descarte de uma dilatação aórtica, por exemplo. CONTANDO AS COSTELAS O cumprimento do pulmão (análise da inspiração satisfatória) é feito através da contagem das costelas (critério). ❖ É preciso saber diferenciar as costelas anteriores das posteriores. ❖ É importante contar as costelas quando se tem uma fratura ou dreno inserido. ❖ Costelas anteriores → formato mais oblíquo. ❖ Costelas posteriores → formato mais horizontal. É possível melhor visualização. ❖ Para um raio X estar com inspiração satisfatória, os campos pulmonares devem cobrir entre a 7º e a 9º costelas anteriores e entre a 9º e a 11º costelas posteriores. A 1º costela anterior tem um formato mais atípico (é bem curtinha). A 1º costela posterior é bem pequena e, às vezes, a 1º posterior tá sobreposta na 2º. Geralmente a insuflação é no olhômetro. 4 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 Posicionamento Diz respeito principalmente à rotação. O pulmão precisa estar todo encostado no filme. Se o paciente tiver mais encostado para um lado ou para o outro, fica mais difícil avaliar. Pra ver se está rodado é preciso traçar uma linha vertical entre os processos espinhosos (central e inferior) dos corpos vertebrais. Avaliar a distância da linha em relação à borda medial da clavícula e comparar as distâncias de um lado e do outro (linhas verde e amarela). Se o raio X não tivesse rodado, as linhas teriam o mesmo cumprimento. Como o raio X tá rodado, eu vou dizer que está rodado para a direita (o lado direito do paciente está mais perto do filme), o que prejudica o diagnóstico (qualidade técnica inadequada). Se for uma urgência ou se o paciente tiver pouco colaborativo, mesmo que o raio X não tenha uma boa qualidade técnica, deixa passar, pois não pode atrasar o diagnóstico. É importante analisar a posição da escápula Conclusão: os 3 parâmetros para a qualidade técnica do raio X são: inspiração (insuflação pulmonar), exposição (penetração) e posicionamento (diz respeito a rotação e a topografia da clavícula). Incidências As 3 incidências básicas do raio X de tórax são: AP (anteroposterior), PA (póstero-anterior), e perfil. PA: Incidência póstero-anterior. É a melhor incidência que tem. Nessa incidência, o raio X entra posterior e sai anterior, onde fica o filme. Quanto mais distante a estrutura estiver do filme, mais distorcida ela será. Na PA, o filme fica pertinho do coração, distorcendo-o menos. Se só houver a opção de fazer 1 incidência → fazer PA. O ideal é que se faça 2 incidências (PA e perfil). Isso, para que seja possível evitar a sobreposição de densidades, minimizando a limitação do raio X. AP: Incidência anteroposterior. O raio X entra anterior e sai posterior. O filme fica posterior, distorcendo mais a imagem cardíaca e alargando os grandes vasos. É feito quando o paciente não tem condição (torporoso, acamado) de ficar em ortostase. Não tem como o raio X ir por baixo da maca. O paciente que faz AP, na maioria das vezes, é não colaborativo e, por isso, insufla menos o pulmão. O pulmão menos insuflado favorece que o coração deite e os grandes vasos fiquem mais espalhados. Olhar as estruturas com calma. Prestar atenção na lateralidade (cai na prova). Existem algumas estruturas que não são possíveis de identificar, como por exemplo, a veia ázigo, pois só é vista quando alterada. Analisar escápula, clavícula, traqueia (centralização), processo espinhoso, borda do ventrículo esquerdo, átrio direito, bolha de ar gástrica ... Pulmões Os pulmões são divididos em lobos e segmentos. Segmento (não cai na prova) é uma coisa muito específica, já pra radiologista. 5 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 O pulmão direito tem 3 lobos, enquanto o pulmão esquerdo tem apenas 2 lobos. Do lado direito, eu tenho a incisura horizontal (menor) que separa o lobo superior do médio. O local que é considerado lobo médio no lado direito, no lado esquerdo é denominado lingula. O espaço físico existe, o que não tem é a delimitação da incisura menor. • A lingula faz parte do lobo superior esquerdo. • Do lado esquerdo, só existe lobo superior e inferior, separados pela incisura oblíqua (maior). • À direita, a incisura oblíqua separa o lobo inferior do superior + médio. Resumo: Direita (3 lobos – superior, médio e inferior + 2 cisuras – horizontal e oblíqua); esquerda (2 lobos – superior e inferior + 1 incisura - oblíqua). Raio X de tórax: avaliar primeiro os parâmetros técnicos (inspiração, exposição e posicionamento). • Boa penetração: é possível ver o parênquima pulmonar retrocardíaco, corpos vertebrais mais superiores, sombra dos vasos pulmonares com disposição radiada partindo do hilo e indo até a periferia do pulmão. • Boa inspiração: boa altura do campo pulmonar (entre a 7º-9º costelas anteriores e entre 9º e 11º costelas posteriores) • Posicionamento: não tem uma rotação importante; talvez esteja um pouco rodado. ❖ A: vias aéreas → traqueia centrada, sem desvios. Observa-se o brônquio fonte direito e esquerdo. ❖ B: campos pulmonares → simétricos, volume semelhante, cúpulas frênicas aproximadamente na mesma altura, transparência boa e homogênea. ❖ C: circulação → avalia-se os grandes vasos, área cardíaca - tamanho e aspecto adequado. É importante ir seguindo os vasos do centro pra periferia, em aspecto irradiado. Avaliar alargamento de mediastino, possibilidade de aneurisma, aumento da área cardíaca. Avaliar a circulação em relação ao formato e largura. É necessário entender os contornos mediastinais. Direita: existem 2 contornos (superior e inferior). O contorno superior corresponde à veia cava superior; o contorno inferior é átrio direito. Esquerda: existem 3 contornos (superiores, médio e inferior). O contorno superior é o botão aórtico, o médio o tronco da artéria pulmonar, já o inferior é o ventrículo esquerdo. A cefalização está associada a uma congestão dos vasos, edema intersticial cardíaco. ❖ D: cúpulas frênicas → observa-se a direita e a esquerda. Se tiver elevação pode ser um processo de atelectasia; se tiver rebaixamento e retificação pode ser uma DPOC, enfisema. 6 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 ❖ E: as demais coisas. Na seta vermelha observa-se a bolha de ar gástrica. Corresponde a parte mais alta do estômago, que é o fundo gástrico. Sabe-se que o gás sobe e o líquido desce; ao se fazer um raio-X em pé e o paciente tem conteúdo líquido do estômago, a parte líquida desce completamente e o gás fica na porção superior. Essa separação de líquido e gás é demarcado por uma linha (em amarelo) denominado nível hidroaéreo. Esse nível só acontece se paciente estiver em pé, logo, ao se identificar uma bolha gástrica com nível hidroaéreo (formato em meia- lua), pode-se afirmar que o raio-X de tórax foi feito em ortostase e em PA (incidência póstero-anterior). Lobos pulmonares Imagem: o pulmão direito tem três lobos e uma incisura a mais, que é a incisura menor, separando o lobo superior do lobo médio; já a incisura maior separa o lobo superior e médio do lobo inferior. Do lado esquerdo, como não existe o lobo médio, a incisura maior (oblíqua) separa o lobo superior do lobo inferior. Essa região que é chamada de lobo médio e é separada pela incisura menor ... do lado esquerdo não existe, sendo então chamada de língula (estrutura não muito bem delimitada que faz parte do lobo superior). Só tem como dizer exatamente qual lobo está acometido por alguma enfermidade se tiver os raios-X de PA e perfil, pois o raio-X apenas em PA apresenta sobreposição de densidades e não possibilita noçãodo que é posterior e anterior. Se eu ver uma imagem nodular no raio-X de PA, nessa topografia (círculo vermelho), pode ser que seja lobo superior, mas pode ser que seja lobo inferior. Pode ser superior se for anterior; pode ser inferior se for posterior. A exceção é quando está bem no ápice pulmonar, que já se sabe que corresponde ao lobo superior. Mesmo assim, deve-se ver o perfil. Se no perfil tiver anterior, ele é lobo superior- língula/médio; se tiver posterior, ele é lobo inferior. Para se ter uma noção de onde a topografia/incisura passa (isso olhando no raio-X de perfil), passa-se uma linha de C6 até o ápice do coração; o que está pra trás é lobo inferior, o que está pra frente é superior e médio (no pulmão direito) ou superior (no pulmão esquerdo). Eventualmente, é possível ver no raio-X as linhas das cisuras no raio X de tórax, mas isso depende da técnica, do biotipo. *Na pneumonia lobar, a afecção fica delimitada pelas cisuras, sendo possível a visualização. Resumo: No raio X em PA a gente não vai saber dizer precisamente onde é a topografia, a menos que esteja no ápice pulmonar (lobo superior). Se tiver mais baixo, aí vai depender se está mais anterior (superior-língula/médio) ou se está mais posterior (lobo inferior). Daí a necessidade do PA e perfil. Supondo que essa marcação em azul seja um processo pneumônico, no raio-X de PA não se pode dizer com 7 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 certeza que é só lobo superior. Já ao se ver a imagem de perfil, observando que o processo pneumônico está pegando mais uma porção anterior, pode-se dizer que é lobo superior direito. Imagem: a intenção é a visualização do lobo médio. Nota-se que o lobo médio é mais anterior e atrás dele está o lobo inferior. Dessa forma, apenas uma radiografia em PA não é suficiente para dizer qual é o lobo afetado, pois parece estar tanto no lobo médio quanto no lobo inferior. Imagem: a visualização do lobo inferior permite dizer que esse é uma estrutura mais posterior. Mesmo sendo chamado de inferior, ele sobe até certo ponto (vai até lá em cima). É tudo que está abaixo e atrás da cisura oblíqua. Cisuras pulmonares Relembrar: o pulmão direito tem 2 cisuras (horizontal e oblíqua) e o esquerdo tem só 1 (oblíqua). Em uma imagem de PA é possível localizar (saber o lobo) um processo pneumônico sem a imagem de perfil através do sinal radiográfico da silhueta. Primeiramente, silhueta é contorno; na radiologia, o contorno acontece sempre pela diferença de densidades, logo, ao observar a imagem D, é possível ver o contorno do átrio direito (em função da densidade de água presente no átrio direito) e adjacente uma densidade de ar; adjacente ao átrio direito é o lobo médio. No momento em que ocorre preenchimento de líquido nos alvéolos desse lobo médio, o que era de coloração mais próxima do preto no raio-X vai se tornar mais esbranquiçado, apresentando uma ausência do contorno do átrio direito. A PERDA DO CONTORNO É O SINAL DA SILHUETA, que representa a ausência dessa silhueta, pois as duas estruturas adjacentes estão preenchidas com a mesma densidade. Sabe-se que se trata do lobo médio porque o coração está mais anteriorizado e para apagar a imagem do coração, o lobo precisa ser também anterior. Por isso, é lobo médio. *No sinal da silhueta, os exemplos mais típicos são para o lobo médio, porém pode ser dado para qualquer contorno. Se tiver desaparecimento do contorno da veia cava superior, pode-se dizer que o processo está no lobo superior; se tiver desaparecimento da crossa aórtica ou do tronco pulmonar, pode-se afirmar que o processo está no lobo superior; se tiver desaparecimento do contorno do ventrículo esquerdo, o processo está na língula. Se tiver um processo em que o contorno da topografia do ventrículo esquerdo se mantém preservado, apesar da redução da transparência, o processo está no lobo inferior. Coração e vasos da base Saber a questão dos contornos do mediastino. O contorno da VCS é o contorno superior a direita e o contorno do átrio direito é inferior. 8 Beatriz Machado de Almeida Diagnóstico por imagem – Aula 3 O átrio direito é a câmara cardíaca mais à direita e o ventrículo esquerdo é a câmara cardíaca mais à esquerda. A esquerda eu tenho a crossa ou botão aórtico, o tronco da artéria pulmonar e o ventrículo esquerdo. No exemplo retratado, observa-se o contorno da veia cava superior (contorno superior à direita), seguido pelo átrio direito na porção inferior. Na porção superior esquerda, tem-se a crossa – ou botão – aórtico, seguido pelo tronco da pulmonar e finalizado pelo ventrículo esquerdo.
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