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EMPREENDEDORISMO 
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo
Apresentação da disciplina
Bem-vindo(a) à disciplina de Empreendedorismo!
Empreender é um desafio e, para obtermos o êxito desejado, o 
processo empreendedor requer muita atenção, conhecimento e 
dedicação. Será que todos podem empreender? 
Quando lembramos nossos sonhos de criança encontramos 
várias recordações empreendedoras latentes. Os sonhos que 
pareciam impossíveis nos moviam em determinada direção e 
adicionavam sabor à vida! Na idade adulta, muitas pessoas se 
reencontram com estes ideais, alguns antes mesmo de entrar 
para o mercado de trabalho formal, outros após acumular 
alguma experiência de vida. 
Mas este interesse não é de hoje! Os economistas, que já no 
século XVII buscavam definições e estudos sobre a atividade 
empreendedora, persistem esta corrente até os dias atuais, 
com o recente aporte dos psicólogos, voltados à parte 
comportamental do indivíduo, e muito se construiu em termos 
de estudos e conhecimento sobre o empreendedorismo.
Pergunte a si mesmo se você tem essa vocação empreendedora! 
Há características que nos definem como tal, algumas muito 
evidentes, outras nem tão óbvias assim.
Nessa disciplina você conhecerá aspectos da motivação empre-
endedora e as características que definem o empreendedor, além 
de conceitos, técnicas e ferramentas que auxiliam esta atividade. 
Estudaremos também a importância do empreendedorismo para 
o indivíduo e para a sociedade, como construtor de riqueza e 
desenvolvimento econômico e social, gerador de empregos e 
inclusão, fomentando a inovação e o processo criativo. 
Bons estudos!
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo
Introdução
Olá, seja bem-vindo(a) à primeira unidade de aprendizagem da 
disciplina Empreendedorismo!
Você sabia que o empreendedorismo é uma atividade muito 
antiga, cujo conceito está atrelado às expedições militares e 
mercantilistas dos séculos passados? Saberia dizer quais são os 
propósitos do empreendedorismo? Tem ideia da importância 
deste assunto para o desenvolvimento econômico? 
Neste tópico vamos estudar o histórico do empreendedorismo 
e conhecer as escolas de pensadores dedicadas a conceituar 
esta atividade, que, além do lucro direto, tem como propósito a 
realização pessoal.
Você também aprenderá sobre a importância do 
empreendedorismo para o desenvolvimento socioeconômico 
de um país, especialmente quando ele ocorre em um ambiente 
de pesquisa e inovação, produzindo bens e serviços de maior 
valor agregado, além de contribuir com o expressivo aumento 
de postos de trabalho. 
Bons estudos!
EMPREENDEDORISMO
Objetivos e conceitos de 
empreendedorismo
Vamos inciar nossa jornada pelo mundo do empreendedorismo? 
Seus primeiros passos serão compreender a formação do conceito 
de empreendedorismo, os tipos básicos de empreendedorismo e 
a importância desta atividade. 
Conceitos de empreendedorismo
Diversos pesquisadores já se dedicaram à tarefa de conceituar 
empreendedorismo. Para Dolabela (1999), por exemplo, o 
empreendorismo está ligado à realização e ao estilo de vida, 
sendo o trabalho confundido com prazer. Já para Pinchot 
(1989) a necesidade de realização é o fator que melhor define 
empreendedorismo. Por sua vez, Kuratko e Hodgetts (1998) 
afirmam que o empreendedorismo não se restringe apenas à 
criação de negócios, mas também à criação de oportunidades e 
ao compromisso de assumir riscos calculados.
Portanto, segundo estes autores, podemos afirmar que o 
empreendedorismo consiste na criação de negócios por meio 
de oportunidades identificadas, assumindo riscos calculados, 
atendendo aos anseios de realização pessoal daquele que 
empreende, encontrando prazer no trabalho e definindo um 
estilo de vida.
Para aprofundarmos nossa discussão acerca da evolução do 
conceito de empreendorismo, vamos conhecer agora as cinco 
escolas propostas por Filion (1999). Confira a seguir.
Escola econômica
Você sabe por que a palavra empreendedorismo, muitas vezes, 
remete à ideia de aventura arriscada em busca de lucro? O motivo 
são as primeiras abordagens sobre o assunto, em 1755, época 
das navegações comerciais e da exploração do novo mundo. 
Foi neste período que o economista francês Richard Cantillon 
(2002) projetou na incerteza da revenda de uma mercadoria, 
comprada por um preço certo, o risco de se obter lucro. 
EMPREENDEDORISMO
Fonte: Sergey Mikhaylov, Shutterstock, 2017.
Posteriormente, já na primeira metade do século XX, o economista 
austríaco Joseph Alois Schumpeter (1982) apresentou o conceito 
da “destruição criadora” e a ideia de inovação, ou seja, a 
introdução de novos produtos, processos, insumos e estruturas 
organizacionais. Perceba que nesta escola o objetivo é provocar 
uma destruição da ordem econômica vigente e propor uma 
nova solução. 
Escola comportamentalista
Ainda no fim do século XX são as características comportamentais 
que definem o empreendedor. McClelland (1972) caracterizou o 
empreedendor por meio de suas características e motivações, 
sendo a autorrealização o elemento fundamental de sua teoria. 
Para a maioria dos autores, esta escola e a escola econômica 
são consideradas as principais correntes que definem 
empreendedorismo. 
EMPREENDEDORISMO
Escola fisiológica
Nesta escola, Harrel (1994) defende que o empreendedorismo é 
uma característica inata do indivíduo, no qual o ambiente pouco 
interfere; reforçando a ideia de que o indivíduo já nasce pronto. 
Escola positivo-funcional
Neste momento, a relação entre o indivíduo e o ambiente 
ganha importância. Para Filion (1999) e Miner (1998) não basta 
o indivíduo ser um empreendedor por natureza, pois o sucesso 
depende também do ambiente.
Escola do mapeamento cognitivo
Por fim, Cossette (1994) define o empreendedorismo a partir 
do raciocínio estratégico. Para ele, é preciso estar atento ao 
ambiente e voltado ao conhecimento e à inovação. Você deve 
perceber que nesta escola o capital intelectual e a inovação são 
os pilares fundamentais do processo empreendedor. 
Os principais aspectos do 
empreendedorismo são: risco e lucro 
elevado; inovação e oportunidade; 
realização pessoal.
Empreendedorismo social e intraempreendedorismo
Você sabia que nem sempre o objetivo final do empreendedorismo 
é o lucro? É possível empreender também ajudando os outros. 
Você pode criar uma organização não governamental (ONG) 
e proporcionar ganhos sociais, por exemplo; ou fundar uma 
associação que promova o bem estar da sociedade ou de um 
grupo específico. A esta prática chamamos de empreendedorismo 
social (MELO NETO; FROES, 2002). 
Observe a seguir as diferenças entre o empreendedorismo 
privado, que visa o lucro individual, e o empreendedorismo 
social, voltado para a comunidade.
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo privado Empreendedorismo social
É individual É coletivo
Produz bens e serviços para o mercado Produz bens e serviços para a comunidade
Foco no mercado Foco nas soluções para problemas sociais
Tem no lucro sua métrica de desempenho Tem no impacto social sua métrica de desempenho
Propõe-se a satisfazer clientes e ampliar 
as potencialidades do negócio
Promove o bem estar social, removendo pessoas 
de situação de risco
Fonte: Adaptado de MELO NETO e FROES, 2002.
Outra forma reconhecida de empreendedorismo é o 
intraempreendedorismo. Você, por exemplo, já teve uma 
ideia que julgou fantástica, e que traria benefícios a uma 
organização, como uma melhoria no processo produtivo ou uma 
forma de atender melhor o cliente? A esta prática chamamos 
de intraempreendedorismo. Assim, podemos dizer que o 
intraempreendedorismo ocorre dentro de uma organização, 
pública ou privada, e busca inovação para competitividade 
(HASHIMOTO, 2006). 
O empreendedorismo social e o 
intraempreendedorismo são formas 
de empreender, produzir riqueza e 
obter realização pessoal dentro de uma 
organização.
Importância do empreendedorismo
Alguns estudiosos, como Timmons (1990), afirmam que o 
empreendedorismo é uma das revoluções silenciosas degrande 
impacto do século XX, assim como a Revolução Industrial 
no século XIX. Você saberia dizer por quê? Observe: se antes 
houve uma migração do campo para as cidades, e o abandono 
das atividades artesanais em prol da produção industrial, 
agora percebemos que ganha espaço a movimentação de 
microempreendedores e suas startups, com negócios digitais, 
iniciativas artesanais voltadas para a qualidade e customização 
dos bens e serviços, em linha com as orientações ambientais e 
EMPREENDEDORISMO
com novos ambientes de trabalho. Vale destacar ainda que as 
revoluções silenciosas provocam grandes mudanças, mas nem 
sempre podemos percebê-las de imediato, pois não há uma 
ruptura aparente.
Fonte: wavebreakmedia, Shutterstock, 2017.
Desta forma, devemos compreender que o empreendedorismo tem 
um papel fundamental na nova economia, pois, além de produzir 
inovação e conhecimento, ele é capaz de promover a melhoria 
contínua de processos, conhecida como inovação incremental, o 
que o torna ainda responsável pela geração de empregos e pela 
inclusão social. Vale destacar que a nova economia é aquela que 
abandona o emprego formal, como única forma de trabalho, e 
valoriza o conhecimento gerado dentro e fora das organizações.
Neste contexto, podemos dizer que o empreendedorismo é 
essencial para o desenvolvimento econômico de um país. Dornelas 
(2005) ressalta ainda que há dois tipos de empreendedores: o de 
oportunidade e o de necessidade. Vamos conhecer a diferença? 
Acompanhe.
EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo de necessidade está mais presente em 
países em desenvolvimento, como o Brasil, sendo resultado 
da necessidade de subsistência, do desemprego e da 
informalidade. Já o empreendedor por oportunidade, mais 
presente em países desenvolvidos, cria seu negócio com base 
em conhecimento de mercado e planejamento, com clara 
visão de onde pretende chegar. 
O empreendedorismo por oportunidade vem crescendo no 
Brasil, mas ainda não tem a representatividade ideal. É na 
inovação que encontramos valor agregado hoje e, portanto, 
maior oportunidade de geração de riqueza, aumento de renda 
e, consequentemente, desenvolvimento econômico e social. 
Fonte: Quick Shot, Shutterstock, 2017.
O incentivo à pesquisa e inovação 
promove o empreendedorismo 
por oportunidade, gerando 
desenvolvimento econômico e social 
em um país, além de riquezas.
EMPREENDEDORISMO
O Empreendedor
Introdução
Bem-vindo(a) à unidade de aprendizagem 2!
Todo empreendedor pode ser um gestor. Mas, será que todo 
gestor é, necessariamente, um empreendedor? Afinal, como 
podemos identificar um empreendedor? Quais são os aspectos 
que constituem este personagem que tomou conta do cenário 
dos negócios nos últimos anos? 
Na primeira unidade de aprendizagem estudamos o empreende-
dorismo, seus conceitos e importância. Agora você aprenderá a 
identificar o comportamento de um empreendedor, assim como 
suas características mais marcantes, com base em um perfil 
psicológico, e conhecerá ainda o conceito de Capital Intelectual. 
Bons estudos! 
EMPREENDEDORISMO
Teoria de McClelland, Capital 
Intelectual e perspectiva psicológica 
A partir de agora vamos estudar as características e o 
comportamento de um empreendedor, entender o conceito de 
Capital Intelectual e aprender sobre o trabalho do psicólogo 
David McClelland. 
Características comportamentais do empreendedor
Uma situação que vem mudando nas últimas décadas é a 
percepção de que nem todo administrador é um empreendedor, e 
que muitas vezes a habilidade de gestão não é, necessariamente, 
o forte de muitos empreendedores (DORNELAS, 2003).
Como já abordado anteriormente, podemos dizer que o risco é 
inerente ao lucro na atividade empreendedora, cuja proporção 
determinará sua atratividade.
Fonte: Shutterstock, 2017.
EMPREENDEDORISMO
Para que você aprofunde seus conhecimentos sobre os aspectos 
que envolvem o perfil do empreendedor, vamos estudar alguns 
conceitos. De acordo com Filion (1999), a base do empreendedor 
é a sua visão do negócio, e é por meio dela que o indivíduo 
organiza e desenvolve seu empreendimento, auxiliando a definir 
e atingir objetivos, mantendo elevado nível de consciência do 
ambiente, detectando oportunidades de negócios. A visão do 
negócio é responsável também por disparar o alerta para novas 
oportunidades e tomadas de decisões de risco moderado, com 
foco na inovação. 
Confira, a seguir, algumas características atribuídas aos 
indivíduos empreendedores, de acordo com Dornelas (2008).
Visionários: estabelecem uma visão de futuro e de vida do negócio, e têm habilidade de 
implementá-la.
Hábeis tomadores de decisão: tomam uma decisão com segurança, mesmo diante de adversidades, 
aplicando-a de modo rápido e seguro.
Sabem fazer a diferença: transformam a abstração em algo concreto, agregando valor a uma 
ideia de bem ou serviço.
Sabem explorar as oportunidades: enxergam oportunidades em ideias que outros não conseguem.
Determinados e dinâmicos: superam obstáculos com devoção aos objetivos.
Dedicados: investem o tempo que for necessário para concretizar seus planos.
Otimistas e apaixonados: acreditam em seus projetos e transformam a paixão em combustível 
para seguir em frente.
Independentes: têm na inovação a primazia, isto é, ser o primeiro a fazer algo, uma especial 
satisfação. Gostam de fazer seu próprio caminho.
Líderes aglutinadores: sabem estimular, valorizar e recompensar aqueles com quem trabalham.
Construtores de redes de relacionamento: sabem estabelecer relacionamentos produtivos, 
internos e externos.
Organizados: racionalizam muito bem seus recursos e capitais para maximizar seus desempenhos.
Hábeis planejadores: estruturam todos os passos da constituição de seus negócios, formalizando-
os em um consistente Plano de Negócios. 
Valorizam o conhecimento: têm consciência de que quanto mais souberem acerca do ramo de 
negócios maiores serão as chances de sucesso. 
EMPREENDEDORISMO
Têm consciência dos riscos: sabem mapear e gerenciar os riscos inerentes ao negócio pretendido, 
e têm ciência das chances de sucesso;
Criadores de valor para a sociedade: conseguem gerar valor para a sociedade por meio da 
inovação, criando novos empregos.
Desta forma, de acordo com Dolabela (1999), podemos dizer que 
o empreendedor de sucesso apresenta um conjunto de atitudes e 
comportamentos que o tornam mais criativo, aptos a reconhecer 
oportunidades e buscar recursos para negócios lucrativos. 
Fonte: Nokz, Shutterstock, 2017.
Dornelas (2008) elenca ainda três habilidades necessárias ao 
empreendedor. Observe a seguir.
Habilidades técnicas: conhecimento técnico sobre sua área de atuação e capacidade para 
trabalhar em grupo, ouvindo e comunicando com clareza.
Habilidades gerenciais: conhecimento de todas as áreas da empresa, da produção ao financeiro, 
controle dos processos e bom negociador.
Habilidades pessoais: disciplinado, inovador, persistente e apto a gerenciar o risco de desenvolver 
liderança com visão do negócio.
EMPREENDEDORISMO
Os empreendedores são capazes de 
observar oportunidades e conceber 
uma visão de futuro, dedicando tempo e 
esforço para a construção do negócio.
Conhecimento e Capital Intelectual 
No tópico anterior vimos que o empreendedor tem, entre várias 
características comportamentais, a capacidade de valorizar o 
conhecimento e construir redes de relacionamento (DORNELAS, 
2008).
Drucker (1994) define o conhecimento como o recurso econômico 
básico, substituindo o capital, os recursos naturais e a mão-de-
obra como meios de produção, e gerenciá-lo eficientemente se 
tornou fator crítico de competitividade para as organizações. 
É importante destacar que a Gestão do Conhecimento é um 
processo que facilita e estimula a criação, o compartilhamento e 
o uso de conhecimentos individuais e coletivos, agregando valor 
e acrescentando vantagem competitiva a processos, produtos e 
serviços (TERRA, 2005).
Considerando a importância da Gestão do Conhecimento, 
entender o conceitode Capital Intelectual é fundamental para 
uma ação empreendedora. O Capital Intelectual, segundo 
Stewart (1998), pode ser encontrado em três elementos, 
conforme veremos a seguir.
Capital Humano: provê inovação e renovação, que pode ser individual ou coletiva/empresarial.
Capital Estrutural: fornece o suporte por meio de sistemas de informação, redes, laboratórios, 
entre outros meios.
Capital Cliente: responsável pela conversão do capital intelectual em dinheiro, trata-se do valor 
dos relacionamentos de negócio entre uma empresa e as pessoas, seus clientes.
Capital
Humano
Capital
Estrutural
Capital
Cliente
Capital
Intelectual
EMPREENDEDORISMO
O Capital Intelectual é fundamental 
para uma organização se manter 
competitiva, investindo em fator 
humano, estrutural e na relação com os 
clientes.
A contribuição teórica de McClelland
Você sabe quem foi David McClelland? Considerado um dos mais 
importantes estudiosos do comportamento empreendedor, este 
psicólogo é responsável por importantes obras que serviram de 
referencial para estudos posteriores.
Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2017.
Agora, convido você a fazer uma rápida viagem pelo trabalho de 
McClelland. Acompanhe!
No início da década de 1950, junto com outros estudiosos, 
McClelland publicou “The Achievement Motive” (1953), obra 
que apresentou o conceito da motivação realização, resultado 
de suas pesquisas na Universidade de Wesleyan, entre 1947 e 
1952. Cinco anos depois, surge “Talent and Society” (1958), que 
trabalha os conceitos de personalidade e realização.
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_157125392.jpg?m=1509475720
EMPREENDEDORISMO
No Brasil, em 1972, McClelland apresenta a obra “Sociedade 
Competitiva” (1961), estabelecendo a relação entre motivação 
e desenvolvimento econômico. Neste livro, o autor propõe que 
a motivação humana reside em três necessidades: realização, 
afililação e poder.
Em 1982 McClelland realiza um novo estudo, que envolve 
empreendedores de 32 países, estabelecendo as dez 
Características do Comportamento Empreendedor (CCE’s), 
formando três conjuntos relacionados com as necessidades de 
realização, afiliação e poder. Posteriormente, as CCE’s foram 
aplicadas (Mansfield et al., 1987) em um estudo que produziu um 
questionário para inventariar as CCE’s (MSI, 1990), consolidando 
a contribuição teórica de McClelland para a pesquisa do 
empreendedorismo.
McClelland concebeu um modelo com 
dez características, baseadas nas três 
motivações do indivíduo (realização, 
afiliação e poder), para avaliar o nível 
de empreendedorismo de cada um. 
EMPREENDEDORISMO
Necessidades e importância do 
empreendedorismo 
Introdução
Bem-vindo (a) à Unidade de Aprendizagem 3!
Será que todo empreendedor conhece suas potencialidades, 
sendo capaz de prever comportamentos diante das adversidades? 
Neste tópico de estudo vamos conhecer as motivações que 
impelem o ser humano à ação, e mais especificamente a buscar 
seus objetivos e realizar sua visão de negócio e de vida!
Você estudará também as necessidades importantes para a 
construção da motivação, os três conjuntos apontados pelo 
psicólogo David McClelland, além do seu método para avaliar o 
desempenho do empreendedor.
Bons estudos!
EMPREENDEDORISMO
Necessidades de realização, afiliação 
e poder, atitude e avaliação de 
desempenho
Você saberia dizer o que leva um empreendedor a seguir em frente 
com seus projetos e manter-se firme em seus propósitos? Vamos 
aprender sobre os conceitos de motivação do empreendedor. 
Você conhecerá a teoria das necessidades do psicólogo David 
McClelland e estudará as Características Comportamentais 
Empreendedoras (CCE’s).
Motivação empreendedora
Tão importante quanto conhecer as características é 
compreender as motivações do empreendedor. Afinal, são elas 
que movem as pessoas a produzir transformações na sociedade.
Fonte: Shutterstock, 2017.
Puente (1982) listou alguns princípios que fazem aflorar a 
motivação humana. Acompanhe a seguir.
EMPREENDEDORISMO
Orientação clara para o futuro; toda energia é dedicada a projetos e 
objetivos que irão se estabelecer ao longo do tempo.
Busca pela excelência, com tendência a desencadear as potencialidades 
e experiências vividas, uma vez que a motivação está em atingir todo seu 
potencial, e não na consecução de objetivos.
Necessidade constante de feedback positivo, com foco na perfeição.
Coerência entre crenças e valores e aquilo que está sendo feito, pois o 
contrário seria desmotivador.
Podemos encontrar também fatores desmotivadores, que 
contaminam o ambiente, conforme estabelecido por Spitzer 
(1997) e apresentado no Quadro a seguir.
1. Politicagem dentro da organização 11. Falta de follow-up
2. Sonegação de informação 12. Tolerância ao desempenho inferior
3. Informações obscuras 13. Mudanças desnecessárias
4. Injustiças 14. Incapacidade da gerência
5. Regras desnecessárias 15. Competição interna excessiva
6. Propostas desencorajadoras 16. Excesso de controle
7. Trabalho mal projetado 17. Desonestidade
8. Críticas excessivas
18. Comportamento em relação a benefícios e 
responsabilidades mal gerenciados
9. Reuniões improdutivas 19. Hipocrisia
10. Subutilização de recursos humanos
20. Tédio decorrente do trabalho de má 
vontade
Fonte: adaptado de SPITZER, 1997.
Desta forma, é importante atenção para os elementos que 
interferem no desempenho, desmotivando as pessoas, e gerenciar 
as situações que possam comprometer o projeto. De acordo 
com Dolabela (1999), o empreendedor é automotivado, ou seja, 
valoriza a liberdade de ação; já o intraempreendedor, além de 
automotivado, aprecia o acesso a recursos organizacionais e 
possíveis recompensas dentro da organização. 
EMPREENDEDORISMO
Fonte: ImageFlow, Shutterstock, 2017.
Para Longenecker, Moore e Petty (1997), o lucro, a independência 
e um estilo de vida prazeroso resumem as recompensas 
esperadas por um empreendedor. O lucro, na abordagem dos 
autores, representa uma ruptura dos limites de ganhos, sendo 
mais importante para alguns indivíduos do que para outros. A 
independência, por sua vez, reside na possibilidade de ser chefe 
de si mesmo, consciente de que isso implica em mais dedicação e 
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_172337432_traduzida.jpg?m=1506064188
EMPREENDEDORISMO
uma jornada maior de trabalho. Por fim, estilo de vida prazeroso 
está diretamente associado à diversão com que as pessoas 
conduzem o trabalho, e no prazer e na satisfação da realização 
deste, independentemente do tamanho do empreendimento.
A motivação é o combustível que 
move o empreendedor na busca de 
seus objetivos, e o mantém firme no 
propósito escolhido.
As 10 Características de Comportamento 
Empreendedor (CCE’s) de David McClelland
O psicólogo McClelland (1972) afirma que realização, afiliação e 
poder são os motivadores que impulsionam o empreendedor. De 
acordo com ele, junto com estas motivações estão integradas dez 
características e comportamentos que definem o empreendedor.
No conjunto de realização temos cinco características, intrínsecas 
à necessidade de se desafiar e autoafirmar, que buscam a 
satisfação de chegar ao objetivo. Observe a seguir.
Busca de oportunidades e iniciativa: proatividade com vistas à expansão do negócio, atento às 
formas de obter recursos financeiros e materiais. 
Assumir os riscos calculados: avalia e gerencia riscos, controlando resultados, colocando-se em 
situação de risco moderado. 
Persistência: não se abate diante de obstáculos, buscando novas estratégias para superá-los, 
ainda que isto lhe custe grande esforço e dedicação.
Exigência de qualidade e eficiência: atento a processos de melhoria contínua, seja na qualidade, 
no tempo ou nos custos da execução, com o propósito de atender ao escopo previamente 
planejado. 
Comprometimento: envolve-se tanto que assume total responsabilidade, colaborando com os 
empregados, e até colocando-se no lugar deles para garantir queo trabalho seja concluído, 
sempre pensando na satisfação do cliente. 
No conjunto referente à associação, ou afiliação, definido pela 
necessidade de ser bem aceito pelas pessoas e de se relacionar, 
temos três características, conforme observaremos a seguir. 
EMPREENDEDORISMO
Busca de informações: dedicação total para obter informações sobre o ambiente externo 
(clientes, fornecedores e concorrentes) e ambiente interno, buscando formas de melhorar ou 
criar novos produtos e serviços.
Estabelecimento de metas: determina metas e objetivos desafiadores, realizáveis, carregados 
de significado pessoal. 
Planejamento e monitoramento sistemáticos: planeja o volume de tarefas, subdividindo-as em 
conjuntos menores, a justando o cronograma, controlando e avaliando a progressão, registrando 
todas as atividades e custos e mitigando riscos na tomada de decisões. 
Por fim, no conjunto de poder, voltado para as necessidades 
de dominar a situação, temos as duas últimas características. 
Confira a seguir.
Persuasão e redes de contato: desenvolve relações comerciais e pessoais para atingir seus 
objetivos, identificando e acionando pessoas-chave, persuadindo e influenciando os demais.
Independência e autoconfiança: prevalece a autonomia diante das regras e controles externos, 
confia em sua própria capacidade de resolução em momentos de dificuldades e resultados 
desanimadores.
Os estudos de McClelland evidenciaram o quanto as pessoas 
empreendedoras se destacam por suas características, ficando 
um passo à frente daqueles que não sentem necessidade de 
empreender.
Fonte: Gunnar Pippel, Shutterstock, 2017.
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_82765279.jpg?m=1509955990
EMPREENDEDORISMO
O conjunto de motivadores 
estabelecido por McClelland, 
realização, afiliação e poder, traduz 
com propriedade o comportamento 
empreendedor.
Avaliação do desempenho do empreendedor
Vamos conversar agora sobre a avaliação do desempenho 
do empreendedor. Você tem ideia de como podemos fazer 
isso? Saiba que existem vários instrumentos para inventariar a 
capacidade empreendedora. Um dos métodos mais difundidos 
no meio acadêmico é o questionário de McClelland (1987), que 
relaciona as Características Comportamentais Empreendedoras 
(CCEs).
O questionário é composto por 55 afirmações com o propósito 
de identificar as dez CCEs propostas pelo autor, integrantes dos 
três conjuntos de necessidades vistos anteriormente: realização, 
afiliação e poder.
O resultado da aplicação desta metodologia indicará a 
predominância de apenas uma das três necessidades por 
indivíduo, determinando seu comportamento empreendedor 
dominante.
Fonte: Rasdi Abdul Rahman, Sshutterstock, 2017.
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_324600887_traduzida.jpg?m=1508567816
EMPREENDEDORISMO
Por exemplo, aqueles que se destacam pela necessidade de 
realização tendem a buscar a excelência naquilo que fazem, 
estando em constante aprimoramento. Os empreendedores que 
apresentam este perfil são seduzidos por objetivos desafiadores, 
pelo prazer da conquista e realização.
Já os que têm na necessidade de afiliação sua maior 
representatividade, por outro lado, buscam o bom relacionamento 
com todos. Estes empreendedores procuram pessoas próximas, 
com quem tenham familiaridades, sendo este ponto mais 
importante do que as competências. Eles costumam trabalhar 
bem em equipe, mas falham na posição de liderança.
Os empreendedores, que têm na necessidade de poder a sua 
maior expressão, são capazes de influenciar os outros, além de 
ter a decisão em suas mãos. São propensos a impressionar os 
demais, pelo exercício do poder, e valorizam muito mais este 
aspecto do que a cooperação.
Conhecer a característica dominante 
permite ao empreendedor perceber 
fortalezas e fraquezas, e assim 
melhorar sua performance nos 
negócios.
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo no Brasil
Introdução
Diversas crises financeiras já assolaram o Brasil ao longo da 
história, exigindo criatividade e inovação da população e 
governantes. Você sabia que o empreendedorismo é uma 
ferramenta capaz de exercer um papel fundamental neste 
cenário, auxiliando o desenvolvimento econômico do país?
Vamos estudar a evolução histórica do empreendedorismo no 
Brasil e sua importância em nossas vidas. Você conhecerá o 
panorama atual desta prática, além aprender sobre as estratégias 
fundamentais para a obtenção de êxito nos negócios.
Vamos começar?
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo no Brasil – 
histórico e evolução
Estudaremos a importância do empreendedorismo para o 
crescimento econômico dos países; sendo nosso foco de 
aprendizagem o cenário brasileiro. 
Breve histórico
Para começar, vamos conhecer a história do empreendedorismo 
e do crescimento econômico no Brasil, por meio da trajetória de 
pessoas dispostas a mudar.
Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017.
De acordo com Chiavenato (2010), um dos grandes estudiosos 
da administração moderna, o empreendedorismo sempre esteve 
presente no Brasil, desde a descoberta do país, em 22 de abril 
de 1500. No período de colonização, o Brasil passou por um 
processo de explorações, invasões e centralização do poder pela 
coroa portuguesa, responsável por definir todas as negociações 
EMPREENDEDORISMO
naquela época. Importante destacar que o país enfrentou 
diferentes ciclos de evolução econômica, com grande impacto no 
nosso desenvolvimento, como o Ciclo do Pau-brasil (1501), Ciclo 
da Cana-de-açúcar (1530), Ciclo do Ouro (1560), Ciclo do Algodão 
(1600), Ciclo da Pecuária (1730), Ciclo do Café (1850) e Ciclo da 
Borracha (1890), conforme observamos no Quadro a seguir.
Ciclos Econômicos do Brasil
1501 1530 1560
1600
1730
1850 1890
Ciclo do
Pau- Brasil
Ciclo da Cana
de Açucar
Ciclo do
Ouro
Ciclo do
Algodão
Ciclo do
Pecuária
Ciclo do
Café
Ciclo da
Borracha
Fonte: adaptado de CHIAVENATO, 2010.
As grandes transformações 
ocorridas ao longo da história 
do Brasil demonstram como o 
empreendedorismo sempre esteve 
presente nas mudanças econômicas.
Cabe pontuar que todos os ciclos econômicos citados foram 
desenvolvidos tendo como base a mão de obra escrava, 
situação que só acabou em 1888. Somente neste momento 
o Brasil se tornou uma terra próspera para os imigrantes, que 
fugiam das guerras, perseguições e fome, entre outros motivos, 
para fomentar a mão de obra necessária e especializada para o 
crescimento econômico. 
EMPREENDEDORISMO
Fonte: alexmak7, Shutterstock, 2017.
Devemos considerar também as criações industriais, a partir do 
século XVII, com o início da Revolução Industrial e a substituição 
da mão de obra assalariada por máquinas. Nesta época, a 
construção da primeira estrada de ferro no Rio de Janeiro e a 
criação das Companhias de Iluminação a Gás e de Navegação 
a Vapor representaram mais um marco no desenvolvimento 
econômico que ocorria no país. 
EMPREENDEDORISMO
Fonte: A. and I. Kruk, Shutterstock, 2017.
Ficou fácil perceber agora como o processo de construção de 
riquezas nas nações consegue se fortalecer com a prática do 
empreendedorismo? No decorrer da história brasileira, vários 
personagens estiveram ativos na construção do país colonial e 
pós-coloniais, conforme veremos a seguir. 
Empreendedores no Brasil
A presença de empreendedores em nosso país deixa um rastro 
para a história, sendo possível elencar diversos expoentes. Em 
1904, o cientista Oswaldo Cruz, por exemplo, propõe a campanha 
de vacinação contra a varíola e a febre amarela.
Já no final da década de 1950, o lema do então presidente 
Juscelino Kubitschek, “50 anos em 5”, começou o mudar o perfil 
do país, de ruralista para industrial, atraindo diversas empresas 
multinacionais. Não podemos esquecer da construção da 
Catedral de Brasília, conforme figura a seguir, inaugurada em 21 
de abril de 1960, com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer.
EMPREENDEDORISMO
Fonte: ostill, Shutterstock, 2017.
Entre 1964 e 1985, época que governo militar assumiuo comando 
do país, sem o voto direto da população, vivemos um momento 
de estagnação das empresas e o avanço de obras públicas, além 
das perseguições a pessoas contra ao regime instaurado.
O crescimento do Brasil está atrelado 
à ousadia de brasileiros que saíram 
da zona de conforto para enfrentar 
as dificuldades de um país jovem, que 
precisa empreender.
Se por um lado estes fatos do passado foram o pontapé para 
o surgimento de vários empreendedores no Brasil, é possível 
afirmar que a partir da década de 1990 o país dá uma grande 
arrancada.
EMPREENDEDORISMO
Dornelas (2012) destaca alguns empreendedores que fizeram a 
diferença neste período, entre eles: Luiz de Queirós, referência 
nas principais universidades do país, responsável pela criação da 
Escola Superior de Agricultura (Universidade de São Paulo – UPS); 
Alexandre Costa, dono de uma das marcas de maior crescimento 
no varejo alimentício; Luiza Helena Trajano, responsável por 
transformar uma pequena loja de eletrodomésticos em uma das 
principais redes de distribuição do país; e David Neeleman, que 
desenvolveu uma grande companhia aérea com poucos recursos.
Assim, podemos afirmar que o empreendedorismo, nasce do desejo 
das pessoas de modificarem o que já existe, por algo inovador, 
criativo. Chiavenato (2010) explica que a prática empreendedora 
está presente quando alguém, incomodado com o que já existe, 
promove uma modificação em prol de melhorias. 
Características do empreendedorismo no Brasil
Como estudamos anteriormente, já existiram e surgirão muitos 
empreendedores para colaborar com o desenvolvimento do 
nosso país. Para fomentar e motivar a prática empreendedora, 
você deve ter mente que são necessários investimentos, públicos 
e privados. 
Mas, antes de estudarmos sobre as dificuldades deste setor, 
vamos conhecer os dois tipos de empreendedores brasileiros? 
Acompanhe a seguir.
Empreendedor por necessidade: no geral, pessoa desempregada, com poucos recursos, que não 
consegue voltar ao mercado de trabalho e resolve abrir o próprio negócio para ter renda.
Empreendedor por oportunidade: o planejamento está presente e o empreendedor busca 
oportunidades de negócios. São profissionais independentes que pretendem aumentar a renda.
Vamos aprender agora sobre as dificuldades para empreender. 
Para começar citaremos as diversas taxas, a burocracia relativa 
à documentação e a mão de obra custosa. É possível afirmar que 
estes são os fatores que fazem dos brasileiros um dos povos com 
os maiores índices de mortalidade de empresas (fechamento): 
em média, para cada 10 empresas, seis não conseguem passar 
dos cinco anos de atividade (LIMA et al, 2017).
EMPREENDEDORISMO
Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017.
No Brasil, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(Sebrae) é considerado o principal órgão fomentador de 
negócios empreendedores, pois desde 1972 foca seus esforços 
para a disseminação da competividade e da sustentabilidade 
em todos os estados brasileiros. Uma pesquisa do Sebrae, em 
parceria com outros órgãos, aponta que as micro e pequenas 
empresas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do 
país, e as médias e grandes empresas são responsáveis por 73% 
(LIMA et al, 2017). Você percebe que são estas as empresas que 
impulsionam a economia?
O mesmo estudo indica que temos mais de 6,5 milhões de 
empresas no país, sendo que 97% são pequenos empreendedores 
que estão crescendo com seus negócios. Com essa força 
empresarial, há estimativas da volta contratações nos próximos 
anos, com mais de 44 mil novos empregados em diversos setores. 
A pesquisa prova que quem empreende contribui para a geração 
de novos empregos. 
EMPREENDEDORISMO
Os consumidores estão cada vez 
mais exigentes, buscando inovações e 
personalização do atendimento.
Chiavenato (2010) explica a importância dos empreendedores 
para o crescimento brasileiro, dentro de um contexto globalizado, 
dinâmico e competitivo. Para ele, a visão sistêmica, ou seja, ver 
o todo, ser crítico e seguir um planejamento, é uma das chaves 
do sucesso hoje.
Para o autor, todas as empresas, sejam elas micros, pequenas ou 
grandes, estão interligadas em um sistema, e uma depende da 
outra para um crescimento econômico geral. Podemos concluir 
que o empreendedorismo não é uma prática solitária, depende 
de parcerias e uma forte rede de contatos para ser colocado 
em prática.
Fonte: ByEmo, Shutterstock, 2017.
EMPREENDEDORISMO
Observe como Dolabela (1999, p. 97) descreve um empreendedor 
que acredita em seu sonho e estuda muito alcançar resultados.
Está em situação de sucesso quem busca, e não 
quem realiza um sonho! Mesmo porque os sonhos, 
metaforicamente, não são realizáveis — quando se 
tornam realidade, os sonhos deixam de produzir 
a emoção que geravam no momento anterior. 
Por seu turno, fracasso não é não conseguir 
realizar os sonhos, mas desistir de realizá-los! 
A única situação de fracasso é a desistência. 
Para entendermos melhor este cenário de vontades e muitas 
dificuldades, vamos analisar o índice de empreendedorismo de 
alguns países. Você imagina como está posicionado o Brasil? 
Confira no Quadro a seguir a situação brasileira, à frente de 
países como China, Estados Unidos e Alemanha: a taxa de 
empreendedorismo brasileira aponta que, entre 2015 e 2016, o 
país teve um crescimento na abertura de empresas de 19,6%, o 
maior comparando com outros países.
Taxa de Empreendedor 2016
Rússia
México
Índia
EUA
China
Alemanha
Africa do Sul
Brasil
6,3
9,6
10,6
12,6
10,3
4,6
6,9
19,6
0 5 10 15 20 25
Fonte: LIMA et al, 2017. 
EMPREENDEDORISMO
Diante destes números é possível entendermos que a crise 
financeira impulsiona as pessoas, que acabaram perdendo seus 
empregos e/ou necessitam melhorar a renda, a se aventurarem 
na abertura de novos negócios, além de aproveitarem as 
oportunidades que aparecem no mercado ou ainda os espaços 
que não foram explorados. A pesquisa do Sebrae demonstra que 
51% dos empreendimentos estão na região Sudeste do pais e 
49% distribuídos: 22% na região Sul, 15% na região Nordeste e 
12% na regiões Centro-Oeste e Norte (LIMA et al, 2017).
Por fim, vale esclarecer que os investimentos em cursos, além 
de treinamentos focados em criatividade e inovação, são 
importantes para o desenvolvimento da prática empreendedora 
no país, além de uma revisão governamental no excesso de 
burocracias, taxas e impostos.
EMPREENDEDORISMO
Necessidade empreendedora 
no Brasil 
Introdução
Você sabia que o empreendedorismo demanda comportamentos 
adequados para a geração de ideias, criatividade e riquezas em 
um país?
Vamos estudar a atitude empreendedora e a importância 
desta prática para o nosso crescimento pessoal e profissional. 
Você perceberá que muitas transformações que ocorreram nas 
últimas décadas, como a possiblidade de estudar via internet 
ou as alternativas de transporte que beneficiam a todos, por 
exemplo, surgiram por causa da dedicação de pessoas com 
o perfil empreendedor. Aprenderemos sobre as mudanças 
comportamentais, que têm influência em nossas vidas e no 
formato que conhecemos de trabalhar, além dos modelos 
empresarias empreendedores.
Bons estudos!
EMPREENDEDORISMO
Comportamento e reação da 
necessidade empreendedora
Você saberia dizer por que determinados comportamentos são 
considerados essenciais para a ação do empreendedor? Neste 
tópico de estudo entenderemos a importância de adotar uma 
atitude empreendedora.
Necessidade do comportamento
Estamos inseridos em um cenário de intensa competividade, 
com grande variedade de produtos e serviços incentivando 
o consumo, uma das características marcantes do sistema 
capitalista em que vivemos. 
Dornelas (2012), um estudioso reconhecido do comportamento 
empreendedor, define os empreendedores brasileiros como 
visionários, indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar 
as oportunidades, são determinados, dinâmicos, dedicados ao 
trabalho, otimistas e apaixonados pelo que fazem.
Para o autor,os empreendedores assumem riscos calculados, 
em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas. Eles 
são responsáveis por agregar valor para a sociedade, onde o 
empreendimento encontra-se inserido, tornando-o atraente e 
necessário. 
Vivemos um período de grandes e 
constantes mudanças que exige novos 
comportamentos.
EMPREENDEDORISMO
Fonte: turgaygundogdu, Shutterstock, 2017.
A partir de casos bem-sucedidos em nosso país, Dornelas (2012) 
destaca as características do empreendedor brasileiro e explica 
seu comportamento. De acordo com a análise do autor, os 
empreendedores:
são independentes e constroem o próprio destino;
ficam ricos;
são líderes e formadores de equipes;
são bem relacionados (networking);
são organizados;
planejam, planejam, planejam;
possuem conhecimento.
Sabemos que não é fácil mudar um comportamento, ao contrário, 
mudar é sempre difícil, menos para o empreendedor, que busca 
e gosta de mudanças. Para eles, a mudança é uma forma de 
melhoria, de oportunidade e necessidade de sobrevivência em 
um mercado cada vez mais competitivo.
EMPREENDEDORISMO
Reagir às mudanças
Como já estudamos, ser empreendedor é estar consciente dos 
riscos, é buscar soluções para conflitos; significa não ficar parado. 
É este tipo de comportamento que auxilia o empreendedor a 
perceber negócios de oportunidades ao invés de problemas. 
Mas, muitas interrogações aparecem no processo de mudança: 
será que vai dar certo? O caminho é este mesmo? Como devo 
proceder?
Em princípio, precisamos ter em mente que os termos ideia e 
oportunidade não são sinônimos. Você saberia dizer qual é a 
diferença entre elas? Chiavenato (2010) explica que ideia é algo 
que não existe ou já existe, mas não foi colocado em prática. 
Assim, note que nem sempre uma ideia é uma oportunidade de 
negócio. Por outro lado, identificar mercados pouco explorados, 
que nunca ninguém pensou em trabalhar, é uma oportunidade. 
EMPREENDEDORISMO
Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017.
Para exemplificar, observe este caso do mercado bancário, 
apresentado por Dornelas (2012). O autor cita o empréstimo 
consignado para aposentados, cujas parcelas são debitadas 
diretamente do benefício recebido pelo Instituto Nacional da 
Seguridade Social (INSS). 
Este tipo de empréstimo começou a ter força no Brasil a partir 
de 2007, quando os bancos fizeram uma parceria com o INSS 
para autorizar o débito em folha. Dez anos depois mais de 37% 
dos aposentados possuem algum tipo de empréstimo com estas 
características no Brasil. Ou seja, antes de 2007 os aposentados 
tinham dificuldades para conseguir empréstimos, por não 
apresentarem garantias e empregos, atualmente são bem-
vindos ao sistema bancário, já que a aposentaria representa uma 
garantia do pagamento. Assim, podemos dizer que esta ação foi 
uma oportunidade de negócio. 
As mudanças tecnológicas são outro exemplo das oportunidades 
que estão surgindo. Perceba quanto tempo você dedica para 
os aplicativos do seu celular, e quais deles mudaram a forma 
como você fazia as coisas, como o uso de GPS, a leitura de 
livros ou ainda as redes sociais. 
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_115951045.jpg?m=1509460407
EMPREENDEDORISMO
Diante de tantas mudanças, como o empreendedor deve 
reagir neste ambiente inconstante? Para os novos desafios, 
Chiavenato (2010) destaca a importância dos estudos em 
prol do planejamento, afinal, o empreendedor de sucesso quer 
participar das mudanças.
O empreendedor que ser protagonista, 
participar das mudanças e ser um 
agente transformador.
Mudança de mercado e de vida
Podemos afirmar que o empreendedorismo é um fenômeno 
fundamental para o mercado, pois participa da geração de 
novas empresas e, consequentemente, de novos empregos. 
Desta forma, estas transformações, decorrentes das ações 
empreendedoras, são capazes de mudar a forma de viver de 
muitas pessoas. 
Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2017.
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_293450465_traduzido.jpg?m=1509556689
EMPREENDEDORISMO
Vale destacar que o tamanho do empreendimento não interfere 
no potencial de transformação. Uma padaria no seu bairro, por 
exemplo, é um empreendimento que gera empregos e facilita 
a vida das pessoas pela proximidade. Mas é possível que esta 
padaria seja mais empreendedora, caso ela traga novos tipos 
e formatos de pães, atendimento e formas de pagamentos 
diferenciados.
Pense em um pequeno empreendedor 
de sua região e perceba a riqueza que 
ele é capaz de gerar, transformando a 
vida das pessoas.
Por fim, podemos dizer que o cenário de mudanças é uma 
situação corriqueira em nossas vidas. Faça uma análise da 
sua vida há cinco anos: como era sua rotina e o que mudou 
neste período? Talvez pouca coisa tenha mudado na sua casa, 
então, observe a região onde você vive e as transformações do 
mercado, em geral, e você perceberá as mudanças tecnológicas, 
políticas, econômicas, de empregabilidade, entre outras, que 
ocorreram em apenas cinco anos.
EMPREENDEDORISMO
Etapas de evolução e modelos 
empresariais e profissionais
Você sabia que o empreendedor pode estar empregado em 
uma empresa? Veremos que o ato de empreender não está 
ligado, necessariamente, à abertura de novos negócios. Vamos 
conhecer diferentes modelos empresariais, além de sua evolução, 
de forma cronológica, para entendermos estes processos de 
transformação. 
Etapas de evolução
Em sua trajetória de desenvolvimento, o Brasil conta com diversos 
empreendedores de sucesso, que motivaram a transformação de 
nosso mercado. É importante destacar que este processo está em 
evolução devido à crise econômica, já que o empreendedorismo 
se fortalece a partir de desafios. Nesta situação podemos 
observar dois tipos de empreendedores: por necessidade, à 
procura de recolocação no mercado, por meio de novos negócios; 
além do empreendedor que busca oportunidades para ampliar 
e fortalecer sua carreira profissional.
A crise econômica é uma forma de 
mudança para as empresas, servindo 
como estímulo para a evolução dos 
processos no trabalho.
Vale destacar que uma das principais etapas de desenvolvimento 
avançado do empreendedorismo ocorre a partir de 1990, com o 
incentivo à criação de incubadoras de empresas, conhecidas como 
startups. Chiavenato (2010) define as startups como um local, 
especialmente, criado para abrigar organizações, oferecendo 
uma estrutura para estimular, agilizar e favorecer a transferência 
de resultados de pesquisa para atividades produtivas. Confira, a 
seguir, outros incentivos que ocorrem no Brasil.
EMPREENDEDORISMO
Modelos de negócios Conceitos
Incubadoras de 
negócios
São testes de novas empresas antes de irem ao mercado. Montam 
projetos e aguardam investimentos.
Startups
Em geral, estão voltadas para projetos tecnológicos. Vendem serviços 
e produtos inéditos, com investimentos específicos para estas áreas.
Aceleradoras
A ideia principal é tornar um projeto de negócio real, o mais rápido 
possível, com ajuda de parceiros, investidores e colaboradores.
Fonte: adaptado de CHIAVENATO, 2010.
Sobre as transformações que ocorreram no Brasil não podemos 
deixar de citar a redução da mão de obra formal, que favorece 
novas formas de renda e aumenta a atividade empreendedora no 
país. Em tempo de crise e poucas ofertas de emprego, as pessoas 
buscam alternativas, mesmo sendo por necessidade, e querem 
conhecer o mercado para montar seus próprios negócios.
Conforme podemos verificar na figura a seguir, as transformações 
são inevitáveis e ocorrem conosco ao passar do tempo.
Fonte: Ollyy, Shutterstock, 2017. 
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_88750300.jpg?m=1505961535
EMPREENDEDORISMO
Modelos empresariais
O empreendedorismo pode ser definido a partir de alguns 
estilos, como o empreendedor corporativo (intraempreendedor 
ou empreendedor interno), que estudaremos a seguir; o 
empreendedor de novos negócios, que cria e desenvolve dentroda empresa onde atua; e o empreendedor social, que visa 
melhorar a vida das pessoas por meios de ações sociais. 
Note que o empreendedorismo está presente na vida das 
organizações como uma necessidade de sobrevivência 
profissional. Com um mercado e clientes exigentes, os 
empresários precisam provar que seus produtos são inovadores 
e melhores, e somente os empreendedores são capazes de entrar 
nesta corrida.
Fonte: ASDF_MEDIA, Shutterstock, 2017.
No empreendedorismo não há um 
único modelo para definir um negócio, 
mas, muito trabalho e planejamento.
EMPREENDEDORISMO
No Brasil há várias empresas nacionais que se destacam no 
mercado. O site de comércio eletrônico Buscapé é um ótimo 
exemplo para ilustrarmos a determinação de organizações que 
fazem sucesso na internet. Criado em 1998, por três estudantes 
encantados com sites de busca, tem a intenção de comparar 
preços de determinados produtos. A empresa já passou por 
diversas modificações e, atualmente, é considerada uma das 
mais importantes em busca de produtos para compras no Brasil. 
A seguir, confira o nome de outros empreendedores que 
conseguiram definir modelos empresariais de sucesso no Brasil.
Empreendedor Empresa
Abílio Diz Grupo Pão de Açucar
Alexandre Costa Cacau Show
Antônio Alberto Saraiva Habib´s
Luísa Trajano Magazine Luísa
Robinson Shiba China in Box
Fonte: adaptado de CHIAVENATO, 2010.
O empreendedorismo empresarial é uma forma concreta de 
fortalecimento da economia. Imagine se dependêssemos somente 
das empresas multinacionais para nosso desenvolvimento? Seria 
difícil, além de perdermos nossos aspectos culturais, perderíamos 
as características empreendedoras de inovar e competir.
Modelos profissionais: intraempreendedorismo
O empreendedor não está focado somente em abrir um negócio, 
ele pode ser um empreendedor corporativo, atuando dentro 
de uma organização, como empregado, ajudando os donos, 
inclusive, a melhorarem seus processos, produtos, serviços, entre 
outros. No Brasil temos vários empreendedores de destaque nesta 
modalidade profissional interna. Neste caso, eles são chamados 
de intraempreendedores.
EMPREENDEDORISMO
Fonte: leedsn, Shutterstock, 2017.
Estes colaboradores não precisam ser, por exemplo, gerentes 
ou presidentes das empresas. Pode ser qualquer funcionário 
disposto a colaborar com o aperfeiçoamento dos processos, 
com ideias de novos produtos e serviços, formas de entregas 
mais rápidas e eficientes, melhorias no atendimento ao cliente, 
entre outros.
O intraempreendedor enfatiza 
seu plano de carreira focado no 
crescimento da empresa.
Como vimos, a atitude empreendedora é de extrema importância 
para nosso crescimento profissional e pessoal, afinal, podemos 
ser empreendedores no nosso dia a dia, participando mais da 
sociedade, investigando, lendo e descobrindo. As organizações 
precisam de funcionários críticos e, consequentemente, mais 
empreendedores, para ajudar em seu desenvolvimento.
EMPREENDEDORISMO
Administração e atitude 
empreendedora 
Introdução
Você sabia que os administradores exercem funções diferentes 
dos empreendedores? Já parou para refletir sobre os desafios 
da mulher empreendedora no mercado de trabalho? Saberia 
dizer se o mercado apresenta exigências e situações diferentes 
para mulheres e homens empreendedores?
Vamos comparar os perfis dos administradores e 
empreendedores, conhecer a capacidade geradora de novos 
empregos dos empreendedores e aprender sobre as dificuldades 
enfrentadas pela mulher empreendedora, que convive com 
situações de preconceito e machismo no ambiente profissional.
Bons estudos!
EMPREENDEDORISMO
Características; atitude; capacitação 
e criação de empregos
Para começar, reflita: em um momento de crise financeira, como 
o empreendedor pode colaborar com a geração de empregos? 
Vamos estudar as características empreendedoras e conhecer a 
importância da atitude no mercado do empreendedorismo. Siga 
em frente!
Características empreendedoras
Imagine um empresário que não consegue alavancar as 
vendas porque seu concorrente vende produtos com qualidade 
similar e, ainda, mais baratos. Parece difícil, certo? Não para o 
empreendedor, que pode mudar suas estratégias e, entre outras 
ações, estudar o concorrente, fazer parcerias e conhecer melhor 
novos e diferenciados produtos.
A partir deste exemplo, podemos dizer que as características 
empreendedoras resultam e mostram comportamentos que 
definem se o indivíduo é, realmente, um empreendedor. Você 
sabia que todos nós temos muitas destas características, mas 
não as praticamos por falta de estímulos ou, muitas vezes, 
porque não queremos mudar? Desejar a mudança significa estar 
inconformado sobre a forma como vivemos, seja na vida pessoal 
ou profissional. 
Chiavenato (2010) classifica as características empreendedoras 
como fundamentais para o desenvolvimento do empreendedo-
rismo e sua prática, conforme observamos no quadro a seguir.
EMPREENDEDORISMO
Características Definições
Iniciativa Participar, se envolver, fazer parte do processo, não esperar acontecer.
Perseverança Insistir sempre e nunca desistir nos primeiros momentos. 
Coragem para correr riscos Estar atento às mudanças e se arriscar para alcançar objetivos.
Capacidade de 
planejamento
Sempre se planejar. O fato de correr riscos não indica falta de 
planejamento.
Eficiência e qualidade Prezar pela qualidade e cumprimento do prometido.
Rede de contatos
Buscar parcerias e participar de eventos e feiras relacionados ao 
seu serviço ou produto.
Liderança Liderar a empresa e equipe; ser uma referência.
Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, 2010.
Uma das principais características do empreendedor é ser 
visionário. Por isso, para estes profissionais é imprescindível ter 
uma visão do todo, enxergar e transformar ideias em locais onde 
muitos não percebem uma oportunidade.
Fonte: MJTH, Shutterstock, 2017.
EMPREENDEDORISMO
Como já afirmamos anteriormente, muitas destas características 
podem estar em nós. Você consegue identificar quais são as 
suas? Você se identifica com alguma delas? Conhece alguém 
com várias características empreendedoras? Estas são algumas 
das perguntas que podemos utilizar para identificarmos um 
comportamento empreendedor.
O empreendedor é arrojado por 
natureza, ele deseja realizar suas 
vontades e conquistar seus sonhos.
Por fim, é importante destacar que o empreendedorismo não 
está associado à idade ou a uma forma de viver, mas à vontade 
de transformação.
Atitude empreendedora
Você saberia definir atitude? Saiba que atitude é a forma de 
expressar um comportamento e fazer com que ele se pratique. 
Podemos dizer que é a expressão da mudança, do querer fazer e 
acontecer em diversas situações do nosso cotidiano.
A atitude está presente quando há ação 
e desejo de mudança.
Dornelas (2012) lista o roteiro fundamental para a atitude 
empreendedora, destacando alguns comportamentos funda-
mentais. Confira:
enxergar tendências;
pensar em formas de investir em novas oportunidades no mercado de trabalho;
saber ler a realidade a partir de diversos ângulos;
olhar para um segmento e enxergar o que ninguém viu antes;
ter autonomia;
ter iniciativa pessoal;
ser curioso;
estar sempre em busca de novos conhecimentos.
EMPREENDEDORISMO
Assim, podemos concluir que o empreendedor é, então, identificado 
por atitudes e características próprias, que o destaca perante 
àquelas pessoas que não as possuem.
Criação de empregos
O empreendedor é um agente de criação de empregos. Por 
exemplo, quando abre uma empresa e os negócios começam 
a apresentar bons resultados, surge a necessidade de ampliar 
e, consequentemente, contratar novos empregados para a 
expansão.
A criatividade e a inovação geram 
empregos, e o empreendedor tem esse 
papel, de criar e inovar.
Vale destacar que o tamanho do negócio não importa, o 
importante é a geração de valores para a sociedade. Note que, 
quando novos empregos surgem, mais pessoas são favorecidas, 
consumindo e comprandomais, melhorando, assim, as condições 
econômicas da região e, consequentemente, do país. 
Um bom exemplo desse cenário é o aplicativo Uber, utilizado 
para realizar a comunicação entre o passageiro e o motorista 
particular. Este aplicativo de celular mudou a forma como as 
pessoas solicitam um táxi, fazendo com que motoristas amadores, 
de forma simplificada, consigam levar passageiros com a mesma 
função de um táxi, mas com custos menores. Perceba que este 
aplicativo foi capaz de gerar oportunidade para milhares de 
novos motoristas no Brasil, que enxergaram uma possibilidade 
de mercado para atender pessoas que tinham poucas opções 
de transporte.
EMPREENDEDORISMO
Fonte: woaiss, Shutterstock, 2017.
Vale destacar que somente o trabalho gera riqueza, e o 
empreendedorismo impulsiona a força de trabalho, o que, 
consequentemente, gera recursos.
EMPREENDEDORISMO
O administrador e o empreendedor: 
diferenças e similaridades
Embora os nomes soem como sinônimos, estudaremos agora 
as diferenças entre o administrador e o empreendedor, além da 
importância de cada um dos perfis. Você sabia que juntos eles 
alcançam resultados cada vez melhores? Acompanhe!
Administrador
Vamos começar pelo administrador. O curso de Administração 
é um dos mais procurados no Brasil, sendo esta função muito 
presente no cotidiano das empresas e dos funcionários. Os 
administradores são responsáveis por planejar e dirigir os 
recursos das organizações, de forma organizada, garantindo 
a melhor prática das atividades e setores, como atendimento 
ao cliente, logística, gestão de pessoas, finanças e custos, entre 
outros.
O adminstrador tem o raciocínio lógico 
para melhorar o desenvolvimento 
das empresas, além de cautela para 
planejar como atingir os resultados.
O administrador é necessário para o sucesso de uma empresa, 
pois ele está preparado para dirigir o negócio ou a organização, 
além de planejar a melhor forma para obter lucros.
EMPREENDEDORISMO
Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2017.
Sem os administradores, certamente muitas empresas teriam 
dificuldades em um mercado cada vez mais dinâmico, exigente 
e com desafios, como crises econômicas e escassez de recursos, 
como matéria-prima diversificada e mão de obra qualificada. 
No desempenho das suas atividades, é o administrador quem 
define estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona 
recursos, planeja aplicações, resolve problemas e gera inovação 
e competitividade (CHIAVENATO, 2010).
Empreendedor
Você sabia que a palavra empreendedorismo tem origem 
francesa? O termo entreprendre, do francês antigo, significa, de 
uma forma mais simplificada, “intermediário” (entre comprador). 
Como já estudamos, estamos falando de alguém que corre risco, 
pois investe seu próprio dinheiro.
EMPREENDEDORISMO
Fonte: Atstock Productions, Shutterstock, 2017.
O empreendedor é um agente da transformação, que busca de 
forma contínua a inovação e a criatividade, e tem como principal 
característica ser diferente dos demais. Ele é fundamental para o 
mercado atual, de grandes mudanças e com clientes exigentes.
O empreendedor desequilibra o padrão 
e cria novos parâmetros de inovação e 
criatividade.
Dentro de um conceito mais contemporâneo, Chiavenato (2010) 
afirma que o empreendedor é uma pessoa que está dentro de 
uma organização aprendendo a inovar, buscando alternativas 
e ideias criativas, que sejam funcionais e inéditas. Note que 
este empreendedor pode atuar dentro da empresa, com outros 
donos, ou abrir seu próprio negócio.
EMPREENDEDORISMO
Diferenças entre o empreendedor e o administrador
O administrador, como o próprio nome diz, administra um 
empreendimento; já o empreendedor é a pessoa que corre riscos 
e funda seus negócios. Mas o que move estes profissionais? O 
dinheiro é a força que impulsiona o administrador, enquanto 
realizar um sonho é o foco e a motivação do empreendedor. 
Outra diferença que merece destaque são os prazos: focado 
nos resultados, o administrador precisa estabelecer e cumprir 
metas de forma muito breve, e o empreendedor trabalha com 
visão sistêmica, buscando prazos médios e longos para seu 
planejamento. Vale destacar que o administrador é alguém 
que delega e formaliza as atividades, diferentemente do 
empreendedor, que está junto e quer produzir com a equipe.
O administrador pode ser um 
empreendedor, mas sendo somente 
administrador deve escolher diferentes 
estratégias, correndo menos riscos.
Dornelas (2012) também reforça que há diferenças relevantes 
entre o empreendedor e o administrador, que ajudam a apontar 
perfis diferentes e alinham o papel de cada um, fora e dentro das 
organizações. Sobre esse tema, observe o quadro a seguir.
Características do administrador e do empreendedor
Orientação estratégica
O empreendedor tem a percepção de oportunidade.
O administrador guia-se pelos critérios de desempenho.
Análise de oportunidades
O empreendedor toma decisões rápidas.
O administrador analisa e apresenta opções de decisões.
Alocação dos recursos financeiros e da mão de obra
O empreendedor prioriza a eficiência.
O administrador foca no planejamento formal.
EMPREENDEDORISMO
Características do administrador e do empreendedor
Controle dos recursos
O empreendedor é flexível.
O administrador é controlador.
Estrutura gerencial
O empreendedor é informal.
O administrador é formal e segue a cultura organizacional.
Fonte: adaptado de DORNELAS, 2012.
Vale lembrar que, apesar das diferenças, cada profissional é de 
suma importância para a alavancagem das empresas. Apesar 
dos perfis diferentes, um não substitui o outro, sendo que o 
administrador tem uma função mais técnica e formal, e o que 
se espera do empreendedor é inovar, criar e correr mais riscos. 
EMPREENDEDORISMO
Desafios da mulher empreendedora
Veremos como a mulher vem se destacando no processo 
empreendedor, já que o Brasil é um destaque entre os países 
mais empreendedores do mundo, e aprenderemos sobre as 
diferenças entre o homem e a mulher empreendedores.
Mulher empreendedora
Podemos observar que, atualmente, mudanças culturais 
favorecem que a mulher tenha sua presença mais efetiva em 
diversas atividades, que antes eram dominadas por homens. Neste 
novo cenário, por que não pensar em mulheres empreendedoras, 
persistentes, talentosas, criativas e dedicadas? É importante 
perceber que a participação da mulher na administração de 
negócios e na liderança de equipes está cada dia mais evidente 
e isso representa um ótimo crescimento para a nossa economia.
Fonte: Uber Image, Shutterstock, 2017.
EMPREENDEDORISMO
Dornelas (2012) cita alguns exemplos de mulheres empreen-
dedoras, como Dona Zica Assis, que trabalhou como empregada 
doméstica e se inspirou no próprio cabelo, crespo e cacheado, 
para empreender. Ela desenvolveu produtos de salão de beleza, 
especializados neste tipo de cabelo, que praticamente não 
existiam, e apostou em uma oportunidade de mercado. Dona 
Zica criou o Instituto Beleza Natural e já foi classificada como 
uma das empresárias mais empreendedoras do Brasil.
A mulher pode e deve ter as mesmas 
condições para empreender que o 
homem.
Podemos citar também a brasileira Chioko Aoki, outro exemplo 
de mulher empreendedora. Fundadora de uma das redes de 
hotéis mais admiradas do mundo, o Blue Tree Hotels, Aoki tem 
negócios nos Estados Unidos, Ásia e Brasil. Sua lição de liderança 
é cativante, pois ela sempre esteve presente nas tomadas de 
decisões da empresa, que conta com mais de 20 unidades de 
hotéis de luxo. 
Estas duas mulheres são exemplos que revelam a importância da 
determinação e da vontade de crescer e mudar.
Diferenças entre o homem e a mulher 
empreendedora
No empreendedorismo, homens e mulheres apresentam 
características semelhantes, como visão sistêmica, saber 
correr riscos e aproveitar as oportunidades, entre outras. No 
entanto, Dornelas (2012) destaca três diferenças de gênero 
para empreender. Acompanhe a seguir.
EMPREENDEDORISMO
Dificuldades em conseguirlinhas de crédito
Entre as pessoas que conseguem linhas de crédito, como empréstimos, financiamentos, limite 
de cheque especial, entre outros, os homens ainda se destacam. No Banco do Brasil, por exemplo, 
77% das aprovações de crédito para novas empresas foram destinadas para os homens (dados 
de 2016).
A mulher se supera no fracasso
A mulher tem mais força de superação diante do fracasso do que os homens. Esta, sem dúvida, é 
uma grande característica empreendedora, ou seja, quando seus negócios fracassam, as mulheres 
têm mais força para dar a volta por cima e prosseguir, aproveitando novas oportunidades.
Mulheres possuem menos rede de contatos
Tradicionalmente no mercado, os homens têm mais facilidade quanto à rede de contatos. Isso 
ocorre porque os homens empreendem há mais tempo no mercado.
A mulher está buscando seu espaço no 
mercado, espera-se que não haja mais 
diferenças empreendedoras de gênero 
no Brasil e no mundo.
Assim como acontece com os homens, as mulheres precisam 
adotar a autoconfiança, principalmente quando estão 
determinadas a fazer e atingir seus objetivos. Persistência, saber 
correr riscos e estar comprometida com o que faz são algumas 
das características da mulher empreendedora brasileira. 
Desafios da mulher empreendedora
Em tempos atuais, falar dos desafios das mulheres parece 
algo ultrapassado, mas vemos, na prática, que eles continuam 
presentes. Muitas mulheres que querem empreender são carentes 
de exemplos de empreendedoras de sucesso, o que limita as 
opções de referências. Outro ponto importante é a falta de apoio 
dos próprios familiares. 
Chiavenato (2010) aponta que há muito machismo em nossa 
cultura, um comportamento inadequado, que não aceita a 
igualdade de gênero, fortalecendo o sexo masculino perante 
o feminino, criando um cenário de dificuldades para a mulher. 
EMPREENDEDORISMO
Imagine uma mulher negociando com um fornecedor machista? 
É possível supor que ela terá desvantagens em procedimentos 
corriqueiros, como prazos de entrega e preços.
A mulher sofre com o machismo, que 
deve ser combatido com atitudes e 
comportamentos de valorização da 
igualdade de direitos entre homens e 
mulheres.
Podemos destacar ainda, de acordo com Dornelas (2012), que 
embora seja de maneira tímida, as mulheres estão participando 
das redes sociais, de forma profissional, mas esta é uma 
ferramenta muito utilizada pelos homens para realizar marketing 
estratégico de seus produtos e serviços.
Fonte: Shestakoff, Shutterstock, 2017.
http://mediapool.fabrico.com.br/var/albums/tagueadas/shutterstock_100064129.jpg?m=1505819645
EMPREENDEDORISMO
Chiavenato (2010) destaca outros desafios enfrentados pela 
mulher, como a falta de investimento em negócios administrados 
por mulheres, decorrência do machismo. Desigualdade na 
educação também é um fator a ser considerado, já que muitas 
desistem dos estudos para cuidar dos lares e família. Outro grande 
desafio a ser destacado é o sexismo, preconceito baseado no 
gênero, que atrapalha a mulher por ser considerada, muitas vezes, 
o sexo frágil e que tem dificuldades de desempenhar funções 
praticadas por homens. Cenário que precisa ser transformado.
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo e Ecologia 
Introdução
O que você sabe sobre sustentabilidade? Você já refletiu 
sobre como o empreendedor pode contribuir para melhor 
aproveitamento de recursos? É importante saber que cada 
empresa tem uma cultura de gestão que, por consequência, 
interfere na vida do empreendedor. 
Nesta unidade, estudaremos quais são as motivações de um 
empreendedor, seu papel na sociedade, bem como compreender 
a sua necessidade de poder. 
Veremos, também, o sistema ecológico e a cultura empreendedora, 
assim como desenvolvê-la para melhoria de vida das pessoas e de 
nosso país.
E então, vamos conhecer mais esta etapa do empreendedorismo? 
Bons estudos!
EMPREENDEDORISMO
Motivações, papéis e 
necessidade de poder
Você já pensou sobre quais as motivações de um empreendedor, 
seus aspectos de vida, incluindo seu papel na sociedade, e a 
necessidade de ter o poder? Então fique atento e siga em frente!
Motivações
A motivação pode ser definida como impulsos que geram a 
necessidade interna de alcançar objetivos, ou seja, as pessoas 
recebem estímulos, como participar de uma aula bem dinâmica, 
por exemplo, e se motivar a mudar um hábito ou mesmo um 
estilo de vida. Essa motivação pode ser momentânea, sem que 
se alcance o objetivo esperado, ou perdurar até que, realmente, 
chegue ao que se almeja. Nessa ótica, o empreendedor aproveita 
os motivos emocionais, biológicos e sociais para se motivar a 
realizar seus sonhos.
O empreendedor precisa estar 
sempre motivado. Muitos desafios e 
dificuldades acontecem em sua vida e 
ele precisa de força para superá-las.
Dornelas (2012) explica o que motiva um empreendedor a fazer 
acontecer:
autorrealização (fazer o sonho acontecer);
desejo de independência;
autonomia para tomar decisões;
desejo de ganhar dinheiro;
busca de novos desafios (mudança na carreira / pós-carreira / aposentadoria);
falta de alternativa (perda do emprego).
EMPREENDEDORISMO
Fonte: Fotogestoeber, Shutterstock, 2017. 
Dessa forma, podemos entender que existem diversos 
fatores que nos estimulam a desenvolver ações, a mudar 
e, consequentemente, buscar motivação. Nesse sentido, o 
empreendedor, como qualquer pessoa, precisa identificar 
suas necessidades para, então, descobrir o que precisa ser 
modificado, despertando uma motivação. Acompanhe a seguir 
como Abraham Maslow as definiu (CHIAVENATO, 2010):
necessidades fisiológicas: comer, andar, dormir, ter abrigo (casa);
necessidades de segurança: se sentir seguro, tanto dentro de casa quanto 
da empresa;
necessidade social: sentir-se pertencente a um grupo, ser aceito;
necessidade de estima: ser reconhecido, capacidade de envolvimento, 
participação nas tomadas de decisão;
necessidade de autorrealização: saber aonde quer chegar e, ao chegar, 
criar novos objetivos de vida.
EMPREENDEDORISMO
Como já vimos, tendo nossas necessidades atendidas, 
estaremos motivados. Esse é o chamado ciclo motivacional, 
no qual a nossa necessidade provoca uma vontade de ação 
ou comportamento, despertando a busca por satisfação. Nesse 
sentido, é importante destacar que a motivação é o estímulo 
que leva a pessoa a tal mudança.
Papel do empreendedor
Podemos entender que o empreendedor tem papel fundamental 
nas empresas, seja atuando como líder de equipes ou mesmo 
como colaborador. Pense: se existissem apenas pessoas sem 
criatividade ou que não buscam mudanças, como seria a 
nossa situação hoje? Se alguém, em algum momento, não 
se sentir desconfortável, não desejar melhorias, não levantar 
questionamentos que beneficiem a vida coletiva, se as pessoas 
fossem acomodadas, é bem provável que não fosse possível 
usufruir de recursos que temos, como carros, iluminação, 
variedades de comida, entre outros. Por isso, é importante 
ter em mente que um empreendedor pode transformar uma 
oportunidade em algo real, ou seja, fazer acontecer.
Transformar sonhos em realidade muda 
a vida das pessoas e identificar uma 
oportunidade de melhoria pode trazer 
inovações e gerar empregos.
Necessidade de Poder
De acordo com Chiavenato (2010), McClelland foi um dos 
principais pesquisadores sobre a motivação dentro do cenário 
empreendedor. Ele definiu três necessidades do ser humanos: 
realização, afiliação e poder, que é a mais relacionada a uma 
pessoa com perfil empreendedor, no sentido de proporcionar 
mudanças. 
EMPREENDEDORISMO
Fonte: Woaiss, Shutterstock, 2017.
Vamos entender melhor a necessidade de poder? Ela está 
associada à vontade que temos de vencer na vida e obter êxito 
em nossas escolhas. Na sociedade em que vivemos, podemos 
observar diversas pessoas que são referências de sucesso 
profissional, por exemplo, e que nos impulsionam a buscar 
esse modelo. Cada pessoa pode ter alguém como inspiração 
inspiração. Pense em um menino que sonha em ser jogadorde futebol. Ele provavelmente se inspira em modelos como o 
jogador brasileiro Neymar Jr., ou no argentino Lionel Messi, ou 
no português Cristiano Ronaldo.
É importante destacar que nem sempre esses modelos estão 
distantes do nosso dia a dia. Por isso, cada um de nós tem sua 
própria referência de sucesso, como vizinhos, colegas do trabalho, 
clientes, chefes, fornecedores, algum funcionário público, etc.
Pessoas com perfil empreendedor 
gostam de competir, estar no controle 
das situações e vencer competições.
É possível identificar algumas características comuns em 
pessoas que apresentam um perfil empreendedor. Elas buscam 
posições de liderança, em que suas ideias prevaleçam e lhes 
deem status e prestígio. É possível que situações que envolvam 
competição diminuam o processo cooperativo, por terem foco 
na busca pela melhor solução. Podemos entender essas como 
algumas das motivações de um empreendedor.
EMPREENDEDORISMO
Sistema de vida ecológico, esfera de 
vida e pontos de referência 
Você já ouviu falar sobre esfera de vida e seus impactos no 
empreendedor? E a associação de ecologia com comportamento? 
Nesta unidade, veremos o empreendedor na sua existência 
e fundamentos de vida, seu papel ecológico, ético e cível na 
sociedade. 
Sistema de vida ecológico
Podemos entender que ser empreendedor é um estilo de vida, 
uma forma de viver diferente do padrão. Assim, seu papel é ligar 
os recursos e as oportunidades que aparecem no mercado.
Fonte: Jacob Lund, Shutterstock, 2017.
O comportamento do empreendedor faz parte de um processo 
que comporta várias dimensões de sua vida, como explica 
Chiavenato (2010) sobre o sistema de vida ecológico de alguém 
com esse perfil. Observe o quadro a seguir.
EMPREENDEDORISMO
Dimensões do sistema ecológico empreendedor
Harmonizar as diversas áreas de sua vida, viver bem no que faz
Definir onde pode chegar com cada projeto, sem atropelar etapas
Nível de exigência de si próprio e dos outros
Estabelecer pontos de referência na sua vida.
Fonte: CHIAVENATO, 2010, p. 114.
Podemos entender, a partir dessas informações, que um 
empreendedor não é aquele que se adapta às mudanças, mas 
um agente que promove o início das mudanças. E o que significa, 
nesse cenário, ser sustentável? Essa é uma definição importante 
e está presente como grande desafio no cotidiano das empresas 
e das pessoas. 
Você saberia definir o que é sustentabilidade? O conceito que 
mais se aproxima do empreendedorismo é gerir medidas para as 
necessidades humanas, sem comprometer as gerações futuras 
e os recursos naturais. Vamos a um exemplo? Economizar água 
por meio do uso consciente, evitando o máximo do desperdício, 
assim como pensar em como diminuir a poluição em nosso 
sistema hídrico. Conseguiu perceber o que é ser sustentável?
O empreendedor se destaca por ser 
inovador e criativo, bem como pode 
contribuir com projetos sustentáveis 
para melhor uso dos recursos naturais.
Nesse ponto, devemos analisar, também, o ser sustentável que 
não está ligado somente à gestão ambiental, mas que se envolve 
também com a sociedade, gerando uma imagem positiva 
para os consumidores da empresa à qual ele está vinculado. 
Afinal, estamos cada vez mais conscientes do nosso consumo e 
muitos consideram importante comprar somente de empresas 
sustentáveis. É importante você atentar que esse comportamento 
não trata de pequenas atitudes de marketing, mas, sim, de algo 
efetivo, que seja perceptível na sociedade. Veja esse exemplo: 
uma empresa ‘adota’ uma praça da cidade, arcando com todos 
os custos de preservação. Em troca, a prefeitura da cidade 
concede um espaço na praça para que a empresa divulgue sua 
marca, desde que respeite o espaço público e não gere poluição 
visual (excesso de propagandas). Ficou claro?
EMPREENDEDORISMO
Esfera de vida
A esfera de vida de uma pessoa está sempre ligada às suas 
experiências de vida em sociedade, ou seja, o ser social. Praticar 
um ato social sem ter a intenção de ganho financeiro ou ter algo 
em troca indica um ser social, como, por exemplo, ser voluntário 
em alguma organização sem fins lucrativos atendendo moradores 
de rua. 
Assim, podemos entender que a esfera de vida é o equilíbrio 
para a realização pessoal em relação ao mundo, ou seja, uma 
busca pela autoavaliação de comportamento para que seja 
possível repensar hábitos e procurar fazer atividades que tragam 
realização e satisfação.
Fonte: Sam72, Shutterstock, 2017. 
Bem, você pode estar concluindo que a esfera de vida de um 
empreendedor direciona seu papel social de vida, destacando 
o ser cívico, ecológico e ético. Vamos entender melhor por meio 
do quadro a seguir?
EMPREENDEDORISMO
Valores Conceitos
Cívico
Respeita e se preocupa com sua região, país. Tem compromisso com sua 
comunidade. Respeita o interesse do público e os valores da sociedade, como 
participar do processo democrático, votar nas eleições, participar de reuniões 
escolares dos filhos, mostrar seu ponto de vista sobre os assuntos.
Ecológico
Busca inovações e criações com os recursos disponíveis de forma sustentável, sem 
agredir o meio ambiente, como não piorar a utilização de recursos, reciclar, usar a 
oportunidade da natureza em favor das pessoas, sem degradação do que existe. 
Ético
Estar apto a entender as diferenças entre o certo e errado. A ética está ligada 
ao direito e à moral, respeito as valores e respeito sobre ganhar quando todos 
ganham, como rever relações com os outros, ser honesto, não negociar pensando 
em apenas ganhar, afinal, em uma boa negociação, todos ganham.
O empreendedor ajuda a aumentar as 
riquezas de um país, agindo de forma 
ética, buscando a excelência.
Você consegue imaginar uma pessoa que tem perfil 
empreendedor atuando em um ambiente que não gosta? É bem 
possível que não, afinal, uma das suas características é a ousadia 
de fazer o que gosta de forma criativa e inovadora.
Pontos de referência
Geralmente, o empreendedor é especialista em previsões futuras, 
afinal ele é focado no que existe e na descoberta. Mas quais 
seriam as referências para um empreendedor? Chiavenato (2010) 
explica sobre essas referências e como elas já fazem parte do 
comportamento empreendedor. Observe a seguir.
Autoconfiança e preparo para os riscos.
Aprendizado.
Buscar e ter contatos.
Intuição.
Conhecer o que faz.
EMPREENDEDORISMO
Empreender é um espelho e as pessoas 
geralmente se espelham naquilo 
que funciona. Ou seja, buscamos 
referências que deram certo.
Vale ressaltar que esses pontos de referência de um 
empreendedor são exemplos de vida em que qualquer um pode 
se espelhar, seja no âmbito social, profissional, empreendedor e 
material. Pense em um empreendedor que pretende abrir uma 
empresa na área da tecnologia, quais seriam suas referências 
como empreendedorismo? Steve Jobs (Apple) e Bill Gates 
(Microsoft), provavelmente. 
EMPREENDEDORISMO
Cultura empreendedora (elementos)
Você sabe qual é a importância da cultura empreendedora 
para o crescimento de uma região ou de um país? Sabe como 
o ambiente de trabalho, seja para abertura de novos negócios, 
seja para empresas que existem, interfere na produtividade 
do empreendedorismo.? Siga em frente, pois vamos entender 
melhor esses pontos a seguir.
Cultura Empreendedora
A cultura empreendedora relaciona o perfil de um empreendedor 
com sua atitude. Dornelas (2012) a define como a ligação entre 
o empreendedorismo coletivo e o perfil do empreendedor, 
enraizado em sua prática constante, e não apenas momentâneo. 
Quando essa cultura está fortalecida é possível melhorar uma 
região, gerar riquezas. 
Para facilitar esse entendimento, vamos usar como exemplo a 
empresa Google. Hoje, não tem como pensar em site de buscas 
sem se lembrar do Google, não é? Você sabe por que ela é uma 
empresa com cultura empreendedora? 
A multinacional cresceu muito em todo o mundo e, por isso, manter 
sua forma de gestão é muito difícil, uma vez que surgem muitos 
desafios por conta das diferenças entre os mercados.

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