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PATOLOGIA – 06/04/2021 HIV é o vírus, AIDS é a síndrome causada no final da doença Ter AIDS é diferente de ser soropositivo ESTRUTURA VIRAL Família: Lentiviridae Longo período de incubação, viremia persistente, infecção do sistema nervoso e fraca resposta imune Instala-se em algumas células do sistema imune, enfraquecendo o organismo de forma silenciosa Vírus não consegue infectar neurônios (não possuem os receptores para os vírus), no entanto, causa muitas alterações nervosas Conseguem chegar no sistema imune e destruir as células SIV (HIV dos macacos), FIV (causa imunodeficiência nos felinos), anemia infecciosa equina e encefalite ovina vírus “primos” do HIV Gênero: retrovírus Material genético na forma de RNA Durante o ciclo viral, transforma o RNA em DNA transcrição reversa Faz isso para que o material genético do vírus saia do citoplasma, transforme-se em DNA e, esse DNA, consiga se inserir no DNA humano Pode passar muito tempo com essa função silenciada, permitindo que as células do corpo se multipliquem com o DNA viral associado depois de um tempo que ele ativa sua transcrição Além do RNA, trazem consigo a enzima transcriptase reversa: pega o RNA do vírus e transforma em DNA Não oncogênicos, ou seja, quando o DNA viral é inserido no DNA humano, ele não é inserido em regiões que podem causar mutações oncogênicas Pacientes com AIDS apresentam uma predisposição maior a desenvolver câncer, mas não devido à uma mutação Envelope com proteofosfolipídeos Apresentam um capsídeo viral que vai ser recoberto por um envelope mais externo: membrana plasmática Quando os vírus envelopados saem das células, eles arrastam um pedaço da membrana plasmática da célula hospedeira, utilizando-a como um envelope Ser envelopado ou não, não interfere na patogênese do vírus Os vírus não envelopados sobrevivem mais fácil no meio ambiente Fosfolipídeo do envelope é mais fácil de ser degradado, logo, o vírus do HIV é facilmente removido do meio ambiente Ao perder o envelope, o vírus morre sofre desintegração Tecidos linfoides: latência Células-alvo: células T (CD4), células dendríticas e macrófagos Infectam células que apresentam dois receptores principais: células com CD4 e receptores de quimiocinas Não é capaz de infectar outros tipos celulares Susceptível a agentes físicos e químicos Mais externamente é recoberto pelo envelope, formado por uma bicamada fosfolipídica. Presença de proteínas na membrana: Gp41 e Gp120. Abaixo do envelope existem proteínas que irão formar a matriz P17. Capsídeo viral se encontra logo abaixo da matriz, bem como suas moléculas e enzimas mais importantes. Proteínas do capsídeo são chamadas de P24. Dentro do capsídeo, encontram-se as moléculas (2) de RNA, fita simples, transcriptase reversa, integrase e protease. Proteínas e glicoproteínas citadas são específicas do HIV São utilizadas como forma de diagnóstico TIPOS DE HIV 1. HIV-1: tipo mais patogênico Paciente leva de 5-10 anos para desenvolver a doença Transmissão maior de mãe para filho: 40-45% 2. HIV-2: menos patogênico que o HIV-1 É necessário mais de 30 anos para adoecer Transmissão menor de mãe para filho: 0-5% Menor distribuição mundial Assemelha-se ao HIV dos macacos (SIV) Homologia entre HIV-1 e HIV-2: 40-50% Produtos gênico semelhantes, ou seja, relativa sororreatividade cruzada A diferença está na velocidade com que o vírus “se manifesta” Homologia entre HIV-2 e SIV: 75-80% Como a maioria dos vírus, sofre muitas mutações Mutações que acontecem dentro do paciente CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA: Análise de sequências nucleotídicas dos vírus Implicação no ciclo viral, transmissão e reação cruzada em testes que detectam ácidos para os antígenos virais CICLO DE VIDA 1. Molécula de HIV se aproxima e se liga às proteínas (Gp120 e Gp41) responsáveis por ligar o vírus aos receptores CD4 Depois se liga ao receptor CCR5: receptor de quimiocina (segundo receptor) Fase conhecida como ADSORÇÃO: ocorre a ligação do vírus aos receptores da célula hospedeira, é uma ligação inicial 2. Após a ligação, ocorre a FUSÃO: envelope se funde com a membrana plasmática do hospedeiro 3. Liberação do capsídeo viral Etapa conhecida como DESNUDAMENTO: capsídeo viral sai do envelope e entra no citoplasma hospedeiro 4. Capsídeo viral libera, dentro do citoplasma, o RNA viral Depois que o RNA entra, a transcriptase reversa transcreve em uma fita de DNA Etapa conhecida como TRANSCRIÇÃO REVERSA 5. DNA viral entra no núcleo Integrase, que estava dentro do capsídeo, pega o DNA viral e integra dentro do DNA do hospedeiro Etapa de INTEGRAÇÃO Pode passar muito tempo nessa fase, em um período de incubação DNA viral fica “quieto”, sem ser transcrito 6. Quando o vírus ativa sua multiplicação, ele passa a usar todo o maquinário do hospedeiro Ativação da multiplicação, leva a transcrição desse DNA Fase conhecida como TRANSCRIÇÃO Há transcrição das proteínas virais 7. Produção das proteínas virais Proteínas virais vão se “juntando” e se aproximando da membrana plasmática para finalmente serem liberadas Partícula viral é liberada Etapa de TRADUÇÃO, BROTAMENTO e MATURAÇÃO Brotamento: quando a partícula viral sai de dentro das células do hospedeiro Liberada em uma forma imatura, incompleta Protease faz a etapa final, ou seja, de amadurecimento formação final do capsídeo viral Existem medicamentos que atuam em determinadas etapas do ciclo de vida viral Somente nas etapas 6 e 7 que não existem medicamentos para impedir o funcionamento acabariam inibindo a transcrição e tradução do próprio hospedeiro Medicamentos inibem a infecção viral, inibem que as moléculas que saem consigam infectar novamente, mais linfócitos Dá uma freada na destruição do sistema imune Não conseguem eliminar o vírus das células Tem-se a Gp120 (bolinha) e Gp41 (haste) se ligando aos receptores CD4 e de quimiocinas Vírus HIV chega à Gp120 e se liga aos receptores CD4, bem como há ligação com as células do hospedeiro Primeira ligação que ocorre nessa etapa Quando a Gp120 se liga ao receptor CD4, acontece uma modificação conformacional Gira e se abaixa Liga-se ao segundo receptor: receptor de quimiocina Sem esse receptor, o vírus não consegue entrar na célula Gp120 se liga ao receptor de quimiocina, ela externaliza, ou seja, coloca para fora o Gp41 Gp41 vai até a membrana plasmática, abrindo espaço para que o envelope viral se funda com a membrana plasmática Envelope viral é uma bicamada fosfolipídica Gp120 e Gp41 são as glicoproteínas mais externas do vírus Sistema imune reconhecem as duas como corpos estranhos Existem dois tipos principais dos receptores de quimiocinas: 1. CCR5: linhagens de macrófagos-trópicos (R5) Macrófagos e células T 2. CXCR4: linhagens T-trópicas (X) Encontrados apenas em células T Forma mais comum de transmissão é através da relação sexual, onde o vírus entra através da mucosa Na mucosa, encontra um macrófago tecidual Infecção inicial se dá através de um macrófago que tem um receptor CCR5 Como o vírus sofre muita mutação, ganha a capacidade de se ligar a um receptor CXCR4 Cópias defeituosas do gene CCR5: resistência à linhagem R5 Pacientes de Berlim e Londres se curaram do HIV Uma das doenças que o vírus pode desenvolver é o câncer, nesse caso, uma leucemia Paciente de Berlim teve uma leucemia, precisando fazer um transplante de medula: recebeu de um paciente que tinha uma mutação no gene CCR5 vírus que estava no corpo do paciente infectadonão conseguia infectar mais ninguém Mesma coisa aconteceu com o paciente de Londres RESPOSTA IMUNE HIV promove a destruição da via de sinalização do interferon Via que ativa a morte através dos T CD8 Utiliza o interferon como sinalizador Não se sabe, de fato, como o HIV interfere nessa via Tudo no sistema imune é interligado Resposta imune inata: NK, células dendríticas e sistema complemento Papel não estabelecido Neutrófilos não sofrem interferência direta do HIV não recebem a sinalização advinda das células sinalizadoras, uma vez que macrófagos e células T CD4 estão infectados param a sinalização ou sinalizam muito pouco Macrófago, quando está cheio de vírus, trabalha muito mal Resposta imune adaptativa: Linfócitos T CD8+: não são infectados Controle da infecção inicial Perda da eficácia imunoedição, ou seja, há uma resistência ao reconhecimento do vírus (parecido com a resistência das bactérias aos antibióticos) Anticorpos Anti-Gp120 e anti-Gp41 não neutralizantes Perdem a especificidade rapidamente devido a mutação Pacientes soropositivos produzem anticorpos a vida inteira, no entanto, não são específicos por causa da mutação Célula dendrítica infectada, e até mesmo macrófagos que não morrem, levam os vírus para outros tecidos Principalmente linfonodos Nos linfonodos são encontrados muitos linfócitos T CD4 Células dendríticas não matam o vírus, mas acaba levando ele para outros tecidos Vírus só mata diretamente os linfócitos T CD4, as outras células vão apresentar interferências no seu funcionamento MECANISMO DA IMUNODEFICIÊNCIA INFECÇÃO DE CÉLULAS T CD4+: Início da infecção reposição eficiente Células que morrem fisicamente por causa da infecção Progressão: morte dos T CD4 por diversas vias Colonização e destruição dos órgãos linfoides Morte das células não infectadas por ativação crônica Fusão das células não infectadas (CD4) com células infectadas (Gp120) Gp120 é solúvel e marca células não infectadas Proteínas virais aumentam o influxo de cálcio, levando à apoptose INFECÇÃO DE CÉLULAS NÃO-T: Macrófagos: são reservatórios resistentes Não morrem Veículos para outros tecidos, incluindo o sistema nervoso (devido à toxicidade do material viral secretada pelos macrófagos) Defeitos funcionais: menor quimiotaxia, secreção IL-1 e TNF, além de uma apresentação do antígenos para as células T Células dendríticas: funcionam como reservatórios Não infectam, carregam o vírus para outros tecidos HIV se liga à superfície, mas não as infecta Mucosa: linfonodos com infecção das células T CD4 Células B: ausência de produção de anticorpos contra antígenos novos Produzem anticorpos, mas eles não conseguem se ligar (ligam-se a uma região que sofre muita mutação) Falta de auxílio das células T Os loops V (ligação aos Ac) acumulam mutações Sistema nervoso: macrófagos e células microgliais M-trópicos Neurônios não infectados, morrem por causa dos produtos virais secretados pelos macrófagos Déficit neurológico: produtos virais e fatores solúveis TRANSMISSÃO a. Contato sexual 75% dos casos Ulcerações ou abrasões na mucosa Presença de outras IST Mulheres e homossexuais passivos são mais suscetíveis a doença, devido à disposição da mucosa b. Doação de sêmen, sangue e órgãos Triagem cuidadosa e testagem dos doadores Sêmen: evitam-se doadores em janela imunológica Transfusão de sangue Transfusão de fatores sanguíneos VII e IX: hemofílicos c. Exposição ocupacional d. Inoculação parenteral: drogas endovenosas HIV e GESTAÇÃO Sem tratamento: <20% Com tratamento: <1% Aleitamento materno: risco de transmissão varia entre 7-22% A maioria das contaminações acontece durante o trabalho de parto Testes no pré-natal: nos três primeiros e nos três últimos meses de gestação, em casos de exposição de risco e/ou violência sexual Feito no momento do parto também, independentemente de exames anteriores ≥34 semanas Parto cesáreo: carga viral ≥1.000 cópias/ml HIV Período de incubação, janela clínica ou janela aguda: Dura de 5-30 dias Entre a infecção e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda Pode ou não ter expressão clínica Primeiros sintomas podem ser confundidos com uma gripe comum Período de latência: entre 5 e 10 anos Após a fase aguda até o desenvolvimento da imunodeficiência (até o desenvolvimento da AIDS) Média, em anos, de um paciente sem tratamento Vírus está se multiplicando e destruindo, pouco a pouco, o sistema imune Período de transmissibilidade: Em todas as fases da infecção Risco proporcional a viremia: quanto maior a carga viral do paciente, maior a chance dele transmitir o vírus Janela imunológica, janela de soroconversão ou janela sorológica: Entre a exposição até o início da formação de anticorpos específicos detectáveis Período médio: 30 dias (podendo durar até meses) Inclui a fase aguda e a fase eclipse (aguda + eclipse) Soroconversão: Processo de desenvolvimento de anticorpos contra o vírus É individual soroconversores lentos Negativo em 30 dias: indivíduo é considerado negativo, a menos que os antecedentes epidemiológicos e/ou os sinais clínicos sugiram a presença da infecção Testes imunológicos, aqueles que detectam anticorpos, positivam somente após a soroconversão Janela diagnóstica ou fase eclipse: Entre a infecção e a detecção do marcador: RNA viral, DNA proviral, p24 e Ac anti-HIV Depende do tipo, da sensibilidade e do método utilizado Testes moleculares (RNA, DNA e p24): reduzem o tempo de diagnóstico 10 a 15 dias Tempo até se conseguir detectar a doença ELISA: 1ª geração: IgG Janela de soroconversão: 6-8 semanas Procurava só o anticorpo 2ª geração: IgG + proteínas virais Janela diagnóstica: 25-35 dias Procurava o anticorpo e proteínas virais 3ª geração: IgM (fase inicial) + IgG + proteínas virais Janela diagnóstica: 20-30 dias Feito hoje em dia Procuram-se anticorpos e proteínas virais 4ª geração: p24, Gp160, Gp120 e Gp41 + IgM + IgG Janela diagnóstica: 15-20 dias Feito hoje em dia Procuram-se as proteínas virais e anticorpos TESTES COMPLEMENTARES: Western blot, imunoblot, imunifluorescência indireta e testes moleculares Testes moleculares são mais comuns e práticos Maioria detecta apenas anticorpos TESTES RÁPIDOS: Detecção de Ac anti-HIV até 30 minutos Não detectam material genético ou proteínas virais Feito através de sangue (punção venosa ou polpa digital) e fluido oral 99% da sensibilidade e especificidade em infecções crônicas Falsos negativos em até 12% das infecções agudas Sensibilidade é muito menor que um ELISA Acessibilidade é maior Situações ideais para a realização do teste rápido: Populações com difícil acesso à saúde Gestantes em trabalho de parto sem pré-natal Situações de acidentes no trabalho Populações de riscos sociais IMUNODEFICIÊNCIA HIV: agente vira HIV+: paciente portador de HIV AIDS: pacientes HIV+, somado ao aparecimento dos sintomas da fase aguda final T CD4+ <350 células/𝑚𝑚3 presença de AIDS T CD4+ <50 células/𝑚𝑚3 pacientes desenvolvem a maioria das infecções graves associadas à AIDS Não é só o número que determina mas, ao chegar nesse número, paciente já está desenvolvendo as principais doenças oportunistas adquiridas por causa da AIDS Se o paciente não apresenta as doenças oportunistas, ele não tem AIDS AIDS: fase clínica onde o paciente está com seu sistema imune extremamentedebilitado AIDS: síndrome da imunodeficiência Não reversível, nem com uso dos coquetéis vírus são muito mutáveis MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Primeiro período que o paciente tem quando é infectado Diagnóstico pouco realizado, com baixo índice de suspeição Viremia elevada alta taxa de transmissão Início de 3-6 semanas após a infecção Duração de 14 dias, podendo ser autolimitado Queda marcante de linfócitos T CD4 Febre alta, fadiga, mialgia, dor de cabeça e dor atrás dos olhos Sintomas semelhantes ao da mononucleose Raros: meningite asséptica, fotofobia, confusão mental e síndrome de Guillain-Barré Infecções oportunistas podem aparecer Presença de ínguas nas axilas, pescoço e nuca Conhecido como linfonopatia, ou seja, inchaço dos linfócitos Alterações na garganta e mucosas Fase não obrigatória, o paciente pode desenvolver a doença sem passar por essa fase Sarcoma de Kaposi é desenvolvido quando o paciente é infectado com uma carga viral muito alta; é um tipo de câncer Candidíase oral é uma forte suspeita de que o paciente tem HIV Fase em que todos os sintomas somem, é um período de latência Vírus está se replicando, com uma taxa baixa Alguns meses a alguns anos Sintomas clínicos mínimos ou inexistentes Fase mais longa Os exames sorológicos para o HIV são reagentes Contagem de linfócitos T CD4+ pode estar estável ou em declínio Medula consegue repor Contagem de linfócitos volta a subir Essa quantidade pode reduzir, um pouco, com o passar do tempo Pode ocorrer linfoadenopatia generalizada persistente e indolor Linfonodo inchadinho e palpável, mas não apresenta-se sensível a dor Intensa replicação viral controlada pelo sistema imunológico A velocidade de progressão depende da quantidade de inóculo, grau de virulência (cepas do tipo C) e pelos fatores genéticos do hospedeiro Sintomas mais comuns: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento Intensidade variável Doença que não cura e se mantém persistente no paciente Maior carga viral e menor quantidade de linfócitos T CD4+ (200 células/𝑚𝑚3) Valor normal para os linfócitos: 800-1200 células/𝑚𝑚3 Sistema imune não consegue dar mais conta, não consegue manter o vírus “caladinho” ARC: complexo relacionado à AIDS Doenças oportunistas menos graves Candidíase oral ou vaginal, vaginite, Infecções oportunistas causam a maioria dos óbitos Variação geográfica é levado em consideração Significamente reduzidas pelo HAART Doenças que tendem a surgir são mais graves Bactérias: tuberculose (1/3 das mortes), pneumonias (S. pneumoniae) e salmonelose Tuberculosa é bem marcante, ou seja, se o paciente desenvolve essa doença, ele está com AIDS Pneumonia e/ou tuberculose são as principais doenças bacterianas que fazem parte das doenças oportunistas da AIDS Em muitos casos, o próprio sistema imune consegue eliminar a bactéria da salmonelose (facilmente encontrado nos alimentos) Fungos: pneumocistose (15-30%), candidíase sistêmica e criptococose (meningite) Pneumocistose é uma pneumonia causada por um fungo, uma das doenças oportunistas que mais aparece Doenças sistêmicas causadas por fungo são bem marcantes quando o paciente tem o sistema imune mais debilitado Protozoários: toxoplasmose, criptosporidose e isosporiase Vírus: herpes simples persistente, citomegalovirose e leucoencefalopatia multifocal progressiva Vírus oncogênicos, como o do Sarcoma de Kaposi, apresentam uma importância muito grande ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS: Proteínas virais e fatores inflamatórios são tóxicos para os neurônios São neuropatias periféricas Causam vacuolização da bainha de mielina, atrofia cerebral e demência progressiva Infecções neurológicas no SNC: CMV, neurotoxoplasmose e neurocriptococose CÂNCER: 25-40% dos casos Vírus de DNA oncogênico Sarcoma de Kaposi: herpesvírus SK Colo do útero: HPV Linfoma não-Hodgkin de células B: EBV Ativação continuada: IL-6 e EBV (mitógeno de células B) Mutações Perfil do paciente vai se alterando de acordo com a fase em que se encontra: TERAPIA ANTIRRETROVIRAL Objetivos: 1. Prevenir e/ou reverter a destruição imunitária 2. Prevenir infecções e neoplasias associadas 3. Prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida 4. Reduzir a carga viral e reconstituir o sistema imunológico O atendimento é garantido pelo SUS As diretrizes do tratamento para HIV/AIDS são constatemente revisadas Principais limitações: a. Atuam na replicação viral, não na erradicação b. Desenvolvimento de resistência mutações em alta frequência c. Efeitos colaterais PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV-PrEP Entricitabina (FTC) e fumarato de tenofovir desoproxila (TDF) Inibição da TR Efeito após 7 dias de uso para relação anal e 20 dia de uso para relação vaginal Um comprimido diário, pelo tempo em que permanecer sob risco de exposição Efeito protetor ocorre com uso contínuo e concentração elevada do medicamento no sangue Apenas para indivíduos HIV-1 negativos pode gerar resistência Indicações: Gays e homes que fazem sexo com homens Trans Trabalhadores(as) do sexo Frequentemente deixa de usar camisinha (sexo anal ou vaginal) Casais sorodiscordantes Faz uso repetido de PEP (profilaxia pós- exposição ao HIV) Apresenta episódios frequentes de infecções sexualmente transmissíveis PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO AO HIV-PEP Uso de antirretrovirais para reduzir o risco de infecção após exposição ao vírus Urgência média: deve ser iniciada preferencialmente nas duas primeiras horas após a exposição e, no máximo, em até 72hrs Duração de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde Avaliar paciente com exposição sexual ao HIV para infecção aguda pelo vírus das hepatites A, B e C A PEP é oferecida gratuitamente pelo SUS Indicações: Violência sexual Relação sexual desprotegida Sem camisinha ou com rompimento da camisinha Acidente ocupacional Perfurocortante ou contato direto com material biológico
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