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MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 FISIOLOGIA –AMÉLIA 1 Contração muscular lisa Divisão eferente periférica O sistema simpático terá como efetor/ como órgão alvo, o músculo liso dos vasos sanguíneos, por exemplo. Então teremos uma rede de musculatura lisa para que tenhamos a manutenção da nossa circulação sanguínea. Qualquer alteração que venha ocorrer no músculo liso acarretará um impacto para o sistema cardiovascular. Músculo liso → Responsável pelo funcionamento de órgãos ocos extremamente importantes na manutenção da vida, por exemplo, o esôfago e estômago. → Do ponto de vista celular, o músculo liso não terá aquela configuração molecular do músculo esquelético estriado e do músculo cardíaco porque o liso não terá a organização dos filamentos de actina e miosina, que é o que da o aspecto de estriação. → O músculo liso possui filamentos e estruturas que precisam sustentar esses filamentos, essa estrutura de células. → Podemos observar um alongamento das células e a presença de núcleo bem central a célula. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 FISIOLOGIA –AMÉLIA 2 → Células alongadas com núcleos centralizados e com presença de corpos densos. Esses funcionam de forma similar ao sarcômero, na sustentação da unidade funcional da nossa fibra muscular. → FIBRA RELAXADA: célula alongada, núcleo centralizado. → FIBRA CONTRAÍDA: quando estimulada a contração, perde sua característica inicial da célula relaxada. Fibra muscular lisa → Temos filamentos finos e grossos. • Filamentos finos: teremos actina e tropomiosina. • Filamentos grossos: miosina. → Não tem a presença do complexo troponina, local no músculo esquelético em que há troponina C, que inicia os processos de contração quando há aumento do cálcio intracelular. → O cálcio será o mediador da contração, mas teremos um intermediário sensível ao cálcio. → Teremos presente nessas células musculares o acoplamento das células através das junções mecânicas, o que favorece a organização e a disposição das células no tecido. → Em células que apresentam uma comunicação mais rápida, temos as gap junctions. Além dessas junções, há possibilidade de comunicação elétrica e química. Músculo liso → O músculo liso será um tecido muscular involuntário. → Funções: • Produzir motilidade (ex: motilidade do trato gastrointestinal) • Manter a tensão (ex: controle da pressão arterial, mantém a tensão do vaso sanguíneo para que ele não fique totalmente relaxado- podendo gerar uma vasodilatação) MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 FISIOLOGIA –AMÉLIA 3 Qual a correlação existente entre o acoplamento elétrico e tipo de musculatura lisa? SIM Tipos de músculo liso → Músculo liso unitário • A comunicação prevalente entre as células ocorre pelas junções comunicantes. • Realizam o processo de contração muscular lisa através de um acoplamento elétrico. → Músculo liso multiunitário • Terá uma inervação individual de um neurônio autônomo. • Quando se tem o PA estimulando, rapidamente essa comunicação passa de célula a célula para que o trabalho seja unitário. • Cada célula terá a sua prórpia inervação, assim consegue-se estimular vias específicas, o que esta relacionado com a funcionalidade do músculo. • Teremos varicosidades dos neurônio autônomo, inervando várias células. • Para essa contração é liberado no meio extracelular moléculas/ substâncias, as quais estimula aos receptores das células. → O músculo liso pode ser inervado do simpático ou parassimpático e, além disso, pode ter a liberação de substâncias químicas que serão o primeiro sinal, sendo liberado por outras células. Se a célula muscular lisa tiver receptor para aquela substância química, teremos o sinal gerado no meio intracelular da célula lisa. � Temos uma característica do músculo multiunitário se transformando no músculo unitário. Padrão de atividade do músculo liso → Esse padrão está associado a funcionalidade do órgão. → Atividade fásica (estômago e intestino): atuam de forma intermitente. Para que eu mantenha a peristalse, por exemplo, é preciso relaxar e contrair de forma intermitente. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 FISIOLOGIA –AMÉLIA 4 Os vasos sanguíneos e vias aéreas são ricas em músculo liso, precisam ter um padrão de atividade normal com uma contração parcial desse músculo. Ou seja, significa que é preciso manter um tônus, uma certa contração, para que não tenha um relaxamento completamente, o que gera uma vasodilatação/ uma hipotensão severa. → Padrão normalmente contraído (esfíncter): normalmente o músculo liso está no seu padrão de contração. É preciso manter o esfíncter contraído para que não ocorra a passagem da substância que não é desejada no momento. Para relaxar esse esfíncter, é liberada uma ativação para esse músculo para ter o relaxamento. → Padrão normalmente relaxado (esôfago e bexiga): os órgãos precisam estar relaxado. Quando eles recebem estímulo para expulsão da substância que está contida no seu interior, ele precisa contrais para expulsar. Então ele passa de normalmente relaxado para contraído. Distribuição do músculo liso pelo corpo → Teremos músculo liso: • Vascular • Urinário • Genital • Gastrointestinal • Respiratório • Ocular → A disposição das células depende da funcionalidade do órgão. → No músculo liso vascular a disposição das células é longitudinal, o que permite um processo de redução de diâmetro interno do vaso, que é um órgão oco. Elementos celulares dos órgãos ocos → O músculo liso vai ter uma camada de proteção para que ele não tenha contato com o que está dentro do órgão oco. → Endotélio vascular: tem contato com o sangue para evitar que esse entre em contato com o músculo liso. → Mucosa: por exemplo, está no trato gastrointestinal, e vai proteger todo o tecido desse trato. → Tecido conjuntivo: ajuda o órgão a ter uma maior flexibilidade para as suas funções. Ligação mecânica e funcional → A junção comunicante favorece uma ligação mecânica entre as células para favorecer a formação da estrutura célula a célula, e acaba por permitir a funcionalidade do órgão, frente a necessidade do trabalho em conjunto de todas as células que estão lado a lado. Invaginações da membrana → Assemelham-se as invaginações da célula muscular estriada. → Essas invaginações são chamadas de cavéolas, e está próxima ao retículo sarcoplasmático. → Gera uma faísca de cálcio. Temos presentes nas cavéolas canais de cálcio do tipo L, canal voltagem dependente. Quando houver o estímulo no sarcolema, essas cavéolas poderão detectar essa alteração devido à presença desses canais. Esses mudarão sua conformação MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 de acordo com o potencial e nós teremos a abertura deles. → As cavéolas são compostas por caveolina (proteína) e de colesterol (ajuda na manutenção da conformação das cavéolas). Regulação da contração → Teremos duas prioridades frente a este estímulo: • Estimulação via nervosa da fibra muscular lisa: fibra inervada que tem como sinal o potencial de ação. • Estimulação hormonal: estimulação por substâncias químicas. Não necessita de uma inervação direta da célula, as substâncias estão rpesentes no líquido extracelular. ESTIMULAÇÃO VIA NERVOSA → Onda lenta: é como se eu tivesse um padrão de despolarização e quando esse está abaixo do limiar sabemos que não vai ter o potencial de ação. Logo, aquele músculo tem uma atividade intrínseca que permite a formação das ondas lentas, as quais não são capazes de força de contração muscular. Mas, quando eu tenho um estímulo sendo gerado, quando MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 FISIOLOGIA –AMÉLIA deacordo com o potencial e nós teremos a véolas são compostas por caveolina (proteína) e de colesterol (ajuda na manutenção da conformação das cavéolas). Regulação da contração frente a este Estimulação via nervosa da fibra fibra inervada que tem como sinal o potencial de ação. : estimulação por substâncias químicas. Não necessita de uma inervação direta da estão rpesentes é como se eu tivesse um padrão de despolarização e quando esse está abaixo do limiar sabemos que não vai ter o potencial de ação. Logo, aquele músculo tem uma atividade que permite a formação das ondas lentas, as quais não são capazes de gerar uma força de contração muscular. Mas, quando eu tenho um estímulo sendo gerado, quando ultrapassa o limiar, temos um potencial de ação. • Quanto mais potenciais de ação forem disparados, maior será a força de contração muscular. • Observada principalmente no trato gastrointestinal. → Acoplamento farmacomecânico substâncias que vão alterar essa capacidade da contração do órgão independente da alteração do potencial de ação. • Aumentam a força de contração, mas o potencial de membrana permanece em seu estado de repouso. Acoplamento excitação: contração no músculo liso → Com uma liberação aumento desse íon no sarcoplasma. Esse aumento é chamado de faísca entra através do canal deste na membrana e ele induz a abertura de canais desse íon do retículo sarcoplasmático. → No músculo liso, a calmodulina será responsável pela sensibilidade ao cálcio, ela será mediadora no meio intracelular. • Quando ocorre a ligação/ a formação desse complexo cálcio tiro a sinase de cadeia leve de miosina da sua configuração inativa para ativa, porque a sinase de cadeia leve na forma ativa, vai permitir a fosforilação da cabeça da miosina. • Com a cabeça da miosina fosforilada eu tenho a formação da ponte cruzada actina-miosina processo de contração muscular. 5 ultrapassa o limiar, temos um potencial de Quanto mais potenciais de ação forem dos, maior será a força de contração muscular. Observada principalmente no trato gastrointestinal. Acoplamento farmacomecânico: teremos substâncias que vão alterar essa capacidade da contração do órgão independente da alteração do potencial de ação. Aumentam a força de contração, mas o potencial de membrana permanece em seu estado de repouso. Acoplamento excitação: contração no músculo liso Com uma liberação de cálcio induzida haverá aumento desse íon no sarcoplasma. Esse aumento é chamado de faísca de cálcio, o cálcio entra através do canal deste na membrana e ele induz a abertura de canais desse íon do retículo sarcoplasmático. No músculo liso, a calmodulina será responsável pela sensibilidade ao cálcio, ela será mediadora no meio intracelular. Quando ocorre a ligação/ a formação desse complexo cálcio-calmodulina, eu tiro a sinase de cadeia leve de miosina da sua configuração inativa para ativa, porque a sinase de cadeia leve na forma ativa, vai permitir a fosforilação da cabeça da miosina. a cabeça da miosina fosforilada eu tenho a formação da ponte cruzada miosina-fosforilada, o que leva a processo de contração muscular. MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 FISIOLOGIA –AMÉLIA 6 → O sinal para essa contração pode ser por: • Despolarização: causa a abertura dos canais de cálcio voltagem dependente. • Hormônio/ neurotransmissores: também leva a abertura dos canais de cálcio. Além disso, levam ao aumento de IP3 no meio intracelular se tivermos receptores no músculo que são acoplados a proteína G. Ao aumentar o ip3 no meio intracelular, ele gera um sinal de liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático. Relaxamento muscular → É preciso desfosforilar a cabeça da miosina, ou seja, retirar os fosfatos da cabeça da miosina e retorna-la para sua conformação inativa, pela miosina- fosfatase. Essa logo após a formação da ponte cruzada desfossforila a miosina. Isso gera um relaxamento. → Em conjunto com o fato citado anteriormente, é preciso começar a fazer a redução do cálcio intracelular, para desfazer a ligação do complexo cálcio-calmodulina para retirar a ativação de contração. Essa redução ocorre por: • O cálcio ATP ase atua retornando com o cálcio para o retículo sarcoplasmático. • Cálcio ATP-ase de membrana, joga cálcio para o liquido extracelular. • Ainda temos o co-transporte de sódio e cálcio (sódio para o meio intracelular e cálcio para o meio extracelular). Fisiologia clinica → Aumento de trabalho mecânico do músculo liso gera impacto negativo como: • Hipertrofia compensatória: em orgãos como a bexiga/ vasos sanguíneos, após receberem uma sobrecarga de trabalho, hipertrofiam e perdem em funcionalidade. � Bexiga: pode sofrer uma hipertrofia em um caso de tumor benigno/ maligno de próstata. � Vasos sanguíneos: pode levar a hipertensão. → Impactos positivos no músculo liso • Hipertrofia positiva e aumento de junções comunicantes. Isso pode ocorrer no momento do parto. Com a queda de progesterona, o estrogênio toma a frente e modifica a musculatura, hipertrofiando e promovendo a formação de junções comunicantes para que no parto essa musculatura vire unitário. → Impacto negativo • Lesão endotelial: ativa-se um infiltrado de células de imunidade, o que irá alterar os padrões de miofilamento e favorecer as patologias no músculo liso, ajudando na formação de placas de ateroma, a asteroesclerose. A ativação da via rho cinase pode estar ativando a sinase de cadeia leve da miosina, tirando ela da sua conformação inativa e levando para a ativa, favorecendo MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLA 58 – 2025.2 FISIOLOGIA –AMÉLIA 7 para a fosforilação da miosina, contribuindo para a contração muscular exagerada.
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