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3ª semana do desenvolvimento

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MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
1 
Terceira semana do desenvolvimento 
→ Aparecimento da linha primitiva. 
 
→ Desenvolvimento da notocorda. 
 
→ A mãe percebe o atraso menstrual. 
 
→ Há formação do sistema nervoso (provém do 
ectoderma e essa diferenciação ocorre através 
dos somitos e da notocorda) e cardiovascular. 
 
→ Diferenciação das três camadas germinativas, a 
qual irá ocorrer até o final da quarta semana. 
 
→ O desenvolvimento embrionário e fetal é 
compreendido entre a 3ª e 8ª semana. Ao final do 
período embrionário, todos os principais 
sistemas e órgãos já começaram a se desenvolver, 
mas o funcionamento da maioria dos órgãos é 
mínimo. 
 
→ No meio da terceira semana o mesoderma intra-
embrionário separa o ectoderma e endoderma 
em todos os lugares, exceto na membrana 
bucofaríngea (cefalicamente a linha primitiva), 
no processo notocordal (linha média a linha 
primitiva) e na membrana cloacal (caudal a 
linha primitiva). 
 
Gastrulação 
→ Formação dos folhetos embrionários. 
 
→ O embrião passa a ser chamado de gástrula. 
Nesse período há presença de células 
pluripotentes (capazes de seguir mais de uma via 
de desenvolvimento). No blastômero as células 
são totipotentes. 
 
→ O primeiro sinal da gastrulação é a formação da 
linha primitiva. 
→ Conversão do disco embrionário bilaminar em 
trilaminar, que se inicia através da reorganização 
da forma celular e da adesão das células. Nesse 
processo participam proteínas morfogenéticas do 
osso (BMP- bone morphogenetic proteins, 
promove a migração das células do epiblasto e 
forma o endoderma e o mesoderma) e outras 
moléculas sinalizadoras como FGFS e Wants. 
 
→ Há o início da morfogênese (desenvolvimento da 
forma do corpo) que é o marco principal da 3ª 
semana, formação da notocorda, da placa pré-
cordal e linha primitiva na superfície do epiblasto 
do disco embrionário. 
 
→ O ectoderma, endoderma e mesoderma (tecidos 
embrionários oriundos do epiblasto) vão dar 
origem a diferentes coisas no organismo: 
• Ectoderma: 
� Epiderme. 
� Glândulas sudoríparas e mamárias. 
� Sistema nervoso (central e periférico). 
� Olho (retina), orelha interna e nariz. 
� Células da crista neural. 
� Tecidos conjuntivos da cabeça. 
� Adenohipófise. 
• Endoderma: 
� Revestimentos epiteliais das vias 
respiratórias e do trato gastrointestinal 
(incluindo glândulas que se abrem no 
trato gastrointestinal e as células 
glandulares dos órgãos associados, 
como fígado e pâncreas). 
� Parênquima das amígdalas. 
� Cavidade timpânica. 
• Mesoderma: 
� Todos os músculos esqueléticos (lisos e 
estriados) 
� Células sanguíneas e da medula óssea. 
� Revestimento dos vasos sanguíneos. 
� Músculo liso visceral. 
� Orgãos do sistema cardiovascular. 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
2 
� Tecido conjuntivo (TCPD) 
� Orgãos urogenitais. 
� Baço e córtex da suprarenal. 
 
Formação da linha 
primitiva 
→ Surge no epiblasto, na porção embrionária, uma 
relação linear chamada linha primitiva do 
embrião (faixa linear espessa na região caudal), 
através da migração das células do epiblasto para 
o plano mediano do disco embrionário. 
 
→ Esse processo ocorre devido à proliferação e 
migração das células epiblásticas para o plano 
mediano e posterior do disco embrionário. 
 
→ Forma o disco trilaminar. 
 
→ O aparecimento da linha primitiva torna possível 
identificar o eixo embrionário. 
 
→ A extremidade cefálica/ cranial se prolifera para 
formar o nó primitivo/ nó de hensen. 
Concomitantemente, dentro da linha, forma-se 
um sulco primitivo com uma depressão na região 
do nó, essa depressão é chamada de fosseta 
primitiva (o sulco e a fosseta são resultados da 
invaginação de células epiblásticas). A 
extremidade caudal se alonga pela adição de 
novas células. 
 
→ Além da notocorda, as células derivadas do nó 
primitivo formam também o mesoderma intra-
embrionário de cada lado da notocorda, elas se 
espessam para formar uma camada longitudinal- 
o Mesoderma Paraxial. Esta coluna continua 
lateralmente com o Mesoderma Intermediário, 
que por sua vez torna-se mais delgado e 
transforma-se no Mesoderma Lateral, que é 
contínuo com o Mesoderma Extra-embrionário o 
qual recobre a Vesícula Amniótica e a Vitelínica. 
 
→ Após 16 dias da formação da linha primitiva, as 
células proliferadas passam a ser chamadas de 
mesenquimais. 
 
→ Devido ao aparecimento da linha primitiva alguns 
fatos foram estabelecidos: 
• Sistema bilateral: direita e esquerda. 
• Fica estabelecida a extremidade cefálica e 
caudal. 
• Identifica-se as superfícies dorsal e ventral. 
 
→ As células mesenquimais se aprofundam entre o 
epiblasto e o hipoblasto, se juntam na matriz 
gelatinosa e formam uma frouxa rede de tecido, 
chamada de mesênquima/ mesoblasto. A maior 
parte dessa rede forma o tecido mesoderma 
intra-embrionário e o que sobra continua sendo o 
mesoblasto (mesoderma indiferenciado). 
Posteriormente, as células do hipoblasto migram 
pela linha primitiva e formam o endoderma no 
teto da vesícula umbilical e as células que 
permaneceram no epiblasto se tornam a 
ectoderma intra-embrionária. 
EPIBLASTO ectoderma intra-embrionária. 
CÉLULAS MESENQUIMAIS QUE MIGRAM DO 
EPIBLASTO mesoderma. 
HIPOBLASTO endoderma intra-embrionária. 
 
→ As células mesenquimais formam tecidos 
(conjuntivo) de sustentação do embrião e parte 
conjuntiva das glândulas através da proliferação 
e diferenciação em outros tipos de célula (ex: 
fibroblasto, condroblasto e osteoblasto). 
 
→ Destino da linha primitiva: a linha primitiva 
participa da formação do mesoderma até o final 
da quarta semana quando se torna lenta. 
• Diminui de tamanho e torna-se uma 
estrutura insignificante na região 
sacrococcígena do embrião. 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
3 
• Sofre mudanças degenerativas. 
• Desaparece no fim da quarta semana (se não 
desaparecer, temos doenças como o 
teratoma sacrococcígeo). 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento do celoma 
intra-embrionário 
→ Divide o mesoderma lateral em: 
• Camada somática/parietal: contínua com o 
mesoderma extraembrionário que reveste o 
âmnio. Mesoderma intra-embrionário que está 
em contato com o ectoderma. 
• Camada esplâcnica/ visceral: contínua com o 
mesoderma extraembrionário que reveste a 
vesícula umbilical. Mesoderma intra-
embrionário que está em contato com o 
endoderma. 
→ Camada somática + ectoderma= somatopleura 
(forma a parede do corpo do embrião). 
 
→ Camada esplâcnica + endoderma subjacente= 
esplancnopleura (reveste o intestino do embrião). 
 
→ A formação do celoma intra-embrionário ocorre a 
partir do surgimento de espaços no mesoderma 
lateral e no mesoderma cardiogênico (anterior a 
membrana bucofaríngea) que irão se unir. No 2º 
mês o celoma será dividido em: cavidade peritonial, 
pericárdia e pleural. 
 
Formação da notocorda 
→ Processo notocordal: migração da extremidade 
caudal em direção a cranial, a partir do nó 
primitivo, há formação de um cordão de células até 
atingir a placa pré-cordal, na linha média que cresce 
entre o ectoderma e o endoderma. Passo a passo: 
• Seu alongamento se dá pela invaginação de 
células provenientes da fosseta primitiva. 
 
• A formação do canal notocordal (formado pela 
luz decorrente do processo notocordal) ocorre 
a partir da extensão da fosseta primitiva para 
dentro do processo notocordal. 
 
• A notocorda é um tubo celular que se 
estende cefalicamente do nó primitivo até a 
placa pré-cordal, não ultrapassa essa placa 
devido a aderência do ectoderma. 
 
• O assoalho do processo notocordal funde-se 
com o endoderma embrionário subjacente. 
 
• As camadas fundidas sofrem uma 
degeneração gradual, resultando na 
formação de aberturas no assoalho no 
processo notocordal, permitindo a 
comunicação do canal notocordal com o saco 
vitelínico. 
 
• As aberturas confluem rapidamentee o 
assoalho do canal notocordal desaparece, o 
Segundo pesquisas, moléculas sinalizadoras 
(fatores nodais) da superfamília do fator de 
crescimento transformante P induzem o 
mesoderma e os destinos da camada celular 
germinativa. Além disso, o TGF-3 (nodal), o fator 
de transcrição T-box e a via de sinalização Wnt 
parecem estar envolvidos na especificação do 
mesoderma. (slide: fatores nodais, o fator de 
crescimento tumoral beta está envolvido na 
formação do mesoderma. 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
4 
remanescente do processo notocordal forma 
a placa notocordal, achatada e com um sulco. 
 
• Iniciando pela extremidade cefálica do 
embrião, as células da notocorda proliferam 
e a placa notocordal se dobra formando a 
notocorda. 
 
• A parte proximal do canal notocordal 
persiste temporariamente como o canal 
neuroentérico que forma uma comunicação 
transitória entre as cavidades dos sacos 
vitlínico e amniótico. Normalmente, o canal 
neuroentérico se oblitera (se degrada) ao fim 
do desenvolvimento da notocorda. 
 
• A notocorda separa-se do endoderma do 
saco vitelínico que novamente forma uma 
camada contínua. 
 
• A notocorda se estende da membrana 
bucofaríngea ao nó primitivo. Também 
define o eixo longitudinal primordial do 
embrião, confere rigidez e é a base para o 
desenvolvimento do esqueleto. 
 
• A notocorda degenera e desaparece quando 
os corpos vertebrais se formam, mas 
persistem como o núcleo pulposo que 
preenche cada disco invertebral (a coluna 
vertebral é uma extensão do nó primitivo até 
a orofaringe e se degenera à medida que as 
vértebras se formam, o núcleo pulposo 
permanece em cada disco invertebral). 
 
• A notocorda em desenvolvimento induz o 
ectoderma sobrejacente a espessar-se e 
formar a placa neural, o primórdio do 
sistema nervoso central (SNC). 
 
→ Sinais instrutivos da região de linha primitiva 
induzem as células precursoras notocordais a 
formar a notocorda, uma estrutura celular 
semelhante a uma haste. O mecanismo molecular 
que induz essas células envolve a sinalização da 
placa ventral do tubo neural. 
 
→ Placa pré-cordal: área circular de epitélio 
colunar/cilíndrico de células endodérmicas que 
une o endoderma com o ectoderma, e essa união 
forma a membrana bucofaríngea (origina a boca). 
• O mesoderma pré-cordal é uma população 
mesenquimal anterior à notocorda. É 
essencial para a indução do cérebro anterior 
e olho, além do desenvolvimento de 
estruturas cranianas. 
• A placa pré-cordal é uma organizadora da 
região cefálica 
 
→ As células mesenquimais da linha primitiva 
migram lateral cefalicamente entre o ectoderma e 
o endoderma até alcançarem o disco 
embrionário, onde se misturam ao mesoderma 
extra-embrionário que recobrem a vesícula 
amniótica e vitelínica. 
 
→ Área cardiogênica: células que migram da linha 
primitiva em direção cranial contornando o 
processo notocordal e a placa pré-cordal e se 
estabelecem cefalicamente a membrana 
bucofaríngea, formando também o mesoderma 
cardiogênico. Nessa área o coração começa a se 
desenvolver no fim da terceira semana. 
 
→ Membrana cloacal: área circular caudalmente a 
linha primitiva onde o ectoderma e o endoderma 
estão fundidos e há o mesoderma. Irá originar o 
ânus. 
 
→ Funções da notocorda: 
• Define o eixo longitudinal primitivo do 
embrião, dando-lhe certa rigidez. 
• Fornece os sinais necessários para o 
desenvolvimento do esqueleto axial (ossos 
da coluna vertebral e da cabeça) e do sistema 
nervoso central. 
• Contribui na formação dos discos 
invertebrais. 
• Induz o espessamento do ectoderma para 
formar a placa neural. 
• Futuro local dos corpos vertebrais. 
• Base para a formação do esqueleto axial. 
 
 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
5 
Formação do alantóide 
→ No 16º dia forma-se o alantóide a partir da 
invaginação relativa da parede caudal da vesícula 
vitelínica, se estendendo para a direção do 
pedículo do embrião. É um anexo embrionário 
que constitui parte do cordão umbilical e une-se 
com o córion para formar a placenta. 
 
→ Nos répteis, aves e alguns mamíferos têm função 
respiratória e armazena urina durante a vida 
embrionária. Nos humanos se mantêm pequeno e 
está relacionado com a formação inicial do 
sangue e desenvolvimento da bexiga. 
 
→ O alantóide está relacionado com a formação 
inicial do sangue e com o desenvolvimento da 
bexiga urinária, pois o mesoderma do alantóide 
se expande abaixo do córion e forma os vasos 
sanguíneos que serão as artérias umbilicais, 
servindo a placenta. 
 
→ O mesoderma extra-embrionário que o circunda 
dará origem a artéria umbilical. 
 
→ A parte proximal do divertículo alantóide original 
persiste durante a maior parte do 
desenvolvimento como uma linha chamada 
úraco, que se estende da bexiga até a região 
umbilical. 
 
→ O úraco é representado nos adultos pelo 
ligamento umbilical mediano. 
 
→ Os vasos sanguíneos do alantóide tornam-se as 
artérias umbilicais. A parte intra-embrionária das 
veias umbilicais tem origem diferente. 
 
Neurulação: formação do 
tubo neural 
→ Esse processo termina na quarta semana quando 
ocorre o fechamento do neuroporo caudal 
(pregas neurais). 
 
→ Durante a neurulação, algumas vezes o embrião é 
chamado nêurula. 
 
→ É o processo de formação da placa neural no final 
da 3ª semana. Esse processo é a formação das 
placas e pregas neurais. 
 
FORMAÇÃO DA PLACA E TUBO NEURAL 
→ Placa neural: é o espessamento de células neuro 
epiteliais do ectoderma embrionário acima da 
notocorda, formando uma placa alongada e 
espessa de células neuroepiteliais. 
 
→ O ectoderma da placa neural (neuroectoderma) 
dá origem ao encéfalo e a medula espinhal do SNC 
e a várias outras estruturas, como a retina. 
 
→ A placa neural alongada corresponde em 
comprimento à notocorda subjacente. 
• Está cefalicamente ao nó primitivo. 
• Está dorsalmente à notocorda e ao 
mesoderma subjacente a esta. 
 
→ O tubo aparece cranial ao nó primitivo e dorsal a 
notocorda. Alarga-se acompanhando o 
alongamento cranial da notocorda em direção a 
membrana orofaríngea. 
 
→ Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se 
alarga e se estende cefalicamente até a 
membrana bucofaríngea. No final do 
desenvolvimento, a placa neural se estende além 
da notocorda. 
 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
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→ A placa neural ultrapassa a notocorda. Por volta 
do 18º dia, a placa neural se invagina ao longo do 
seu eixo central, formando um sulco neural 
mediano, com pregas neurais em ambos os lados. 
• As pregas neurais na extremidade cefálica do 
embrião constituem os primeiros sinais do 
desenvolvimento do encéfalo. 
 
→ No fim da terceira semana, as pregas neurais já 
começaram a se fundir, convertendo a placa 
neural em tubo neural, o primórdio do SNC. Para 
formar o tubo neural há a perda da afinidade das 
células neuroectodérmicas com o epitélio e 
células vizinhas, após a fusão das pregas neurais. 
 
→ O processo de invaginação da placa neural da 
origem ao tubo neural e o fechamento desse tubo 
é um processo multigênico que pode ser mediado 
pelo folato (forma natural do ácido lático). A 
deficiência de folato leva ao fechamento 
incompleto/inadequado do tubo neural. 
Ácido Fólico (Vitamina B9):Os dois tem que 
tomar, o homem toma porque baixa de folato 
aumenta a chance de erro, isso para manter a 
segregação dos cromossomos na meiose; mulher 
exclusivamente, para além da fase cromossomial 
e para o desenvolvimento do tubo neural 
também. Usar três meses antes da tentativa de 
gravidez. 
 
→ O tubo neural logo se separa do ectoderma da 
superfície, assim que as pregas neurais se 
encontram e formam a epiderme. 
 
 
Formação da crista neural 
→ A formação da crista neural entre o tubo neural e 
o ectoderma superficial (epiderme) suprajacente 
ocorre a partir de uma massa achatada irregular 
formada porcélulas da crista neural após a 
separação do tubo neural do ectoderma da 
superfície. Há perda de adesão das células do 
neuroectoderma. 
 
→ As células da crista neural sofrem uma transição, 
células epiteliais se tornam mesenquimais e se 
afastam à medida que as pregas neurais se 
encontram, as bordas livres do ectoderma se 
fundem, tornando essa camada contínua sobre o 
tubo neural e as costas do embrião. 
Subsequentemente, o ectoderma de superfície 
diferencia-se na epiderme. 
 
→ Logo a crista neural se separa em direita e 
esquerda, que migram para os aspectos 
dorsolaterais do tubo neural (migram no 
mesênquima). Nessa região elas originam os 
gânglios sensitivos dos nervos cranianos e 
espinhais. 
 
→ As células da crista neural originam os gânglios 
espinhais (gânglios das raízes dorsais) e os 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
7 
gânglios do sistema nervoso autônomo. (as 
células da crista neural dão origem ao sistema 
nervoso periférico). 
 
→ Os gânglios dos nervos cranianos V, VII, IX e X, 
bainha dos nervos periféricos, dura-máter e pia-
máter também derivam parcialmente das células 
da crista neural. 
 
→ As células da crista neural também formam as 
bainhas de neurilema (camada celular externa 
que cobre o axônio) dos nervos periféricos e 
contribuem para a formação de leptomeninges. 
 
→ Essas células também contribuem para a 
formação de células pigmentares, células da 
medula da supra-renal (adrenal) e vários 
componentes musculares e esqueléticos da 
cabeça. 
 
→ A crista neural dá origem às células germinativas. 
 
Desenvolvimento dos somitos 
→ No final da terceira semana, o mesoderma 
paraxial se diferencia, condensa-se e começa a se 
dividir em corpos cuboides pares, os somitos. 
Estas estruturas mesodérmicas localizam-se de 
cada lado do tubo neural em formação à partir da 
diferenciação do ectoderma logo acima da 
notocorda. O primeiro par de somitos surge na 
extremidade cranial da notocorda, os seguintes 
tem sentido cefalocaudal. 
 
→ Localizados em cada lado do tubo neural, 
aparecem em pares e o primeiro surge próximo à 
extremidade cefálica. Eles formam a maior parte 
do esqueleto axial. 
 
→ O número de somitos determina a idade do 
embrião, uma vez que formam elevações na 
superfície. No final da quinta semana são em 
torno de 42 a 44 pares de somitos. 
 
→ Uma cavidade surge dentro do somito, a miocele, 
mas logo desaparece. 
 
→ Linhas de diferenciação dos somitos: 
• Esclerótomo: dá origem a estruturas 
esqueléticas, como a maior parte do 
esqueleto axial. 
• Miótomo: dá origem aos músculos. 
• Dermátomo: dá origem a pele. 
 
Angiogênese 
→ A angiogênese começa no início da terceira 
semana no mesoderma extra-embrionário. 
 
→ É o brotamento endotelial, distribuição de vasos 
pelas áreas não vascularizadas que se fundem. As 
células sanguíneas são originadas por células 
endoteliais especializadas. Há vasos sanguíneos 
no saco vitelínico, no córion e dentro do embrião. 
São hemangioblastos na vesícula umbilical e 
alantóide na 3ª semana. 
 
→ Os angioblastos (células mesenquimais das quais 
se formarão as células sanguíneas por 
diferenciação) dão origem ao endotélio (camada 
celular que reveste interiormente os vasos 
sanguíneos e linfáticos). A vasculogênese ocorre 
no mesoderma extraembrionário da vesícula 
vitelínica e do pedículo de conexão. 
VASCULOGÊNESE: A formação dos vasos 
sanguíneos começa com a agregação dos 
angioblastos, formando ilhotas sanguíneas. 
Nessas ilhotas começam a surgir cavidades pela 
confluência de fendas intercelulares, os 
angioblastos se achatam e originam o endotélio 
primitivo. Há a fusão das cavidades revestidas 
por endotélio e formam redes endoteliais 
 
→ A hematogênese (produção de sangue) só ocorre 
na quinta semana e inicia-se em partes do 
mesênquima como o fígado, baço, medula e 
linfonodos. 
 
Desenvolvimento do sistema 
cardiovascular primitivo 
→ O sistema cardiovascular primitivo é formado 
pela união do coração tubular aos vasos do 
MARIA EDUARDA SARDINHA ESTRELLAA 58- 2025.2 
EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
8 
embrião, pedículo de união, córion e vesícula 
umbilical. 
 
→ Os batimentos cardíacos começam no final da 
terceira semana (no 21º/22º dia). Porém só 
podem ser detectados na quinta semana pela USC 
transvaginal, com 35/36 dias de amenorréia ou 
com 5 semanas na USG pélvica. 
 
→ O coração e os vasos surgem a partir das células 
mesenquimais da área cardiogênica. 
 
→ É o primeiro sistema a funcionar devido a 
necessidade do embrião de oxigênios e 
nutrientes. 
 
→ Até o final da terceira semana o sangue já está 
circulante e o coração começa a bater. 
 
→ Durante a 3º semana os tubos endocárdicos se 
fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. O 
tubo cardíaco primitivo é formado a partir da 
confluência entre dois tubos revestidos na 3ª 
semana. 
 
Situações clínicas 
→ Caso a vesícula esteja grossa é porque o embrião 
morreu. A vesícula fornece nutrientes, se o 
embrião não recebe/busca esses nutrientes, ela 
vai engrossando. 
 
→ Mielomeningocele/ espinha bífida: é erro na 
terceira semana quando o fechamento da medula 
espinhal não acontece de forma adequada. O 
responsável pela formação dos corpos vertebrais 
e da coluna é a notocorda. 
 
→ Hidrocefalia: acumulo de líquido 
cefalorraquidiano no encéfalo quando não há o 
fechamento adequado do tubo neural. 
 
→ Acrania: é uma malformação congênita 
rara caracterizada pela ausência parcial ou 
completa do crânio em fetos humanos. Em geral, 
está associado à anencefalia e cursa com 
a incompatibilidade à vida, sendo fatal em curto 
prazo após o nascimento. Não há calota craniana 
e o cérebro fica exposto, isso porque a calota não 
foi formada no período que deveria na placa pré-
cordal. 
• A anencefalia é a manifestação clínica tardia 
da acrania e não tem nada a ver defeito no 
tubo neural. 
• Pode ser detectada pela 
ultrassonografia realizada durante as 
consultas de pré-natal. 
• A causa da acrania resulta de 
uma falha durante o processo de fechamento 
do tubo neural durante a quarta e quinta 
semanas de gestação. Com isso, não ocorre a 
formação da calota craniana (estrutura óssea 
que envolve e protege o cérebro) e, portanto, 
o tecido cerebral fica exposto ao líquido 
amniótico. 
 
Desenvolvimento vilosidades 
coriônicas 
→ Após o aparecimento das vilosidades coriônicas, 
no final da segunda semana, as vilosidades 
primárias começam a se ramificar. 
No início da terceira semana, o mesênquima 
cresce nessas vilosidades primárias, formando 
um eixo central de tecido mesenquimal frouxo 
(conjuntivo)- são as vilosidades secundárias. 
 
→ Nesse estágio as vilosidades coriônicas 
secundárias revestem toda a superfície do saco 
coriônico. 
 
→ Algumas células mesenquimais nas vilosidades se 
diferenciam em capilares e células sanguíneas. 
 
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EMBRIOLOGIA – FRANCISCO 
 
 
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→ Quando os vasos sanguíneos são visíveis nas 
vilosidades elas se chamam vilosidades 
coriônicas terciárias. 
 
→ Os capilares nas vilosidades coriônicas se fundem 
para formar as redes arterocapilares, que logo se 
tornam conectadas com o coração do embrião 
através dos vasos que se diferenciam no 
mesênquima do córion e no pedículo de conexão. 
 
→ O O2 e nutrientes materno se difundem pelas 
paredes das vilosidades coriônicas e entram no 
sangue do embrião. 
 
Extra 
→ As células da crista neural se movem tanto para 
dentro quanto sobre a superfície dos somitos. 
Embora essas células sejam difíceis de serem 
identificadas, técnicas especiais com marcadores 
revelaram que elas se disseminam amplamente, 
geralmente ao longo das vias predefinidas. 
 
→ Estudos laboratoriais indicam que as interações 
celulares, tanto na superfície do epitélio quanto 
entre ele e o mesoderma subjacente, são 
necessárias para estabelecer os limites da placa 
neural e especificar os locais onde vai ocorrer a 
transformação epitelial-mesenquimal.Estas são 
mediadas por proteínas morfogenéticas do osso, 
Wnt/ Notch/ FGF. Além disso, moléculas como 
efrinas são importantes guias das vias de 
migração das células da crista neural. Muitas 
doenças em humanos são causadas por defeitos 
na diferenciação ou migração das células da crista 
neural. 
 
→ O gene GMP promove a migração das células do 
epiblasto e forma o endoderma e o mesoderma. 
 
 
 
 
 
 
 
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