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Perguntas: 1. Como ocorre a transmissão viral? (mecanismo intracelular de replicação viral) 2. Definir quais são infecções das vias aéreas superiores? E os sinais e sintomas (Rinite, gripe, resfriado) Rinite, ou inflamação da cavidade nasal, pode resultar de múltiplas causas. Rinite pode ser classificada pela duração (aguda versus crônica) e ainda mais segregada como alérgica versus não alérgica. Rinite aguda é uma inflamação autolimitada, mais comumente secundária a infecção viral. Muitos dos aspectos clínicos da rinite aguda podem resultar da resposta imune a patógenos virais. Liberação de citocinas e quimiocinas inflamatórias incluindo interleucina (IL)-6, fator de necrose tumoral-α, e interferon-γ resulta em edema tecidual, produção aumentada de muco e dilatação vascular. As manifestações clínicas destas transformações são bem conhecidas como sintomas do “resfriado comum”: congestão e obstrução nasal, drenagem nasal aumentada, e sentido do olfato diminuído. Irritantes nasais, incluindo perfumes, fumaça e produtos de limpeza podem causar uma constelação semelhante de sintomas, embora tipicamente de mais curta duração. <, B. Murray & Nadel Tratado de Medicina Respiratória . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. 9788595156869. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156869/. Acesso em: 22 abr 2021> RINITE ALÉRGICA: Os sintomas mais comuns são corrimento nasal, obstrução ou prurido nasal e muitos espirros um atrás do outro. Muitas vezes acompanham sintomas oculares como coceira, vermelhidão e lacrimejamento. Esses sintomas podem melhorar espontaneamente. Nos casos crônicos, pode ocorrer perda do paladar e do olfato. <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/54005-saiba-quais-sao-os- sintomas-da-rinite-alergica> Resfriado comum Não há uma definição padronizada de resfriado que seja seguida universalmente, mas o termo em geral é usado para referir-se à rinite aguda com graus variáveis de faringite. As queixas sistêmicas estão ausentes ou de gravidade leve e a febre é incomum. As doenças alérgicas das vias aéreas superiores frequentemente apresentam manifestações clínicas similares àquelas dos resfriados. Os resfriados estão frequentemente associados ao envolvimento da orelha média, provavelmente devido à disfunção do tubo auditivo. Os resfriados estão associados à otite média sintomática em aproximadamente 2% dos casos em adultos e em uma proporção maior em crianças. Os resfriados estão frequentemente relacionados a secreções ou ao espessamento da mucosa sinusal, que podem ser visualizados na tomografia computadorizada, mas raramente resultam em sinusite sintomática. A vertigem associada à labirintite viral também pode ser observada. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156869/ http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/54005-saiba-quais-sao-os-sintomas-da-rinite-alergica http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/54005-saiba-quais-sao-os-sintomas-da-rinite-alergica <, B. Murray & Nadel Tratado de Medicina Respiratória . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. 9788595156869. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156869/. Acesso em: 22 abr 2021> GRIPE: A gripe ou influenza é causada por um vírus e geralmente é caracterizada por febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre- gripes-e-o-resfriado> 3. Fisiopatologia, sinais, sintomas, da Sinusite. Obstrução do óstio sinusal, parcial ou completa, resulta em estagnação de secreções, queda do pH e da tensão de oxigênio dentro do seio. Estas alterações favorecem o crescimento bacteriano. Secreção estagnada e infecção bacteriana causam inflamação mucosa. Subseqüentemente há prejuízo ao epitélio mucoso devido a enzimas proteolíticas liberadas pelos leucócitos. Invasão bacteriana da mucosa é incomum. Com o edema adicional da mucosa, a obstrução do óstio sinusal é completa e o ciclo sinusal descrito por Reilly é perpetuado. Tensão de oxigênio dentro do seio pode chegar a zero, promovendo crescimento anaeróbio e bactérias facultativas, que têm importante implicação na rinossinusite crônica. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156869/ http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado Mecanismos de defesa do hospedeiro são prejudicados pelas condições de baixa tensão de oxigênio com a geração de radicais livres por leucócitos , dificultando a resolução do processo infeccioso. A interrupção do transporte mucociliar nos seios paranasais é outro fator importante na patogênese da rinossinusite. O batimento ciliar normal frequentemente é maior que 700 batimentos por minuto; entretanto, durante rinossinusite, o batimento ciliar cai para menos que 300. Em adição, a inflamação estimula a conversão de células ciliadas para células caliciformes secretoras de muco e essa alteração do epitélio respiratório pode ser irreversível. A qualidade e caráter da secreção sinusal muda durante a evolução da rinossinusite. Muco espesso, que não pode ser efetivamente removido do seio, torna-se meio de cultura para crescimento bacteriano. Em adição, secreção espessa obstrui o óstio sinusal e estimula o ciclo sinusal. Este é um particular problema em pacientes com fibrose cística onde ocorre alteração da função das glândulas exócrinas. <https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_29.pdf> Em algumas diretrizes ela é classificada como aguda quando a sintomatologia dura quatro semanas ou menos; em outras, quando dura menos de 12 semanas e há resolução completa dos sintomas. A rinossinusite subaguda, segundo algumas diretrizes, seria aquela com duração de sintomas entre quatro e 12 semanas; em outras, entre quatro e oito semanas. Do mesmo modo, há diferenças na classificação da RS recorrente: quatro episódios de RS aguda em um ano, sem sintomas persistentes entre os episódios; ou três ou mais episódios por ano. Finalmente, a definição de RS crônica varia de acordo com a duração de sintomas persistentes: oito a 12 semanas, de acordo com a diretriz. As manifestações mais comuns são rinorreia, congestão, dor ou pressão facial e cefaleia. •A dor de dente e a halitose podem estar associadas à rinossinusite bacteriana. •A dor localiza-se na região do seio afetado e, com frequência, piora quando o paciente se curva para frente ou fica em decúbito dorsal. •A rinossinusite frontal avançada pode apresentar-se como “tumor de Pott”: inchaço e edema com formação de cacifo sobre o osso frontal por abscesso subperiosteal comunicante. <Larry, JJ Manual de Medicina de Harrison . [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2020. 9786558040040. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/. Acesso em: 22 abr 2021> 4. Diagnóstico e tratamento da Sinusite. Na maior parte das vezes, o diagnóstico de RS é clínico. Os três sintomas principais são: 1. congestão nasal, obstrução ou bloqueio; 2. rinorreia anterior ou posterior purulenta; e 3. dor ou opressão facial. Alguns autores incluem hiposmia/anosmia entre os sintomas maiores. Os sintomas menores seriam: cefaleia, dor/pressão nos ouvidos, halitose, dor de dente, tosse, febre e fadiga. O diagnóstico de RS pode ser feito na presença de dois ou mais sintomas maiores ou quando houver https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_29.pdfhttps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/ um sintoma maior associado a dois ou mais dos menores. Em situações particulares pode ser necessário usar métodos diagnósticos complementares. Segundo as diretrizes atuais, a radiografia simples dos seios da face não é útil ou custo-efetiva. A tomografia computadorizada (TC) não é recomendada de rotina, mas é a melhor opção nos casos mais graves, na suspeita de complicações ou de comprometimento imune, e quando houver perspectiva de tratamento cirúrgico. A endoscopia nasal, embora não seja essencial para o diagnóstico, pode ser feita na falta de resposta ao tratamento empírico. A cultura da secreção nasal pode auxiliar na identificação do agente etiológico e seleção da terapia mais adequada. Embora raramente indicada, a punção do seio maxilar é considerada padrão para confirmar a presença de patógenos bacterianos. É feita com inserção de agulha calibrosa no seio maxilar, através do meato inferior ou da fossa nasal. Considerando que apenas 0,5%-2% das rinossinusites agudas são de etiologia bacteriana, e que está demonstrado que em cerca de 60% há remissão espontânea dos sintomas, recomenda-se apenas hidratação generosa e tratamento sintomático durante os cinco dias iniciais. Nessa janela temporal, a etiologia viral é a mais provável. Mesmo assim, existem indícios de que há uso indevido de antibióticos na maior parte das vezes. Um critério prático para definir a indicação de antibioticoterapia deve considerar a gravidade e a duração dos sintomas. Se os sintomas persistirem ou ficarem mais intensos após os cinco dias iniciais, casos moderados podem ser tratados apenas com corticosteroides nasais. Se não houver melhora em até duas semanas, deve-se iniciar o uso de antibióticos. Nos casos mais graves esta associação deve começar no sexto dia de sintomatologia. O emprego de corticosteroide oral pode ser benéfico para alívio da dor. Não há evidências que justifiquem o uso de descongestionantes tópicos ou orais. A cor da secreção não é um parâmetro útil para indicação de antibiótico, porque está relacionada à presença de neutrófilos e não de bactérias <CAMPOS, Hisbello S. Gripe ou resfriado? Sinusite ou rinite. Pneumologia, v. 102, n. 41, 2014.> 5. O que é rinoscopia com destruição da concha nasal direita? 6. Fisiopatologia, sinais, sintomas da meningite? (quais são os agentes etiológicos) MENINGITE BACTERIANA AGUDA A base patológica, os sintomas e a evolução clínica na maioria dos pacientes com meningite purulenta aguda são semelhantes, independentemente do microrganismo etiológico. A tríade clássica de febre, rigidez de nuca e alteração do estado mental é observada em menos da metade de todos os pacientes, porém 95% apresentam pelo menos dois dos quatro sintomas de febre, rigidez de nuca, alteração do estado mental e cefaleia. Meningite meningocócica Meningite pneumocócica Meningite por Haemophilus influenzae Meningite estafilocócica Meningite estreptocócica Listeria monocytogenes <D., LE; A., MS; P., RL Merritt - Tratado de Neurologia, 13ª edição . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2018. 9788527733908. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733908/. Acesso em: 22 abr 2021> MENINGITE FÚNGICA A meningite criptocócica é mais frequentemente causada pela levedura encapsulada Cryptococcus neoformans, porém outras espécies de criptococos, https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733908/ como Cryptococcus gattii, estão emergindo como patógenos que acometem indivíduos imunocompetentes. Com uma distribuição mundial, o C. neoformans é onipresente e encontrado principalmente em excrementos de aves, no solo e na casca de frutas cítricas. C. gattii está mais comumente associado à casca de várias espécies de árvores. A infecção ocorre habitualmente por meio de inalação do organismo, seguida de infecção respiratória e disseminação. A meningite criptocócica é mais comum em indivíduos com comprometimento da imunidade celular. Manifestações clínicas CRYPTOCOCCUS GATTII Trata-se de um patógeno raro, cuja doença é limitada a climas tropicais e subtropicais, particularmente as regiões altamente endêmicas da Austrália e Papua-Nova Guiné. Em 2004, foi documentado um surto de infecções por C. gattii nos estados de Oregon e Washington no Noroeste Pacífico dos EUA. Uma grande revisão retrospectiva das infecções por C. gattii no Noroeste Pacífico revelou diferenças clínicas importantes entre as infecções por C. gattii no Noroeste Pacífico dos EUA e áreas historicamente endêmicas. Embora se tenha relatado que o C. gattii em áreas historicamente endêmicas infecte principalmente indivíduos imunocompetentes, causando meningoencefalite, as infecções por C. gattii nos estados de Oregon e Washington ocorrem frequentemente em indivíduos imunocomprometidos e manifestam-se, com mais frequência, como doença respiratória. O tempo decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico de infecção por C. gattii foi significativamente mais longo em pacientes com infecções pulmonares (50 dias) do que naqueles com infecções do SNC (24 dias) ou da corrente sanguínea (27 dias). Não houve nenhuma diferença no estado imunológico entre pacientes com infecções da corrente sanguínea e infecções pulmonares ou do SNC. CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS As manifestações clínicas da infecção por C. neoformans dependem, em grande parte, do estado imunológico. A gravidade da infecção varia desde nódulos pulmonares incidentais e assintomáticos até uma doença amplamente disseminada. Os pacientes infectados pelo HIV com contagens de células CD4+ inferiores a 50 células/μℓ são particularmente vulneráveis a infecção disseminada e meningite. Em geral, a meningite criptocócica começa de modo insidioso, e 75% dos pacientes desenvolvem cefaleia e febre no decorrer de um período de 2 a 4 semanas. Com a evolução da infecção, 50% dos indivíduos desenvolvem náuseas, vômitos e alteração do estado mental. Os sintomas visuais e as convulsões também são comuns. Mais de 50% dos pacientes imunocomprometidos desenvolvem hipertensão intracraniana, que é ainda mais comum em hospedeiros imunocompetentes. Com o aumento da pressão intracraniana, os pacientes tornam-se obnubilados, e, sem intervenção, ocorre herniação. Diagnóstico A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) são inespecíficas para o diagnóstico de meningite criptocócica, mas podem revelar hidrocefalia, edema cerebral, realce das leptomeninges ou criptococomas. A punção lombar, que é o procedimento diagnóstico de escolha, revela aumento da pressão de abertura, pleocitose mononuclear discreta, nível aumentado de proteína e baixa concentração de glicose. O ensaio para antígeno polissacarídico capsular criptocócico (CrAg) é tanto sensível quanto específico para a detecção do C. neoformans em amostras de LCS e pode ser quantificado para estabelecimento do prognóstico. O título de CrAg não é confiável para determinar a resposta ao tratamento. Embora um resultado positivo do CrAg no soro não possa confirmar o diagnóstico e meningite criptocócica, um ensaio negativo praticamente descarta a possibilidade desse diagnóstico. Como o ensaio de fluxo lateral (LFA) para o CrAg tem uma sensibilidade e especificidade de quase 100% em amostras de LCS, ele é considerado o ensaio diagnóstico ideal realizado no local de assistência para a meningite criptocócica. Nas áreas onde o C. neoformans não está disponível, utiliza-se frequentemente o exame direto do LCS com preparação com tinta nanquim. A cultura fúngica para o criptococo tem uma sensibilidade de 90% e também pode ser útil para determinação da espécie, embora necessite tipicamente de vários dias para o crescimento da cultura. C. neoformans cultivado a partir de amostras de LCS, sangue ou outros locais produz colônias mucoides brancas (dependendo da espessura da cápsula), habitualmente dentro de 48a 72 horas, na maioria dos meios de cultura bacterianos e fúngicos. Embora o C. neoformans cresça a 37°C, o ideal é uma temperatura de 30 a 35°C. Tratamento Uma combinação de fármacos antifúngicos e manejo agressivo da hidrocefalia constitui parte integrante do tratamento bem-sucedido de pacientes com meningite criptocócica. A anfotericina B (AmB) mais flucitosina, . Embora as diretrizes para o tratamento da doença criptocócica estejam baseadas principalmente em dados obtidos de infecções por C. neoformans em pacientes com HIV e pacientes submetidos a transplantes de órgãos sólidos, essas diretrizes não são planejadas para serem aplicadas a pacientes com infecções por C. neoformans ou C. gattii. Um número limitado de recomendações específicas para C. gattii foi incluído pela primeira vez nas diretrizes da Infectious Diseases Society of America, em 2010, com base nos dados de infecções pelo C. gattii em áreas historicamente endêmicas. Essas recomendações aplicam-se principalmente a pacientes com criptococomas, cujos dados prévios sugeriram que são mais comuns em pacientes infectados por C. gattii do que por C. neoformans; essas recomendações incluem a consideração de cirurgia para pacientes com criptococomas grandes, maior número de avaliações radiológicas e de acompanhamento para aqueles com criptococomas ou hidrocefalia e possível uso de anfotericina B/5-flucitosina (AmB/5FC) em pacientes com criptococomas pulmonares grandes e/ou múltiplos. Coccidioidomicose Epidemiologia e biopatologia O Coccidioides immitis é um fungo endêmico no sudoeste dos EUA, norte do México e áreas da América do Sul. A fase micelial de Coccidioides spp. é capaz de suportar climas extremos de deserto e, após chuvas, multiplica-se para formar artroconídios. A infecção nos seres humanos ocorre quando o indivíduo inala artroconídios aerossolizados. Uma vez inalado, o C. immitis resulta habitualmente em infecção respiratória autolimitada, comumente conhecida como febre do vale. Nas populações suscetíveis, uma infecção pulmonar pode evoluir para doença disseminada grave. A disseminação tem mais tendência a ocorrer em pacientes com ascendência africana ou asiática, mulheres grávidas e indivíduos imunocomprometidos, particularmente devido a infecção pelo HIV ou terapia imunossupressora a longo prazo. Manifestações clínicas À semelhança da tuberculose, a meningite crônica causada por C. immitis acomete classicamente as meninges basilares. O sintoma mais comum consiste em cefaleia, que está presente em mais de 75% dos pacientes. Outros sinais e sintomas de apresentação estão relacionados com a PIC elevada e incluem náuseas e vômitos (40%), alteração do estado mental (39 a 73%), déficits neurológicos focais, incluindo ataxia, distúrbio da marcha, diplopia ou paralisias faciais (33 a 80%) e rigidez de nuca (20%). Nos pacientes com infecção pelo HIV, a coccidioidomicose pode assemelhar-se à pneumonia por Pneumocystis jiroveci, produzindo uma doença pulmonar infiltrativa difusa, reticulonodular e singular, bem como sintomas constitucionais de dispneia, febre e sudorese noturna. Com frequência, a coccidioidomicose dissemina-se em pacientes com infecção pelo HIV, e os locais comuns de disseminação incluem as meninges, os linfonodos e a pele. Embora pacientes que são HIV-positivos possam apresentar sintomas singulares, a maioria dos pacientes infectados pelo HIV apresenta sintomas semelhantes àqueles observados em pacientes imunocompetentes. A hidrocefalia, o infarto cerebral e a vasculite constituem complicações potenciais da meningite por C. immitis. A hidrocefalia comunicante constitui uma complicação bem conhecida da meningite basilar, em consequência da obstrução das vilosidades aracnóideas, com bloqueio da reabsorção do LCS, e pode desenvolver-se durante os estágios iniciais ou mais tardios da infecção. Observa-se o desenvolvimento de hidrocefalia em cerca de 20 a 50% dos pacientes com meningite por C. immitis, e a sua presença está associada a um aumento de 12 vezes no risco de mortalidade. Foi relatada a ocorrência de infarto cerebral, bem como trombose venosa e dural, nos estágios iniciais e mais avançados da infecção. Tipicamente, a inflamação perivascular está associada ao infarto dos gânglios da base, tálamo e substância branca cerebral. Diagnóstico A coccidioidomicose pode ser diagnosticada com testes sorológicos, histopatologia ou cultura de tecido ou do líquido do local infectado. A identificação de esférulas de C. immitis no tecido, escarro e líquido do lavado broncoalveolar (LBA) ou a obtenção de uma cultura positiva de qualquer local no corpo estabelecem o diagnóstico de infecção por coccídeos. O diagnóstico definitivo de meningite por C. immitis requer a identificação ou a cultura do microrganismo no cérebro ou no LCS. Infelizmente, a cultura do LCS é, com frequência, negativa, e um diagnóstico presuntivo é tipicamente estabelecido a partir de uma combinação de exame do LCS e testes sorológicos. Tipicamente, o LCS está anormal, com pleocitose linfocitária, predomínio precoce de neutrófilos e baixa concentração de glicose. É interessante assinalar que esse patógeno pode causar eosinofilia do LCS em até 70% dos pacientes com meningite, um achado relativamente incomum com outros patógenos fúngicos. A detecção de anticorpos dirigidos contra o C. immitis no LCS por meio de ensaio de anticorpo de fixação do complemento constitui o exame mais sensível para confirmar a infecção das meninges. Algumas vezes, é necessário obter uma amostra repetida de LCS para confirmar o diagnóstico, visto que os resultados do teste para anticorpo podem ser negativos no início da evolução da infecção (sensibilidade de 71 a 94%). O imunoensaio enzimático para IgM e IgG e o teste de aglutinação com látex são menos sensíveis nas amostras de LCS. Embora os ensaios de reação da cadeia em polimerase (PCR) tenham sido usados para detectar a infecção por C. immitis, eles não estão rotineiramente disponíveis. Tratamento Recomenda-se o fluconazol oral para o tratamento da meningite causada por C. immitis. As diretrizes práticas recomendam uma terapia de indução com altas doses com fluconazol oral, 400 mg a 800 mg/dia, seguida de 200 a 400 mg/dia indefinidamente. Foi relatada uma eficácia comparável do itraconazol, quando administrado em doses de 400 a 600 mg/dia. Alguns médicos também iniciam o tratamento com AmB intratecal, além de um agente azólico, uma vez que acreditam que a obtenção de resposta é mais rápida com essa abordagem. A hidrocefalia quase sempre exige derivação neurocirúrgica para descompressão. Os pacientes que não respondem ao fluconazol ou ao itraconazol são candidatos à terapia com AmB intratecal, com ou sem continuação do tratamento com azólico. Blastomicose e histoplasmose Epidemiologia Blastomyces dermatitidis e Histoplasma capsulatum são fungos dimórficos endêmicos nos vales dos Rios Mississippi e Ohio. Embora casos isolados de infecção tenham sido relatados fora dessa área geográfica, a maioria dos pacientes reside nessas regiões. As espécies de Histoplasma e Blastomyces são microrganismos ambientais onipresentes, que existem na fase micelial e, em seguida, são convertidos na fase de levedura na temperatura corporal. Ambos os microrganismos provocam um amplo espectro de doença, que inclui desde infecção subclínica até doença disseminada. Biopatologia À semelhança da histoplasmose, a blastomicose é adquirida pela inalação de esporos no pulmão e pode manifestar-se na forma de doença pulmonar ou extrapulmonar. As radiografias de tórax geralmente demonstram infiltrados nodulares e lobares com cavitações. Se o microrganismo consegue escapar dos mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro nos pulmões, ele é convertido na fase de levedura e multiplica-se. Em seguida, o microrganismo é disseminado por via hematogênica para outros órgãos. Observa-se a ocorrência de comprometimento cutâneo em 60% dospacientes com blastomicose, que se manifesta como lesões verrucosas ou de crescimento fungiforme com bordas irregulares. Outros locais acometidos com menos frequência incluem ossos, articulações, sistema geniturinário e SNC. H. capsulatum, à semelhança de B. dermatitidis, é encontrado principalmente nos Vales dos Rios Mississippi e Ohio, e a infecção é adquirida por inalação. Os pacientes com comprometimento da imunidade celular, como indivíduos infectados pelo HIV, tipicamente apresentam sintomas pulmonares crônicos, com progressão para a doença disseminada grave. A infecção dissemina-se por via hematogênica para locais a distância, como fígado, baço e SNC. O comprometimento da medula óssea é comum e, com frequência, manifesta-se na forma de trombocitopenia, anemia ou leucopenia. Manifestações clínicas A infecção do SNC com blastomicose ocorre em menos de 10% dos indivíduos com doença disseminada e manifesta-se como abscessos solitários ou múltiplos e meningite aguda ou crônica. Diferentemente de outras infecções fúngicas do SNC, a blastomicose tem mais tendência a apresentar déficits neurológicos focais, crises epilépticas e alteração do estado mental, enquanto os sintomas de febre, cefaleia e meningismo são menos comuns. Embora a infecção intracraniana resulte menos frequentemente de disseminação hematogênica dos pulmões para o parênquima cerebral, foi descrita a ocorrência de extensão epidural a partir de osteomielite vertebral ou craniana. Os pacientes com histoplasmose pulmonar são, em sua maioria, assintomáticos e apresentam resolução da infecção sem tratamento. É comum que indivíduos nos Vales dos Rios Mississippi e Ohio tenham nódulos pulmonares assintomáticos. Ocorre disseminação durante a infecção primária e a reativação de infecção latente. O comprometimento do SNC, que é observado em menos de 20% dos pacientes com infecção disseminada, acomete mais frequentemente pacientes com grave comprometimento da imunidade celular, como indivíduos infectados pelo HIV. Os sintomas de apresentação tipicamente incluem cefaleia e alteração do estado mental; embora seja um achado menos comum, os pacientes também podem apresentar déficits neurológicos focais, crises epilépticas, acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico e lesões expansivas. Diagnóstico A visualização direta da blastomicose na microscopia constitui o único método de diagnóstico rápido, embora tenha sensibilidade variável. Tipicamente, a punção lombar revela elevação da pressão de abertura, e o LCS é notável pela concentração elevada de proteína, baixa concentração de glicose e pleocitose com predomínio dos neutrófilos no início da evolução da doença, seguida de predominância linfocitária. O padrão de referência para o diagnóstico continua sendo a cultura do LCS, que é positiva em 70% dos pacientes com blastomicose. O crescimento de B. dermatitidis em meios de cultura pode ocorrer dentro de 5 a 10 dias, porém pode levar 2 a 4 semanas para a identificação definitiva do microrganismo. Procedimentos mais invasivos, como biopsia cerebral e amostra ventricular do LCS, têm mais tendência a fornecer material suficiente para o diagnóstico definitivo e, com frequência, são necessários para o diagnóstico de doença intracraniana. O uso dos títulos de antígenos e anticorpos no LCS e no soro é útil, embora na histoplasmose ocorra reação cruzada significativa com outros fungos dimórficos. Na meningite da histoplasmose, o LCS frequentemente revela pleocitose mononuclear, concentração elevada de proteína e concentração diminuída de glicose. A cultura do LCS não é sensível para o diagnóstico de histoplasmose. O uso de títulos de antígenos e anticorpos no LCS e soro é útil, embora ocorra reatividade cruzada significativa com outros fungos dimórficos, à semelhança da blastomicose. Como a meningite resulta tipicamente de infecção disseminada, deve-se considerar também a pesquisa do microrganismo no sangue ou na medula óssea. Tratamento A AmB deve ser administrada para a blastomicose em formulação lipídica, na dose de 5 mg/kg/dia, durante 4 a 6 semanas, seguida de azólico oral. As possíveis opções de terapia com azólicos incluem fluconazol (800 mg/dia), itraconazol (200 mg, 2 ou 3 vezes/dia), ou voriconazol (200 a 400 mg, 2 vezes/dia), durante pelo menos 12 meses e até resolução das anormalidades do LCS. Os pacientes com imunodeficiência devido ao HIV ou à terapia com agentes imunossupressores apresentam altas taxas de recidiva e devem receber profilaxia secundária indefinidamente com fluconazol. Para pacientes selecionados com disfunção neurológica causada por blastomicose do SNC focal, a cirurgia pode ser benéfica. A drenagem cirúrgica de um abscesso epidural pode ser necessária para reduzir a morbidade e a mortalidade desse distúrbio. O tratamento da histoplasmose do SNC representa um desafio. Apesar do tratamento com AmB, a taxa de mortalidade varia de 20 a 40% em pacientes com meningite, e até metade dos que respondem sofre recidiva após a interrupção da terapia. O tratamento ideal para a meningite por H. capsulatum consiste em AmB lipossomal (5,0 mg/kg/dia, com dose total de 175 mg/kg administrada durante 4 a 6 semanas). Para reduzir o risco de recidiva, o fluconazol (800 mg/dia) deve ser mantido por 9 a 12 meses após completar a AmB. Deve-se considerar a terapia de manutenção crônica com fluconazol (800 mg/dia em pacientes que sofrem recidiva após completar um ciclo de terapia). O itraconazol, embora seja mais ativo contra H. capsulatum em modelos animais, não atravessa a barreira hematencefálica em quantidades adequadas para tratar a infecção do SNC. A administração intratecal de anfotericina diretamente nos ventrículos, na cisterna magna ou espaço aracnóideo lombar deve ser reservada para as infecções graves que não respondem ao tratamento convencional. Aspergilose Epidemiologia e biopatologia As espécies de Aspergillus são habitantes onipresentes do solo, que crescem e sobrevivem em restos orgânicos. Esse microrganismo sofre esporulação abundante, liberando conídios em grandes quantidades na atmosfera. Os conídios têm diâmetro pequeno, de modo que eles podem alcançar as áreas menores dos pulmões, incluindo os alvéolos. Embora os seres humanos inalem várias centenas de conídios por dia, a inalação dos microrganismos raramente resulta em doença, visto que os conídios são eliminados eficientemente pelos mecanismos imunes do hospedeiro. Os macrófagos alveolares e neutrófilos constituem a primeira linha de defesa do hospedeiro contra conídios aerossolizados. Manifestações clínicas A aspergilose cerebral ocorre em aproximadamente 10 a 20% dos pacientes com doença invasiva e resulta da disseminação hematogênica do microrganismo ou de extensão direta de rinossinusite. A infecção do SNC pode se manifestar como lesão expansiva solitária, trombose de seio cavernoso, múltiplos abscessos intracranianos, meningite basilar aguda ou crônica, vasculite ou mielite. Do ponto de vista patológico, a aspergilose cerebral tem propensão a invasão vascular, infarto, hemorragia e formação de aneurisma; em consequência, a apresentação clínica pode simular a vasculite cerebral, o infarto isquêmico ou hemorrágico ou a hemorragia subaracnóidea. Nos pacientes com suspeita de aspergilose cerebral, é importante examinar os pulmões e seios à procura de qualquer evidência de infecção e locais potenciais para a obtenção de biopsia ou material para cultura. Diagnóstico O diagnóstico de aspergilose em pacientes imunocomprometidos continua sendo difícil. À semelhança de muitas infecções fúngicas invasivas do SNC, o diagnóstico é frequentemente estabelecido por meio de exame do local de entrada primário da infecção. Por conseguinte, em pacientes com suspeita de aspergilose do SNC, é importante examinar os pulmões e seios à procura de evidências de infecção e locais potenciais para a obtenção de biopsia ou material de cultura. Tipicamente, a RM docérebro revela manifestação de infecção, como infarto cerebral, lesões hemorrágicas, aspergilomas com realce sólido ou abscesso com realce em anel. O realce dural é habitualmente em lesões adjacentes a seios paranasais infectados e indica extensão direta da doença. Vários marcadores laboratoriais séricos podem ajudar no diagnóstico de aspergilose invasiva. Deve-se considerar a realização de enzimaimunoensaio (ELISA) para os constituintes da parede celular do fungo, galactomanana e beta-D- glicana. O ensaio de galactomanana do LCS utilizando aglutinação com látex ou ELISA pode constituir um adjuvante útil dos testes séricos; entretanto, os dados limitam-se a amostras de pequeno tamanho, com desempenho e confiabilidade variáveis (sensibilidade 70 a 90%). Vários ensaios de PCR podem detectar Aspergillus spp. em amostras de sangue e líquido de LBA; um estudo recente para a detecção de Aspergillus spp. em tecido fresco e líquido de LBA relatou sensibilidade e especificidade de 86% e 100%, respectivamente. A experiência com PCR para a detecção de Aspergillus spp. em amostras de LCS é limitada. Tratamento Infelizmente, a aspergilose cerebral, em particular no paciente imunocomprometido, é difícil de tratar e apresenta elevada taxa de mortalidade. O uso do voriconazol, um agente antifúngico mais recente, reduziu a taxa de mortalidade de uma infecção que anteriormente estava associada a mortalidade quase universal. Os ensaios clínicos realizados demonstraram que o voriconazol é mais efetivo do que a AmB como terapia inicial para aspergilose invasiva e está associado a melhora significativa da sobrevida (71% versus 58%, respectivamente). Estudos in vitro que avaliaram a terapia de combinação com voriconazol e caspofungina para Aspergillus spp. forneceram resultados promissores em pacientes com aspergilose invasiva. TUBERCULOSE Epidemiologia e biopatologia Mycobacterium tuberculosis é um bacilo gram-positivo aeróbico intracelular, pleomórfico álcool-acidorresistente, que pode causar meningite crônica. A transmissão ocorre principalmente pela inalação de núcleos de perdigotos dos pulmões transportados pelo ar. M. tuberculosis multiplica-se nos macrófagos alveolares, e, dentro de semanas, os bacilos podem se disseminar por via hematogênica para locais extrapulmonares, incluindo as meninges e parênquima cerebral adjacente. A meningite tuberculosa é uma forma agressiva de doença extrapulmonar, que é mais comum em pacientes infectados pelo HIV. Manifestações clínicas A meningite é tipicamente precedida de sintomas inespecíficos de mal-estar, anorexia, fadiga, perda de peso, febre, mialgia e cefaleia. Em pacientes imunocompetentes, as manifestações clínicas características consistem em cefaleia, vômitos, sinais meníngeos, déficits focais, perda da visão, paralisias de nervos cranianos e elevação da PIC. Os vasos cerebrais podem ser afetados por inflamação adjacente das meninges, produzindo vasospasmo, constrição e, por fim, trombose com infarto cerebral. À medida que a doença progride, o paciente torna-se comatoso devido a PIC elevada e hidrocefalia obstrutiva. Diagnóstico Apesar de suas numerosas limitações, o teste cutâneo tuberculínico continua sendo amplamente usado. As diretrizes dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), da American Thoracic Society e da Infectious Diseases Society of America recomendam que o teste cutâneo tuberculínico seja apenas obtido se for oferecido um tratamento em caso de resultado positivo. Os resultados negativos do teste com derivado proteico purificado não descartam a possibilidade de tuberculose (TB); se o resultado do teste cutâneo com 5-tuberculina for negativo, e houver forte suspeita de TB, o teste pode ser repetido com teste de 250- tuberculina. Observe que esse teste frequentemente não é reativo em indivíduos com meningite tuberculosa. A TC do tórax mostra-se sensível para detectar anormalidades pulmonares em pacientes com meningite tuberculosa. Com frequência, observa-se a presença de linfadenopatia mediastinal e hilar, padrão miliar e infiltrado broncopulmonar. As anormalidades características do LCS incluem pleocitose mononuclear, baixa concentração de glicose e concentração elevada de proteína. A pleocitose do LCS pode ser mais baixa em pacientes infectados pelo HIV. É interessante assinalar que 16% dos pacientes com meningite criptocócica confirmada, 5% dos pacientes com TB e 4% dos pacientes com meningite bacteriana apresentam contagens celulares e bioquímica normais do LCS. Embora o esfregaço e a cultura de bacilos álcool-acidorresistentes (BAAR) do LCS sejam de importância crucial para estabelecer o diagnóstico de meningite tuberculosa, o esfregaço para BAAR tem uma ampla variedade de sensibilidades relatadas, e a sensibilidade pode alcançar até 52% quando amostras de grandes volumes de LCS (> 6 mℓ) são examinadas na microscopia durante pelo menos 30 min. A cultura convencional do LCS para M. tuberculosis em meio de Lowenstein-Jensen é positiva em cerca de 45 a 90% dos casos, porém leva habitualmente várias semanas para fornecer um resultado positivo. A detecção do DNA de M. tuberculosis no LCS por ensaio de PCR constitui um exame complementar auxiliar útil, com especificidade de quase 100%, porém com sensibilidade que varia entre 30 e 50%, limitando, portanto, a sua utilidade. Outros ensaios que podem ser mais sensíveis incluem a detecção de bactérias intracelulares pela coloração de Ziehl-Neelsen modificada e alvo do antígeno secretor precoce (ESAT)-6 em leucócitos do LCS. Além disso, a Organização Mundial da Saúde concluiu que testes como o GeneXpert e o ensaio de observação microscópica de sensibilidade a fármacos (MODS) são úteis para o diagnóstico de TB. O GeneXpert depende da técnica de PCR do DNA para a detecção de TB e resistência à rifampicina, produzindo resultados em apenas 3 h. O MODS foi recentemente considerado como teste para triagem rápida de TB multirresistente. Essa tecnologia utiliza um microscópio óptico invertido para examinar a cultura líquida quanto ao crescimento das estruturas características da TB semelhantes a “cordões”. Esse exame pode ser concluído em 7 a 10 dias, em comparação com a cultura sólida convencional que leva várias semanas. Tratamento O tratamento empírico deve ser iniciado quando houver suspeita de meningite tuberculosa, visto que o microrganismo cresce lentamente, a determinação da espécie pode levar semanas, e o tratamento mais precoce está associado a melhores resultados. Os fármacos antituberculose de primeira linha incluem rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol (RIPE) e estreptomicina. A maioria dos fármacos antituberculose de primeira linha (com exceção do etambutol) produz níveis satisfatórios no LCS. A TB multirresistente e extremamente resistente a fármacos (XDR) representa um problema crescente e grave, e o tratamento deve ser individualizado, com base no antibiograma. Os corticosteroides adjuvantes reduzem significativamente a morte e os déficits neurológicos residuais incapacitantes e devem ser usados, independentemente do estado do HIV, embora as evidências quanto a um benefício adicional para pacientes infectados pelo HIV não sejam conclusivas. NEUROSSÍFILIS Epidemiologia e biopatologia A sífilis é causada pela bactéria móvel, fina e em forma de sacarolhas, T. pallidum. Esse microrganismo não pode ser cultivado rotineiramente no laboratório, e é difícil visualizá-lo utilizando a microscopia óptica tradicional. A transmissão ocorre principalmente por contato sexual com um indivíduo infectado ou por transmissão vertical da mãe ao feto. Sem tratamento, a doença evolui inevitavelmente por uma série de estágios clínicos. Em geral, a sífilis pode ser classificada como infecção precoce ou tardia. A infecção precoce inclui a sífilis primária, secundária e latente precoce. A infecção tardia refere-se à sífilis terciária. Manifestações clínicas Em geral, a meningitesifilítica ocorre no estágio secundário da sífilis, dentro de 2 anos após adquirir a infecção. Embora a meningite seja menos comum do que outras formas de neurossífilis, o LCS está anormal, com pleocitose e concentração elevada de proteína, em 25% dos pacientes. Os sintomas de apresentação mais comuns consistem em cefaleia, fotofobia, náuseas e vômitos, meningismo e déficits de nervos cranianos. Embora qualquer nervo craniano possa ser acometido, os nervos cranianos VII e VIII são mais comumente afetados. Diagnóstico O diagnóstico de neurossífilis é tipicamente estabelecido por uma combinação de histórico, exame físico e resultados de testes sorológicos e análise do LCS. A primeira etapa no diagnóstico consiste na realização de teste sorológico para sífilis, utilizando os ensaios do Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) e da reagina plasmática rápida. Esses ensaios detectam anticorpos IgG e IgM dirigidos contra um antígeno de cardiolipina-lecitina e colesterol e permanecem positivos em pacientes que tiveram sífilis, independentemente do tratamento. Os ensaios treponêmicos, incluindo os testes de absorção de anticorpos treponêmicos fluorescentes (FTA-ABS) e de aglutinação de partículas para T. pallidum (MHA-TP), medem os anticorpos treponêmicos e são usados para confirmar a presença de infecção. Os ensaios treponêmicos também devem ser positivos em pacientes com neurossífilis. Acredita-se que a sensibilidade dos testes específicos treponêmicos (TET), embora situada na faixa de 80% para sífilis primária, alcance quase 100% nos casos de sífilis secundária. Os TET falso-positivos são raros. Na meningite sifilítica, o LCS caracteriza-se por pleocitose predominantemente mononuclear, concentração elevada de proteína (> 45 mg/dℓ) e concentração normal ou diminuída de glicose. Embora os testes imunológicos para LCS, como o VDRL, habitualmente estejam anormais na meningite sifilítica (sensibilidade de 70%), a obtenção de um resultado negativo não descarta a possibilidade de neurossífilis. Mais recentemente, foram desenvolvidos ensaios de PCR para a detecção do T. pallidum no LCS, porém 50% dos pacientes com comprometimento sifilítico do SNC apresentam PCR negativa. Outras técnicas novas incluem o uso de CSF-FTA e a porcentagem de células B do LCS quando o CSF-VDRL é negativo para ajudar no estabelecimento do diagnóstico de neurossífilis. Tratamento A penicilina constitui a terapia de primeira linha para a neurossífilis. Os CDC recomendam 18 a 24 milhões de unidades de penicilina G aquosa por dia, administrados na forma de 3 a 4 milhões de unidades por via intravenosa (IV), a cada 4 h, ou como infusão contínua durante 10 a 14 dias. Uma alternativa consiste na penicilina procaína, 2,4 milhões de unidades por via intramuscular (IM) por dia, com probenecida, 500 mg VO, 4 vezes/dia, durante 10 a 14 dias [Nível 1].1 DOENÇA DE LYME Epidemiologia A doença de Lyme é a infecção mais comum transmitida por carrapatos nos EUA. Os CDC relatam o diagnóstico de 300.000 casos de doença de Lyme nos EUA a cada ano, com concentração de 96% dos casos em 13 estados (Connecticut, Delaware, Maine, Maryland, Massachusetts, Minnesota, New Hampshire, Nova Jérsei, Nova York, Pensilvânia, Vermont, Virginia e Wisconsin). Nos seres humanos, os sinais e sintomas de borreliose de Lyme aparecem mais frequentemente nos meses da primavera, verão e início do outono, coincidindo com a atividade das ninfas e com o uso recreativo crescente de hábitats do carrapato pelo público. https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527733908/epub/OEBPS/Text/chapter064.html#ch64_en1 Biopatologia A borreliose de Lyme norte-americana ou doença de Lyme é causada pela Borrelia burgdorferi, que é transmitida por carrapatos Ixodes spp. Na Europa, pelo menos cinco espécies de Borrelia de Lyme (Borrelia afzelii, Borrelia garinii, B. burgdorferi, Borrelia spielmanii e Borrelia bavariensis) podem causar a doença, resultando em maior variedade de manifestações clínicas possíveis na Europa do que na América do Norte. A transmissão do microrganismo ocorre por meio da introdução da saliva do carrapato durante a alimentação. Um período de alimentação de mais de 36 h é habitualmente necessário para a transmissão de B. burgdorferi por Ixodes scapularis ou Ixodes pacificus. Na América do Norte, a única espécie de Borrelia de Lyme que causa doença humana é B. burgdorferi. Manifestações clínicas A infecção inicial manifesta-se tipicamente por uma lesão cutânea, conhecida como eritema migratório. O eritema migratório consiste em uma área de eritroderma, que aumenta no decorrer de vários dias a semanas, alcançando frequentemente várias polegadas de diâmetro. Os espiroquetas proliferam inicialmente no local de picada do carrapato. Quando numerosos o suficiente, eles lentamente migram de modo centrífugo a partir do local de inoculação, tipicamente por um período de até 30 dias após a picada. Dependendo da localização no corpo, o exantema pode ser redondo ou elíptico. Pode-se observar uma palidez central. A doença disseminada inicial caracteriza-se habitualmente por exantema multifocal, representando, cada novo foco, um nicho de espiroquetas que se disseminam por via hematogênica a partir do local inicial. A disseminação bacteriana é acompanhada da reação inflamatória do hospedeiro habitual à bacteriemia: febre, dor difusa e dores, cefaleia, mal-estar e fadiga. Até 5% dos indivíduos infectados apresentam bloqueio cardíaco, conhecido como cardite de Lyme, exigindo algumas vezes um marca-passo temporário. A disseminação inicial afeta o sistema nervoso em 10 a 15% dos pacientes, principalmente nos primeiros meses após a infecção inicial, durante os quais é frequentemente denominada infecção disseminada aguda. Mais comumente, os pacientes apresentam meningite linfocitária asséptica, neurite craniana ou polirradiculite dolorosa. Descrita pela primeira vez na Europa, a síndrome de Garin-Bujadoux-Bannwarth é atualmente considerada como uma síndrome que inclui toda ou parte de uma tríade clássica: meningite linfocitária, neurite craniana e polirradiculite. Pode ocorrer comprometimento de nervos cranianos e periféricos em qualquer ponto ao longo do trajeto dos nervos afetados, e não preferencialmente no espaço subaracnóideo. Cerca de três quartos dos pacientes com neuropatias cranianas associadas à doença de Lyme apresentam paralisia do nervo facial. Os estudos preliminares sugeriram que essa paralisia poderia ser bilateral em até 25% dos casos. A doença de Lyme avançada pode manifestar-se como artrite ou distúrbio cutâneo, conhecido como acrodermatite crônica atrofiante, um adelgaçamento da pele semelhante a lenço de papel. As manifestações neurológicas da doença de Lyme avançada consistem em mielite, encefalite e alterações neurocomportamentais. Muita atenção foi dedicada a pacientes que apresentam fadiga persistente e dificuldade cognitiva após receber tratamento para doença de Lyme com esquemas que deveriam ser altamente efetivos até mesmo para infecções graves, um distúrbio frequentemente designado como síndrome pós- Lyme. Esse tópico é controverso e está além do propósito deste capítulo. Diagnóstico Em geral, o eritema migratório típico é distinto o suficiente para possibilitar o estabelecimento de um diagnóstico clínico na ausência de exame laboratorial confirmatório. Os testes sorológicos para anticorpos contra Borrelia de Lyme são raramente positivos nesse estágio e, portanto, só devem ser obtidos em casos atípicos e, em seguida, em associação a testes sorológicos da fase convalescente dentro de 2 a 6 semanas após a obtenção da amostra da fase aguda. O tratamento nesse estágio impede a progressão para a doença de Lyme neurológica. A maioria dos pacientes com doença de Lyme inicial é soropositiva em dois testes séricos (ELISA e immunoblot IgG). Os pacientes soronegativos na apresentação sofrem conversão dentro de 2 semanas após a fase aguda.A análise do LCS para produção de anticorpo intratecal e a punção lombar, revelando a presença de meningite linfocitária, são úteis para confirmar o diagnóstico. A PCR do LCS não é sensível para o diagnóstico da doença de Lyme neurológica e não deve ser rotineiramente usada. A doença de Lyme neurológica avançada exige soropositividade em dois testes séricos (ELISA e immunoblot IgG) e evidências de anticorpo intratecal. Em geral, o exame do LCS sustenta a presença de infecção ativa com meningite linfocitária, concentração elevada de proteína e concentração normal de glicose. Tratamento Para pacientes adultos com doença de Lyme precoce e apresentação neurológica aguda de meningite ou radiculopatia, recomenda-se o uso de ceftriaxona, 2 g IV ao dia, durante 14 dias [Nível 1]. A terapia parenteral com cefotaxima ou penicilina G pode constituir uma alternativa aceitável [Nível 1]. A doxiciclina VO tem boa absorção oral e penetração no SNC e também pode constituir uma alternativa. A doença de Lyme neurológica tardia pode ocorrer na forma de encefalomielite, neuropatia periférica ou encefalopatia. Esses pacientes devem ser tratados com ceftriaxona, 2 g IV 1 vez/dia, durante 2 a 4 semanas. A cefotaxima ou penicilina G podem constituir alternativas aceitáveis. Não se indica o retratamento para os sintomas persistentes ou recorrentes. 7. Diagnóstico e tratamento da meningite. RESPONDIDO NA QUESTÃO 6 8. Como uma sinusite não tratada pode evoluir para uma meningite? 9. Fisiopatologia do COVID-19, sinais e sintomas? (lembrar dos sintomas inespecíficos) O gene ECA2 está presente nas células epiteliais dos rins, intestinos, vasos sanguíneos e pulmão (SOUTH AM, et al. 2020). Para Huang J, et al. (2020), os vírus da família coronavírus possuem uma proteína denominada proteína S, responsável pela comunicação com as células do agente hospedeiro, como é o caso da célula epitelial pulmonar. Essas células possuem uma alta expressão da ECA2 e reconhecem a proteína S do vírus, permitindo o início da infecção. Ao se ligar a célula, o vírus replica poliproteínas utilizando ribossomos das células hospedeiras, podendo a replicação entre outros processos ocorrerem nas células epiteliais. De acordo com Yao XH, et al. (2020), pode-se observar que o SARS-CoV2 adentra no corpo através do trato respiratório através dos cílios apicais, faz ligação com o receptor ACE2 presente nos pulmões, se replica no epitélio da mucosa do trato respiratório e nas células epiteliais alveolares por meio dos microvilos, tendo como consequência a danificação do epitélio da mucosa brônquica e as células epiteliais alveolares. <da SilvaC. C., de CarvalhoC. M. O., de LimaD. C., CostaE. S., de AndradeV. M. B., TenorioB. M., BrittoD. B. L. de A., & TenorioF. C. A. M. (2021). Covid-19: Aspectos da origem, fisiopatologia, imunologia e tratamento - uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(3), e6542. https://doi.org/10.25248/reas.e6542.2021> SINAIS E SINTOMAS: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos e perda de cheiro ou sabor. <MOREIRA, Rafael da Silveira. Análises de classes latentes dos sintomas relacionados à COVID-19 no Brasil: resultados da PNAD-COVID19. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, p. e00238420, 2021.> Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2 os sinais/sintomas iniciais da doença lembram um quadro gripal comum, mas variam de pessoa para pessoa, podendo se manifestar de forma branda, em forma de pneumonia, pneumonia grave e SRAG. A maior parte das pessoas infectadas apresenta a forma leve da doença, com alguns sintomas como mal-estar, febre, fadiga, tosse, dispneia leve, anorexia, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça ou congestão nasal, sendo que algumas também podem apresentar diarreia, náusea e vômito. Idosos e imunossuprimidos podem ter uma apresentação atípica e agravamento rápido, o que pode causar a morte, principalmente dos idosos e indivíduos com comorbidades preexistentes. <ISER, Betine Pinto Moehlecke et al. Definição de caso suspeito da COVID-19: uma revisão narrativa dos sinais e sintomas mais frequentes entre os casos confirmados. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, p. e2020233, 2020.> https://doi.org/10.25248/reas.e6542.2021 10. Como é feito o diagnóstico de COVID (testes) e a notificação pelo SUS? O diagnóstico da COVID-19 é feito através da amplificação de ácidos nucleicos por método de RT-PCR em tempo real para o SARS-CoV-2. Também os meios imagiológicos de diagnóstico, nomeadamente a radiografia do tórax e a Tomografia Computorizada (TC) torácica têm sido muito utilizados na investigação de doentes com suspeita ou confirmação de COVID-19. Contudo, ainda não é consensual o valor destas técnicas de imagem no diagnóstico e controlo da doença. <ESTEVÃO, Amélia. COVID-19. Acta Radiológica Portuguesa, v. 32, n. 1, p. 5-6, 2020.> O diagnóstico definitivo do novo coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). O diagnóstico laboratorial para identificação do vírus é realizado por meio das técnicas de proteína C reativa em tempo real e sequenciamento parcial ou total do genoma viral. Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado broncoalveolar). Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela atenção primária em saúde e instituídas medidas de precaução domiciliar <LIMA, Claudio Márcio Amaral de Oliveira. Informações sobre o novo coronavírus (COVID-19). Radiol Bras, São Paulo , v. 53, n. 2, p. V-VI, Apr. 2020 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 39842020000200001&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Apr. 2021. Epub Apr 17, 2020. https://doi.org/10.1590/0100-3984.2020.53.2e1.> 11. Relembrar os conceitos de pandemia, epidemia, endemia e sindemia. Uma sindemia é definida como a interação entre doenças ou agravos à saúde em populações, que magnificam os efeitos deletérios umas das outras. Exemplos de sindemias são "uso de drogas – violência – aids"; "aids – outras DSTs"; "HIV – tuberculose". Estas doenças interagem por diversos motivos, seja porque uma doença http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842020000200001&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842020000200001&lng=en&nrm=iso https://doi.org/10.1590/0100-3984.2020.53.2e1 aumente a susceptibilidade à outra (como é o caso de sífilis e HIV); ou um agravo (violência) modifica o ambiente social (apoio social) no qual a doença infecciosa se dissemina. <CODECO, Cláudia Torres; COELHO, Flávio Codeço. Redes: um olhar sistêmico para a epidemiologia de doenças transmissíveis. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 13, n. 6, p. 1767-1774, Dec. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232008000600011&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S1413- 81232008000600011.> Segundo a Organização, pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1763-o-que-e-uma-pandemia> Endemia pode ser conceituada como a ocorrência de um agravo dentro de um número esperado de casos para aquela região, naquele período de tempo, baseado na sua ocorrência em anos anteriores não epidêmicos. Desta forma, a incidência de uma doença endêmica é relativamenteconstante, podendo ocorrer variações sazonais no comportamento esperado para o agravo em questão <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3285.pdf> Epidemia representa a ocorrência de um agravo acima da média (ou mediana) histórica de sua ocorrência. O agravo causador de uma epidemia tem geralmente aparecimento súbito e se propaga por determinado período de tempo em determinada área geográfica, acometendo frequentemente elevado número de pessoas. Quando uma epidemia atinge vários países de diferentes continentes, passa a ser denominada pandemia. No Brasil, o incremento de casos de dengue no período chuvoso do ano é comum, mas em alguns locais ocorre aumento excessivo de casos, resultando em uma situação epidêmica. <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3285.pdf> http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000600011&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000600011&lng=en&nrm=iso https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000600011 https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000600011 https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1763-o-que-e-uma-pandemia https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3285.pdf https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3285.pdf Resfriado comum MENINGITE BACTERIANA AGUDA Meningite meningocócica Meningite pneumocócica Meningite por Haemophilus influenzae Meningite estafilocócica Meningite estreptocócica Listeria monocytogenes MENINGITE FÚNGICA Manifestações clínicas CRYPTOCOCCUS GATTII CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS Diagnóstico Tratamento Coccidioidomicose Epidemiologia e biopatologia Manifestações clínicas Diagnóstico Tratamento Blastomicose e histoplasmose Epidemiologia Biopatologia Manifestações clínicas Diagnóstico Tratamento Aspergilose Epidemiologia e biopatologia Manifestações clínicas Diagnóstico Tratamento TUBERCULOSE Epidemiologia e biopatologia Manifestações clínicas Diagnóstico Tratamento NEUROSSÍFILIS Epidemiologia e biopatologia Manifestações clínicas Diagnóstico Tratamento DOENÇA DE LYME Epidemiologia Biopatologia Manifestações clínicas Diagnóstico Tratamento
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