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Meningoencefalites - Atividade Integradora

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
PROBLEMA 2M3 – “BACTÉRIA, FUNGO E LÁ VEM A FEBRE!” 
Em uma sessão clinica durante o ambulatório de infectologia foram destacados dois casos clínicos. 
O primeiro caso foi de Frederico, 10 meses, foi admitido no setor de emergência da UPA de Goianesia 
às 21:00 horas, apresentando crise convulsiva caracterizada por movimentos tônico-clônicos de 
membros superiores e inferiores, desvio dos bulbos oculares para cima, sialorreia e liberação de 
esfíncter vesical há cerca de 15 minutos. Apresentou crise semelhante há 2 horas, de curta duração. 
Ao exame físico evidenciou-se cianose perioral e Tax=39.6°C, sem outras alterações. Foi medicado 
com anticonvulsivante endovenoso até se obter a regressão da convulsão, antitérmico endovenoso, 
compressas frias, oxigênio sob cateter nasal e manteve-se o acesso venoso. A mãe referiu que a 
criança tinha febre há 24 horas, irritabilidade e vômitos (04 vezes) há 12 horas. 
Após analisar os resultados dos exames de urgência, o médico esclareceu a mãe sobre as 
possibilidades diagnósticas e iniciou tratamento com antibióticos do grupo das cefalosporinas. 
A análise do líquor revelou: aspecto turvo, com 16.036 leucócitos (<5 cel/campo), predomínio de 
polimorfonucleares - 88 %, 138 hemácias, glicose = 7 g/dl, (glicemia capilar de 82 g/dl), proteínas = 
1140 (15 - 45 g/dl), Cl = 118 (680 - 750 mEq/L). Na bacterioscopia, foram visualizados numerosos 
diplococos gram negativos. 
O segundo caso foi o de João Carlos, mecánico, 63 anos, há 3 meses em tratamento quimioterápico 
para linfoma estádio IVB, que procurou atendimento na UPA queixando-se de febre (aferida em 38,4ºC) 
e realização do último ciclo de quimioterapia há 10 dias. Queixava-se também de tosse com 
expectoração clara, dispneia e inapetência, em uso de Bactrim 3 vezes por semana e Fluconazol 
diariamente. Há 3 dias, seu médico, havia iniciado Ciprofloxacino, pois segundo o profissional, tais 
medicamentos eram preventivos já que suas defesas estavam muito baixas. Além disso, estava em uso 
uma injeção diária de Granulokine. 
O único contato domiciliar era sua esposa, restringindo a refeições domiciliares e evitando a ingesta de 
alimentos crus. Referiu que a casa do vizinho encontrava-se em reforma, entrando em contato com 
certa quantidade de pó da obra. Ao exame físico, além de mucosite grau 3, apresentava-se com 
temperatura axilar de 38,2ºC. O hemograma, nesta ocasião, mostrava leucometria total de 700 
leucócitos/mm3, com 250 neutrófilos/mm3, além de Hb: 9,5 g/dL e Plaquetas: 45.000/mm3. Foi 
internado na enfermaria, em isolamento de contato, e iniciado antibiótico terapia empírica com Cefepime 
e Vancomicina. No oitavo dia, entretanto, João Carlos ainda estava febril, com calafrios, sudorese e 
queda do estado geral, permanecendo neutropênico. Foi iniciado novo esquema de forma empírica, 
com cobertura para fungos a base de Voriconazol. 
Exames de imagem deste momento foram normais, a pesquisa de infecções oportunistas por 
Aspergillus pelo teste da galactomana foi positiva em duas amostras sequenciais. O resultado da TC 
de tórax repetida 10 dias após, quando a leucometria já estava normal, mostrou lesão com cavitação 
em pulmão esquerdo, associado a “halo” em vidro fosco ao redor do nódulo, sugestivo de aspergilose 
pulmonar. 
 
QUESTÕES DE APRENDIZADO: 
1. Listar os processos infecciosos do SNC, em sua classificação etiológica (vírus, bactérias, fungos, 
parasitas e príons) e topográfica (meningite, encefalite, meningoencefalite, mielite, abscesso encefálico 
ou medular, empiema extra ou subdural). 
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
2. Discutir definição, agentes etiológicos, epidemiologia, quadro clínico e exames laboratoriais dos três 
processos infecciosos mais sérios do SNC (meningite, encefalite e abscesso) e descrever medidas de 
prevenção primária, quimioprofilaxia para contactantes e terapêuticas na meningite bacteriana. 
3. Identificar aspectos etiopatogênicos, clínicos, exames complementares e tratamento das principais 
micoses profundas (aspergilose, histoplasmose, paracoccidiodomicose e criptococose) e os 
mecanismos de ação e efeitos colaterais dos principais antifúngicos de utilização sistêmica. 
4. Compreender as principais infecções relacionadas e o fluxograma da abordagem do paciente 
neutropênico febril. 
5. Identificar as principais medidas preventivas e profiláticas utilizadas no controle das doenças 
infectocontagiosas em pacientes com neutropenia febril. 
DISPARADORES: 
Meningite Bacteriana 
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/539/pdf/539/Meningite%20bacteriana.pdf 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS: 
– MCGILL, F.; HEYDERMAN, R.S.; PANAGIOTOU, S.; TUNKEL, A.R.; SOLOMON, T. Acute Bacterial Meningitis in 
Adults. Lancet Infectious Diseases, 2 jun. 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30654-7>. 
Acesso em: 5 out. 2016. 
– HARRISON, L.H. Epidemiological Profile of Meningococcal Disease in the United States. Clinical Infectious Diseases, 
v. 50, p. S37-S44, 1 mar. 2010. Disponível em: <http://cid.oxfordjournals.org/content/50/Supplement_2/S37.full.pdf>. 
Acesso em: 8 out. 2016. 
– KOSHY, A.; ROOS, K. Infections of the Nervous System: Bacterial and Fungal. In: DAROFF, R.B.; FENICHEL, G.M.; 
JANKOVIC, J.; MAZZIOTA, J.C. Bradley’s Neurology in Clinical Practice: Volume 2 Neurological Disorders. 6. ed. 
Philadelphia: Elsevier, 2012. cap. 53C, p.1259-1267. 
– ZUNT, J.R.; BALDWIN, K.J. Chronic and Subacute Meningitis. CONTINUUM: Lifelong Learning in Neurology, v. 18, 
n. 6, p. 1290-1318, dez. 2012. Disponível em: 
<http://journals.lww.com/continuum/pages/articleviewer.aspx?year=2012&issue=12000&article=00009>. Acesso em: 
15 out. 2016. 
– GRANEROD, J.; DAVIES, N. Encephalitis: recent advances and challenges ahead. ACNR - Advances in Clinical 
Neuroscience & Rehabilitation, 6 dez. 2012. Disponível em : <http://www.acnr.co.uk/2012/12/encephalitis-recent-
advances-and-challenges-ahead/>. Acesso em: 15 out. 2016. 
– FREIFELD, A.G. et al. IDSA GUIDELINE: Clinical Practice Guideline for the Use of Antimicrobial Agents in 
Neutropenic Patients with Cancer: 2010 Update by the Infectious Diseases Society of America. CID 2011:52 (disponível 
em: http://cid.oxfordjournals.org/content/52/4/e56.full.pdf+html ) 
– VILLAFUERTE-GUTIERREZ P ET AL Treatment of Febrile Neutropenia and Prophylaxis in Hematologic 
Malignancies: A Critical Review and Update. Advances in Hematology. Volume 2014 Disponível em: 
http://www.hindawi.com/journals/ah/2014/986938/ 
– CECIL: medicina interna básica. Editado por Lee Goldman & Dennis Ausiello. Tradução de Adriana Pittella. 23. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
IRAT: 
Questão 01 
___________________________________ 
Paciente de 27 anos, sexo masculino, negro, 
solteiro, brasileiro, natural do Rio de Janeiro - 
RJ, reside em Corrêas, trabalha como ajudante 
de obras, procura o ambulatório de Clínica 
Médica apresentando dor abdominal há 4 
meses, de média intensidade, contínua, em 
pontada, mais intensa em hipocôndrio e flanco 
esquerdo, com melhora parcial ao uso de 
dipirona, sem fator desencadeante ou de piora, 
relações com a ingesta alimentar, febre, 
náuseas, vômitos ou sangramentos, com 
evolução cíclica, observando nos últimos dois 
meses tumorações em pescoço, de diferentes 
diâmetros, indolores, sem sinais logísticos. 
Referiu perda ponderal de 20 kg no mesmo 
período. Observado, ao exame físico, 
linfadenomegalia em cadeias occipital, cervical 
anterior e posterior, supraclavicular e inguinal, 
de diversos tamanhos, tendo o maior cerca de 
8 cm e o menor cerca de 0,5 cm, endurecidos, 
imóveis, indolores, de superfície regular, sem 
sinais flogísticos na região. Foi feita a hipótese 
de paracoccidioidomicose aguda juvenil 
baseado em: 
a) Tomografia de tórax com lesões nodulares 
intersticiais ou cavitárias localizadas em ápices 
pulmonares. 
F – característico de TB. 
b) Tomografia de abdome com glândulasadrenais 
muito aumentadas sem evidência de 
adenomegalia. 
c) Biopsia de gânglio com coloração por tinta 
nanquim, com achado de células arredondadas ou 
ovaladas isoladas ou com brotamento único; de 
parede grossa, bem refringente e vacúolos no 
citoplasma 
F – Diagnóstico de criptococose. 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=
s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwivoLy_3tX3A
hWQgpUCHdixDG4QFnoECAgQAQ&url=https%
3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresou
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwivoLy_3tX3AhWQgpUCHdixDG4QFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D2827389&usg=AOvVaw0OOLiUVQZh0q_6sBkDVtRw
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwivoLy_3tX3AhWQgpUCHdixDG4QFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D2827389&usg=AOvVaw0OOLiUVQZh0q_6sBkDVtRw
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwivoLy_3tX3AhWQgpUCHdixDG4QFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D2827389&usg=AOvVaw0OOLiUVQZh0q_6sBkDVtRw
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwivoLy_3tX3AhWQgpUCHdixDG4QFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D2827389&usg=AOvVaw0OOLiUVQZh0q_6sBkDVtRw
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
rce%2Fview.php%3Fid%3D2827389&usg=AOvV
aw0OOLiUVQZh0q_6sBkDVtRw 
d) Biópsia de gânglio com exame a fresco com 
KOH a 10% em esfregaço de lâmina, com achado 
de formas leveduriformes com múltiplos 
brotamentos pequenos, semelhante à roda do 
leme de navio. 
V - O exame a fresco com K OH a 1 0% em 
esfregaço de lâmina sob a lamínula para pesquisa 
direta do fungo é altamente eficaz e de baixo custo 
, podendo ser utilizado em vários espécimes, 
como escarro , raspados de lesões cutâneas e de 
mucosas , aspirado ganglionar e material obtido 
por fibrobroncoscopia 
https://www.passeidireto.com/arquivo/61440156/d
oenca-da-pele-causada-por-fungo 
A paracoccidioidomicose (PCM) é a principal 
micose sistêmica no Brasil. 
A paracoccidioidomicose é causada por um fungo 
termodimórfico, do gênero Paracoccidioides 
spp., com destaque para duas espécies 
patogênicas: Paracoccidioides brasiliensis (P. 
brasiliensis) e Paracoccidioides lutzii (P. lutzii). 
Esses fungos estão dispersos no meio ambiente. 
A exposição ao fungo está relacionada com o 
manejo do solo contaminado, como em 
atividades agrícolas, terraplenagem, preparo de 
solo, práticas de jardinagem, transporte de 
produtos vegetais, entre outras. A maioria dos 
indivíduos que adoeceram com a PCM apresenta 
história de atividade agrícola exercida nas duas 
primeiras décadas de vida. Hábitos como 
tabagismo e etilismo também são considerados 
fatores de risco frequentemente associados à 
micose, e ao agravamento do seu quadro clínico. 
Não existe transmissão inter-humana do fungo 
Paracoccidioides spp., nem de animais ao 
homem. No entanto, os indivíduos estão expostos 
ao risco por inalação de propágulos infectantes, 
dispersos no solo. A principal porta de entrada do 
fungo no organismo é por via inalatória. Os 
órgãos comumente afetados são os pulmões 
(50%-100%), seguidos da pele, mucosas, 
linfonodos, adrenais, sistema nervoso central, 
fígado e ossos. 
As principais formas clínicas da doença são: 
• Forma aguda ou subaguda (tipo juvenil): a 
progressão das lesões primárias evolui 
rapidamente, de semanas a meses. Essa 
forma clínica é considerada grave, devido a 
elevadas taxas de letalidade em crianças e 
adolescentes. Os sinais podem se manifestar 
como hipertrofia do sistema retículo 
endotelial e acometimento generalizado de 
linfonodos, que geralmente fistulizam (se 
rompem). O fungo pode se disseminar para 
outros órgãos ou sistemas como pele, ossos e 
sistema gastrintestinal, além do fígado, baço e 
medula óssea. 
• Forma crônica (tipo do adulto): responsável 
pela maioria dos casos de PCM, com 
prevalência de 74% a 96%. Os indivíduos 
entre 30 e 60 anos de idade e do sexo 
masculino são os mais acometidos por essa 
doença. Essa forma clínica manifesta-se de 
forma mais lenta, com duração da 
sintomatologia entre quatro a seis meses, 
inclusive acima de um ano. O 
comprometimento pulmonar está presente 
em 90% dos indivíduos. Os pulmões, a 
mucosa das vias aerodigestivas superiores e a 
pele são os locais mais acometidos pela PCM. 
• Forma residual: também chamada 
“sequelas”, manifesta-se clinicamente com 
alterações anatômicas e funcionais causadas 
pelas cicatrizes que se seguem ao tratamento 
da PCM. As sequelas podem ser observadas 
em vários órgãos, com maior frequência nos 
pulmões, pele, laringe, traqueia, glândulas 
adrenais, mucosa das vias aerodigestivas 
superiores, sistema nervoso central e sistema 
linfático. 
Diagnóstico: 
O diagnóstico é clínico e laboratorial. A 
confirmação laboratorial é feita pelo achado do 
fungo em materiais clínicos (secreções e tecidos), 
em forma de levedura com ou sem gemulação e 
cultura específica. A sorologia e a histopatologia 
também são consideradas na confirmação 
diagnóstica da PCM. Exames complementares, 
como hemograma, provas bioquímicas e exames 
de imagem podem auxiliar o diagnóstico. 
Como diagnóstico diferencial, cita-se a 
investigação laboratorial para tuberculose, 
hanseníase, leishmaniose tegumentar, 
sarcoidose, neoplasias (linfomas e câncer de 
laringe) e outras micoses sistêmicas, como a 
histoplasmose, a criptococose e a 
coccidioidomicose. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-
de-a-a-z/p/paracoccidioidomicose-1 
 
Questão 02 
___________________________________ 
O achado dos micro-organismos abaixo 
representados (coloração pela prata 
metenamina), em paciente com 
linfonodomegalia e lesões ulceradas cutâneo-
mucosas, permite o diagnóstico: 
 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwivoLy_3tX3AhWQgpUCHdixDG4QFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D2827389&usg=AOvVaw0OOLiUVQZh0q_6sBkDVtRw
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwivoLy_3tX3AhWQgpUCHdixDG4QFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fedisciplinas.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D2827389&usg=AOvVaw0OOLiUVQZh0q_6sBkDVtRw
https://www.passeidireto.com/arquivo/61440156/doenca-da-pele-causada-por-fungo
https://www.passeidireto.com/arquivo/61440156/doenca-da-pele-causada-por-fungo
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/paracoccidioidomicose-1
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/paracoccidioidomicose-1
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
a) Cromomicose. 
 
Figura 5.9 - Cromomicose. Exame direto 
clarificado com soda a 20%, com presença de 
estruturas arredondadas castanhas com divisão 
por cissiparidade ou binaria (corpo fumagóide). 
Observa-se raramente hifas septadas castanhas 
sainda dos corpos fumagóides (400x). 
Figura 5.10 - Cromomicose. Exame direto 
clarificado 
com soda a 20%, com presença de estruturas 
arredondadas castanhas com divisão por 
cissiparidade ou binaria (corpo fumagóide) (400x). 
b) Leishmaniose cutâneo- mucosa. 
c) Hanseníase virchowiana. 
d) Paracoccidioidomicose. 
 
As leveduras deste fungo apresentam vários 
brotamentos a partir de uma única célula mãe, 
assim quando observadas ao microscópio, 
podemos ver formas que se parecem com uma 
roda de leme ou como Mickey Mouse. 
https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-
extensao/textos-de-
divulgacao/micologia/micologia-medica/paracoco-
voce-conhece/ 
Exame direto e histopatológico: formas 
arredondadas de parede birrefringente com 
vesícula de lipídio no citoplasma e gemulação 
múltipla (Mickey Mouse). Podem ser observadas 
vários esporos ao redor da célula mãe, 
caracterizando a “roda de leme” ou 
“criptosporulação”. Cultura – colônia filamentosa 
branca, com centro ceribriforme e rachado, 
reverso castanho. Microscopia: hifas septadase 
aleuroconídios ou microconídios. Pode ser 
utilizado o teste intradérmico da paracoccidioidina 
e imunodifusão. 
 
Figura 6.1 - Paracoccidioidomicose. Paracoccidioides 
brasiliensis. Exame micológico direto corado com azul 
algodão, com estruturas arredondadas de parede 
birrefringente ou dupla e gemulação múltipla (orelha do 
Mickey) e criptosporulação (roda de leme, 400x). 
 
Figura 6.2 - . Paracoccidioidomicose. Paracoccidioides 
brasiliensis. Exame micológico direto de secreção do 
linfonodo corado com azul algodão, com estruturas 
arredondadas de parede birrefringente ou dupla e 
gemulação múltipla (orelha do Mickey) e 
criptosporulação (roda de leme, 400x). 
Ref: diagnótico micológico por imagem (livro) 
 
No Brasil, a maioria dos casos tem sido relatada 
nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. 
A paracoccidioidomicose tem caráter endêmico 
entre as populações da zona rural, acometendo os 
indivíduos do sexo masculino, na faixa etária 
produtiva da via (30-60 anos) e está relacionada 
às atividades agrícolas. 
É um problema de saúde pública por seu alto 
potencial incapacitante, além de provocar mortes 
prematuras. 
É uma doença sem notificação compulsória. 
Fisiopatologia: 
A porta de entrada do fungo é a via inalatória e, na 
maioria dos casos, em indivíduos jovens. 
Propágulos infectantes (microconídios) chegam à 
via aérea inferior, onde há formação de um 
complexo primário, com possível disseminação do 
fungo por via linfática e hematogênica para outros 
órgãos, na dependência da quantidade de 
inóculos, da patogenicidade e da virulência do 
fungo, assim como da integridade do sistema de 
defesa e de possíveis fatores genéticos. Em 
indivíduos com resposta imunológica satisfatória, 
o desenvolvimento da infecção é contido, havendo 
resolução do processo. O fungo permanece 
nesses locais, em meio a lesões fibróticas, em 
estado latente, porém viável. Após um período 
prolongado de tempo, a infecção pode progredir e 
dar origem as formas crônicas do adulto 
(reativação endógena). Menos frequentemente, a 
doença pode progredir do foco primário ou mesmo 
devido a reexposições a inóculos em zonas 
endêmicas, originando a forma agudo-subaguda 
da infância e adolescência. 
Classificação: 
Relaciona-se com os dados clínicos 
e a história natural da doença: 
1) paracoccidioidomicose infecção 
2) paracoccidioidomicose doença 
3) forma aguda/subaguda infantil/da adolescência 
https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-divulgacao/micologia/micologia-medica/paracoco-voce-conhece/
https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-divulgacao/micologia/micologia-medica/paracoco-voce-conhece/
https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-divulgacao/micologia/micologia-medica/paracoco-voce-conhece/
https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-divulgacao/micologia/micologia-medica/paracoco-voce-conhece/
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
4) forma crônica do adulto: unifocal e multifocal 
5) forma residual 
 
 
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/4
16/en-US/capitulo-6---paracoccidioidomicose; 
 
 
 
Questão 03 
___________________________________ 
A respeito da neutropenia febril, julgue os 
itens: 
a) A neutropenia febril não é uma emergência 
clínica. É caracterizada pela ocorrência de febre 
na vigência de neutropenia. 
F - A neutropenia febril (NF) é uma complicação 
frequente e potencialmente fatal nos pacientes em 
tratamento quimioterápico. Entendemos hoje que 
a neutropenia febril é considerada uma 
emergência clínica e que a administração de 
antibióticos de amplo espectro diminui 
drasticamente a mortalidade. 
https://www.scielo.br/j/rbhh/a/JwdPfQh9Mgjmpxd
HfQNJY3p/?lang=pt 
b) O paiente com neutropenia apresenta 
mecanismos de defesa imunológica 
comprometidos. A febre não necessariamente 
deve ser considerada sinal de infecção, apenas se 
estiver associado a sinais ou sintomas. 
F - A febre deve ser considerada um sinal de 
infecção nesses pacientes, mesmo sem outros 
sinais ou sintomas, uma vez que, com a ausência 
de resposta imune adequada, pode não haver 
outras manifestações associadas. 
 https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-
persistente-terapia-antifungica-empirica-e-
sempre-indicada/ 
c) Infecções fúngicas são mais comuns em 
indivíduos de alto risco (neutropenia severa e 
prolongada, antibioticoterapia prolongada, 
exposição a vários ciclos de quimioterapia). 
V - 
 
https://www.sanarmed.com/neutropenia-febril 
d) Embora a febre seja uma pista importante na 
identificação da infecção; alguns pacientes 
neutropênicos infectados não tem nenhum sinal 
ou sintoma e as hemoculturas são negativas. 
ANULADA 
e) Quando há neutropenia por mais de 10 dias e 
há recorrência de febre, ou quando a febre não 
cede após 7 dias de antibioticoterapia, há 
indicação de iniciar terapia antiviral. 
F -cobertura antifúngica empírica deve ser 
considerada em pacientes de alto risco depois que 
a febre persistir por 4-7 dias de um regime 
antibacteriano de amplo espectro e nenhuma fonte 
de infecção comprovada. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/reviso
es/6852/neutropenia_febril.htm 
 
Neutropenia febril é uma emergência clínica 
comum em pacientes oncológicos, principalmente 
naqueles com doenças hematológicas (ex.: 
leucemia aguda). 
Indivíduos neutropênicos apresentam 
mecanismos de defesa imunológica 
comprometidos e, portanto, ficam suscetíveis a 
infecções graves. A febre deve ser considerada 
um sinal de infecção nesses pacientes, mesmo 
sem outros sinais ou sintomas, uma vez que, com 
a ausência de resposta imune adequada, pode 
não haver outras manifestações associadas. 
Infecções fúngicas são mais frequentes em 
pacientes com neutropenia severa (neutrófilos < 
500/mm³) e prolongada (≥ 7 dias). Candida sp e 
Aspergillus sp são os agentes mais comuns nas 
infecções fúngicas invasivas: Candida sp 
principalmente nos indivíduos que não recebem 
profilaxia antifúngica, e Aspergillus sp naqueles 
que recebem fluconazol profilático. 
 
Muitas vezes, na prática clínica, terapia 
antifúngica empírica é instituída quando há 
persistência da febre em neutropênicos a despeito 
da antibioticoterapia de amplo espectro. No 
entanto, nem sempre tal conduta é a mais 
apropriada e pode acabar resultando em mais 
malefícios do que benefícios para os pacientes. 
https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-
persistente-terapia-antifungica-empirica-e-
sempre-indicada/ 
 
 
 
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/416/en-US/capitulo-6---paracoccidioidomicose
https://www.jornaldepneumologia.com.br/details/416/en-US/capitulo-6---paracoccidioidomicose
https://www.scielo.br/j/rbhh/a/JwdPfQh9MgjmpxdHfQNJY3p/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/rbhh/a/JwdPfQh9MgjmpxdHfQNJY3p/?lang=pt
https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-persistente-terapia-antifungica-empirica-e-sempre-indicada/
https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-persistente-terapia-antifungica-empirica-e-sempre-indicada/
https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-persistente-terapia-antifungica-empirica-e-sempre-indicada/
https://www.sanarmed.com/neutropenia-febril
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6852/neutropenia_febril.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6852/neutropenia_febril.htm
https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-persistente-terapia-antifungica-empirica-e-sempre-indicada/
https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-persistente-terapia-antifungica-empirica-e-sempre-indicada/
https://pebmed.com.br/neutropenia-febril-persistente-terapia-antifungica-empirica-e-sempre-indicada/
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/reviso
es/6852/neutropenia_febril.htm 
 
Questão 04 
___________________________________ 
No diagnóstico clínico de infecções fúngicas 
sistêmicas adquiridas na comunidade como 
histoplasmose, criptococose 
paracoccidioidomicose têm importância à 
exposição prévia a respectivamente: 
a) Papagaio,eucalipto, tatu. 
b) Galinha, cultivo de soja, gambá. 
c) Roedores, macaco, cana de açúcar. 
d) Morcego, pombo, cultivo de café. 
 
A histoplasmose, também conhecida como 
“doença das cavernas” e “doença de Darling” 
(Samuel Darling foi quem primeiro descreveu a 
doença), é uma infecção micótica sistêmica 
causada pela inalação de esporos microscópicos 
provenientes de um fungo dimórfico (cresce nas 
formas de bolor e levedura), saprófita do solo, o 
Histoplasma capsulatum. Esse micro-organismo 
se alimenta de matéria orgânica em 
decomposição, que retira dos excrementos de 
aves e morcegos que habitam grutas e cavernas, 
galinheiros e pombais, ocos de árvore, poleiros, 
telhados ou construções antigas, por exemplo. 
Importante deixar claro, porém, que a infecção 
pelo Histoplasma capsulatum não está restrita a 
grutas e cavernas. Agricultores, paisagistas, 
jardineiros, pessoas que trabalham na construção 
civil, com a criação de aves e o controle de pragas 
também estão expostos ao risco de serem 
infectados e desenvolver a doença. 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-
sintomas/histoplasmose-doenca-das-cavernas/ 
 
A criptococose, popularmente conhecida como 
doença do pombo, é uma doença infecciosa 
causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, 
que pode ser encontrado principalmente nas fezes 
dos pombos, mas também em frutas, solos, 
cereais e árvores, por exemplo. 
 https://www.tuasaude.com/criptococose/ 
 
Questão 05 
___________________________________ 
Com relação aos abcessos cerebrais, 
responda: 
a) Os abcessos cerebrais são infecções focais 
únicas ou múltiplas, que se iniciam com cerebrite 
e se desenvolvem formando uma coleção 
purulenta intracerebral, circundada por uma 
cápsula bem vascularizada. 
b) Resultam da proliferação de bactérias 
piogênicas, quase sempre na substância cinzenta 
cerebral ou cerebelar, constituindo uma cavidade 
neoformada preenchida por pus. Seu caráter 
expansivo, não tem importância na característica 
da doença. 
F - Essas lesões são resultados da proliferação de 
bactérias piogênicas, fungos ou outros parasitas, 
quase sempre na substância branca cerebral ou 
cerebelar, configurando uma cavidade preenchida 
por pus – seu caráter expansivo tem importância 
para a doença. 
c) As bactérias se originam por contiguidade 
derivado de otites, mastoidites crônicas e sinusite 
frontal. Por via hematogênica devidos a 
disseminação de um foco infeccioso no pulmão 
(bronquiectasias, abscesso pulmonar, empiema 
pleural); pele, osteomielites crônicas, 
endocardites bacterianas. Por via direta, pós-
traumático por ferimentos por arma de fogo ou 
cirurgias contaminadas. 
F - Em relação a sítios contíguos como fonte 
primária de abscessos cerebrais,tem-se: otite 
média e mastoidite, sinusites, infecção dentária, 
trauma cranianopene t ran te , in f ecç ão pós -
c i rú rg ica e ma is ra r amen te co mo 
comp l ic ação de meningites bacterianas. 
https://pt.scribd.com/doc/44181488/Neurologia-
Abscessos-Cerebrais 
d) Caracteriza-se por síndrome de hipertensão 
intracraniana, febre, torpor e coma. A localização 
do abcesso não interfere na apresentação clínica. 
Podem ser agudos, geralmente fungicos, ou 
crônicos, como as bactérias. 
F - 
e) Os exames de imagem são valiosos auxiliares 
no diagnóstico (TC e RNM de crânio). O 
tratamento baseia-se em antibioticoterapia 
sistêmica e controle do edema cerebral. 
 
Abscesso cerebral é caracterizado por uma 
coleção purulenta no parênquima encefálico, 
resultado de uma infecção intracraniana ou 
extracraniana, bem como da invasão direta de 
microorganismos no cérebro decorrente de 
traumatismo crânio-encefálico ou de intervenções 
cirúrgicas. 
Podem ocorrer em indivíduos de qualquer idade, 
raça e sexo em uma freqüência de 1500 a 2 mil 
novos casos por ano. Dados estatísticos 
demonstram que até 8% de todas as lesões 
intracranianas que produzem efeito de massa são 
geradas por abscessos encefálicos, 
especificamente nos países em desenvolvimento, 
onde se encontra uma maior incidência de 
tratamentos inadequados de infecções. 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6852/neutropenia_febril.htm
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6852/neutropenia_febril.htm
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/histoplasmose-doenca-das-cavernas/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/histoplasmose-doenca-das-cavernas/
https://www.tuasaude.com/criptococose/
https://pt.scribd.com/doc/44181488/Neurologia-Abscessos-Cerebrais
https://pt.scribd.com/doc/44181488/Neurologia-Abscessos-Cerebrais
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
Os abscessos cerebrais são infecções focais 
únicas ou múltiplas, caracterizadas por uma 
coleção de exsudato circundada por uma cápsula 
altamente vascularizada. 
Sua progressão pode ser descrita em quatro 
estágios: 
1. cerebrite inicial, caracterizada por centro 
necrótico e inflamação local ao redor da 
adventícia dos vasos sanguíneos; 
2. cerebrite tardia, quando ocorre alteração 
histológica mais significativa; 
3. encapsulação precoce, entre o décimo e o 
décimo quarto dia, marcado pela resolução da 
cerebrite e aumento progressivo de 
macrófagos e fibroblastos; 
4. encapsulação tardia, após o décimo quarto 
dia, quando há um centro necrótico bem 
definido e uma cápsula de colágeno espessa. 
Essas lesões são resultados da proliferação de 
bactérias piogênicas, fungos ou outros parasitas, 
quase sempre na substância branca cerebral ou 
cerebelar, configurando uma cavidade preenchida 
por pus. 
A importância dos abscessos encefálicos está em 
seu caráter expansivo, potencializado por intenso 
edema vasogênico em sua volta, podendo ser 
precursor de herniações cerebrais. Os abscessos 
também podem romper para o interior dos 
ventrículos, levando ao empiema ventricular e 
meningite, situação de grave morbidade para o 
paciente com taxa de mortalidade de até 75%. 
Entretanto, os abscessos cerebrais não devem ser 
confundidos com empiemas (extradurais ou 
subdurais), que são coleções purulentas formadas 
em espaços preexistentes ao redor do parênquima 
cerebral. 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=
s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahU
KEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECA
YQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.
br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F588
91%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2S
wTJskfA97zQUfb8 
 
Questão 06 
___________________________________ 
G.F.M., é um menino de 2 anos e 5 meses de 
idade que apresenta febre alta de evolução 
aguda, queda importante do estado geral com 
vômitos. Ao exame clínico apresenta rigidez de 
nuca, FR= 52 ipm, FC = 120 bpm, perfusão 
regular, hipo-hidratado e com T.Ax.= 38,5°C. 
Foi feita uma punção lombar e o resultado 
demonstra: aspecto ligeiramente turvo, 
proteínas = 105 mg/dI, glicose de 35 mg/ dI. 
leucócitos 500/mm3, linfócitos 2%, monócitos 
40% e neutrófilos 58%. 
Bacterioscopia=diplococosgram- negativos. 
Agora responda com base nesses dados: 
Quando indicado isolamento do paciente, este 
deve permanecer por: 
a) 48 horas após o início da antibioticoterapia. 
b) 5 dias após o início da antibiocoterapia. 
c) Até não apresentar mais febre. 
d) 24 horas após o início da antibioticoterapia. 
e) 7 dias após o início da antibioticoterapia. 
 
Meningite é um processo inflamatório do espaço 
subaracnóideo e das leptomeninges (pia-
aracnóide), que envolvem o encéfalo e a medula 
espinal. 
 
Diagnóstico: 
Será considerado como suspeito de meningite 
todo paciente com síndrome febril com sinais 
neurológicos. No caso de doença meningocócica, 
também os pacientes com síndrome febril 
hemorrágica. 
Algumas complicações freqüentes são: trombose 
e necrose isquêmica do tecido cerebral ou 
abscessos (localizados classicamente na 
substância branca dos hemisférios cerebrais ou do 
cerebelo). 
O quadro clínico resume-se em: síndrome 
infecciosa (febre, anorexia, mal-estar geral, 
prostração, mialgia, estado toxêmico), lesões 
exantemáticas,lesões petequiais, lesões 
purpúricas, equimoses coalescentes e até 
sufusões hemorrágicas. A síndrome de 
hipertensão intracraniana é composta de 
cefaléia holocraniana (que geralmente não cede 
com analgésico comum), vômitos (geralmente 
incoercíveis, sem relação com a alimentação), 
alteração do nível de consciência (vai do torpor 
mental, obnubilação, coma superficial, podendo 
chegar até o coma profundo), sinais de 
estimulação simpática (taquicardia, palidez, 
hipertensão arterial, pulso fino e rápido, além de 
sudorese), edema de papila ao exame do fundo de 
olho (diminuição da acuidade visual e auditiva), 
convulsões generalizadas ou localizadas e sinais 
neurológicos localizatórios (paresia ou paralisia 
espástica). A síndrome do comprometimento 
meníngeo é composta de rigidez de nuca, 
decorrente da compressão do exsudato purulento 
sobre a emergência dos nervos raquidianos, 
opistótono (grau máximo de rigidez de nuca, mais 
contratura extensora máxima da musculatura 
dorsal). 
 
O hemograma apresenta-se com uma importante 
leucocitose, mas o diagnóstico principal é feito 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F58891%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2SwTJskfA97zQUfb8
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F58891%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2SwTJskfA97zQUfb8
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F58891%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2SwTJskfA97zQUfb8
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F58891%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2SwTJskfA97zQUfb8
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F58891%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2SwTJskfA97zQUfb8
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F58891%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2SwTJskfA97zQUfb8
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj_uvmFxtL3AhUpkZUCHRhMAWkQFnoECAYQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frevistadc%2Farticle%2Fdownload%2F58891%2F61870%2F75652&usg=AOvVaw3MDZp2SwTJskfA97zQUfb8
 
8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
pelo líquor, através da punção lombar, que é 
realizada com pacientes em decúbito lateral, entre 
os espaços de L3-L4, L4-L5, L5-S1, sub-occipital 
ou ventricular (em crianças). O procedimento deve 
ser feito exclusivamente na Sala de Punção. São 
realizadas análises macroscópicas, bioquímicas, 
citológicas, bacteriológicas e micológicas no 
Laboratório de Bacteriologia. Lembrar sempre de 
coletar um mínimo de 1 ml (20 gotas de líquor. 
 
A realização de exames de imagem (tomografia 
computadorizada ou ressonância nuclear 
magnética) é cabível apenas quando a resposta 
clínica à terapêutica é atípica, levando-se à 
suspeita de empiema ou abscesso cerebral. 
 
A hemocultura constitui outro meio importante 
para identificar o agente etiológico no caso de 
meningite de etiologia bacteriana. A escarificação 
das lesões petequiais para a realização da 
coloração de Gram é muito importante na doença 
meningocócica. 
 
O imunodiagnóstico pode ser feito através da 
contra-imunoeletroforese e pela aglutinação pelo 
látex (quando disponíveis). 
 
Pacientes com suspeita de meningoencefalite viral 
deverão se submeter a coleta de líquor a ser 
entregue à Gerência de Virologia (Núcleo de 
Arbovirologia e Doenças Emergentes) para 
encaminhamento do material para unidade de 
referência nacional. 
 
 
Tratamento: 
A antibioticoterapia para o tratamento das 
meningites é uma das raras situações em que sua 
instituição deve ser de urgência, tendo em vista a 
rápida evolução do quadro clínico, especialmente 
na doença meningocócica. Portanto, até o 
isolamento do agente etiológico, a terapia 
instituída deve ser empírica, com base em dados 
clínicos e epidemiologia do paciente. 
 
 
 
As meningites causadas por Mycobacterium 
tuberculosis e Criptococcus neoformans devem 
ser tratadas como recomendação dos demais 
capítulos específicos. 
 
EMPIEMA CEREBRAL: quando os pacientes 
evoluem para empiema cerebral, diagnóstico 
quase sempre realizado após realização de 
tomografia computadorizada de crânio, indicada 
pela ausência de resposta clínica ou melhora com 
piora subseqüente, o tratamento empírico deve 
ser feito com: oxacilina + metronidazol + 
ceftriaxona. 
 
ABSCESSOS CEREBRAIS: tratados com 
penicilina cristalina + metronidazol + ceftriaxona 
ou penicilina cristalina + cloranfenicol + ceftriaxona 
ou cloranfenicol + ceftriaxona. As alternativas para 
casos de resistência são: vancomicina + 
ceftriaxona ou cefotaxime ou uma cefalosporina 
de quarta geração (cefepima). 
 
 
http://www.fmt.am.gov.br/manual/meningite.htm 
 
Questão 07 
___________________________________ 
Menino de 3 anos de idade é trazido ao serviço 
de pronto atendimento porque nos 2 dias 
precedentes os pais vinham observando 
alterações no comportamento e febre. No dia 
anterior, alguns episódios de vômito e, duas 
horas antes, uma crise com características 
http://www.fmt.am.gov.br/manual/meningite.htm
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
focais que foram clonias predominantes nos 
membros direitos, de 20 minutos de duração, 
com a persistência de hemiparesia deste lado. 
Ao exame físico, estava letárgico e havia 
dúvidas com relação à presença de discretos 
sinais meníngeos. Uma tomografia mostrou 
apagamento dos sulcos na região 
frontotemporal esquerda. Foi submetido à 
punção lombar, que mostrou 60 
leucócitos/mm3; 85% de linfócitos; 200 
hemácias/mm3; 40 mg/dl de proteinorraquia e 
100 mg/dl de glicorraquia (glicemia de 120 
mg/dl). Uma ressonância magnética de crânio 
mostrou anormalidades do sinal nos lobos 
temporal e frontal esquerdos, especialmente 
da ínsula, com algum envolvimento dos 
gânglios basais deste lado. Assinale a 
alternativa CORRETA, que apresenta a opção 
terapêutica mais apropriada: 
a) Ceftriaxona. 
b) Dexametasona. 
c) Heparina. 
d) Aciclovir. 
e) Isoniazida, rifampicina, pirazinamida. 
Crianças com mais de 2 meses de idade: 
O tratamento empírico de meningites bacterianas 
em crianças com mais de 2 meses de idade deve 
ser iniciado com uma cefalosporina de terceira 
geração – ceftriaxona ou cefotaxima. O esquema 
empírico clássico utilizando a associação de 
ampicilina e cloranfenicol só se justifica se houver 
indisponibilidade das drogas previamente citadas. 
Nos casos de pacientes com história de anafilaxia 
aos antibióticos B-lactâmicos, pode-se usar o 
cloranfenicol no tratamento empírico inicial. 
Assim que se obtiver o resultado da cultura, o 
esquema antibiótico deve ser reavaliado e 
direcionado para o agente (quadro 3). 
 
 
Questão 08 
___________________________________ 
Menino, 7 anos, em uso regular de 
antirretrovirais por Aids, interna em estado 
pós-convulsivo. Família refere que a criança 
iniciou com febre alta há 24 horas e alteração 
de consciência há 2 horas. Ao exame, está 
febril, torporoso e com sinais de irritação 
meníngea. CD4 > 500 células/mm3 e carga viral 
indetectável. Liquor: 2.300 células/mm3 (com 
predomínio de neutrófilos), proteínas 500 
mg/dI, glicorraquia < 20 mg/dl. Qual o 
diagnóstico mais provável? 
a) Meningite bacteriana. 
b) Meningoencefaliteviral. 
c) Meningite tuberculosa. 
d) Meningoencefalite fúngica. 
e) Abscesso cerebral. 
 
 
 
Questão 09 
___________________________________ 
Lactente, 2 meses, foi encaminhado ao serviço 
de emergência com exame clínico e exames 
complementares que confirmaram o 
diagnóstico de meningite. O liquor 
apresentava-se purulento com aumento de 
leucócitos acima de 1000/mm3, 
proteinorraquia, e bacterioscopia negativa. 
Considerando os patógenos mais frequentes 
para a faixa etária, indica-se como tratamento 
empírico inicial: 
a) Ceftriaxona 
b) Ampicilina e gentamicina 
não atravessam bem a barreira hematocefálica. 
c) Aciclovir 
d) Ceftazidima e gentamicina 
 
Questão 10 
___________________________________ 
Constitui uma alteração característica do 
liquor na meningite viral: 
a) concentração de glicose elevada. 
F – glicose normal 
b) pleocitose com predomínio de 
polimorfonucleares. 
F - as meningites virais cursam com pleocitose 
à custa de células mononucleares, porém 
atenção: numa fase inicial (até 24h iniciais), uma 
pleocitose neutrofílica pode estar presente. 
https://www.sbcm.org.br/revistas/HTML/RBCM_v
10_n1/conteudo.php?artigo=08 
https://www.sbcm.org.br/revistas/HTML/RBCM_v10_n1/conteudo.php?artigo=08
https://www.sbcm.org.br/revistas/HTML/RBCM_v10_n1/conteudo.php?artigo=08
 
10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
c) pleocitose linfocitária com concentração de 
glicose normal. 
d) concentração de glicose baixa. 
F – a concentração é normal. 
e) coloração de Gram- positiva.. 
F – isso é característica de meningite fúngica 
 
O aumento do número de leucócitos é 
denominado pleocitose e está relacionado à 
vigência de um processo inflamatório liquórico. 
 
 
MENINGOENCEFALITE: 
Infecção do sistema nervoso central que pode 
acometer: 
• Meninges (meningite) 
• Parênquima encefálico (encefalite) 
 
 
FISIOPATOLOGIA: 
• Precedida por colonização das vias aéreas pelo 
agente infeccioso 
• Disseminação hematogenica ou contiguidade 
• Inflamação intensa 
• Aumento da permeabilidade capilar 
• Alteração da permeabilidade da barreira 
hematoencefalica 
• Edema cerebral 
• Extravasamento de proteínas e leucócitos para o 
liquor 
 
AGENTES: 
Viral: 
• Echovirus, coxsackie, caxumba, herpes, CMV, 
EBV, Varicela zoster 
Bacteriana: 
• Meningococo 
• Pneumococo 
• Listeria 
 
• RN até 1 mês: Enterococo do grupo B, E. coli, 
bacilos gram-negativos, listeria 
• Criança: Meningococo, pneumococo, 
Haemophilus influenzae 
• Adultos: Meningococo e pneumococo 
• Idosos: Neisseria meningitidis, S. pneumoniae e 
Listeria sp 
• Hospitalar: S. aureus, bacilos gram-negativos 
multirresistentes 
 
CLÍNICA: 
Tríade clássica: 
1. FEBRE 
2. CEFALEIA 
3. RIGIDEZ DE NUCA 
Rebaixamento do nível de consciência 
Não afeta função cortical: afasia convulsão e 
hemiparesia 
 
Sinais de irritação meníngea: 
• Rigidez de nuca 
• Sinal de Kerning 
• Sinal de Brudzinski 
• A ausência desses sinais não deve ser usadas para 
descartar meningite 
 
 
SÍNDROME DE HIPERTENSÃO 
INTRACRANIANA: 
1. Cefaleia 
2. Náusea 
3. Vômitos em jato 
Não contraindica punção lombar 
• Doença meningocócica: 
• Casos graves de evolução rápida 
• Rash cutâneo 
• Petequeias 
• Equimoses 
• Hipotensão 
• Sinal de insuficiência adrenal 
 
 
MENINGITE VIRAL: 
• Quadro semelhante ao de meningite bacteriana 
• Sinais e sintomas menos proeminentes 
• Curso benigno e autolimitado 
• Resolve em 2 semanas 
 
DIAGNÓSTICO: 
 
11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• HC, ureia, creatinina, eletrólitos, glicose, 
coagulograma, PCR e VHS 
• Hemocultura 
TC/RM: 
• Se risco de hipertensão intracraniana grave: 
• Imunossupressão 
• Rebaixamento do nível de consciência 
• Sinal de localização 
• Convulsão 
• Papiledema 
 
PUNÇÃO LIQUÓRICA: 
• Citologia 
• Bioquímica 
• Exame direto 
• Cultura e detecção de antígenos bacterianos 
• Entre L3 e L4 ou L4 e L5 
• Única contraindicação absoluta e a infecção no sitio 
de punção 
• TC antes se: 
• Convulsão, papiledema, déficit focal 
imunodeprimidos, diminuição grave da consciência 
• Ver se tem lesão provocando efeito de massa 
desviando o hemisfério 
• Herniação 
• Repunção: 
• Sem melhora após 48 horas de ATB 
• Pneumococica após 24-36 horas 
 
LIQUOR: 
Líquor normal: 
Não tem células 
Glicose é 2/3 da glicemia 
Água de rocha 
 
 
Líquor: Meningite viral 
Aumenta linfomononuclear 
Glicose normal 
Enterovírus, caxumba, epsteinbar, CMV, HIV 
 
Líquor Meningite bacteriana: 
Celularidade: 
• Leucocitos > 100/mm3 
• Predominio de polimorfonucleares ( Neutrofilos, 
basófilos, eosinófilos) 
Glicose: 
• Hipoglicorraquia < 45 mg/dl 
Proteínas: 
• Hiperproteinorraquia >500 mg/dl 
• Cultura positiva em 80-90% dos casos 
Exame direto- Gram: 
• Diplococo gram-negativo: 
• Meningococo 
• Diplococo gram-positivo: 
• Pneumococo 
• Bacilo gram-positivo: 
• Listeria 
• Cocos em cahos gram-positivos: 
• Estafilococos 
 
TRATAMENTO: 
• Isolar por até 24 horas após inicio do tratamento. 
• Notificar casos suspeitos 
• Ceftriaxona - 2g EV de 12/12 h por 14 dias 
Nos extremos de idade e imunossuprimidos: 
• Associar ampicilina para cobrir Listeria - 2 g EV de 
4/4 horas 
Risco de pneumococo resistente: 
• associar vancomicina 
Iniciar 15 a 30 min antes ou durante a primeira dose 
do antimicrobiano: 
• Corticoide: 
• Reduz inflamação no SNC, reduz sequela e morte 
• Dexametasona 0,15 mg/kg EV de 6/6 horas por 48 
horas 
 
PROFILAXIA DOS CONTACTANTES: 
• Rifampicina - 10 mg/kg/dose ( max: 600mg) VO 
de 12/12 h 2 dias 
• Meningococica: 
• Para todos contactantes íntimos: 
• Família 
• Pessoas do convívio diário 
• Creche 
• Escola e trabalho 
• Profissionais de saúde 
• Haemofilo: 
• Todos contactantes íntimos 
• Desde que haja uma criança < 5 anos não vacinada 
ou imunocomprometidos 
• Para o paciente na alta hospitalar

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