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Doença viral infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa e bastante comum na infância. Principal causa de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade Pode evoluir com complicações e óbito, principalmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade. Mantém-se como um problema de saúde pública Aumento de incidência no período compreendido entre o final do inverno e o início da primavera (setembro) Afeta ambos os sexos Influenciada pelas condições socioeconômicas, nutricionais, imunitárias e aquelas que favorecem a aglomeração em lugares públicos e em pequenas residências. Morbillivirus paramyxoviridae Febre alta maior do que 38,5°C, tosse, coriza, conjuntivite, manchas de koplik (pequenos pontos brancos na mucosa bucal, antecedendo o exantema) e exantema maculopapular (erupção cutânea que ocorre em doença aguda provocada por vírus ou coco, que se inicia na região retroauricular e depois atinge todo o corpo). Dura 10 dias, podendo variar de 7 a 18 dias desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. Por meio de secreções nasofaríngea, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. 4 dias antes e até 4 dias após o aparecimento das lesões cutâneas, sendo o período de maior transmissibilidade os 2 dias antes e após o aparecimento do exantema. O diagnóstico de sarampo é clínico-epidemiológico. Em casos de dúvida diagnóstica é possível a realização do teste sorológico. A sorologia utiliza a técnica de ensaio imunoenzimático (ELISA) e detecta anticorpos IgM específicos e soro conversão ou aumento de anticorpos IgG. Os IgM são detectados na fase aguda da doença (dos primeiros dias até 4 semanas após aparecimento do exantema) e os IgG ainda são detectados muitos anos após a infecção. Os casos em que os resultados forem de IgM reagente ou inconclusivo devem ser notificados imediatamente e a coleta de segunda amostra de sangue deverá ser realizada entre 15 e 25 após a primeira coleta. Além disso, segundo o protocolo do Ministério da Saúde, a pesquisa para identificação do vírus pode ser realizada em amostras de orofaringe, nasofaringe e urina (coletadas até o 7º dia após aparecimento do exantema, principalmente nos 3 primeiros dias) a partir da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Isso é importante para conhecer o genótipo do vírus, diferenciar vírus selvagem de vírus vacinal e diferenciar casos autóctones de casos importados. Passiva natural – os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos por via placentária, conferindo imunidade, geralmente, ao longo do primeiro ano de vida, o que interfere na resposta da vacinação. Ativa artificial – por meio das vacinas tríplice e tetra viral. Tríplice Viral – sarampo, caxumba e rubéola, 1ª dose aos 12 meses. Tetra Viral – adição da varicela, sendo a 2ª dose da tríplice viral aos 15 meses. Não existe tratamento específico para o sarampo, sendo que, por ser uma doença autolimitada, os recursos terapêuticos visam aliviar os sintomas. É utilizado então: antitérmicos (devido a febre alta), hidratação oral e terapia nutricional intensificada, higiene adequada dos olhos, da pele e das vias aéreas superiores e administração de vitamina A (em crianças, para reduzir a ocorrência de casos graves e fatais). Infecções respiratórias (pneumonia), otites, doenças diarreicas e neurológicas (encefalite e panencefalite esclerosante subaguda). Isolamento (domiciliar ou hospitalar) da pessoa infectada por 4 dias após o aparecimento do exantema. Vacinação contatos próximos para evitar o surto, através de investigação vacinal, caso não tenha, ocorre a vacinação como forma de bloqueio.
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