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SUS - ASPECTOS HISTÓRICO A ATUALIDADE

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MEDICINA SOCIAL 
SUS: DOS ASPECTOS HISTÓRICOS A REALIDADE
PERÍODOS
 Descobrimento ao Império→ (1500-1889)
 República Velha (1889 – 1930)→
 “Era Vargas” (1930 – 1964)→
 Autoritarismo (1964 – 1984)→
 Nova República (1985 – 1988)→
 Pós- constituinte (1989…)→
DESCOBRIMENTO AO IMPÉRIO 
(1500-1889)
-Índios viviam em equilíbrio com a
natureza
-Descobrimento do Brasil vinda de→
doenças de fora (portugueses)
-Desequilíbrio da harmônia entre índios
e natureza
-Altos índices de doenças pestilenciais 
 Perfil Epidemiológico→
Doenças pestilenciais
• Doenças tragas por portugueses + doenças geradas pelo desequilíbrio entre 
pessoas e ambiente
• Peste negra e varíola trazida da Europa→
• Doenças locais malária, febre amarela→
• Doenças se alastram cenário de muitas mortes devido a diversas doenças →
presentes na época.
 Cenário Político e econômico→
• País agrário extrativista
• Não existia desenvolvimento industrial
• Não haviam escolas médicas e nem profissionais médicos vindos da Europa
• Primeiros médicos eram trazidos da Europa
 Organização da saúde→
Não existia nenhum modelo de atenção à saúde. Inicialmente as pessoas recorriam 
aos boticários e curandeiros. Posteriormente passou a existir a medicina liberal.
• Boticários pessoas que manipulavam fórmulas naturais (ervas), infusões, →
chás, laceração de ervas. Os locais em que ficavam estas ervas era chamado de
Botica, com isso, essas pessoas (“primeiros farmacêuticos”) ganhavam o nome
de boticários.
• Curandeiros por meio dos pajés das tribos indígenas.→
• Medicina liberal profissionais médicos que exerciam a profissão de forma →
liberal – limitado devido a falta de médicos no RJ, em 1789, só existiam →
4 médicos. 
 CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA (1808) →
Começa a haver uma maior preocupação em melhorar a questão ambiental, 
principalmente no RJ.
Isso ocorreu para que houvesse a instalação da família real portuguesa no Brasil, 
focando nas regiões dos portos. 
• Saneamento da capital
• Controle de navios, saúde nos portos navios chegavam e havia o controle →
de pessoas que estavam com doenças (principalmente navios com escravos), 
faziam tais navios passarem por quarentena. Ficavam atracados e impedidos 
de descer em terras brasileiras durante o período da quarentena (que era em
torno de uns 40 dias)
• Começa a haver um desenvolvimento sutil de novas estradas
• Criação da primeira escola médica
do Brasil na Bahia Universidade→
Federal da Bahia (213 anos)
• Começa a haver um CONTROLE
SANITÁRIO MÍNIMO
REPÚBLICA VELHA (1889-1930)
 Perfil Epidemiológico→
Predomínio em massa das doenças transmissíveis: 
• Febre Amarela
• Varíola
• Tuberculose
• Sífilis
• Endemias rurais
• Pespe negra
Por que isso ocorreu? 
• Vinda dos colonizadores 
• Junção de povos diferentes: indígenas + estrangeiros
• Promiscuidade (mistura desordenada, confusão) sexual desconhecimento das→
doenças transmissíveis e formas de transmissão levou ao grande aumento →
da sífilis no Brasil.
 Acontecimentos da época→
• Os navios estrangeiros não queriam mais atracar no porto do RJ tinham →
medo dessa situação de saúde presente no país (grandes epidemias) em que 
morriam muitas pessoas.
• Oswaldo Cruz é nomeado diretor do Departamento Federal de Saúde Pública 
com intuito de erradicar a epidemia de febre-amarela na cidade do RJ. 
-Ele foi grande sanitarista no Brasil, eliminando a varíola (matou muitas 
pessoas no mundo) no país, por meio das campanhas de vacinação. 
• 1904, a obrigatoriedade da vacinação contra varíola levou a Revolta da Vacina
 pessoas tinham medo de tomar a vacina pelo desconhecimento dela.→
 Saúde→
Modelo “Campanhista” 
• Tratar grandes epidemias por meio de
campanhas de vacina, erradicação de pessoas
doentes (baniam pessoas dos grandes centros
para os morros, principalmente população
pobre).
• Governo da época junto aos profissionais
apenas intervinham quando os problemas se tornavam muito grandes.
• Não era realizado ações de prevenção e promoção de saúde.
1920: criaram órgãos especializados na luta contra a tuberculose, a lepra 
(hanseníase) e as doenças venéreas doenças estigmatizadas →
OBS. No Brasil, até o final da década de 70 existiam leprozários, que eram locais 
para aonde as pessoas com lepra eram levadas compulsoriamente, separadas das 
famílias as quais nunca mais a viam.
• Surge a Escola de Enfermagem Anna Nery no RJ começa a aumentar o →
número de profissionais da área da saúde enfermeiros, técnicos, médicos→
Início o processo de Industrialização + vinda de imigrantes italianos e portugueses →
leva o país a um estado mais caótico na saúde.
• Imigrantes inicialmente presentes nos campos
• Industrialização êxodo rural aglomeração de pessoas nos grandes centros → →
em cortiços.
• As pessoas passam a viver de maneira
insalubre, sem saneamento básico, sem
uma infraestrutura adequada, moravam
em becos, vielas.
• Isso trazia mais gravidade para doenças
transmissíveis facilitava a transmissão→
 Cenário Político e Econômico→
• Instalação do capitalismo no Brasil 
• Surgimento das primeiras indústrias investimento estrangeiro→
• Excedente econômico
• As pessoas viviam em precárias condições de trabalho e de vida
• Não existiam leis trabalhistas para defender tais pessoas jornadas de →
trabalhos com cargas horárias extensas, trabalho escravo, trabalho infantil
• Pobreza e sub-remunerado
• Operários começam a se mobilizar em busca de melhores condições de vida e 
de trabalho Embriões de legislação trabalhista e previdenciária.→
 Organização do Setor Saúde→
-As pessoas não tinham qualidade de vida no trabalho e muito menos de 
atendimento a saúde. Uma pessoa (operário) que adoecia nesta época não tinha 
dinheiro para pagar um médico, portanto, recorria a curandeirismo, ervas, medicina 
popular e hospitais de caridade.
-As primeiras indústrias começam a querer cuidar um pouco melhor dos seus 
operários, visto que, eles eram economicamente importantes, pois se adoecessem e 
não tivesse mais força de trabalho a economia ficaria comprometida.
-Surgimento de Hospitais filantrópicos (caridade)
-Ideologia Liberal
• O Estado não intervinha, atuava somente naquilo que o indivíduo sozinho ou 
a iniciativa privada não pudesse fazê-lo. Não participava de quase nada.
-Ameaças aos interesses do modelo Agrário exportador fez com que houvesse uma 
maior intervenção do Estado organização do serviço de saúde pública e campanhas→
sanitárias.
-Serviços definidos pela necessidade econômica
-LEI ELOY CHAVES (1923) Marco da PREVIDÊNCIA SOCIAL no Brasil→
• Até o momento não existia nenhum órgão que regulamentasse a questão da 
assistência médica e previdência social no país (quase um trabalho escravo).
• A lei Eloy Chaves, possibilitou organizar as CAP’s (Caixas de Aposentadorias e
Pensões)
• Inicialmente não era para todos os trabalhadores apenas voltado para →
aqueles que impulsionava a economia na época:
1923 – CAP dos ferroviários 
1926 – Portuários e Marítimos 
• Marco inicial da Previdência Social no Brasil
 Características das CAP’s→
-Por instituição ou empresa 
• Empregado colaborava com 3%
• Empresa com 1%
-Financiamento e gestão: trabalhador e empregador
-Serviços oferecidos
• Aposentadoria 
• Pensão 
• Assistência médica
 Dicotomia da Saúde no Brasil (Separação)→
• Saúde Pública: prevenção e controle das doenças de forma
coletiva doenças em massa, transmissíveis →
A Saúde Pública já nasce separada da privada e desvinculada
desse modelo de saúde individualizado
• Previdência Social: medicina individual, assistencialista e
exclusiva de alguns trabalhadores e de certas categorias.
ERA VARGAS (1930 – 1964)
Mudanças no cenário político, social, trabalhista e de saúde
 Perfil Epidemiológico→
• Doenças da pobreza (transmissíveis malária, febre amarela, tuberculose) se →
juntam com as doenças da modernidade (não transmissíveis diabetes, →
hipertensão arterial, câncer, doenças metabólicas)
• Início da transição demográfica envelhecimento da população pessoas → →
passam a ter acesso maior aos serviçosde saúde e a determinados bens →
passam a morrer com mais idade.
 Fracionamento da assistência médica→
• Medicina Liberal profissionais médicos liberais→
• Hospital beneficente ou filantrópico 
• Hospital lucrativo (empresas médicas) passaram a lucrar muito devido à →
inexistência de serviços públicos voltados para a área da saúde o estado →
passa a comprar serviços médicos e não havia uma empresa pública para fazer
a fiscalização desse repasse de dinheiro enriquecimento desses hospitais→
 Criação dos IAP’s (Institutos de Aposentadoria e Pensões)→
• Com o aumento das CAP’s essas foram transformadas em IAP’s
• Eram divididas por categoria: marítimos (IAPM), comerciários (IAPC), 
bancários (IAPB), transporte e cargas (IAPETEC), servidores do estado 
(IPASE). 
• Pessoas que não trabalhavam e que não tinham carteira assinada não tinham 
acesso aos serviços oferecidos pelas IAP’s. 
• Era financiado por 3 entes: estado + empregado + empregadores
• Gerência: indicado pelo estado para haver um pouco de controle pelo →
estado.
• Oferecia: Aposentadoria + Pensão + Assistência Médica
REGIME MILITAR (1964-1984)
 Perfil Epidemiológico →
• Condições de saúde continuam críticas:
aumento da mortalidade infantil (índica
baixo desenvolvimento), tuberculose,
malária, Chagas, acidentes de trabalho, etc.
• Predomínio das doenças da modernidade
• Urbanização e industrialização crescente desenfreada deixa o país com → →
muitos gastos
• Milagre Brasileiro (1968-73)
 Governo decide assumir a questão da saúde no país→
• Promoveu a unificação dos IAP’s em 1966, os quais eram separados por 
categorias profissionais, e juntou tudo em um instituto apenas → INPS 
(Instituto Nacional de Previdência Social)
• A unificação prejudicou algumas categorias de profissionais (exemplo: 
bancários), visto que foi feito um nivelamento por baixo (pelo serviço mais 
barato e de baixa qualidade) afetando assim os serviços que possuíam mais 
benefícios com intenção de reduzir gastos→
• 1972 – previdência para autônomos e empregadas domésticas
• 1973 – previdência para trabalhadores rurais FUNRURAL→
• 1974 – criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS)
Neste ano, também foi criado o PLANO DE PRONTA AÇÃO (PPA): 
atendimento de urgência e emergência voltado para toda a população o →
atendimento acontecia nas clínicas e hospitais da previdência. 
• 1977 – criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência 
Social (INAMPS) 
Criado para concentrar toda a parte de assistência médica vinculada ao estado
como uma forma de controle total – durou até 1993 (apenas depois que foi 
criado o Ministério da Saúde).
• Começa a haver um fortalecimento da relação Estado e segmento privado →
governo começa a pagar por serviços de saúde vindos do setor privado, pois 
não tinha um serviço público estruturado pagamento por quantidade de →
atos médicos COMPLEXO MÉDICO – INDUSTRIAL→
• Quase inexistia controle ou regulação governo dava um “cheque em branco”→
aos serviços de saúde privado.
 Modelos de Atenção à Saúde →
MODELO MÉDICO – ASSISTENCIAL PRIVATISTA
• Voltado para o indivíduo – livre iniciativa na procura de serviços
1985 – Polícia Federal denunciou um esquema trilionário de fraudes no INAMPs:
-Mais de 30 hospitais envolvidos no golpe
-Adulteração de procedimentos médicos fraudes em internações, com dupla/ tripla →
Internação para um único doente.
-Consultas inexistentes principalmente nos boletins de atendimentos de urgência→
• Capitalização da medicina vista como uma fonte de lucro→
• Centrado nas cooperativas médicas não preocupa-se com o que está →
acontecendo com a coletividade
• Modelo biomédico médicos formados para tratar doenças, o ser humano →
não era visto como um todo, era separado por sistemas (analisava por partes
– coração, pulmão…) fragmentação do olhar médico. Ex: “Vamos tratar a →
úlcera do Sr. João” Não olhava para o paciente e sim apenas para a →
doença
MODELO ASSISTENCIAL SANITARISTA CAMPANHISTA
• Campanhas sanitárias de doenças em massa 
• Não contemplam a totalidade da atenção apenas agia quando o problema →
tomava dimensões enormes
• Não enfatiza a integralidade da atenção
• Campanhas de caráter temporário. Exemplo: vacinação abaixo do número de→
doentes cessação das campanhas→
• Programas verticalizados não se tinha um olhar para aquela determinada →
localidade, população, aspectos socioeconômicos presentes vinha a ordem do→
governo para realizar tal coisa e deveria ser seguido. Exemplo: verba para 
tratar malária, mas no local não havia muitos casos de malária e sim de 
outras doenças.
• Oswaldo Cruz: estruturou a campanha contra a febre amarela em moldes 
militares, de forma fragmentada. Dividia a cidade em 10 distritos sanitários, 
cada qual chefiado por um delegado de Saúde.
O FIM DO REGIME MILITAR
-Mobilização social intensa
-Busca pelo direito ao voto e a cidadania busca pela SAÚDE como um DIREITO→
-Revoltas por todo o mundo buscando a saúde como um direito Conferência de →
Alma Ata Saúde para todos no ano 2000 investindo na Atenção Básica e num→ →
modelo que contemplasse todos os problemas de saúde.
-População Brasileira aderiu ao movimento mundial Reforma Sanitária→
NOVA REPÚBLICA (1985-1988)
43 min 10s
-Começa a se perceber uma melhora nas condições da saúde
• Queda da mortalidade infantil e doenças imunopreviníveis 
• Manutenção das doenças da modernidade (aumento das causas externas que 
originam estas doenças)
• Crescimento da AIDS pandemia mundial milhares de pessoas morreram→ →
• Epidemias de dengue começa a se tornar um problema cada vez pior, em →
vários municípios e capitais.
-Antes do SUS
• 1973 morreram 90 crianças a cada 1000 nascidas vivas neste mesmo → →
ano foi criado o programa de imunização importante pois muitas crianças →
morriam de sarampo, caxumba, rubéola, tétano, doenças que podem ser 
prevenidas com a vacinação.
OBS. Mau dos 7 dias principalmente em áreas rurais, cortava-se o cordão →
umbilical com tesouras, facas, enferrujadas infecções e além disso, pessoas →
colocavam componentes que apenas piorava a infecção, exemplo: esterco →
criança pegava tétano e morria.
• Em 1961, ocorreram 60 óbitos por 1000 nascidos vivos, o índice mais baixo 
do século.
• 1972-76 no Brasil: 1.417.500 crianças morreram por causas evitáveis, 
associadas à desnutrição e à falta de saneamento, como difteria, coqueluche, 
sarampo, tétano, poliomielite e doenças diarreicas.
• O total de óbitos era igual à população de Belo Horizonte, a terceira cidade 
do país.
• O índice de Swaroop-Uemura diz que a mortalidade de um país para ser 
considerado desenvolvido, tem que estar com 75% ou mais, da mortalidade, 
concentrada em pessoas maiores de 50 anos.
• Nesta época, o Brasil concentrava 72% das mortes em menores de 50 anos e
dentro deste número, 46,5% eram crianças menores de quatro anos.
• Em comparação, na Suécia, Inglaterra e Estados Unidos, apenas 20% dos 
óbitos ocorriam nas faixas etárias inferiores a 50 anos.
-Começa a haver um apelo por uma Reforma Sanitária no Brasil, para que se tivesse
uma visão ampla, que saúde não é apenas o biológico e sim um conjunto de aspectos
que envolvem o indivíduo.
-Muitas crianças nasciam bem, entretanto, ao serem expostas a um ambiente 
insalubre, adquiriam doenças parasitárias e morriam por falta de saneamento básico.
 DIFUSÃO DA PROPOSTA DA REFORMA SANITÁRIA→
As pessoas lutavam por:
• Conceito ampliado de saúde
• Reconhecimento da saúde como um direito de todos e dever do Estado
• Crianção do Sistema Único de Saúde (SUS)
• Participação popular (controle social) as pessoas não participavam de nada→
• Constituição e ampliação do orçamento social
• Tais preceitos foram a base para um IMPORTANTE MOVIMENTO VIII →
Conferência Nacional de Saúde – 1986 em Brasília, antes da constituinte
VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE – 1986
Pontapé inicial para a formação do SUS
Profissionais de saúde, professores, militantes, estudiosos, se reuniram em Brasília e
realizaram umagrande manifestação, para que toda a ideia da reforma sanitária sai 
se do papel e fosse realmente aplicada Pensar saúde de outra maneira, de acordo→
com a conferência:
“...SAÚDE é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda,
meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da 
terra e o acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das 
formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes 
desigualdades nos níveis de vida…” lema da 8ª Conferência→
-Para fornecer esse tipo de modelo, seria necessário romper com o anterior 
(particular, apenas contribuintes, centrado na doença…)
 SUDS – 1987→
-1ª tentativa da criação de um modelo de saúde mais acessível
-Tudo que era do antigo INAMPS passa agora a Secretaria Estadual de Saúde
-Os investimentos começam a ser direcionado ao setor público e não mais ao 
provado:
• 1980: setor público absorvia apenas 28,7% apenas dos investimentos
• 1987: setor público absorveu 54,1%, aumentando mais seus investimentos
 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (1988)→
“Constituição cidadã”
-Descentralização do foco direcionamento do dinheiro para o setor público → →
equiparação das verbas públicas
-Saúde como direito de todos e dever do Estado
-Ampliação do conceito de saúde
-Cria-se o SUS, por meio da Constituição de 84
 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)→
“O conjunto de ações e serviços de saúde,
prestados por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da administração
direta e indireta e das fundações mantidas pelo
Poder Público” Lei 8.080, artigo 4°→
 ARCABOUÇO JURÍDICO DO SUS LEIS→ →
• Constituição da República 1988
• Lei orgânica da saúde – 8.080/90 SUS →
• Lei Complementar da Saúde – 8.142/90 participação social→
• Normas Operacionais Básicas – NOB
• Normas Operacionais de Assistência à Saúde – NOAS
1988 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ARTIGO 196
“A saúde é direito de TODOS (cidadães) e dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação”.
LEIS ORGÂNICAS DA SAÚDE
 LEI 8.080→
-Aborda sobre a organização e a gestão do SUS
-As competências e atribuições das 3 esferas de governo: Municipal, Estadual e 
Federal precisou ser muito bem definido→
-Funcionamento e participação complementar do setor privado 
• A partir do SUS o setor privado para de ser prioridade e serve como 
complementariedade 
• Quando o governo não tem serviços públicos, ele vai fazer convênios com o 
setor privado
• A prioridade para os convênios será dadá para hospitais filantrópicos 
-Política de recursos humanos 
-Recursos financeiros, planejamento e orçamentos
 LEI 8.142→
-Refere-se a participação do povo no controle social (fiscalização) do SUS
-Aborda sobre as transferências intergovernamentais de recursos de financiamento
• Atualmente, os Municípios recebem os recursos destinados a saúde do governo
Federal, diretamente na conta do município (Fundo Municipal de Saúde) →
para que se chegasse a essa etapa foram muitas mobilizações.
• Não tem mais a intervenção direta do estado o município tem autonomia →
de gestão.
• Na localidade de cada município o órgão Conselho Municipal de Saúde, é quem
fiscaliza esse dinheiro público que vai para o município.
OBS. Quem faz parte dos Conselhos Municipais de Saúde: profissional da saúde 
(25%) + população (50%) + trabalhadores do governo (12,5%) + prestadores de 
serviços (25%).
OBJETIVOS DO SUS Lei 8.080→
• Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde
• Formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico 
e social, o acesso universal e igualitário.
• Assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e 
preventivas.
• O SUS tem a oferecer para a população:
-Vigilância sanitária cuida de tudo aquilo que consumimos (alimentos, →
medicamentos, produtos de beleza, meio ambiente, entre outros)
-Vigilância epidemiológica vacinas, controle de ambientes→
-Cuidar da saúde do trabalhador
-Assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica
• Formulação da política e na execução de ações de saneamento básico
• Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde
• Vigilância nutricional e a orientação alimentar
• Colaboração na proteção do meio ambiente (trabalho)
• Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e 
outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção.
PRINCÍPIOS DO SUS
 Princípios doutrinários (filosofia do SUS) →
Quando o SUS foi criado ele foi idealizado em cima de um tripé:
• Universalidade
-A saúde é para todos, independente de
cor, raça, religião, local de moradia,
situação de emprego ou renda, etc.
-Não existe mais as diferenças entre
contribuintes da previdência e não
contribuintes. Não é exigido nenhum
documento para a prestação de assistência médica.
• Equidade
-O SUS deve tratar desigualmente os
desiguais
-Oferecer mais a quem precisa mais o SUS não pode oferecer o mesmo →
atendimento a todas as pessoas, da mesma maneira e em todos os lugares. 
Se isso ocorrer algumas pessoas vão ter o que NÃO necessitam e outras NÃO
serão atendidas naquilo que necessitam.
-Reduzir disparidades regionais e sociais busca de um maior equilíbrio→
-Em cada população existem grupos que vivem de forma diferente, 
apresentando problemas específicos, com diferentes modos de viver, de 
adoecer e de ter oportunidades de satisfazer suas necessidades de vida.
• Integralidade
-Atendimento a saúde para tudo o que o indivíduo precisa
-”...Conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e 
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis 
de complexidade do sistema…”
-A visão do indivíduo como um todo fazer ações voltadas para a promoção,→
prevenção e recuperação (não apenas o tratamento).
-Necessidade da hierarquização do sistema de saúde
 
 Princípios organizacionais (como o SUS deve funcionar)→
• Regionalização e Hierarquização
-Cada município tem que se organizar para resolver os problemas de saúde da
sua população local.
-Municípios pequenos que não possuem estrutura para atender sua população,
realizam parcerias com municípios vizinhos. Exemplo: Marília atende cerca de 
62 municípios vizinhos da região, principalmente na alta complexidade (não 
possuem hospitais) Pactuado por meio de um documento chamado Plano →
Diretor de Regionalização.
-Os gastos das esferas de governo direcionados para a saúde, devem ser:
Município obrigado a gastar 15% orçamento→
Estado 12% do orçamento→
Federal Valor que investiu no ano anterior + variação anual do PIB→
-Este princípio está ligado aos gestores municipais e estaduais
-Hierarquização em níveis crescentes de complexidade
ESF Ambulatórios Hospitais→ →
-Regulação adequada entre os níveis do sistema (fluxo de referência e contra-
referência)
• Resolutividade 
-Quando o indivíduo buscar por atendimento, ou quando surgir um problema 
de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente deve estar 
capacitado para enfrentar tal prolema e resolvê-lo até o nível de sua 
complexidade.
• Controle social
-A Constituição garante:
Participação da população na formulação e controle da execução das políticas 
de saúde
-Lei 8.142:
Conselhos de Saúde 
Distribuição paritária (que evite diferenças e injustiças)
Conselhos nas esferas Municipal, Estadual e Federal
-Composição dos Conselhos de Saúde
50% formado por usuários (população) feito para o povo participar da →
fiscalização do SUS (decisões que envolvam a questão financeira passam pela 
aprovação dos Conselhos).
25% por trabalhadores de saúde
25% de representação de governo, prestadores de serviços privados 
conveniados, ou sem fins lucrativos.
Conferências de Saúde
São fóruns que discutem sobre saúde e queacontecem de 4 em 4 anos
Acontecem também nas três esferas de governo
São instâncias máximas de deliberação
Definem as prioridades e linhas de ação sobre a saúde
É dever das instituições oferecerem informações e conhecimentos
necessários para que a população se posicione sobre as questões
que dizem respeito à sua saúde.
• Descentralização 
-Municípios e regiões de saúde tem autonomia nas questões de saúde
-Redistribuição das responsabilidades quanto as ações e os serviços de saúde 
entre os vários níveis de governo.
-A Lei 8.080 e as NOBs (principalmente a NOB 96) força para os →
municípios agirem nas questões de saúde e definem precisamente o que é 
obrigação de cada esfera de governo.
• Participação complementar do Setor privado (Art. 199 da Constituição)
-Quando o setor público for insuficiente, os serviços privados devem ser 
contratados
-Preferência aos serviços não lucrativos (hospitais filantrópicos)
-Cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e na sequência, de 
forma complementar a rede assistencial com o setor privado não lucrativo, 
com os mesmos conceitos do SUS de regionalização, hierarquização e 
universalização…”
ESTRUTURA INSTITUCIONAL E DECISÓRIA DO SUS
 Como que ocorre a comunicação entre essas→
organizações?
No nível federal tem-se a Comissão Tripartite, que→
contém representantes dos estados e do governo federal.
No nível estadual tem-se a Comissão Bipartite possui representantes dos → →
municípios e do estado.
Dentro dessas comissões haverá discussões, formulações de normas e tudo tem que 
ser aprovado pelos Conselhos de Saúde.

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