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Conceitos da Idade Média

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Visões da época 
Foi um longo período dividido em uma 
parcela de mil anos história. 
Existem duas visões errôneas bem 
difundidas sobre a Idade Média, oscilando 
excessivamente entre o pessimismo 
renascentista/iluminista e a exaltação 
romântica. 
Visão Clássica: olhar disseminado pelos 
intelectuais do Renascimento e do 
Iluminismo. Foi onde surgiu a nomenclatura 
idade das “trevas”, que faz referência às 
ideias de oposição entre “luz” e “trevas”, 
trazidas pelo Iluminismo. 
Essa é uma visão atrasada a respeito da 
Idade Média, época em que, apesar do forte 
controle religioso exercido pela Igreja 
Católica, o conhecimento existe, circulando 
em grupos fechados, como a maçonaria. 
Visão romântica: inverteu conceitos feito pelos 
renascentistas, de forma que teria sido 
uma época de paixão, exuberância e 
vitalidade. Um período de fé, autoridade, 
tradição e sonhos que teria sido insuperável 
e incrível. 
Esse conceito é amplamente expresso na 
Literatura em obras como Tristão e Isolda, 
O Corcunda de Notre-Dame e nas Artes 
com o estilo arquitetônico neogótico. 
Europa 
Possuía uma população pequena na época e 
estava isolada das rotas comerciais que 
passavam a maioria pelo Mediterrâneo 
Oriental. Havia um amplo afloramento 
comercial e intelectual, essencialmente do 
mulçumano, em que a Matemática e a 
Astronomia estavam superdesenvolvidas. 
Fundamentos 
O período medieval foi dividido em três 
pilares históricos: 
• Herança Romana 
• Herança Germânica 
• Herança do Cristianismo 
Esses três contribuíram para a construção 
da Idade Média. Questões culturais 
romanas, que estavam na Europa deixaram 
a noção de propriedade privada e 
casamento como heranças culturais do 
Cristianismo 
A queda de Roma 
Segundo o medievalista brasileiro Hilário 
Franco Júnior, as invasões germânicas 
significaram a queda de Roma e o início da 
Idade Média. Aqui iremos separar em seis 
as questões primárias que caracterizaram 
esse período na História. 
A ruralização da sociedade 
A sociedade romana teve uma economia 
imperialista, o escravagismo e o belicismo se 
tornaram fortes primárias de rendas, onde 
a mão de obra escravizada passou a ser 
base. 
Esse sistema econômico promoveu um 
grande afluxo de riquezas. Os pequenos 
proprietários rurais foram sufocados sem 
economia com esse tipo de produção. Após 
isso houve uma crise, em que os ricos 
fugiram para os campos, se tornando 
autônomos, tornando essas aglomerações 
os chamados feudos. 
Nessa nova reorganização social, surge o 
Colonato onde as terras do proprietário 
eram divididas em reserva colonial e o lote 
dos camponeses. Os trabalhadores 
recebiam esses lotes em troca de uma 
parcela de que produzissem nas terras. 
Assim os proprietários garantiam a 
produção e o Estado tinha de quem cobrar 
Idade Média 
Conceitos da 
os impostos, que era feito aos colonus, 
pessoas vinculadas à terra. 
O enrijecimento social 
Na Roma Clássica, existia uma relativa 
mobilidade social e se dava na forte relação 
escravagista da cultura do período, uma 
mobilidade clássica do período era um 
escravizado se tornar livre. Porém algumas 
medidas foram tomadas e assim vinculou-
se camponeses à terra no sistema de 
colonato, buscou-se agregar artesãos às 
corporações de ofício: 
• Collegia -> pessoas pertencentes 
eram submetidas igualmente ao 
controle do estado, tanto para 
controle social, quanto para efetuar 
cobrança de impostos. 
Dois grandes blocos sociais surgiram nessa 
crise das relações sociais extinguindo-se a 
classe média: 
• Aristocracia Fundiária -> poderio 
embasado pela burocracia do estado. 
• População dependente -> eram os 
que dependiam socialmente dessas 
designações sociais, obrigando-se a 
encaixar-se para sobreviver. 
As diferenças sociais era tanta que foram 
criadas duas moedas para a sociedade 
romana, uma padrão-ouro para transações 
da elite, e outro padrão-cobre para os mais 
pobres. 
Importante lembrar que as invenções 
germânicas não quebraram essa relação, 
mas a intensificaram entre Aristocracias 
regionalistas mantiveram seu poderio e a 
forte dominação com as posições mais 
importantes tomadas por germânicos, mas 
em essência a base foi a mesma. 
 
Fragmentação do poder central 
A sociedade romana se ruralizou e começou 
a se organizar em pequenas comunidades 
autônomas, essa autossuficiência criou uma 
independência dessas regionalidades em 
relação ao Estado, onde o Império foi 
perdendo seu poder de atuação sobre as 
localidades, cada vez mais distantes e 
difíceis de serem atingidas. 
Uma medida que a longo prazo colaborou 
para que essa distância aumentasse foram 
a atribuição aos senhores do cobrar 
impostos de seus colonus. 
 
Privatização da defesa 
A autossuficiência dos latifúndios criou uma 
independência dessas regionalidades em 
relação ao Estado, a resistência aos 
invasores era complicada, o exército romano 
geralmente estava disperso pelas 
fronteiras, longe dos interiores. 
• Um dos métodos de proteção aos 
invasores na Europa foi se encher de 
fortificações e castelos. 
• Os mais ricos eram aproximados 
pelos líderes regionais para em troca 
de terras, oferecer armamento e 
efetivo para proteção das localidades, 
daí surgiu a cavalaria. 
 
Clerificação 
A sociedade romana em crise tornou-se 
extremamente religiosa, não somente em 
número e de fiéis, mas também em 
número de sacerdotes. O crescimento de 
líderes religiosas em relação ao restante da 
população foi altíssimo. 
Havia muitos padres e com esse grupo 
privilegiado se tornando numeroso, o poder 
da Igreja só aumentou em pleno tempo de 
crise. 
Temos de lembrar que eles eram vistos 
como representantes de Deus na Terra, daí 
a ascensão da Instituição Católica em 
contraste com a queda do Império Romano.

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