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Otohematoma - cirurgia

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OTOHEMATOMA 
 
É quando rompe os vasos da orelha mediante a um trauma, isso ocorre na maioria 
das vezes por conta de o animal já apresentar uma patologia na região e ao 
chacoalhar e coçar a mesma por conta de uma dor/incomodo rompe os vasos da local 
com extravasamento de sangue pelo endotélio. A orelha por não possuir subcutâneo, 
mas sim a cartilagem com a pele aderida a mesma não tem a possibilidade de 
extravasamento de sangue. Sendo assim, esse sangue ficará acumulado/coagulado 
ali. 
Etiologia: ectoparasitas, otites, pólipos (geralmente em uma idade mais senil), 
neoplasia e corpo estranho. 
Apresenta várias técnicas cirúrgicas e o que a gente leva em consideração é raça, 
idade, condição financeira e afins para a escolha do procedimento. 
Raramente vamos ter otohematoma por fragilidade vascular, mas comum será 
quadros em que o animal apresenta otite e balança a cabeça afim de provocar 
sensação de alívio. 
O otohematoma em si não dói, porém incomoda devido ao peso! 
O mais importante de primeiro momento é tratar a causa. Pois, operou o 
otohematoma mas não corrigiu por exemplo a otite, RECIDIVA! Além disso, temos 
que drenar o sangue; deixar a pele perto da cartilagem e prevenir recidivas. 
1ª TÉCNICA: é puncionar com uma agulha 40x12 ou 40x16. Porém, por conta de a 
pele estar solta da cartilagem, ficará um oco ali e essa não vai “grudar” aderir 
novamente sozinha. Por isso, se faz uma bandagem fixando a orelha na cabeça. 
Técnica bonita na teoria pois na prática não funciona tão bem, não é tão fácil, cachorro 
não colabora e acaba que não conseguimos fazer uma bandagem compressiva de 
modo adequado. Além do mais, apresenta outra desvantagem em quadros em que 
há a presença de grandes coágulos que não conseguem ser puncionados pela 
agulha. A vantagem deste procedimento é que se fizermos essa técnica quando 
há a possibilidade de uma boa drenagem e o cachorro colabora não precisa de 
anestesia além de ser um procedimento extremamente rápido. 
Lembrando que se só drenar o sangue, a pele irá retrair ocorrendo a quebra de 
cartilagem e o cachorro irá apresentar dor. 
2ª TÉCNICA: é feita duas incisões paralelas em que por esse corte irá ser feito a 
drenagem do sangue (dreno de Perose) e sobre as linhas paralelas (para segurar o 
dreno) se faz um ponto para assegurar de que o dreno ficará naquele local. Essa 
técnica, se o otohematoma for muito grande ainda apresentará a complicação de 
enrugar, logo também há a necessidade de fixar a orelha esticada na cabeça por 
bandagem. 
3ª TÉCNICA: faz uma incisão em forma de elíptica com superfície côncava no meio 
da orelha, lava bem e novamente faz a bandagem para prender a orelha na cabeça 
(fixada 21 dias). 
4ª TÉCNICA: mais eficaz, logo mais utilizada! Incisão elíptica superfície côncava, 
drena o conteúdo e lava a cavidade. Posteriormente coloca captons paralelos a 
incisão e ao redor dessa. Utiliza se o capton para afim de aumentar a superfície de 
contato da pele com a cartilagem. Os captos estarão em ambas os lados da orelha 
(parte interna e externa do pavilhão auricular). Avisar o dono que vai sangrar e inchar 
bastante, mas que é o esperado – não é para colocar mais frouxo a intenção é 
tracionar mesmo. O capton vai até onde a cartilagem se apresenta descolada da pele. 
A respeito da incisão, nem sempre será no meio da orelha. Essa é feita no centro 
levando em consideração a parte que uma face está descolada da outra, ou seja, no 
meio do otohematoma. *** o sentido dos captons são sempre em sentido aos vasos! 
Se for feito ao contrário, necrosa e cai! Sentido sempre vertical! 
 
OTITE EXTERNA 
 
Inflamação crônica do epitélio do canal auditivo externo. Lembrando que não se faz 
cirurgia em quadros de inflamação aguda. A começar que nesses casos o cachorro 
já apresenta uma predisposição genética para ter otite – orelha enorme, peluda 
pedunculada e abafada. Além disso, o conduto auditivo dos cães é grande, ou seja, 
até no tímpano pelo canal auditivo é longo. Produção de um material 
ceruminoso/sebáceo e presença de dor. 
Etiologia: anatomia do conduto, CE, parasitas, tumores (quando cresce impede a 
ventilação adequada predispondo a otite secundária a um tumor), bactérias, fungos. 
Canal auditivo composto anatomicamente por: bula timpânica - tímpano, canal 
horizontal e canal vertical. 
Tratamento: tem trat. terapêutico em casos de otite aguda. Inclusive, muito importante 
a realização de citologia (cultura e antibiograma) para saber qual medicação receitar 
para tal agente etiológico. Normalmente o tratamento correto é constituído por 30 dias 
de duração e o eficaz é o tópico, porém quando realizado adequadamente. Muitas 
vezes gera tanta dor que temos que receitar analgésico/corticoide para instilar 
primeiro para desinflamar e só posteriormente entrar com a medicação propriamente 
dita. O problema é que em torno de 10 dias o animal apresenta um quadro de melhora 
e muitas vezes o tutor para de pingar a medicação. Consequentemente haverá 
recidiva da comorbidade e o tutor por já “conhecer” o tratamento volta a pingar com a 
quantidade inadequada e chega um ponto que o dono para de se incomodar com o 
animal mexendo/balançando a cabeça entrando em um quadro de OTITE CRÔNICA. 
se temos dúvida se o animal apresenta ou não uma otite crônica (porque as vezes a 
otite não está tão grotesca) aí se faz um raio x. Em que no exame o conduto auditivo 
deveria estar radioluscente e não áreas com radiopacidade. Com essa radiopacidade, 
significa dizer que no local está com processo de calcificação de conduto adutivo. 
Nesse caso nos induz a concluir que há a necessidade de retirar o conduto auditivo. 
Essa cirurgia em classificação de dor, levando em conta que teremos que curetar 
dentro da bula timpânica, ou seja, dor semelhante a uma toracotomia que significa 
muitaaa dor. Sendo assim, não retira ambos simultaneamente, mas sim, um de cada 
vez e trata com um protocolo analgésico pesado. 
TRATAMENTO 
Temos uma ressecção lateral ou ablação de canal e ablação total de canal. Na 
ablação lateral há a retirada apenas de uma área lateral do canal vertical ou a técnica 
de retirada total do canal vertical, e por fim ablação total do canal que retira o canal 
vertical e horizontal do conduto auditivo. Levar em consideração que nessa última 
técnica a audição do animal será prejudicada. 
A ressecção lateral ou ablação do canal vertical e ablação total do canal vertical, não 
afeta diretamente a audição. Ambas são utilizadas quando a terapia medicamentosa 
está difícil, quando o canal vertical está espessado, quando precisamos melhorar a 
instilação e melhorar a ventilação local, ou seja, dá para salvar aquele conduto. O que 
é importante é que nessas o animal ainda terá o canal horizontal e ele pode ter otite 
nessa porção. “Então por que não tirar tudo? Porque vamos deixar o cachorro com a 
audição prejudicada e vale ressaltar que há muitas estruturas relevantes ali.” 
A total é quando há a presença de câncer, doenças irreversíveis de hiperplasia com 
comprometimento das estruturas adjacentes ou quando as outras técnicas não 
obtiveram sucesso – aquela otite que vai e volta. 
 
RESSECÇÃO LATERAL OU TÉCNICA DE ZEPP 
Faz uma incisão em formato de retângulo sobre o canal vertical e retira um pedaço 
de pele jogando fora. Aí o cirurgião vai com uma tesoura cortando onde foi feito a 
incisão paralela e sutura a pele deixando um orifício que é o início do canal horizontal. 
 
Fica mais fácil de instilar a medicação, a gravidade ajudará a secreção descer melhor 
do que quando comparada a altura que antes ali havia e assim melhorando a 
ventilação. 
Vale lembrar que tem que avisar o dono que vai tratar a otite. Vai fazer o curativo 
dessa cirurgia e tratar otite enquanto há o processo de cicatrização. 
• PRIMEIRO CRITÉRIO PARA ESTA TÉCNICA É CONSEGUIR COLOCAR UMA PINÇA DENTRO DA 
ORELHA. 
ABLAÇÃO DO CANAL VERTICALA diferença é que não conseguimos colocar nenhum instrumento cirúrgico (pinça) 
dentro da orelha porque já está tudo espessado. Sem obter sucesso na introdução de 
um otoscopio/pinça com a verificação daquele tecido espessado, a primeira coisa é 
realizar um raio x e ver se está o canal inteiro comprometido. 
 
Faz uma incisão em “T”, FAZENDO A VOLTA NO CONDUTO. Depois divulsiona ao 
redor e quando está chegando próximo do canal horizontal, corta com a tesoura na 
base. O pedaço retangular feito com os pontos é para facilitar o processo de 
cicatrização. Pois se o mesmo fosse ao redor do conduto em formato de círculo por 
meio da retração cicatricial fechar o local do conduto. Se fechar, ainda há uma parte 
do conduto ali, produz cerúmen que ficará retiro além de não ter como fazer o 
tratamento da otite que ali contem. A falha da técnica gera uma fístula e o cachorro 
irá apresentar dor. 
Toda vez que fizermos um procedimento com a palavra “stomia” que é a abertura 
permanente de um órgão a pele não podemos fazer uma incisão circular temos que 
ter um resto de tecido em outro formato geométrico para aquilo não fechar. 
 
TÉCNICA DE ABLAÇÃO TOTAL DO CANAL VERTICAL 
De início é igual a segunda técnica, faz a incisão cutânea em torno do canal, 
divulsionando tudo até chegar à bula timpânica. Tomar cuidado pois o nervo facial 
passa próximo da região que está sendo feita a cirurgia, se romper o animal para de 
piscar e a face “caí”. Lembrando que não é fácil de identificar. Ao chegar na bula 
timpânica, curetar a região, lavar com soro aquecido e fechar com um dreno. O dreno 
serve porque aquele espaço morto é considerável e não há mais um orifício para 
expulsar tal secreção. 
Complicações teremos paralisia do nervo facial que pode ser completa ou também 
pode ocorrer neuropraxia é perda temporária da função. Quanto mais tiver 
movimentação do órgão durante o procedimento mais demora para voltar função de 
tal membro. Demora, mas ela volta só não cortar o nervo facial. Podemos ter infecção 
pós-operatória tardia ou imediata. Em que normalmente imediata é o dono que não 
cuidou adequadamente e a tardia culpa do veterinário que deixou um pedaço de 
tecido infectado. Se curetarmos fortemente dentro da bula timpânica em direção ao 
ouvido médio o cachorro terá sinal clínico do sistema vestibular (esses estão 
intimamente ligados – cachorro após cirurgia começa a tombar, cabeça pendente). 
Se ocorrer essa síndrome, nistagmo, rolamento (...) precisa internar o cachorro e 
aguardar até que regride.

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