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14-Afecções clínico-cirúrgicas da coluna vertebral (13 06 2023)

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Afecções clínico-cirúrgicas da coluna vertebral 
Como avaliar um animal com 
problema neurológico? 
História clínica 
Sinais relatados pelo tutor, evolução, 
vacinação, sinais sistêmicos 
Resenha 
Idade, raça e sexo 
Exame físico 
Exame neurológico 
Status mental: normal, deprimido, 
estupor, comatoso 
Teste dos nervos cranianos 
Reações posturais: cabeça, coluna 
toracolombar, cauda 
Reflexos espinhais: localiza na medula 
espinhal o local onde está a lesão 
Propriocepção 
Percepção sensorial 
Quais os objetivos do bom exame 
neurológico? 
Primeiramente para descobrir se 
realmente é uma disfunção neurológica, 
porque é muito comum confundir, por 
exemplo, uma claudicação com ataxia, 
isto é, confundir doença ortopédica com 
neurológica. 
Além disso, é importante também para 
localizar (encéfalo, medula ou nervos 
periféricos), descobrir a severidade e a 
causa da lesão. 
 
 
Exame neurológico 
Observar a atitude do animal, isto é, se 
está alerta, comatoso ou prostrado e se 
responde aos estímulos externos. 
Observar a postura, se fica somente em 
estação, tem tônus em algum membro, 
tem quadro de tetraparesia ou 
tetraplegia. 
Observar a deambulação 
(incoordenação, ataxia, paresia e 
paralisia/plegia) 
Reflexos espinhais 
Devem ser testados para localizar a 
lesão, sendo relacionado ao sistema 
arco-reflexo. É realizado através de bater 
o martelo no nervo testando a 
integridade do sistema arco-reflexo. 
Quais reflexos espinhais a serem 
testados? 
Membro torácico: bicipital, tricipital, 
extensor carpo-radial 
Membro pélvico: patelar, tibial-cranial, 
gastrocnêmio, isquiático superior 
Exame neurológico 
Avaliação da sensibilidade 
Teste do panículo: o panículo sai do 
segmento C8-T1 
Dor superficial 
Dor profunda 
Prognóstico 
Prognóstico favorável: tem os dois tipos 
de dores 
Prognóstico reservado: tem o profundo 
e não tem superficial, isto é, porção 
central da medula preservada tendo 
chances do animal poder voltar a andar 
Prognóstico desfavorável: lesão grave na 
medula quando perdeu a dor profunda, 
geralmente tem ruptura ou 
esmagamento da medula 
Segmentos medulares testados 
Nervos periféricos que possuem função 
motora nos membros, sendo os 
cervicais (C6-T2) e lombo-sacrais (L4-S1) 
Vamos localizar a lesão? 
Para localizar a lesão, primeiramente é 
necessário saber os seguintes conceitos: 
Neurônio motor superior 
Seu corpo celular está no SNC e o seu 
axônio não sai do SNC, tem a capacidade 
de modular a atividade do neurônio 
motor inferior, agindo como um freio. 
Neurônio motor inferior (nervo 
periférico) 
Seu corpo celular está no SNC (localizado 
na substância cinzenta lombo-sacra) e 
seu axônio sai do SNC e vai inervar o 
órgão efetor. 
Lesão em região cervical 
Causada por doenças que levam a 
compressão medular, como luxação, 
fratura e subluxação. Raças pequenas 
são muito acometidas pela subluxação 
atlantoaxial (alteração na conformação 
do atlas e do axis, então o animal já nasce 
com essa deformidade). Enquanto raças 
grandes são muito acometidas pela 
espongilomielopatiacervicalcaudal 
(Síndrome de Wobbler). 
Em caso de lesão na região cervical afeta 
o neurônio motor superior que não 
consegue atingir os membros, logo, o 
animal possui paralisia nos 4 membros. 
Reflexo: hiperreflexia nos dois, uma vez 
que o neurônio motor superior é quem 
modula o inferior, como não tem essa 
influência inibitória ele tem um reflexo 
mais exagerado que o normal 
Tônus: tônus espástico nos dois 
membros. 
Lesão em região cérvico-torácica 
Quando há lesão nessa região, a 
informação não passa para os dois 
membros devido ao bloqueio no 
neurônio motor superior, assim o animal 
possui paralisia dos 4 membros. 
Reflexo: não tem reflexo no membro 
torácico e membro pélvico com 
hiperreflexia 
Tônus: membro torácico está com tônus 
muscular flácido e membro pélvico está 
espástico. 
Lesão no seguimento toracolombar 
É recorrente ocorrer doença do disco 
intervertebral nesse seguimento 
causando essa lesão. O animal possui 
movimentação do membro torácico e 
não do membro pélvico. 
Reflexo: membro pélvico com 
hiperreflexia 
Tônus: membro pélvico espástico 
Lesão em região lombar 
A afecção mais comum dessa região é a 
Síndrome da Cauda Equina. O paciente 
não movimenta o membro pélvico, 
somente o torácico. 
Reflexo: hipotonicidade muscular 
(reflexo reduzido) 
Tônus: flácido 
Neoplasias 
Neoplasias ósseas ou neoplasias do SNC 
podem acometer qualquer porção da 
coluna vertebral. 
Síndrome de Wobbler 
Etiologia (desconhecida) 
Genética 
Congênita 
Taxa de crescimento elevada 
Nutricional, é comum por erro de tutores 
querendo que esses animais cheguem 
em seu potencial de peso e tamanho, 
portanto fazem suplementação de cálcio 
e proteína 
Incidência 
Acomete raças de grande porte devido a 
taxa de crescimento ser muito alta. 
Quais raças? 
Herança genética nos Borozis e Basset 
Hound, sendo um gene autossômico 
dominante relacionado a essas 
alterações na região cervical que levem a 
compressão medular 
Dog alemão e Doberman é muito 
frequente serem acometidos devido a 
dieta rica em proteína, cálcio e calorias 
Patogenia 
Estenose do canal vertebral devido a 
uma má formação ou hérnia de disco 
Compressões ósseas devido a 
anormalidades, principalmente em Dog 
alemão que se manifesta aos 3 anos 
Herniações do DIV: em cães da raça 
Doberman acomete a região cervical-
caudal (C5-C6) entre 6-8 anos, podendo 
gerar uma angulação anormal dos 
processos articulares gerando forças 
rotacionais no anulo fibroso (torsão) e 
degeneração e herniação do DIV. 
Hipertrofia do ligamento amarelo na 
região dorsal 
Três fatores podem gerar o quadro de 
mielopatia: compressão (causada pela 
estenose do canal medular, hipertrofia 
do ligamento amarelo na porção dorsal, 
hérnia de disco e compressão óssea), 
isquemia (é secundário a compressão 
medular) e estiramento medular 
Sinais clínicos 
Lesão dinâmica na medula espinhal 
No início é uma dor cervical e/ou 
hiperestesia cervical 
Animal adota postura de extensão ou 
flexão do pescoço dependendo da 
compressão para conseguir conforto 
Atrofia do musculo supra-espinhoso 
Abdução dos cotovelos 
Ataxia proprioceptiva 
Pseudo-hipermetria: não é hipermetria, 
mas parece com uma 
Alterações das reações posturais 
Assimetria dos sinais 
Bamboleio 
Base ampla 
Tetraparesia/plegia 
Diagnóstico 
Anamnese 
Adulto, raças grandes e gigantes 
Sinais clínicos 
RX simples 
Mielografia 
Mielografia associada a tomografia 
computadorizada 
Mielografia associada a ressonância 
magnética 
Outros exames 
Análise de licor: apenas em suspeita de 
doença infecciosa 
Eletroneuromiografia 
Diagnóstico diferencial 
DIV, discoespondilite, neoplasias, 
traumas, meningites, osteomielite 
cervical, cistos espinhais sinoviais e 
subaracnóides, tromboembolismo 
fibrocartilaginoso, polineuropatias e 
polimiopatias 
Tratamento 
Inicia-se conservativo, mas em algum 
momento se torna cirúrgico. 
Conservativo com corticoterapia 
Prednisona (BID ou SID – 2-3 semanas) 
Dexametasona (SID – 2-3 dias) 
Protetores de mucosa (omeprazol SID e 
famotidina SID/BID) 
Pode associar AINEs, como meloxicam, + 
benzodiazepínicos, como o diazepam 
(potente relaxante muscular da região do 
pescoço) 
Cirúrgico 
Descompressão ventral (slot ventral – 
retirada do corpo vertebral) e 
descompressão dorsal (laminectomia 
dorsal) 
PMMA: em casos de instabilidade 
articular, é a utilização da fixação de 
parafusos

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