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Otohematoma ● Acúmulo de líquido sanguíneo entre a cartilagem e o tecido subcutâneo ● Acomete a maioria dos animais com orelhas pendulares ● Lesão física mais comum na região auricular ● Pode ser total ou parcial Etiologia ● Secundário ● Ramos da artéria auricular ● Resultado do auto-trauma na orelha ● Movimentos sinusóides a fratura da cartilagem Objetivos terapêuticos ● Identificação ● Drenagem ● Manutenção da aposição tecidual ● Redução da deposição de fibrina ● Evitar que haja recidiva Diagnóstico ● Sinais predisponentes ● Anamnese ● Exame físico → A princípio, os hematomas parecem ser preenchidos por líquido, moles e flutuantes, mas podem se tornar firmes e espessos devido à fibrose. O ouvido pode ficar com aparência de “couve-flor”, com aspecto enrugado. ● Exames complementares → Radiografia craniana (otite) Tratamento conservador ● Aspiração com agulhas assépticas → Se tiver coágulo não faz Este procedimento é a técnica mais simples de correção de um otohematoma. Este método tem como objetivo a eliminação do otohematoma através da aspiração do seu conteúdo com uma agulha acoplada a uma seringa. Deve ser realizado apenas em hematomas com consistência fluida (casos agudos) e preferencialmente, nos localizados na extremidade distal da orelha este método só resulta se for efectuado até um dia depois da formação do hematoma e Harvey et al. (2005) afirmam que só deve ser seleccionado se a apresentação não tiver mais do que sete dias. Este é o procedimento mais rápido para resolução do otohematoma e permite alcançar bons resultados estéticos. No entanto, é também aquele em que se verifica o maior número de recorrências, particularmente, se for feita uma única aspiração. A grande vantagem deste método está na possibilidade da sua execução sem recurso a anestesia geral, se for crônico esse método não é eficaz ● Cortisona Podem ser usados, na lesão, corticosteróides de curta ação, como a dexametasona, administrados diariamente ou de longa ação, como o acetato de metilprednisolona, administrados semanalmente até se resolver o otohematoma. Os animais tratados com dexametasona, normalmente, resolvem o problema em 3 a 6 dias. Os que recebem tratamento com acetato de metilprednisolona podem necessitar de uma segunda ou mesmo terceira injecção, mas a maior parte dos casos resolvem com uma única injecção. Tratamento cirúrgico ● Os objetivos da cirurgia são a remoção do hematoma, a prevenção de recidivas e a manutenção da aparência natural da orelha. ● hematomas com pouca fibrina ● Cânulas de teta auto fixante descartável ou dreno com ajuda da pinça hemostatica mosquito ● Proximidade da orelha ● Suturar o dreno ● Durante 2 a 3 semanas ● Hematomas grandes e cronico → Cirúrgicos ● Anestesia → Inalatória, TIVA ou dissociativa ● Os pacientes geralmente são colocados em decúbito lateral para reparo do otohematoma e da laceração. ● Incisões → Reta, cruzada, semi-circular ou em S ● Na porção côncava da orelha, expondo o conteúdo e removendo-o ● Realizar desbridamento ● Limpar a cavidade com soro fisiológico ● Sutura vertical, número amplo de pontos (evitar acúmulo de líquidos) Material ● Não filamentares ● Não absorvíveis (polipropileno fio de primeira escolha, em segundo lugar vem o náilon) ● Absorvíveis ● Equipo (segmentos) ● Cânula plástica Pos-operatorio ● Antibiótico ● Antiinflamatório ● Ataduras: Trocas 3 em 3 dias ● Suturas: retirar com 7 a 10 dias ● Uma bandagem pode ser usada para proteger o ouvido de contaminação e traumas auto infligidos após o reparo do hematoma Prognóstico Os Otohematomas raramente recidivaram se tratado de forma adequada o mesmo para as otopatias subjacentes. Cirurgia da cavidade oral Método ideal 1. Atraumático 2. Economicamente viável Princípios básicos ● Alinhamento oclusal ● Estabilidade adequada ● Ausência danos em tecidos moles e duros ● Preservação da dentição ● Retorno imediato a função e mastigação O conhecimento anatômico e essencial ● Localização ● Número de raízes ● Suprimento nervoso e sanguíneo Importante! 1. Lesão sobre o órgão dental ( C. dentino pulpar) 2. Dente luxado → Retido (vista funcional) e Salvo (ancoragem) 3. Doenças periodontais → Raspado e não curretar cemento e alvéolo para não dificultar a cicatrização Diagnóstico ● Histórico, sinais clínicos e radiográficos Prognóstico ● Bom → Consolidação, tratamento de canal ou extração (depois de consolidar o osso) Meios invasivos ● Parafusos ● Cerclagem ou hemi-cerclagem óssea ● Transfixação externa percutânea ● Pino intramedular ● Placas e parafusos ● Fixadores externos ● Implantes biológicos (enxertia óssea) Meios não-invasivos ● Amarria interdental ● Bloqueio maxilo-mandibular com funil esparadrapado ● Combinação de métodos Métodos mais utilizados ● Resina acrílica ● Hemicerclagem óssea ● Funil esparadrapado ou focinheira Técnica da Resina Acrílica Preparação ● Método de saturação → Monômero e polímero ● Recolhida do recipiente no início da fase plástica da reação → Dentes e gengivas ● Condicionamento ácido no esmalte → Preferível e não essencial Técnica ● As áreas de retenção anatômica devem ser preenchidas com resina por meio de pressão ● Final da fase plástica de polimerização a boca do animal deve ser fechada passivamente, remover a sonda da boca e realizar intubação por faringostomia ● Deve-se utilizar algodão umedecido em água ● Tempo de polimerização total de 8 min, fase de manipulação inicia-se no 3 min Funil esparadrapado ● Fraturas minimamente deslocadas ou severamente fragmentares ● Hemimandíbula intacta ● Permitir um espaço para a ingestão de água e alimento ● Paliativo ● Intolerância, queimaduras pelo esparadrapo e recuperação prolongada ● Auxilia na imobilização óssea ● Nao indicada em dentes em oclusão ● Pode causar traumatismo dental, ulceração em tecidos moles e dor Pos- operatorio ● Acúmulo de alimentos ● Acúmulo de saliva ● Intolerância do paciente ● Cura prolongada ● Trocado a cada 10 dias ● Colar protetor ● Substituir funil/focinheira justa (1x) O pós-operatório depende do procedimento realizado podendo ser instituída dieta amolecida, cuidado com os ferimentos, tratamentos diários, visitas de acompanhamento a cada 3 dias, confirmação radiográfica da cura e remoção do implante. Fraturas na sínfise mandibular Técnica → Cerclagem em alca ● Introduz-se fio de aço imediatamente caudal aos dentes caninos, trazendo para o lado oposto ● Opõem-se as mandíbulas (oclusão apropriada) ● Aperta e corta a cerclagem ● Remove o fio de aço com 4 a 6 semanas → Amarria dental ● Passagem de fio inter-dental, junto ao colo dental ● Pode-se fixar com resina acrílica ● Retirada após consolidação (4 a 8 semanas) Fraturas do corpo mandibular ● Cerclagem com fios de aço ● Hemicerclagem com fios de aço ● Pinos intramedulares ● Placas ósseas ● Talas acrílicas ● Fixadores externos ● Placas e parafusos ● Focinheira de esparadrapo Pinos intramedulares ● Difícil fixação nos gatos por conta da natureza curva das hemimandibular ● Traumas no nervo alveolar, artérias e veias ● Pode resultar em má oclusão Fixadores externos ● Podem ser utilizados para estabilizar fraturas do corpo mandibular quando há osso suficiente para alojar os pinos. Estes são inseridos de maneira percutânea através do corpo, evitando as raízes dentárias. ● Tipos → Tala de Kirschner-Ehmer, pinos de steinmann múltiplos, sobre os quais se moldam o acrílico ● Aplicação → Fraturas severas fragmentares, fraturas expostas ou lesões a projéteis ● Deve-se evitar → Artéria alveolar, mandibular e as raízes dos dentes Fixadores de acrílico ● O acrílico dental é utilizado para substituir grampos e barras conectoras e serve como método versátil de fixação para fraturas de mandíbula, especialmente as severamente cominutivas. Sistema Nasolacrimal Considerações gerais ● Congênita ● Anomalia comumenteassociada a defeitos letais ● Nao oclusão apropriada da fissura facial Sinais clínicos → Epífora Diagnóstico → Anamnese e exames físicos Tratamento cirúrgico → Comunicação saco nasolacrimal e a cavidade nasal Pré-operatório → Corticoide e exames pós operatórios Pos-operatorio → Antibioticoterapia, antiinflamatorios e analgesicos -Pode levar a perfuração de córnea Cirurgias extraoculares - Blefaropatias Morfologia ● Pele e músculo orbicular do olho ● Tarso e conjuntiva palpebral ● Cães → Cílios na pálpebra superior ● Gatos → Nao tem cílios verdadeiros ● O animal tem que abrir os olhos com 15 dias de vida ● Glândulas → Tarsais (lacrimais), de zeis (sebáceas associadas com cílios), moll e de krause e wolfring (lacrimais acessórias) Defeito congênito Coloboma palpebral ● E o desenvolvimento incompleto da margem palpebral, geralmente da parte tarsal, causa exposição da córnea e conjuntiva causando ressecamento lacrimal ● Origem hereditária ● Anamnese e exame físico ● Sinais clínicos: Dor, conjuntivite, ceratite e outras afecções congênitas Tratamento ● Defeitos menores que ⅓ → Remoção cirúrgica seguida de suturas das bordas ● Defeitos maiores → Deslizamento de pele e enxertos pediculados ● Técnica de robert consiste basicamente em desenvolver um pedículo de pele e transferi-lo para a região que não foi formada completamente. Anquiloblefaro (o�almia neonatal) ● Refere-se a união entre as margens palpebrais superior e inferior ● Considera-se de 10 a 14 dias o tempo normal de abertura de pálpebra em cães e gatos ● Pode acarretar infecções no saco conjuntival, pode ser decorrente de infecções intra-uterinas, pálpebras edemaciadas e material purulento saindo pelo canto nasal ● Tratamento → Abertura das pálpebras por pressão digital ou tesoura, Colírio ou pomada antibióticos (gentamicina ou tobramicina), limpeza com cloreto de sódio várias vezes ao dia. Dermoide Desenvolvimento anormal ou ectópico de tecido cutâneo contendo todos os elementos da pele, inclusive pelos podendo desenvolver na córnea, conjuntiva, palpebral e várias outras do corpo Tratamento ● Remoção cirúrgica com suturas diretas ● Defeitos maiores → Deslizamento de pele, enxertos tarsoconjuntival, enxertos cutâneas pediculados e na córnea remoção e recobrimento Defeitos de desenvolvimento Blefarofimose ● Fissura palpebral estreita ● Chow-Chow, pinscher ● Sem significância clínica → Predispõem a entropio e irritação ocular ● Tratamento → Aumento fissura palpebral, cantotomia e cantoplastia lateral Euribléfaro ● Fissura palpebral excessivamente longa ● Em braquiocefálico causa exo�almia ● Olho de diamante pode ter entrópio combinado com ectrópio Tratamento ● Lágrimas artificiais ● Estreitamento da fissura ● Cantoplastia lateral → Ressecção de um fragmento de pele do canto nasal incluindo parte da pálpebra, após a ressecção da pele, as pálpebras são unidas com um ponto de sutura. O tecido subcutâneo foi suturado com fio vicryl 3-0. Completa-se a dermorrafia com fio mononylon 3-0 Entrópio Inversão da pálpebra e de sua margem que provoca a irritação da córnea e da conjuntiva, através da ação dos cílios e dos pêlos das pálpebras nessas estruturas. ● Anatômico → Quando a origem é hereditária como nos gatos persas Tratamento: ● Ressecção músculo cutânea (téc. Hotz-Celsus modificada) ● Incisão inicial a 2-3 mm do tarso palpebral ● Promover leve hipocorreção (contração cicatricial) ● Secção da pele e músculo orbicular do olho ● Sutura deve ser iniciada no centro da ferida ● Fio 3-0 ou 4-0 ● Pomada antibiótica t.i.d./ 7d (Epitezan® ou Regenon®). ● Colar protetor ● Espastico → Relacionados a processos dolorosos (úlceras de córnea), estimulam reflexos palpebrais, pode ser diagnosticado com reversão, através de uso de colírio anestésico. Basta tratar a causa ● Cicatricial → Sequela de eno�almo, cicatrizes conjuntiva ou pálpebras. Podem causar dor, lacrimejamento, fotofobia e blefaroespasmos. Técnica de pregueamento cutâneo ● Cães ainda não atingiram a maturidade facial ● Suturas em padrão wolff ou interrompida simples ● Com ou sem captons ● Fio náilon monofilamentar ● Iniciando 2-3 mm da margem palpebral ● Refazer a sutura a cada 30 ou 45 dias ● Até decidir pelo definitivo Ectrópio ● Eversão da pálpebra inferior e de sua margem e que expõe as superfícies da córnea e da conjuntiva. ● Pode ser congênita, fisiológica, paralítica, cicatricial ou iatrogênica Técnica de Kuhnt (V plastia): ● Remoção de um triângulo de pele lateral ou medial a área afetada em espessura total ● A base do triângulo ficará voltada para o tarso palpebral ● Sutura-se a conjuntiva com poliglactina 910 5-0 ● Sutura a pele com fio seda ou mononáilon 4-0 Defeitos dos cílios Distiquíase ● Presença de cílios que emergem das aberturas dos ductos das glândulas de Meibômio. ● Cocker spaniel, bulldog, pequinês, sheepdog, poodles miniaturas e toy ● Tratamento só quando ocorre: lacrimejamento, blefaroespasmos, conjuntivite e ceratites Cílios ectópicos ● Presença de um ou mais cílios emergindo através da conjuntiva palpebral e atritando diretamente a córnea ● Remoção cirúrgica dos folículos com cílios através da conjuntiva palpebral Triquíase ● Cílios, pêlos das pálpebras ou da região adjacente, localizados emergindo em posição normal, estão desviados em direção à córnea e conjuntiva ● Técnica de stades Mucoceles Salivares É uma coleção de saliva secretada por uma glândula ou ducto salivar lesionado que é envolvida por tecido de granulação. Temos a glândula mandibular, parótida, sublingual, zigomática e molar (presente nos gatos). Acometimentos ● Mucocele cervical → é uma coleção de saliva nas estruturas mais profundas do espaço intermandibular, no ângulo da mandíbula ou na região cervical superior ● Mucocele parotídea ● Mucocele zigomática → ● Mucocele faríngea ● Mucocele sublingual (rânula) → O tratamento e uma marsupialização que é o processo de incisão de uma mucocele e sutura de suas bordas a mucosa. O interior da mucocele supura e gradualmente se fecha por granulação. Diagnóstico ● É baseado no histórico, sinais clínicos, achados patológicos e na sialografias Sinais clínicos ● Mucocele cervical ou mandibular → Massa indolor, flutuante e desenvolvimento gradual ● Mucocele sublingual → Apreensão anormal e sangramento oral ● Mucocele faríngea → Desconforto respiratório agudo e disfagia ● Mucocele zigomática → Inchaço periorbitário, exo�almia e estrabismo divergente Achados no exame físico ● A maioria é mole, flutuante e indolor ● Tumores e abcessos são firmes ● Quando ocorre na linha média o diagnóstico é difícil, deve-se colocar o animal em decúbito dorsal e só dá pra apalpar em alguns casos ● Pode-se colocar uma gota de atropina na língua para estimular a salivação. Diagnóstico diferencial ● Sialodenite, sialodenite, neoplasia salivar, sialolito entre outros Tratamento ● Clínico → Pode-se fazer a drenagem, aplicação de injeção com agentes cicatrizantes e antiinflamatórios, pode causar abscesso e fibrose ● Cirúrgico → se faz a drenagem e excisão completa da glândula Pré-operatório ● Mucocele faríngea → Intubação faz-se uma traqueostomia temporária ● Antibioticoterapia → Cefazolina, amoxicilina ou metronidazol ● Anestesia → Mpa, indução e manutenção com isoflurano Posicionamento ● Decúbito lateral → Cervical, parótida e zigomática ● Ventral → Faríngea e rânula Técnica cirúrgica • Exérese gl. Mandibular, ducto e sublingual juntas • Tampão (almofada) sob o pescoço • Localizar gl. salivar mandibular e sublingual • Entre veias linguofacial e maxilar • Incisão de pele, subcutâneo, m. platisma • Expor cápsula fibrosa da gl. mandibular • Evitar: • Ramo do 2º.n. cervical (atravessa a cápsula) • Dissecar a partir da gl. mandibular e sublingual monostomática • Ligadura Artéria e Veia • Na face dorso-medial da glândula • Continuar dissecarseguindo ducto mandibular e submandibular e asgl. sublinguais polistomáticas em direção rostral • Incidir mm. masseter e digástrico • Expor glândula-ducto-glândula • Tração caudal (gl.- ducto - gl.) • Identificar e preservar • ramo lingual do n. trigêmeo • Preservar n.n. lingual e hipoglossal • Identificar o defeito, quando possível • Ligar e transeccionar (mais caudal) • Complexo gl. Mandibular – ducto - gl. sublingual • O mais caudalmente ao n. lingual • Lavar o local cirúrgico sol. salina isotônica • Aproximar músculos • Reduzir espaço morto anatômico • Colocar dreno de Penrose (permanece 3-5 dias) • Suturar subcutâneo e pele • Colocar atadura de proteção protegendo o dreno Rânulas • Drenar • Excisão elíptica completa da parede • Suturar tec.de granulação que reveste a mucosa sublingual » Estimular a drenagem Faríngea • Drenar • Aspiração ou marsupialização • Excisar tec. faríngeo em excesso » Para liberar vias aéreas, após drenagem O fio da sutura pode estimular a produção de saliva. .
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