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PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Depressão - Fortunato EPIDEMIOLOGIA E PREVALÊNCIA • 17% da população • Em média 15% dos TDM cometem o suicídio • Geralmente pacientes com depressão também apresentam ansiedade • Maior incidência em faixas etárias: o Dos 20-40 anos: pico da intensidade dos sintomas aos 27 anos o Também comum na infância (não buscam ajuda espontaneamente) e adolescência (14%) • Puerpério e climatério: mulher produz serotonina 2x menos • 2x mais comum em mulheres: hormônios, abuso; em média 2 mulheres : 1 homem • Elevado índice de suicídio nas camadas com maior renda • Doença que mais gera afastamento do trabalho pelo INSS → ATESTADOS! • Aspecto crônico: o 50-60% com TDM terão um 2º episódio (indicação de tratar por até mais 2 anos) o 70% dos pacientes com 2º episódio terão 3º episódio o 90% dos pacientes com 3º episódio terão 4º • Quanto mais tempo demora para tratar, mais complicado o caso; quanto mais os pacientes conseguirem desempenhar as “tarefas” (mudanças de hábitos e estilo de vida), melhor o prognóstico • Idosos com sintomas demenciais podem ser tratados com antidepressivos (principal fator de risco para demência é depressão não tratada ou subtratada) • Mais comum em solteiros do que em casados • Mais comum em divorciados do que entre os que não foram casados ainda • Traumas, negligências na infância, falta de afeto parental • Óbito de familiares (mãe que enterra o filho) • Humilhação na adolescência (bullying) e vida adulta • Parentes de indivíduos com depressão • Doenças crônicas incapacitantes, amputações – deficiência física o Exposição prolongada a corticoides o Anemia, hipotireoidismo, insuficiência adrenal, ostomizados o Hospitalização prolongada o Neoplasia com prognóstico ruim • Cometimento de erros graves em trabalhos → exposição pública • Acúmulo de dívidas: perda de patrimônio, mudança rápida e decrescente de poder monetário • Desnutrição (principalmente na infância) • Dependência química → paciente = refém! Sentimento de impotência o Álcool: euforizante no início, depressor em sequência • Dor física prolongada → paciente = refém • Ansiedade e insônia → desgaste → paciente = refém • Lembrando: depressão é transtorno do eixo 1 • Conjunta a transtornos de personalidade (eixo 2) o Personalidade histriônica; personalidade borderline o Personalidade obsessiva o Personalidade depressiva (não é frequente com personalidade antissocial) • Sintomas podem ocorrer no transtorno bipolar (depressão unipolar é o TDM) o Depressão bipolar: CID -10: F31.4 • Correlação com anorexia, bulimia, vigorexia • Podem ocorrer sintomas depressivos em síndromes psicóticas; ex: esquizofrênico que perdeu capacidade de trabalho • Retardo mental pode ter sintomas depressivos o Sentimento de exclusão e impotência o Baixo repertório mental (menor capacidade de abstrair, solucionar, escapar de situações estressoras) • TDAH → frustração pelo déficit de performance e atraso PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros OBS: o hábito de leitura consistente tem correlação com aprendizado, ou seja, formação de novas associações neurais, consequentemente, há aumento do repertório para resposta a fatores estressores ambientais. TEORIAS PSICANALÍTICAS ID • Instância do inconsciente movida ao prazer • Expressão espontânea, amoral, instintiva, nato Superego: • Parte do aparelho mental ligada à vigilância • Sensor do que é incorreto à norma cultura • contrário ao ID – limitador dos desejos prazerosos (um superego muito exacerbado/punitivo pode estar relacionado com a resistência da depressão) • Pode haver expressão consciente e inconsciente • Pode ser formada por uma criação muito coercitiva, a criança introjeta na própria personalidade esse traço Ego: • Parte do aparelho mental • Consciente e regulador entre ID e superego • Equilíbrio do aparelho mental • Regido pelo princípio de realidade • Mantém a sanidade da personalidade Critérios diagnósticos do transtorno depressivo maior (DSM; CID 11) A. 5 ou + dos sintomas seguintes presentes por, pelo menos, duas semanas, e que representem mudanças no funcionamento prévio do indivíduo; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer (anedonia) 1. Humor deprimido na maioria dos dias, quase todos os dias ou observação feita por terceiros. Nota: em crianças e adolescentes pode ser humor irritável. 2. Acentuada diminuição do prazer ou interesse em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia e que antes eram prazerosas (ANEDONIA!). 3. Perda ou ganho de peso acentuado sem estar em dieta (p.ex.: mais de 5% do peso corporal em um mês) ou aumento ou diminuição do apetite quase todos os dias Nota: em crianças, considerar incapacidade de apresentar ganhos de peso esperados. 4. Insônia (típica) ou hipersonia (atípica) quase todos os dias. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todo os dias. 6. Fadiga e perda de energia quase todos os dias 7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante) quase todos os dias. 8. Intensa desatenção, falta de concentração e indecisão - a melhora desse quadro não necessariamente envolve medicação específica 9. Pensamento de morte recorrente, ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentaiva de suicídio ou plano específico de cometer suicídio. B. Sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social. C. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga) ou outra condição médica. • Humor eufórico • Gastos supérfluos • Taquipsiquismo • Baixa necessidade de sono • Piora do quadro ou virada maníaca com antidepressivos • Passou por vários tratamentos antidepressivos sem qualquer melhora • Períodos de normalidade mesmo sem tratamento • Procura o tratamento somente na fase depressiva • Forte relação com histórico familiar • Paciente hiper sexualizado (pode apelar para pornografia, prostituição, exposição pública, masturbação pública etc. – sinais de psicose!) • Agressividade • Bipolar disfórico e os vários tipos de transtorno bipolar • Difícil diagnóstico – confundo com transtorno de personalidade histriônica e borderline PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Depressivos e ansiosos também ciclam! Apresentam fases de melhora e piora clínica na história natural da doença e mesmo durante o tratamento. São pacientes vulneráveis a vícios pela busca de liberação da dopamina – drogas, sexo etc. o principal neurotransmissor envolvido no tratamento da depressão, contudo, é a serotonina. ATENÇÃO • Diminuída ou hipervigil se ansiedade comórbida • Diminuição da capacidade de concentração SENSOPERCEPÇÃO • Aumentada quanto a fatores estressores • Maior sensibilidade à dor, frio • Irritabilidade ao calor, ruídos, odores • Diminuição do prazer gustativo (depressão típica) • Compulsão alimentar (depressão atípica) • Diminuição do prazer sexual (atenção! libido elevada fala contra depressão, exceto em casos psicóticos) • Alucinações no nível psicótico MEMÓRIA • Hipermnésia traumática, ruminações mentais (diários são importante ferramenta de validação de boas memórias, além de abstração de fatores estressores) • Distanciamento dos momentos prazerosos • Pseudo-demência dos idosos INTELIGÊNCIA: diminuição na produtividade geral; redução da capacidade de abstração AFETO E HUMOR: depressivo PENSAMENTO: • Curso lento, conteúdo empobrecido • Ideias supervalorizadas de ruína, pessimismo • Aspecto delirante na depressão psicótica • Diminuição da capacidade de tomar decisões LINGUAGEM: bradilalia; perseveração em situações ruins CONDUTA • Lentificação motora • Agitação nos quadros de ansiedadeou psicóticos, comórbidos (catatonia na depressão melancólica (baixa noradrenalina) ANEDONIA: diminuição da capacidade de experimentar prazer; perda de interesse INFLUÊNCIA SAZONAL: agravamento matinal da depressão: piora dos sintomas depressivos em meses de inverno; piora em meses com menos luz solar INSÔNIA: • Depressão típica → em todos os períodos do sono (terminal é mais comum) • Depressão atípica: hiper sonolência OUTROS: • Percepção lentificada da passagem do tempo • Fadiga importante, mesmo com esforço mínimo • Falta de prospecção – iniciativa para atividades futuras LEVE, MODERADO, MAIOR (com ou sem sintomas psicóticos) MELANCÓLICA: muito grave, ideação suicida, psicose, internação, catatonia, refratariedade a muitos tratamentos (eletroconvulsoterapia) DISTIMIA: quadro leve, por pelo menos 2 anos, não incapacitante; depressão maior pós dsitimia → depressão dupla ATÍPICA: intenso apetite e sonolência (geralmente associado à ansiedade e/ou distúrbios alimentares) SAZONAL: de períodos frios, com pouca luz solar DISFORIA MENSTRUAL: quadro leve, menstrual, irritabilidade LUTO: avaliar nível de prejuízo, é possível aguardar 6 meses BLUES PUERPERAL: quadro leve, no pós parto, até 20% das puérperas, muitas vezes não necessita medicação NORADRENALINA • Reduzida na depressão • Lócus ceruleus • Fadiga, déficit de memória e pensamento PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros SEROTONINA • Principal! Está reduzida • Tanto na depressão quanto na ansiedade comórbida • É freio dos comportamentos impulsivos • Núcleo da Rafe DOPAMINA • Reduzida • Anedonia, desinteresse, lentificação psicomotora • Via nigro-estriatal Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal está hiper ativado em deprimidos, causando estresse crônico. Se há estresse, há intensa ansiedade correlacionada! O cortisol em excesso pode ativar a quebra de tecidos no organismo, pode haver uma relação com uso intenso das vias de energia, o que justificaria a fadiga e o cansaço MANEJO: TRATAMENTO COMPORTAMENTAL E FARMACOLÓGICO O médico precisa fazer algo efetivo! Importante exercer empatia durante as consultas • O sofrimento estará presente em todas as áreas e casos na Medicina • Estágio de clínica e/ou saúde coletiva • Demora dos encaminhamentos ao especialista (CISOP – 2 anos) • A UBS (o clínico geral e sua equipe) devem resolver 80% dos problemas de saúde de sua região O que fazer? • Consultas periódicas, em curto intervalo de tempo. Desenvolver empatia e acolhimento, sempre se esforçar para realizar um bom atendimento (“como você gostaria de ser atendido? Como você gostaria que alguém que você se importa fosse atendido?”) • Solicitar a presença de um familiar: o Dividir a responsabilidade do problema (medicina defensiva) o Orientar a procurar o SAMU ou OS em uma crise de ansiedade, ou psicose o A família não sabe a sequência do manejo correto, não conhece os critérios de internação involuntária Perguntando sobre suicídio: • Paciente chora • Promover a reflexão: razões para morrer X razões para continuar vivendo • Mistura de sensações: fuga/culpa/medo/vergonha/arrependimento • Pensou? Teria coragem? Visualiza uma forma de fazer? Já tentou? Já tentou várias vezes? Tentou recentemente? Tentar compreender os fatores estressores socioambientais-familiares: • Ver a possibilidade de intervenção nos fatores que pioram o quadro • Intervenção psicológica e social • Muito importante no tratamento de crianças e adolescentes – o pai e a mãe podem precisar de tratamento o Depressão em crianças: irritabilidade o Pode ser necessário pedir para falar sozinho com a criança/adolescente • Avaliar a possibilidade de o paciente ter uma postura proativa no tratamento: o que posso fazer para me ajudar? • Cobrar a importância da atividade física aeróbia Vendendo ideias para o paciente: • Não existe nada de errado em buscar ajuda • Pessoas de todas as classes pessoais já precisaram de ajuda • O psiquiatra é o último da fila dos médicos a serem procurados • Sentimento de conforto e inclusão – princípio de grupo de apoio dos narcóticos anônimos Vendendo ideias ao paciente - Aspectos motivacionais: • Discrição sobre o problema: “estamos cercados de especialistas” • Cuidado ao ler bula dos medicamentos – palpites, interrupção do tratamento, recaídas, crises mais graves; tratamentos mais caros, menos acessíveis • Os tratamentos psiquiátricos são muitas vezes longos – depreção é uma doença crônica • Não desistir do tratamento se efeitos colaterais • Vender a ideia de que existem vários tipos de tratamento, haverá um tipo que se adequa ao paciente PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros • Os tratamentos evoluíram muito • Existem tratamentos que não engordam ou que não causam prejuízo importante na função social • Procurar qualidades do paciente e apresentá-las (relato de acompanhamento – técnica do espelho) • O paciente gosta de escutar que não ficou louco! • Usar o diário como ferramenta de validação de boas características/bons momentos • Contar sobre as pessoas que melhoram, conforta o paciente • Uso não é restrito a transtorno bipolar • Única medicação com efeito direto na proteção ao suicídio – ação direta no impulso depressivo; os demais antidepressivos agem nos sintomas que poderiam levar à ideação suicida • Ação potencializadora de antidepressivos – tricíclicos o Potencializador trimonoaminérgico o Prescrição isolada para tratamento do TDM não é efetiva • Dose usual na ideação suicida: 300mg de 12/12h geralmente não faz litemia • Cuidar com pacientes desidratados, pacientes que usam diuréticos, hipotireoideos graves, insuficiência renal, pacientes que usam ISRS, IECA • Uso crônico de lítio pode depletar função tireoidiana! E diminuir a função renal • Litemia: no bipolar 7-10 dias após início ou aumento de dose o Coleta de sangue: 12h após a últimas tomada • Custo e acesso à medicação: “tiro de canhão ou estilingue” • Medicar na medida certa • Objetivo: resolver vários problemas com uma conduta; cuidado em não polimedicar o paciente (custo elevado do tratamento e efeitos colaterais) • Disponibilidade no SUS se o paciente pode comprar – lembrar que os tratamentos são longos (crônicos) • Sintomas alvo no paciente – boa parte dos antidepressivos tem ação ansiolítica • Nível de gravidade • Comorbidades do paciente • Considerar possíveis efeitos colaterais que deixem o paciente aversivo ao tratamento (sedação, diminuição da libido, aumento de peso) PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros (1): na maior parte dos casos inicia-se com ISRS; (2): lítio, T3, metilfenidato, antipsicótico atípico (quetiapina), pregabalina, gabapentina, benzodiazepínicos, terapia cognitivo comportamental, buspirona, folato, L-MTHF: L-metil-tetra-hidrofolato, reposição de estrogênio, DBS, estimulação magnética trans craniana, mindfulness, estimulação no n. vago. (3): queijos e vinhos – tiramina eleva PA ANTIDEPRESSIVO MACETE FLUOXETINA - ISRS Mulher acima do peso, ansiosa, comilona, intensa TPM, gestante, lactante, não levanta da cama, criança depressiva/irritada Tem efeito na libido Pode causar dispepsia (adm VO em cápsula) SERTRALINA Depressivo e ansioso com várias comorbidades e risco CV (ICC, arritimias, dislipidêmicos, diabéticos) – fator de proteção principalmente para ICC Não causa aumento de peso TEPT(1) – droga de maior evidência (venlafaxina é a 2ª): náuseas e diarreia; depressão psicótica Tem efeito no TOC Segura em gestação e lactação PAROXETINA -ISRS Ansiedade, pânico, TOC, ejaculação precoce (urologistas) Sedação, efeitos anticolinérgicos (tremor, boca seca, constipação), aumento de peso Não fazer na gestação “é o mais tricíclico dos ISRS” E-CITALOPRAMCITALOPRAM Depressões e ansiedades leves-moderadas Menor efeito na libido Baixa interação com outras medicações Pacientes receosos Citalopram prolonga QT e ação sedativa – receptor H1 (geralmente adm à noite) E-citalopram (é apenas o isômero S) é mais puro que citalopram (isômeros ópticos e receptores histaminérgicos) FLUVOXAMINA Depressões leves a moderadas Pacientes com queixa de redução de libido com outros ISRS Preferível à noite TOC CUIDADO! ➢ É um potente inibidor da enzima CYP450 1ª2 ➢ Eleva muito os níveis de duloxetina de prescrita conjuntamente ➢ Deve-se reduzir a dose de duloxetina para evitar efeitos colaterais (elevação da PA) TRICÍCLICOS Ação serotoninérgica + noradrenérgica (pode ter efeito dopaminérgico) Efeitos colaterais anticolinérgicos Contraindicações: IAM recente, bloqueio de ramo, prostatismo, retenção urinária, íleo paralítico, glaucoma de ângulo fechado Baratos e disponíveis no SUS Depressões graves/melancólicas (doses altas – associar para evitar doses altas) Gestação e amamentação PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Efeitos colaterais: bloqueio nos receptores colinérgicos muscarínicos ➢ Sedação e ganho de peso ➢ Boca seca, visão turva, retenção urinária, constipação ➢ ↓ liberação de insulina ➢ Hipotensão ortostática e tontura Fraco bloqueio dos canais Na+ sensíveis a voltagem no coração e cérebro: coma, arritmias, convulsões e morte (doses altas) (1): transtorno de estresse pós traumático “farmacinha do transtorno de ansiedade generalizada”: 1ª LINHA: ISRS, benzodiazepínicos, duais, buspirona (potencializador para antidepressivos) 2ª LINHA: trazodona, mirtazapina, tricíclicos, anticonvulsivantes ADJUVANTES: terapia cognitiva comportamental, antipsicóticos atípicos, hipnose, atividade física aeróbia, boa alimentação, espiritualidade etc. Antidepressivos e efeito na libido: TOC – drogas e combos de 1ª linha: • Clomipramina (principal) • Paroxetina • Fluvoxamina • Clomipramina + paroxetina/fluvoxamina Drogas de 2ª linha: fluoxetina, sertralina, escitalopram BUPRIONA • Tabagismo (maior efeito com 300mg/dia) • Depressivo com anedonia, sonolência e indisposição • Algum efeito na alimentação compulsiva e atua contra a redução de libido pelos ISRS • Não fazer no paciente com histórico de psicose, epilepsia e tumor de SNC, hipertensão intra- craniana • Cuidar no hipertenso (pela ação da nora) • Optar pelas fórmulas com liberação controlada MIRTAZAPINA • Depressões graves • Associação interessante com ISRSN • Auxilia na insônia • Baixa ação na libido • Cuidar com aumento de peso • Baixa interação com medicações – usada em idosos, mas cuidar com cardiopatias, DM2, dislipidêmicos devido ao aumento de apetite • 2ª indicada pra trauma pós-traumático • Associação com antidepressivos duais apenas em casos muito graves! (risco de síndrome serotoninérgica – aumento da ansiedade) trazodona (donaren), mirtazapina (remeron), agomelatina (valdoxan) vortioxetina (brintellix) fluvoxamina (luvox ou revoc) escitalopram (lexapro, reconter, espran, exodus), citalopram (procimax) ISRSN (duais) - desvenlafaxina (pristiq, elifore) sertralina (zoloft) fluoxetina (prozac, verotina, daforin) paroxetina (paxil, cebrilin, pondera) clomipramina (anafranil, CLO), demais tricíclicos PSIQUIATRIA | Victória Ribeiro de Medeiros TRAZODONA • Não tem efeito na libido, nem no peso • Acelera a ereção (efeito colateral raro: priapismo) • Adjuvante na insônia • Bom antidepressivo e tratamento de dores difusas (em doses elevadas > 150mg/noite) → tratamento caro em monoterapia SIBUTRAMINA • Não é aprovada para depressão • Indicação para compulsão alimentar e tratamento da obesidade → endocrinologista! • É vendido como faixa preta • Possível associação com fluoxetina • Tomar de manhã • Contraindicação: cardiopatas, hipertensão não controlada, gravidez e amamentação, anorexia, uso com IMAOS ISRSN – OS DUAIS • Forte ação serotoninérgica e noradrenérgica (ação dopaminérgica) • Depressões graves, ansiedade • Seguros quanto ao aumento de peso • Depressões com dores difusas • Sintomas do climatério • Sem estudo para gestação • Difíceis de retirar, maior custo de tratamento; intensa náusea ao esquecer de tomar • 1ª dose = forte ação serotoninérgica; pouca ação noradrenérgica • Dose dobrada: forte ação serotoninérgica e noradrenérgica • Desvenlafaxina é uma venlafaxina com menos efeitos colaterais e trata sintomas do climatério, porém a venlafaxina em doses mais altas apresentar maior efeito antidepressivo Gestação: fluoxetina e tricíclico; considerar outras classes apenas em casos muito graves e analisar custo- benefício. QUITIAPINA • Antipsicótico atípico • Pode ser utilizada na depressão, depressão bipolar e psicose • 50mg: atua na insônia; 300mg: antidepressivo; 800mg: antipsicótico (ruim: dose muito alta, efeitos colaterais e custo elevado) IMAO • Raro utilizar • Usado em grandes centros, “tentativas heroicas” • Última escolha, é possível associações • Os primeiros antidepressivos BENZODIAZEPÍNICOS • Efeito imediato • Casos de crise ansiedade • Quanto mais rápida a ação, mais rápida a eliminação • Sedação (intubação) • Insônias terminais • 1ª linha para depressões catatônicas, etilistas • Contraindicação: uso crônico na gestação = teratogênicos; miastenia gravis • Evitar para estresse pós-traumático • Problema = uso isolado → não há tratamento da doença de base • Intoxicação → flumazenil 1ml EV 30s ZOLPIDEM • Indutor de sono/sedação • Pode gerar dependência • Flumazenil também é antídoto
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