Buscar

HISTORIA DALITERATURA BRASILEIRA APOL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
 “[...] e o rei Xariar continuou a se casar a cada noite com uma jovem filha de mercadores ou de gente do vulgo – com ela ficando uma só noite e em seguida mandando matá-la ao amanhecer – até que as jovens escassearam as mães choraram, as mulheres se irritaram e os pais e as mães começaram a rogar pragas contra o rei, queixando-se ao criador dos céus e implorando ajuda àquele que ouve as vozes e atende às preces”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Anônimo. Livro das Mil e uma Noites, v. 1, ramo sírio. Trad. Mamede Mustafá Jarouche. São Paulo: Globo, 2005, p. 49. 
O Livro das mil e uma noites é um clássico da literatura mundial. A obra é uma coletânea de histórias maravilhosas que foram produzidas e circularam por várias regiões de cultura árabe. A primeira vez que se ouviu falar no livro foi no século IX, mas boa parte dele foi escrita na segunda metade do século XIII. O que unifica os diversos contos de as Mil e uma noites é a narrativa de Xerazade. Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, a estratégia de Xerazade na história é:
Nota: 0.0
	
	A
	contar histórias para aguçar a curiosidade do rei e interrompê-las ao amanhecer para continuá-las na noite seguinte.
“O ponto em comum nas variadas versões reside no modo de organizar os contos, que são narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar” (livro-base, p. 99). Xerazade tenta se livrar da fatalidade de ser morta na manhã seguinte, como as demais esposas do rei, mantendo sua curiosidade, contando diferentes histórias. Sua estratégia era contar parte da história, interrompendo-a de manhã, e continuá-la na noite seguinte (p. 99).
	
	B
	contar histórias para Xariar, seu pai, na esperança de que não fosse mandada a uma terra distante, para desposar o filho de um tirano.
	
	C
	livrar-se do ciúme do rei Xariar, contando-lhe histórias edificantes e com final feliz.
	
	D
	convencer o rei Xariar de que o melhor era deixá-la partir e ensinar a outros povos a tradição do Oriente.
	
	E
	ajudar o rei Xariar a escolher novas virgens para se casar. Nos intervalos em que ficava só, ela contava-lhe histórias.
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia os versos a seguir: 
“Canto I 
No meio do caminho desta vida
me vi perdido numa selva escura,
solitário, sem sol e sem saída
 
Ah, como armar no ar uma figura
dessa selva selvagem, dura, forte,
que, só de eu a pensar, me desfigura?
 
É quase tão amargo como a morte;
mas para expor o bem que eu encontrei,
outros dados darei da minha sorte.
 
Não me recordo ao certo como entrei,
tomado de uma sonolência estranha,
quando a vera vereda abandonei.
.................................................................”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALIGHIERI, Dante. Canto I – Inferno. Divina Comédia. Trad. Augusto de Campos.  In: CAMPOS, A. Invenção. São Paulo: Arx, 2003, p.193.
No trecho, estão reproduzidos os primeiros versos da Divina Comédia, escrita no século XIV, por Dante Alighieri. Essa obra marca um período decisivo de mudanças na Europa. Considerando os versos citados e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, entre as mudanças que surgem nesse período, estão:
Nota: 0.0
	
	A
	a descoberta das Américas, o início da acumulação do capital e a consolidação do Renascimento.
	
	B
	a ascensão de Carlos Magno, o incentivo às produções intelectuais e a redação da Canção de Rolando.
	
	C
	a consolidação das colônias americanas, o surgimento da prensa tipográfica e a redação d’ Os Lusíadas, de Luís de Camões.
	
	D
	o declínio da Idade Média, a urbanização de várias regiões da Europa e o início da retomada dos ideais da cultura greco-romana.
O século XIV é um período em que as cidades começam a crescer (urbanização), o que muda o ritmo da vida europeia drasticamente. O regime feudal centrado na figura de um senhor controlando seu feudo e seus servos começa a desaparecer, dando lugar as cidades-Estado, como Florença, Veneza, na Itália, ou Flandres e Antuérpia, na Holanda. Os motivos ligados às canções de gesta vão dando lugar a temas mais centrados no homem como é o caso da Divina Comédia, em que a personagem central, alter ego do autor, se vê às voltas com a sua condição de pecador a qual por sua vez se vincula a suas escolhas, a seu livre-arbítrio, já apontando para o Humanismo, que viria um século depois. Para tanto, as obras do período começam a recuperar temas da Antiguidade greco-romana, como é o caso da obra de Dante, em que transitam figuras, seres e entidades do mundo antigo pagão e do mundo cristão. “Os acontecimentos históricos que se desdobram entre os séculos XI e XIV contribuíram para tornar a existência mais complexa. A urbanização promovida pela decadência do regime feudal e o surgimento dos comerciantes [...] fez com que surgissem aglomerações urbanas. [...] Todos esses acontecimentos trouxeram reflexos na produção literária com o declínio da Idade Média [na qual] já se podem antever as características que serão desenvolvidas no renascimento, como a retomada de ideais da cultura greco-romana” (livro-base, p. 105-106).
	
	E
	a expansão do império inglês, a industrialização e o surgimento do romance realista.
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O sucesso inicial de Alencar e a primazia literária que assumiu, primazia indisputável, a que Machado de Assis se refere em páginas nítidas, tem sido explicado de muitas maneiras. Há traços, entretanto, apontados por todos os críticos e historiógrafos que se ocuparam do problema. Eles constituem, pois, como que as características do romance alencariano, no consenso geral, as explicações de seu triunfo, os motivos de sua difusão. Em primeiro lugar está, certamente, o romantismo. [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SODRÉ, Nelson W. Prefácio. In: ALENCAR, José de. Sonhos D’Ouro. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1953, p. 13. 
Considerando o fragmento acima e os conteúdos abordados no livro Literatura Brasileira sobre as características da obra de José de Alencar, leia as afirmativas a seguir: 
I – Apesar de grande prosador, o romance de José de Alencar emprega mal as técnicas da escrita romanesca e falta complexidade psicológica às suas personagens.
II – Desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema.
III – A maior contribuição de Alencar, entretanto, está no aprofundamento psicológico das personagens, como Paulo, em Lucíola, que oscila entre desejo e nojo por Lúcia.
IV – Em As minas de prata, Alencar praticou o romance histórico, no qual levou adiante seu programa de descoberta do Brasil.
V - A escrava Isaura (1875), seu romance mais conhecido, é um libelo contra a escravidão e traz uma série de lições morais para o leitor. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	I, II e IV.
	
	C
	II, III e IV.
As afirmativas II, III e IV estão corretas, porque Iracema é o romance em que Alencar melhor desenvolveu o que a crítica chamou de indianismo, praticado por meio de um estilo em que a prosa se aproxima da poesia; porque, como escreveu Antonio Candido, uma das características importantes do romance alencariano foi a capacidade de expressar os dilemas humanos por meio da complexificação psicológica das suas personagens, como Paulo (Lucíola), Aurélia (de Senhora), entre outras; porque o plano literário de Alencar era ambicioso, nada mais do que fazer o mapeamento da sociedade brasileira, o que ocorre em As minas de prata, romance histórico. As afirmativas I e V estão incorretas porque, como se viu, a complexidade das personagens é uma das marcas da obra do escritor cearense, que desenvolveu e elevou o emprego das técnicas narrativas no âmbito da literaturabrasileira; e porque A escrava Isaura é de Bernardo Guimarães (Livro-base, p. 100 e 101).
	
	D
	III, IV e V.
	
	E
	II, IV e V.
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suado vermelho afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, A. de. O mulato. Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00023a.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de Aluísio de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética realista-naturalista no Brasil, no trecho acima é possível perceber algumas das características centrais dessa escola, características que criam efeitos de objetividade e realismo buscados por essa escola literária. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre as características da estética realista-naturalista que ajudam a criar o efeito de objetividade e realismo temos:
Nota: 0.0
	
	A
	a descrição e a redução das peripécias.
Para produzir este efeito de objetividade os escritores da escola realista-naturalista procuravam descrever minuciosamente os espaços e ambientes em que suas personagens desenvolviam suas ações. Estas não deviam encobrir a representação objetiva do real, ou seja, a narração de muitas reviravoltas ou peripécias, base do melodrama e do folhetim, tende a chamar muita atenção e tirar o foco das condições de realidade em que as personagens estão postas: “Em linhas gerais, a prosa buscava a representação de uma realidade em seus detalhes de modo a deslindar as vicissitudes da sociedade contemporânea. [...] O romance realista-naturalista [...] tende a diminuir o papel da peripécia e apostar mais nas descrições da realidade representada – prefere descrever a narrar [...]. O romance, no afã da busca pela objetividade pela realidade, aposta nos detalhes (livro-base, p. 131, 132). O narrador intruso chama a atenção para si e para seu ponto de vista, expresso geralmente pela digressão. O narrador naturalista esconde-se atrás da narrativa. O fluxo de consciência leva o foco da história para os sentimentos e ideias do narrador e também não foi empregado pelos escritores naturalistas.
	
	B
	a narração e grande número de peripécias.
	
	C
	o narrador intruso e a digressão.
	
	D
	grande número de peripécias e a descrição.
	
	E
	redução das peripécias e fluxo de consciência.
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto: 
“Desencadeado como uma reação contra o Classicismo racionalista que constituíra o dogma literário reinante desde o Renascimento – caracterizou-se o movimento romântico por um conjunto de novas ideias, temas literários e tipo de sensibilidade, resultantes de correntes que convergiram paralelamente da Alemanha e da Inglaterra, no curso do século XVIII, durante o período hoje definido como Pré-romantismo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COUTINHO, Afrânio; COUTINHO, Eduardo de Faria. A literatura no Brasil – Era romântica. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, Niterói: Universidade Federal Fluminense-UFF, 1986. s. p. 
O Romantismo teve seu início na Europa, no decorrer do século XVIII, desenvolvendo-se ao mesmo tempo em países diferentes. Entre os autores românticos, havia características estilísticas e temáticas que os associavam, mas, ao mesmo tempo, os diferenciavam. Tendo como referência essas informações e a leitura do livro-base História da Literatura Universal, quanto aos autores representativos do Romantismo, analise as sentenças e, em seguida, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas:
I. ( ) A obra de Lord Byron influenciou diversos escritores não só pela Europa, mas também por outros continentes. Na obra desse autor, podem-se perceber características tais como: uma grande ênfase nos sentimentos em desarmonia, os quais são revelados na relação de tensão com o ambiente social.
II. ( ) John Keats, poeta inglês, revela em seus poemas a tensão entre a morte e a vida, sendo que o prazer de viver, em alguns poemas, se constitui sobre o sentimento de sensualidade, contrastando com o sentimentalismo romântico.
III. (  ) Johann Christoph Friedrich von Schiller, escritor alemão, ficou conhecido por desenvolver uma obra centrada sobre o sentimento de descrença em relação ao homem e à sociedade, caracterizando o pessimismo e o estado de melancolia tão comum nos escritores românticos.
IV. ( ) Stendhal, romancista francês, desenvolveu em sua obra uma análise da sociedade francesa, contrastando um estilo objetivo de narrar com o aprofundamento na construção da interioridade e da subjetividade das personagens. Essa característica narrativa do autor resultou na construção do típico herói em conflito, na qual a ênfase na sua individualidade desencadeia o sentimento de desajuste em relação aos valores sociais.
Nota: 0.0
	
	A
	V – F – F – V
	
	B
	F – V – V – V
	
	C
	V – V – F – V
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras porque a obra de Byron é “[...] permeada de enorme agitação e emoção, que exprime o pessimismo romântico e a tendência a se voltar contra a sociedade e seus pares [...] o byronismo se espalhou pela Europa até as últimas décadas do século XIX [...]” (livro-base, p. 188); a obra de John Keats “transita entre recorrência constante à morte e um apego prazeroso à vida” (p.189); Stendhal “[...] representou as ambições e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica das personagens e o estilo direto e objetivo da narração calcada em um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado pelo seu isolamento da sociedade e o seu confronto com as suas convenções e ideais [...]” (p. 192). A afirmativa III é falsa, pois Schiller defendeu os valores humanistas, expressando a crença nos homens e nos bons sentimentos que deveriam uni-los (p. 190, 191).
	
	D
	F – F – V – V
	
	E
	V – V – V – F
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir
“A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível a tradição literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as manifestações, embora sem nenhuma excelência e antes inferiormente, animou-a todavia desde o princípio o nativo sentimento de apego à terra e afeto às suas coisas. Ainda sem propósito acabaria este sentimento por determinar manifestações literárias que em estilo diverso do da metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se diferenciava”.
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000116.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2017.
 
A delimitaçãodo momento inaugural da nossa literatura foi e é um problema para os historiadores da literatura brasileira. Galho secundário da literatura universal, como disse um crítico, o primeiro passo dado por nossos escritores foi o de tentar se distinguirem de nossos colonizadores. Algo ainda insuficiente, no entanto, para estabelecer uma literatura nacional. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre os problemas que dificultam a definição do marco inicial da literatura brasileira está:
 
Nota: 0.0
	
	A
	o hábito dos autores do período escreverem textos religiosos, gramáticas, em vez de textos literários.
	
	B
	a censura de Portugal, que impedia que os temas nacionais aparecessem nos textos de autores brasileiros.
	
	C
	a ausência de um sistema literário em território brasileiro, que articulasse autor, obra e leitor, estabelecendo um sistema simbólico.
O problema de delimitar a origem de nossa literatura não está simplesmente na produção de obras em nosso território. Isso não é suficiente para estabelecer um sistema literário, como propõe Antonio Candido. A ideia de um sistema literário é de um “sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. [...] Entre eles se distinguem: a existência de um conjunto de produtores literários [...]; um conjunto de receptores [...]; um mecanismo transmissor; [...] O conjunto dos três elementos dá lugar a um tipo de comunicação inter-humana, a literatura, que aparece, sob este ângulo, como sistema simbólico” (livro-base, p. 16-17). Assim, a dificuldade não está nos gêneros escritos, nem nos temas desenvolvidos por nossos autores, mas por uma falta de vida espiritual que fizesse circular as obras e seu material simbólico (livro-base, p. 16).
	
	D
	a limitação dos temas literários, voltados para a transmissão dos acontecimentos locais por meio de crônicas.
	
	E
	a produção de textos alegóricos que impedem a manifestação dos temas locais e a diferenciação com a literatura de Portugal.
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir 
“De noite, no dia seguinte, em toda aquela semana pensei o menos que pude nos cinco contos, e até confesso que os deixei muito quietinhos na gaveta da secretária. Gostava de falar de todas as coisas, menos de dinheiro, e principalmente de dinheiro achado; todavia não era crime achar dinheiro, era uma felicidade, um bom acaso, era talvez um lance da Providência. Não podia ser outra coisa. Não se perdem cinco contos, como se perde um lenço de tabaco. Cinco contos levam-se com trinta mil sentidos, apalpam-se a miúdo, não se lhes tiram os olhos de cima, nem as mãos, nem o pensamento, e para se perderem assim totalmente, numa praia, é necessário que... Crime é que não podia ser o achado; nem crime, nem desonra, nem nada que embaciasse o caráter de um homem. Era um achado, um acerto feliz, como a sorte grande, como as apostas de cavalo, como os ganhos de um jogo honesto e até direi que a minha felicidade era merecida, porque eu não me sentia mau, nem indigno dos benefícios da Providência. Nesse mesmo dia levei-os ao Banco do Brasil. Lá me receberam com muitas e delicadas alusões ao caso da meia dobra, cuja notícia andava já espalhada entre as pessoas do meu conhecimento; respondi enfadado que a coisa não valia a pena de tamanho estrondo; louvaram-me então a modéstia, — e porque eu me encolerizasse, replicaram-me que era simplesmente grande”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2017. 
O fragmento acima do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas corresponde à noite posterior ao achado do embrulho contendo 5 mil réis. Brás Cubas encontra-o na praia e acaba ficando com ele, como se lê acima. Alguns capítulos atrás tinha acontecido algo semelhante: Cubas havia topado com uma moeda de ouro e a encaminhado ao delegado para que este a devolvesse ao dono. Mas os 5 mil réis, valor muito superior, ele não devolveu. No final do episódio fica com o dinheiro e com a fama de grande homem. Os fatos e a forma de contar esses episódios expressam a complexidade da narrativa machadiana. Essa passagem remete ao que Antonio Candido em “Esquema de Machado de Assis” diz da modernidade da obra machadiana. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance de Machado, entre as técnicas machadianas que revelam sua modernidade, segundo Candido, está...
Nota: 0.0
	
	A
	a capacidade de mostrar ao leitor sem contradições ou ironia a realidade das relações sociais do Rio de Janeiro do século XIX, distinguindo claramente o protagonista de seu antagonista.
	
	B
	a habilidade em detalhar os ambientes e os espaços romanescos de modo a expressar como num inventário todas as particularidades da sociedade de seu tempo.
	
	C
	a capacidade em expressar coisas espantosas da forma mais suave possível, fazendo uso da ironia, de forma a fazer com que algo excepcional pareça normal e vice-versa.
Segundo Antonio Candido, mencionado no livro-base, a técnica de Machado de Assis “consiste essencialmente em sugerir as coisas mais tremendas da maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a normalidade social dos fatos e a sua anormalidade essencial; ou em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua modernidade, apesar de seu arcaísmo de superfície” (livro-base, p. 114) As demais alternativas estão erradas porque a ironia está no centro da “poética” machadiana; porque a ideia de escrever de modo realista à semelhança de um inventário é contrária ao estilo de Machado, que usou essa mesma imagem (do inventário) para criticar o realismo de Eça de Queiroz; porque as características psicológicas das personagens de Machado não são elaboradas pelas teorias darwinistas ou deterministas que influenciaram escritores como Aluísio Azevedo, entre outros; porque apesar da vontade de elaborar uma literatura nacional não estivesse fora dos horizontes de Machado, ele jamais empregou linguagem transparente ou grandiloquente, uma vez que empregou a ironia.
	
	D
	a habilidade em elaborar a psicologia e os caracteres das personagens de acordo com as determinações do espaço e da raça às quais elas pertencem.
	
	E
	a vontade de elaborar uma literatura nacional por meio da criação de personagens alegóricos, expressos em uma linguagem transparente e grandiloquente.
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem de texto:
“Reunindo condições pessoais e históricas propiciadoras do trabalho intelectual, Eça de Queirós tornou-se dos maiores prosadores em Língua Portuguesa, alcançando ser, na esteira de Garret, uma espécie de divisor de águas linguístico entre a tradição e a modernidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 279.
Considerando a passagem citada e os conteúdos o livro-base História da Literatura Universal, no que diz respeito às características da obra de Eça de Queirós, assinale a única alternativa correta:
 
Nota: 10.0
	
	A
	Eça de Queiróz escreveu romances históricos que resgataram o período medieval português.
	
	B
	Na perspectiva temática, Eça de Queiróz faz críticas à monarquia, à Igreja e à classe burguesa.
Você acertou!
Comentário: A afirmativa é verdadeira porque “Eça aderiu aos ideais realistas, passando a escrever contra a monarquia, a Igreja e a burguesia. Com linguagem original, rigorosa precisão e naturalidade, expôs o quadro político dos anos 1870” (livro-base, p. 240).
	
	C
	A linguagem utilizada por Eça de Queiróz faz uso de uma linguagem rebuscada, semelhante à estética barroca.
	
	D
	Em O primo Basílio, Eça de Queiróz demonstra um clara influência romântica, ao retratar uma históriade amor entre dois primos.
	
	E
	Eça de Queiróz foi um dos principais nomes do Romantismo brasileiro.
 
 
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto:
“Em seu ensaio machadiano, quase todo voltado a ‘Brás Cubas’ – modelo que segue na maior parte do livro, o da escolha de um romance ou até um personagem de cada ‘gênio’ analisado –, ele reforça outra das ‘maestrias’ do escritor. ‘Divirto-me, e não me entedio, diante da constatação de que, muito em breve, hei de vivenciar o meu próprio esquecimento [...]. ‘Memórias Póstumas', escritas do túmulo, tornam o esquecimento singularmente divertido’[...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FOLHA DE S. PAULO. Para Harold Bloom, Machado de Assis é um milagre. Ilustrada, Folha de S. Paulo (versão on-line), 03/05/2003. <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u32616.shtml>. Acesso em 30 set. 2019.
Depois que suas obras começaram a ser traduzidas para o inglês, Machado de Assis começou a ser conhecido pela crítica literária europeia e norte-americana. Assim como Susan Sontag, Julian Barnes, Woody Allen, o crítico britânico Harold Bloom manifestou a admiração pelo escritor brasileiro, que, pouco a pouco, vem sendo lido e colocado lado a lado dos grandes escritores do século XIX. A partir do trecho citado e das informações contidas no livro-base História da Literatura Universal sobre a obra de Machado de Assis, assinale a única alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	Ambivalência, humor e ironia são artifícios recorrentes na obra de Machado, como formas de exercício crítico da sociedade.
Comentário: A afirmativa está correta, porque Machado de Assis “Tentou não ser convencional, encarou as dificuldades de ser mulato, gago, epilético e tímido e teve como armas o humor, as ambivalências, a oculta sensualidade e a ironia. Memórias póstumas de Brás Cubas é o marco divisor de sua obra. O defunto-autor Brás Cubas exibe peças de cinismo e indiferença com que via montada a história dos homens” (livro-base, p. 245).
	
	B
	Seu estilo sóbrio e convencional o fez ser admirado por seus contemporâneos, que ocuparam as ruas do Rio de Janeiro para acompanhar seu funeral.
	
	C
	O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas representa a virada em sua obra, pois, nele, Machado de Assis inaugura sua fase romântica.
	
	D
	Machado de Assis foi um dos grandes representantes da poesia modernista.
	
	E
	Uma marca das obras de Machado de Assis foi a idealização e a nostalgia com que retratou a sociedade do Rio de Janeiro do final do século XIX.
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem de texto: 
“A escola romântica em Portugal comumente é dividida em três momentos que representam a evolução e o amadurecimento deste movimento artístico em terras lusitanas. Moisés afirma que, no primeiro momento, pode-se perceber ainda a influência neoclássica, transcorrendo entre os anos de 1825 e 1838. O segundo momento é marcado pelo chamado ultrarromantismo, em que características como o pessimismo, a melancolia e a temática da morte surgem com mais intensidade, vigorando entre os anos de 1838 e 1860. A terceira fase é representada pela transição para o Realismo e vigorou durante a década de 60”.
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o texto, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2010. p. 251.
Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o romantismo em Portugal, associe, enumerando, as fases do romantismo português às suas respectivas características (autores, obras ou descrições):
1. Primeira fase do Romantismo português
2. Segunda fase do Romantismo português
3. Terceira fase do Romantismo português 
(  ) João de Deus resgata o lirismo trovadoresco sem submeter-se às obrigações estéticas românticas.
(   ) Almeida Garret escreve a obra Viagens na minha terra, que mistura uma série de gêneros: jornalismo, literatura de viagens, crítica social e história de amor.
(   ) O escritor Alexandre Herculano, estudioso da História de Portugal, produz uma obra poética contida em relação ao sentimentalismo e seus romances são escritos sob uma moldura histórica, como Eurico, o Presbítero.
(  ) O romance as As pupilas do senhor reitor é a representação do amor vivido sem sofrimento, de forma tranquila e equilibrada, privilegiando o modelo de heroína representado pela “mulher anjo”.
(   ) Os romances Amor de Perdição e Amor de Salvação tematizam o confronto entre os desejos sentimentais e as exigências sociais. 
Agora, marque a alternativa que corresponde à sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	1 – 3 – 2 – 1 – 3
	
	B
	3 – 3 – 1 – 2 – 1
	
	C
	2 – 1 – 3 – 1 – 2
	
	D
	1 – 2 – 2 – 3 – 1
	
	E
	3 – 1 – 1 – 3 – 2
Esta é a sequência correta, pois João de Deus e Júlio Diniz pertencem à terceira geração romântica [3]: “Quase no final da segunda metade do século XIX, surgiram novas correntes ideológicas de origem francesa que se fundiram com os remanescentes do ultrarromantismo. João de Deus [...] e Júlio Dinis [...] são as maiores figuras desse momento” (livro-base, p. 208); já Almeida Garret e Alexandre Herculano pertencem à primeira geração romântica [1]: “Garret, Herculano e Castilho [...] representam o primeiro momento: ‘românticos em espírito, ideal e ação política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos [...]’ (p. 201, 202); na segunda geração [2], destaca-se Camilo Castelo Branco, autor

Outros materiais