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Pré-Formulação Farmacêutica O farmacêutico deve conhecer as propriedades físico-químicas de cada componente na formulação e, ainda, evitar incompatibilidades (fármaco-fármaco, fármaco-excipiente, fármaco-material embalagem), estabilidade farmacêutica e qualidade terapêutica. - Conhecer as propriedades físico- químicas fundamentais das moléculas de fármaco e outras propriedades derivadas do fármaco em pó. A caracterização do fármaco pode ocorrer por meio de: o Espectroscopia (ensaio UV simples; o Solubilidade aquosa, pKa, coeficiente de partição e dissolução; o Ponto de fusão (polimorfismo, hidratos, solvatos); o Desenvolvimento de ensaio (UV, CCD, CLAE); o Estabilidade em solução e estado sólico (térmica, hidrólise, oxidação, fotólise); o Microscopia (morfologia, tamanho de partícula); o Fluxo de pó, densidade e ângulo de repouso (formulação de comprimido e cápsula); o Propriedades compressionais; o Compatibilidade do adjuvante. 1 - Quantidade máxima de soluto que se encontra dissolvida em uma solução. É resultado das forças de atração e de repulsão que atuam entre as moléculas do soluto e do solvente. Solubilidade não é o mesmo que velocidade de dissolução. Solubilidade Tamanho da partícula Um aumento na área de superfície total do fármaco em contato com os fluidos gastrointestinais provocará elevação da velocidade de dissolução. Dissolução Descreve o processo pelo qual as partículas do fármaco se dissolvem, determina a massa dissolvida do fármaco em função do tempo pH e constante de ionização (afeta a solubilidade do fármaco e consequentemente a biodisponibilidade. Miscibilidade Solubilidade mútua entre dois ou mais líquidos, em qualquer proporção. Polimorfismo Capacidade de uma substância existir em mais de uma estrutura cristalina. Pré-Formulação Farmacêutica 2 Estabilidade A integridade química do fármaco deve ser mantida durante o tempo de vida útil do medicamento. Fatores que influenciam: calor, oxigênio, luz e umidade. Higrocospicidade Deliquescente (absorve umidade da atmosfera a ponto de dissolver), eflorescente (perde umidade formando um anidro). Fluxibilidade Importante no processamento de fármaco em pó, deve-se determinar a densidade bruta e o ângulo de repouso, análise da fluidez comparando a densidade bruta e a densidade de compactação. Alguns detalhes Coeficiente de difusão do fármaco: pode decrescer na presença de substâncias que aumentam a viscosidade do meio. Diminui a velocidade de dissolução. Superfície exposta ao solvente: aumenta na micronização e em fármacos amorfos. Aumenta a velocidade de dissolução. Espessura da camada de difusão: dimunui com a agitação crescente no intestino ou frasco. Aumenta a velocidade de dissolução. Solubilidade na camada de difusão: alterada em eletrólitos fracos por mudanças no pH ou pelo uso de sal do fármaco. Pode diminuir ou aumenta a velocidade de dissolução. Concentração do meio: Dimuni com a entrada de fluido no organismo, pela remoção do fármaco por partição ou absorção. Aumenta a velocidade de dissolução. Quando não se observa a formação de cristais. Termodinamicamente, um sólido amorfo demonstra elevados níveis de energia livre de Gibbs e de entropia comparado a um sólido cristalino. Formas amorfas apresentam geralmente maior solubilidade e velocidade de dissolução que os sólidos no estado cristalino, visto que possuem suas moléculas arranjadas ao acaso, portanto baixa energia é necessária para separá- las. Os vários polimorfos de um mesmo composto químico podem apresentar diferentes propriedades físicas como: parâmetros termodinâmicos, espectroscópicos, cinéticos, superficiais e mecânicos. O fenômeno do polimorfismo pode ser influenciado por diversas operações farmacotécnicas: redução do tamanho das partículas (moagem e trituração); granulação; compressão. Quanto maior a energia livre da estrutura, maior sua desordenação, levando a uma instabilidade entre as ligações. Logo a solubilidade é diretamente proporcional a energia livre de Gibbs. Amorfa Pré-Formulação Farmacêutica 3 Diversos métodos são utilizados para verificar as propriedades dos cristais como: aparelho para determinação da fusão; análise térmica (DSC e TG); métodos espectroscópicos; microscópicos; cristalográficos. Cristalina Ocorre quando as moléculas formam arranjos ordenados que se repete indefinidamente ao longo da partícula – anidra ou solvatada. o Um sólido quando no estado cristalino é formado por unidades estruturais também chamadas de celas unitárias. o Os cristais podem na verdade organizar- se sob quatorze celas primitivas. o As celas unitárias mais comuns para os fármacos são: triclínica, monoclínica e ortorrômbica. o Os solvatos são cristais que contêm agregadas às suas celas unitárias, moléculas do solvente de cristalização. o Quando o solvente utilizado é a água e no processo de cristalização esta se cristaliza com as moléculas da substância, a estrutura formada denomina-se de hidrato. o Os cristais que não possuírem solventes de cristalização são chamados de anidros. É a medida da diferença de energia fornecida à substância e a um material de referência, termicamente inerte em função da temperatura, enquanto a substância e a referência são submetidas a uma programação controlada de temperatura. o Termogravimetria: é a técnica de análise térmica em que a variação de massa da amostra (perda ou ganho de massa) é determinada como uma função da temperatura e/ou tempo, Enquanto a amostra é submetida a uma prorrogação controlada de temperatura. Fornece informação acerca de características físicas e químicas de fármacos, como o tamanho de partícula, forma dos cristais e processos como cristalização. - DRX de cristal – utiliza apenas um cristal para caracterização. Dificuldades na obtenção de cristais de compostos orgânicos. Compostos microcristalinos. DRX de pó – utiliza uma massa de pó da substância de interesse.
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