Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pré- Formulação Prof. (a) Msc. Jackeline de Souza Marinho Alves 1 Maio/2019 Manaus/AM Para a fabricação de um medicamento, o que precisa? Seleção de princípios ativos e excipientes Utilização de processos e equipamentos apropriados Considerações sobre a biodisponibilidade do fármaco Aplicação de medidas de controle de qualidade Avaliação da estabilidade Requisitos de armazenagem, prazo de validade e rótulo. Como ocorre o desenvolvimento? Duas fases: - Estudos de pré-formulação - Estudos de formulação Estudos preliminares para obter informações sobre as características físicas, químicas e mecânicas dos constituintes da formulação. Formas Farmacêuticas Qualidade reprodutível -Estabilidade química, física e microbiológica -Uniformidade de dose -Embalagem e rotulagem adequados 4 Pré-Formulação 5 O que é? “ Estudos realizados para o desenvolvimento de uma forma farmacêutica eficaz, segura e de qualidade. São fundamentais para reunir as propriedades físico-químicas associadas ao fármaco, aos excipientes e à interação entre eles”. Quando começa?? Importância: é fundamental para que o pesquisador reúna propriedades físico-químicas associadas ao fármaco e aos excipientes e à interação dos mesmos para a busca da melhor forma farmacêutica. 6 Informações necessárias ao estudo de pré-formulação 1. Identificação do composto 2. Estrutura química 3. Fórmula e peso molecular 4. Indicação terapêutica 5. Potenciais problemas 6. Lotes a granel 7. Métodos analíticos 8. Datas chaves 9. Problemas de desenvolvimento 7 Pré- formulação Propriedades físico-químicas Solubilidade Tamanho do cristal Formas polimórficas Estabilidade Interações 8 Propriedades do estado sólido 9 A grande maioria dos fármacos disponíveis na terapêutica apresentam-se sob o estado sólido. O conhecimento das propriedades físicas e químicas dos mesmos é de fundamental importância para o formulador, pois estas podem afetar o preparo e o desempenho do produto final no organismo. Propriedades do estado sólido - categorias 10 Propriedades do estado sólido - categorias 11 Estrutura interna do sólido Os sólidos amorfos são, do ponto de vista termodinâmico, bastante instáveis, o que lhes confere maior solubilidade. Entretanto, em função de sua instabilidade termodinâmica, tendem a originar, durante o armazenamento, formas mais estáveis (cristalinas), de menor solubilidade. Os sólidos cristalinos representam estruturas muito bem definidas, apresentando maior estabilidade termodinâmica, porém, menor solubilidade. Qual a forma mais predominante entre os fármacos? Propriedades dos cristais 12 Cristalografia *Morfologia dos cristais -Estrutura e hábito (morfologia) -Polimorfismos e solvatos - Análise de partícula Propriedades dos cristais – Estrutura e hábito 13 Os cristais podem assumir diferentes configurações; Aparência externa: Hábito Estrutura interna: Sistema 14 Sistemas Hábitos Propriedades dos cristais – Estrutura e hábito A forma do cristal irá exercer grande influência nas propriedades do material. 15 O que é? 16 Constituição química idêntica Propriedades dos cristais – Polimorfismo Polimorfismos É a habilidade de uma espécie química (átomos ou moléculas) de formar diferentes arranjos e/ou conformações das moléculas na estrutura do cristal. 17 Polimorfos apresentam, rigorosamente, as mesmas características químicas, porém, suas características físicas podem variar de modo bastante acentuado. Polimorfismo em sólidos farmacêuticos 18 Implicações diretas do polimorfismo sobre os medicamentos Solubilidade 19 Impacto do polimorfismo na produção de medicamentos20 Propriedades de fluxo e densidade diferentes - Diferença de solubilidade (problemas de biodisponibilidade) 21 Propriedades dos cristais – Tamanho de partícula A distribuição do tamanho de partícula de um fármaco influencia várias características físico- químicas, como: taxa de dissolução, biodisponibilidade, uniformidade de conteúdo, estabilidade. Propriedades dos sólidos - solubilidade É uma propriedade termodinâmica representada pela concentração máxima de um soluto dissolvido, em equilíbrio, com uma solução a uma determinada temperatura; Influência: natureza do solvente, natureza do soluto e temperatura do meio. É um parâmetro determinante na liberação do fármaco no organismo, sendo importantíssimo para a biodisponibilidade e para a velocidade de dissolução . Importância: auxilia na escolha do melhor solvente para promover a dissolução do fármaco e na solução de problemas da formulação. Solubilidade Classificação (USP) - Muito solúvel: Menos de uma parte do solvente - Solúvel: de 10 a 30 partes do solvente - Pouco solúvel: de 100 a 1000 partes do solvente - Insolúvel: mais de 10000 partes do solvente 23 Diferença entre solubilidade e dissolução 24 Dissolução A dissolução do soluto no solvente acontece quando ocorre a interação entre as moléculas de cada um deles. Fornece informações sobre a velocidade e extensão de liberação do fármaco in vivo . Fatores que afetam a velocidade de dissolução dos sólidos Tamanho de partícula Dispersibilidade do pó no meio de dissolução Porosidade das partículas Temperatura Natureza do meio de dissolução Forma cristalina do sólido Volume do meio de dissolução 26 Propriedades dos sólidos - Estabilidade Verificar até que ponto o fármaco pode sofrer alteração devido a vários fatores como: luz, oxigênio, temperatura, etc. Ensaios indicativos de estabilidade Técnicas empregadas - Titrimetria e espectrofotometria Vantagem: baixo custo Desvantagem: sensibilidade simplicidade especificidade - Cromatografia Vantagem: separação dos componentes Desvantagem: Custo elevado sensibilidade e especificidade - Análise térmica e espectroscopia ( estabilidade térmica, pureza) 28 Fatores que afetam a estabilidade Temperatura Umidade pH Luz Oxigênio (ar) 29 Interações (compatibilidade fármaco x excipiente) 30 O estudo de compatibilidade fármaco-excipiente permite verificar possíveis interações e/ou incompatibilidades entre o fármaco e os excipientes. O estudo de compatibilidade fármaco-excipiente permite verificar possíveis interações e/ou incompatibilidades entre o fármaco e os excipientes Interações (compatibilidade fármaco x excipiente) 31 Interações (compatibilidade fármaco x excipiente) 32 - Análise térmica - Microscopia eletrônica de varredura - Espectroscopia de infravermelho - CLAE Como analisar? RESUMINDO... 33 Ensaios mais comuns na pré-formulação: Solubilidade Tamanho de partículas Pesquisa de polimorfismo Compatibilidade com excipientes (interações) Estabilidade RELATÓRIO DE PRÉ-FORMULAÇÃO 34
Compartilhar