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Formas farmacêuticas líquidas (resumo)

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Formas farmacêuticas líquidas 
 Soluções 
 Suspensões 
 Emulsões 
 Gotas 
 Xaropes 
 Elixir 
 Enemas 
 Óleos medicinais 
Usos 
 Oral 
 Externo 
 Injetável 
Vantagens 
 facilidade na administração 
 rápida absorção 
 facilidade para o ajuste de dose. 
Desvantagens 
 maior susceptibilidade à contaminação e 
alterações físico-químicas, devido ao maior teor de 
umidade entre outros fatores 
 maior dificuldade para suavizar ou mascarar 
odor e sabor indesejáveis. 
 suspensões 
 Também chamadas de dispersões particuladas 
 É a forma farmacêutica líquida que contém 
partículas sólidas dispersas em um veículo líquido, 
no qual as partículas são insolúveis. 
 As partículas sólidas são insolúveis na fase 
líquida tendendo a sedimentar. O sedimento 
formado, no entanto, deve ser facilmente 
redisperso com agitação. 
 A fase líquida deve possuir certa viscosidade, e 
pode ser de natureza aquosa ou oleosa. 
 São sistemas heterogêneos: 
FASE INTERNA (DISPERSA) – fármaco insolúvel 
ou pouco solúvel finamente dividido 
FASE EXTERNA (CONTÍNUA) – veículo líquido 
contendo adjuvantes dissolvidos 
 As suspensões são utilizadas com três 
finalidades principais: para uso oral, para aplicação 
tópica na pele e nas mucosas ou para 
administração parenteral. 
 Existem suspensões orais prontas no mercado, 
outras preparações são encontradas na forma de 
pó para ser suspenso no momento do uso, 
indicação ideal para fármacos instáveis em meio 
aquoso. Este pó normalmente contém o fármaco 
e os adjuvantes, como os agentes suspensores, e 
após a adição do veículo tem-se uma suspensão 
extemporânea. 
Vantagens 
 Possibilita administração de fármacos insolúveis 
na forma líquida (preparações pediátricas e 
geriátricas) 
 Mascara sabor e odor desagradável 
 É uma forma farmacêutica de fácil deglutição e 
indicada para crianças e idosos que têm dificuldade 
de deglutir cápsulas e comprimidos 
 Permitem administração de altas doses do 
fármaco 
 Possuir maior velocidade de absorção do 
fármaco quando comparada à forma sólida oral, 
as partículas finamente divididas de dissolvem 
mais rapidamente nos fluidos do Trato 
Gastrintestinal. 
 Possuir maior estabilidade quando comparada às 
soluções, como o fármaco não está dissolvido 
apresenta maior resistência à hidrólise. 
 Permite ajuste de dose pelo volume a ser 
administrado 
 Possibilidade de injeções intramusculares para 
liberação lenta e ação prolongada 
 Possibilidade de adição de edulcorantes, 
flavorizantes e corantes que melhoram a 
palatabilidade e os aspectos visuais das 
suspensões. 
Classificação das suspensões 
 Suspensões orais (Enteral) 
 Suspensões Injetáveis(Parenteral) 
 Suspensões Tópicas 
 Suspensões Oftálmicas 
SUSPENSÕES ORAIS 
 Veículos como xarope, sorbitol ou água 
espessada com polímeros 
 Sabor e sensação ao paladar são importantes 
 Misturas secas para reconstituição podem ser 
preparadas quando houver problemas de 
estabilidade 
 É uma forma de apresentação que deixada em 
repouso deixa visível partículas misturadas no 
líquido ou depois depositadas no fundo do frasco. 
 Antes da administração, o frasco com a 
suspensão deve ser bem agitado para que as 
partículas se misturem com o líquido. 
 A suspensão pode vir pronta ou pode trazer 
apenas o frasco com o pó e instruções para sua 
preparação (extemporâneas) – mantem a 
estabilidade do fármaco até o momento do uso 
SUSPENSÕES TÓPICAS 
 Veículos como emulsões O/A ou A/O, pastas, 
magmas, suspensões de argilas 
 Suspensões aplicadas na superfície da pele 
 Ação sobre a pele (protetora, secante ou 
anestésica) 
 Ex: Suspensão de calamina 
SUSPENSÕES INJETÁVEIS 
 Estéreis com partículas entre 1-10um 
(micronizadas) 
 Veículos: água (fármacos lipossolúveis) e óleos 
vegetais (fármacos hidrossolúveis) 
 Vantagens: partículas do fármaco tem 
dissolução lenta e ação prolongada 
 Desvantagens: injeção dolorida (depósito) 
 A suspensão pode vir pronta da fábrica ou pode 
trazer o frasco com o pó, diluente e instruções 
para a sua preparação. 
SUSPENSÕES OFTÁLMICAS 
 Estéreis com partículas de tamanho entre 1-
10um (micronizadas), evita-se sensação de areia 
nos olhos. 
 Vantagens: Ação prolongada 
Critérios para escolha da 
forma Suspensões 
 Veicular fármaco insolúvel na forma líquida 
 Aumentar a estabilidade (penicilinas, 
cefalosporinas) 
 Obter formas de ação prolongada (injetáveis) 
(acetato de dexametasona, penicilina G benzatina, 
insulina-zinco) 
 Aumentar tempo de contato por exemplo, 
suspensões oftálmicas 
 Mascarar sabor desagradável de fármacos 
(ibuprofeno) 
 Possibilitar administração de fármacos 
insolúveis na forma líquida (preparações 
pediátricas e geriátricas) 
Estabilidade química 
 Fármaco e adjuvantes devem manter 
estabilidade química: 
• Estrutural 
• Não interagir entre si 
• Não interagir com recipientes 
• Manter a potência dentro dos limites 
aceitáveis durante o prazo de validade 
Estabilidade física 
 As partículas dispersas devem ser pequenas e 
uniformes em tamanho. O tamanho reduzido das 
partículas sólidas evita a sedimentação rápida, 
facilita a redispersão e previne a formação de 
cristais – crescimento cristalino 
 Sedimentação lenta (partículas finamente 
divididas e viscosidade adequada do meio) 
 Se as partículas sedimentam, devem ser 
facilmente redispersíveis. Não formar sedimento 
compacto (caking) - formação de sedimento não 
redispersível 
 Não deve ter viscosidade excessiva de forma a 
interferir na redispersão ou dificultar a retirada 
do recipiente 
 A redispersão deve produzir sistema 
homogêneo para garantir uniformidade nas doses 
administradas 
 A formulação final deve ser agradável ao 
paciente quanto ao odor, cor e sabor no caso das 
suspensões orais 
Estabilidade microbiológica: 
 Manutenção da carga microbiana em níveis 
aceitáveis (dentro dos limites) ou 
 Manutenção da esterilidade, se estéril 
USO DE CONSERVANTES 
 Não estéril 
 Estéril múltipla dose 
Física das dispersões 
• Velocidade de sedimentação 
• Sistemas floculado, defloculado e agregado 
• Limites de granulometria de acordo com a via de 
administração 
• Preparação de Suspensões de uso interno e 
externo; correção da viscosidade; adjuvantes 
suspensores 
Velocidade de sedimentação 
 As dispersões podem se apresentar líquidas ou 
semissólidas 
 Dispersões líquidas tem maior viscosidade que 
as soluções, para diminuir a sedimentação da fase 
interna.. 
 Devem ter fórmula ajustada para rápida 
e homogênea redispersão, após breve agitação do 
frasco 
 Aumentar a viscosidade do meio (ex: 
adicionar gel) ou alterar tamanho das partículas da 
suspensão. 
LEI DE STOCKES: fornece informações sobre os 
parâmetros que influenciam a sedimentação das 
partículas em uma suspensão. 
Quando um corpo se move no seio de um fluido 
viscoso a resistência que apresenta o meio 
depende da velocidade relativa e da forma do 
corpo. Uma aplicação prática da fórmula de Stokes 
é a medida da viscosidade de um fluido. 
v =
𝑑2 (𝜌1 − 𝜌2 ) g
18𝑛
 
v = velocidade de sedimentação (cm.s-1); 
d = diâmetro da partícula (cm); 
ρ1 = densidade do sólido (g/mL); 
ρ2 = densidade do líquido (g/mL); 
g = gravidade (980,7 cm.s-2); 
η= viscosidade do meio (g/cm.s ou poise) 
 Quanto maior viscosidade menor a velocidade de 
sedimentação (varia linearmente com a fase 
externa) 
 Quanto maior o tamanho da partícula, maior a 
velocidade de sedimentação. 
 A diferença de densidade entre as fases 
dispersa e dispersante pode afetar a taxa de 
sedimentação. Uma diferença igual a zero, significa 
que não ocorre sedimentação. Como a densidade 
da fase dispersa não pode ser alterada, seria 
necessário aumentar a densidade do meio. O uso 
de alguns modificadores de densidade, como o 
sorbitol e o manitol, pode diminuiressa diferença 
 
Sistemas floculado, defloculado e 
agregado 
Quanto maior energia livre 
 
sistema termodinamicamente instável 
 
farmacotecnicamente viável 
 
energia para manter partículas suspensas 
*termodinamicamente estável: não possui energia 
livre, então não é viável pois não ressuspende 
facilmente as partículas na suspensão 
Partículas muito pequenas melhoram a estabilidade 
física das suspensões, diminuindo a velocidade de 
sedimentação, porém elas normalmente são mais 
difíceis para ressuspender. Partículas maiores, 
por sua vez, decantam mais rapidamente e são 
mais facilmente redispersas. 
AGLOMERADOS OU FLOCULADOS 
 Forças de atração > forças de repulsão 
 Ligações fracas predominam 
 Termodinamicamente instável (maior energia 
livre) e farmacotecnicamente viável. 
 As suspensões floculadas são mais fáceis de 
ressuspender, porém podem apresentar 
problemas para obtenção de doses precisas 
 Uma rápida baixa do Potencial Zeta leva as 
partículas a se reunirem em flóculos, os quais se 
depositam. Origina-se desta forma um sedimento 
pouco compacto, ficando o liquido sobrenadante 
límpido, sem partículas dispersas (suspensão 
floculada) 
DEFLOCULADOS 
 Forças de repulsão > forças de atração 
 Sedimento compacto (caking) 
 É caracterizada pela individualização das 
partículas, ou seja, pela quebra dos aglomerados. 
 Os sistemas defloculados formam sedimentos 
compactos de difícil redispersão (caking). 
 As suspensões floculados são preferíveis às 
defloculadas, do ponto de vista farmacotécnico 
 Essas partículas permanecem suspensas por 
mais tempo, e é formado pouco sedimento, devido 
à força da gravidade. Durante a sedimentação, as 
partículas menores preenchem os espaços vazios 
entre as maiores, e o sedimento de cima 
pressiona as partículas de baixo. Ambas as 
situações aumentam a proximidade das partículas 
que formam um sedimento denso de difícil 
redispersão 
 Solução: adicionar agente floculante ou agente 
polimérico. 
Partículas com Potencial Zeta elevado e uma alta 
carga positiva, à medida que se adiciona o agente 
floculante ocorre a redução da carga, fazendo o 
potencial diminuir até o ponto em que a suspensão 
apresenta o máximo de floculação (condição 
desejada) 
• Floculação controlada (com aditivos) 
 As moléculas de aditivo fazem as partículas de 
pigmento formarem uma rede; nenhum contato 
direto de pigmento com pigmento. 
 Esses floculados "controlados" podem ser 
destruídos por forças baixas de cisalhamento. 
 A dimensão e estabilidade desses "floculados" 
são determinadas pelas propriedades do aditivo -
em especial, através das interações aditivo-aditivo 
e aditivo-partícula. 
 Consideramos isto uma "floculação controlada", 
pois todo o processo é controlado pelo aditivo. 
• Floculação não controlada (sem aditivos) 
 As partículas de pigmento floculado têm 
contato direto umas com as outras e só podem 
ser separados por forças de cisalhamento 
consideráveis. 
 
AGREGADOS 
 Ligações covalentes (muito forte) 
 Divisão do sólido em partículas cada vez 
menores, a energia livre aumenta: tendência à 
agregação e aderência entre as partículas 
 Solução: adicionar tensoativos (diminui força 
interfacial e separa as partículas) 
Limites de granulometria (de acordo 
com a via de administração) 
GRANULOMETRIA: padronização do tamanho de 
partículas 
 O grau de divisão ou a granulometria de pós é 
expresso pelo tamanho da malha do tamis utilizado. 
 Os tamises empregados são de aço inoxidável, 
latão, não sendo permitido o revestimento dos 
fios. 
 A determinação da granulometria de pós é feita 
pelo processo descrito na FBras, com o auxílio de 
tamises, cujas características estão padronizadas. 
 Não há diferença do tamanho de partículas 
para via oral. Via parenteral/muscular/inalatória 
há limite no tamanho das partículas. 
Parenterais e Oftálmicas 
 Tamanho de partícula em torno de 10 μm 
(micronizadas) 
 Distribuição homogênea e de fácil ressuspensão 
 Não deve tender a formar agregados de 
maiores dimensão de partículas 
Preparação de Suspensões de uso 
interno e externo (correção da viscosidade; 
adjuvantes suspensores) 
Na mistura de pós, para facilitar a obtenção de 
misturas homogêneas, recomendam-se as 
seguintes práticas farmacotécnicas: 
 sempre misturar pós de tenuidades 
semelhantes e, se preciso for, deverá haver 
operação de trituração e tamisação para 
homogeneizar o tamanho de partícula; 
 iniciar a mistura com o pó presente na fórmula 
em menor quantidade e ir adicionando os demais 
conforme a ordem de quantidade crescente; 
 usar indicador de mistura (corante permitido) 
quando houver necessidade de misturar pequena 
quantidade de substância ativa a uma grande 
massa de excipiente; 
 empregar a diluição geométrica: técnica que 
garante a homogeneidade das partículas. 
 após mistura dos pós, passar por tamises 
(padronização do tamanho das partículas). 
Componentes essenciais da 
Suspensão 
FÁRMACO: fase dispersa sólida. 
AGENTE SUSPENSOR: deve ser adicionado à 
formulação de modo a aumentar a viscosidade da 
preparação e retardar a sedimentação do 
fármaco. Diminui a velocidade de sedimentação do 
fármaco disperso em um veículo no qual não é 
solúvel. 
AGENTE FLOCULANTE: utilizado para favorecer 
a floculação, que é o processo no qual as 
partículas se agrupam formando aglomerados 
frouxos facilmente redispersíveis. 
 Os agentes floculantes são divididos em 
surfactantes, polímeros hidrofílicos, argilas e 
eletrólitos. 
 Os mais utilizados são Lauril sulfato de sódio, 
docusato sódico, polissorbato 80, monoleato de 
sorbitano, polietilenoglicol 300/400, colóides 
hidrofóbicos (goma xantana, vegum, CMC), argilas 
(bentonita), cloreto de sódio, fosfato diácido de 
potássio. 
AGENTE MOLHANTE (ou umectante): são 
utilizados para auxiliar na dispersão do solido no 
meio líquido. 
 Como exemplo pode-se citar os agentes 
tensoativos (polissorbatos 20,60 e 80), a 
glicerina, o propilenoglicol, o polietilenoglicol de baixo 
PM (PEG 300 ou 400), o sorbitol 70%, dentre 
outros. 
 A umectação de um sólido por um líquido será 
maior quanto menor for o ângulo de contato. 
 Substâncias hidrofílicas são facilmente 
umectadas pela água ou outros solventes polares. 
Substâncias hidrofóbicas não se molham nestas 
condições. Portanto, quando se tem partículas 
hidrofóbicas em meio aquoso, a tendência é que 
elas flutuem na superfície do líquido por causa da 
presença de ar ao redor das partículas secas ou 
pouco umectadas. Isto pode ser evitado com o uso 
de agentes umectantes, que diminuem o ângulo de 
contato solido-liquido, facilitando a umectação das 
partículas solidas 
VEÍCULOS: podem ser compostos por água 
purificada, veículos edulcorados (xarope simples, 
sorbitol) e veículos contendo agentes suspensores 
Agentes Corretivos 
(adjuvantes farmacotécnicos) 
• Agentes Corretivos de pH 
• Corretivos de Cor, Sabor (Edulcorantes) e 
Aroma (Flavorizantes ou Aromatizantes) 
• Antioxidantes, anti-hidrolíticose solubilizantes 
• Conservantes antimicrobianos 
Agentes Corretivos de pH 
 Agentes capazes de modificar e/ou manter o 
pH das formulações são classificados como 
neutralizantes (alcalinizantes e acidulantes) e 
tampões. 
 A variação de pH de uma formulação pode 
causar redução de seu shel flife, seja por 
inativação de ativos por protonação ou 
desprotonação, seja por hidrólise. 
As bases mais utilizadas como alcalinizantes para 
as dispersões são o hidróxido de sódio, 
trietanilamina, hidróxido de cálcio, hidróxido de 
magnésio, hidróxido de amônio, entre outras. 
Os ácidos mais utilizados como acidificantes para 
as dispersões são o ácido clorídrico, ácido 
sulfúrico, ácido nítrico, ácido fosfórico, ácido 
acético e ácido cítrico. 
Há ainda substâncias que dissolvidas em água não 
tem comportamento ácido nem básico. São as 
soluções neutras. São exemplos, o cloreto de sódio 
eo sulfato de sódio em soluções aquosas. 
 Em termos de pré-formulação deve-se 
observar o valor de pH referência do local de 
aplicação do produto para adequar a acidez ou 
alcalinidade da formulação proposta. 
 As soluções de valores de pH baixos ou altos 
podem ser perigosos para os diferentes tecidos. 
Os olhos e as membranas mucosas são propensos 
a sofrer lesões com valor de pHs intermédios, 
enquanto a pele pode ser irritada ou queimada por 
níveis extremos do valor de pH. 
 O valor de pH baixo pode ser perigoso devido a 
acidez. Um pH valor de alto pode ser caustico, e 
pode causar lesões aos tecidos. 
Corretivos de Cor, Sabor e Aroma 
CORANTE: é qualquer composto orgânico ou 
inorgânico, natural ou sintético que, independente 
de possuir ou não atividade farmacológica, é 
adicionado às formas farmacêuticas com a 
finalidade única de corá-las ou de alterar a sua cor 
original. As substâncias corantes utilizadas são de 
dois tipos, os corantes e os pigmentos. 
 A diferença básica entre pigmentos e corantes 
está no tamanho de partícula e na solubilidade no 
meio em que é inserido. 
 Os pigmentos possuem no geral, tamanho de 
partícula maior e são insolúveis em água, enquanto 
corantes são moléculas solúveis em água. 
 Pode afirmar-se que os corantes são 
empregados em soluções e os pigmentos em 
suspensões. Além disso, os pigmentos têm maior 
estabilidade química e térmica que os corantes. 
 A solubilidade do corante pode ser determinada 
pela presença de certos grupos químicos na 
estrutura do composto, os quais podem ocasionar 
as diferenciações entre pigmentos e corantes. 
 Os corantes utilizados são, na sua maioria, de 
origem sintética e podem ser de modo geral, 
classificados em um dos sete grupos químicos, 
descritos a seguir: Grupo Indigoide; Grupo Xantina; 
Grupo Azo; Grupo Nitro; Grupo Trifenilmetano; 
Grupo Quinolona; e Grupo Antraquinona. 
EDULCORANTES (ADOÇANTES): Os edulcorantes 
são usados para edulcorar (adoçar) a preparação. 
 Muitos agentes são utilizados como 
edulcorantes, incluindo a sacarose, dextrose 
(glicose), xarope de milho, sorbitol, manitol e outros 
açúcares. 
 Normalmente estes açúcares são empregados 
em grandes concentrações, influenciando na 
viscosidade do veículo e podendo retardar a 
velocidade de dissolução de alguns fármacos. 
 Edulcorantes não-calóricos (por exemplo, o 
aspartame, sacarina, ciclamato sódico, açúcar, 
acesulfamede potássio, sucralose, esteviosídeo) 
também podem ser empregados, com a vantagem 
de apresentarem poder adoçante muito maior do 
que os açúcares . 
FLAVORIZAR (CORRIGIR SABOR E AROMA), 
EDULCORAR E COLORIR UMA PREPARAÇÃO 
FARMACÊUTICA PARA ADMINISTRAÇÃO ORAL: 
É fator preponderante à adesão terapêutica pelo 
paciente, especialmente o pediátrico. Portanto, o 
farmacêutico tem como desafio desenvolver 
técnicas e recursos para realizar a combinação 
harmônica dos aditivos. 
Antioxidantes, anti-hidrolíticos e 
solubilizantes 
 A oxidação é um processo que leva à 
decomposição da matéria-prima, com perda de 
sua função. 
 A luz, o ar, o calor, a presença de 
contaminantes do meio (catalisadores/metais 
pesados) e o pH do meio, são os agentes 
desencadeadores deste processo. 
 O mecanismo de oxidação inicia-se com a 
formação de radicais livres. 
AGENTES ANTIOXIDANTES: são substâncias 
capazes de preservar a formulação de qualquer 
processo oxidativo. 
 São capazes de inibir a deterioração oxidativa 
(destruição por ação do oxigênio) de produtos 
(fármaco ou cosméticos ou alimentos), 
interferindo no desenvolvimento de ranço 
oxidativo em óleos e gorduras ou inativação de 
medicamentos. 
Mecanismos: 
 Antioxidantes que atuam interrompendo a 
formação das cadeias de radicais livres 
(antioxidantes verdadeiros), isto é, atuam 
interrompendo a cadeia da reação através da 
doação de elétrons ou hidrogênio aos radicais 
livres, convertendo-os em produtos 
termodinamicamente estáveis e/ou reagindo com 
os radicais livres, formando complexo lipídio-
antioxidante que pode reagir com outro radical 
livre: BHA, BHT, α-tocoferol (vitamina E) e 
propilgalato. 
 Atuam sofrendo oxidação (agentes redutores): 
Metabissulfitode sódio, Bissulfitode sódio, 
Ditionitode sódio, Ácido ascórbico (vitamina C) e 
Palmitato de ascorbila. 
 Antioxidantes que atuam por mecanismos 
preventivos (antioxidantes sinergistas) 
promovendo a atividade dos antioxidantes: Ácido 
cítrico, Ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), 
Cisteína, glutatione metionina. 
Conservantes antimicrobianos 
 A escolha do conservante ou sistema 
conservante antimicrobiano adequado vai 
depender da forma farmacêutica, da natureza 
química dos componentes da fórmula e do pH da 
preparação. 
 É importante considerar que a conservação de 
preparações cosméticas e bases galênicas 
dependerão da escolha adequada do sistema 
conservante. A eficácia do sistema conservante 
dependerá do espectro de atividade 
antimicrobiano do conservante escolhido, da faixa 
de pH da formulação, compatibilidade com outros 
ingredientes da formulação e de fatores 
dependentes da técnica de preparo (por exemplo, 
temperatura). 
 A utilização de um sistema conservante 
contemplando a associação de conservantes 
eficazes contra fungos e bactérias Gram 
positivas e Gram negativas (por exemplo, 
parabenos em associação com imidazolidiniluréia; 
parabenos em associação com fenoxietanol; 
parabenos em associação com Bronopol ) 
corretamente formulados seria mais eficaz do 
que a utilização de um único sistema conservante 
formado, por exemplo, somente pelos tradicionais 
parabenos (metilparabeno e propilparabeno). 
 Os parabenos são bons conservantes, porém 
são mais ativos contra bolores e leveduras 
(antifúngicos) e contra bactérias Gram positivas, 
não sendo eficazes contra bactérias Gram 
negativas, incluindo contra a Pseudomonas. 
Fatores que afetam a 
estabilidade das suspensões 
Energia livre do sistema (df): 
 Na divisão do sólido em partículas cada vez 
menores, a energia livre aumenta: tendência à 
agregação e aderência entre as partículas: 
df =  S−L .A 
S-L = tensão interfacial sólido-líquido 
A = superfície total do sólido 
 IDEAL= df TENDENDO A ZERO ( > estabilidade) 
 diminui se a tensão interfacial (S-L ) diminui 
 SOLUÇÃO: adicionar tensoativos 
Molhabilidade das partículas 
suspensas: 
 Conforme o ângulo de contato da partícula com 
o veículo: 
• Totalmente molhável (0°) 
• Totalmente não molhável (180°) 
• Molhabilidade intermediária (0 a 180°) 
 As partículas poderão sofrer flutuação ou 
cremagem se o ângulo de contato com o meio 
dispersor for diferente de 0° 
 SOLUÇÃO: adicionar tensoativos com função 
molhante 
Crescimento dos cristais 
 O tamanho das partículas pode aumentar 
quando a atividade termodinâmica na fase sólida é 
menor que na líquida, ou seja, sua concentração 
em solução é maior que sua solubilidade: 
 Essa ocorrência pode ser devida a: 
• Variação da temperatura 
(armazenamento) 
• Polimorfismo do sólido em suspensão 
• Diferentes tamanhos de cristais 
• Presença de material cristalino ou amorfo 
além do fármaco 
 SOLUÇÃO: evitar esses fatores 
Sedimentação 
 É a tendência das partículas suspensas no 
meio líquido em depositar no fundo do recipiente 
por ação da gravidade. 
 A Lei de Stokes explica o fenômeno 
 SOLUÇÃO: aumentar a viscosidade do veículo 
com agentes suspensores 
Reologia (propriedade de fluxo) 
 O aumento da viscosidade do veículo tem sido o 
recurso mais empregado para melhoria da 
estabilidade das suspensões. 
 Limitações: 
• Escoamento no enchimento e 
administração 
• Espalhamento adequado (uso tópico) 
• Passagem por seringas e agulhas 
(injetáveis) 
Redispersibilidade 
 As partículas da fase interna tendem a 
sedimentar com a ação da gravidade e esse 
processo pode ocorrer de duas formas: 
Isolada - sedimento compacto caking (não 
ressuspende) 
Aglomerada - sedimento floculado(ressuspende) 
 Na sedimentação, há a interação de forças que 
atuam sobre as partículas: 
De atração: London Van der Waals que tendem a 
aproximar as partículas em agregados. São forças 
fracas 
De repulsão: resultantes da carga eletrostática 
superficial das partículas. Forças iônicas. 
Cargas eletrostáticas (potencial 
Zeta) 
 As cargas eletrostáticas (+ ou -) na superfície 
das partículas são devidas a: 
• Ionização das moléculas na superfície; 
• Adsorção de íons do meio líquido. 
 Essas cargas são responsáveis pela formação 
do potencial Zeta, que pode ser medido em célula 
eletrostática. 
 Quanto maior o potencial Zeta, maiores as 
forças de repulsão entre as partículas e maior é 
a tendência de um sedimento compacto (caking). 
 SOLUÇÃO: redução do potencial Zeta: adição de 
agentes floculantes que são: 
• íons de cargas opostas (até certo ponto) 
• polímeros hidrofílicos: formam uma 
camada protetora 
 
Forças de atração > forças de repulsão 
• Ligações fracas predominam 
• AGLOMERADOS OU FLÓCULOS 
Forças de repulsão > forças de atração 
• Sedimento compacto (caking) 
• SISTEMA DESFLOCULADO 
Composição das suspensões 
Fármaco insolúvel ou pouco solúvel 
 Tamanho de partícula: importância na absorção 
(oral), irritação (tópica e oftálmicas). 
 Submeter à subdivisão ou micronização, se 
necessário. 
Veículos: 
• Água 
• Óleos: óleo de milho, óleo de soja, vaselina 
líquida 
• Sorbitol 
• Xarope 
• Base emulsiva 
Agentes molhantes: 
TENSOATIVOS: diminuem a tensão superficial. São 
preferíveis os não iônicos: Tweens e Spans 
 Substâncias macromoleculares hidrofílicas: 
glicerina, sorbitol, CMC, gomas 
 Substâncias hidrofílicas inorgânicas insolúveis: 
bentonita (tipo de argila), Veegum (silicato de 
magnésio e alumínio), hidróxido de alumínio, Aerosil 
(dióxido de silício coloidal) 
AGENTES SUSPENSORES: usados para aumentar a 
viscosidade da preparação e retardar a 
sedimentação do fármaco, mas também evitam a 
flutuação (têm afinidade pela interface) e 
favorecem a redispersibilidade (coloides 
protetores, formando uma película ao redor das 
partículas) 
 Polissacarídeos: gomas arábica (5 a 15%), 
adragante (1 a 2%), caraia; alginatos (de sódio); 
pectina, gelatina; 
 Celuloses solúveis em água: metilcelulose (0,5 a 
2,0%); etilcelulose; hidroxietil celulose; CMC (2 a 
3%), celulose microcristalina; 
 Argilas: bentonita (2 a 5%); atapulgita, Veegum® 
 Polímeros sintéticos: carbomeros (Carbopol de 
0,1 a 0,4%); álcool polivinílico (Kollidon®); dióxido de 
silício coloidal (1,5 a 4%) 
 Outros: Viscosol® (amidoglicolato de sódio – 
2%), lecitina, povidona 
 
 
xaropes 
 Preparações farmacêuticas aquosas e límpidas 
que contêm altas concentrações de açúcar, com 
ou sem flavorizantes (agente que confere um 
aroma característico à formulação) 
 Contêm açúcar como a sacarose em 
concentrações próxima da saturação, formando 
uma solução hipertônica. 
 Forma farmacêutica líquida resultante da 
mistura de água e açúcar, podendo conter 
também flavorizantes/aromatizantes (morango, 
framboesa) 
 Apropriado para fármacos hidrossolúveis 
 Preparação aquosa contendo açúcares que lhe 
dá uma consistência própria, assegura a sua 
conservação e mascara as características 
organolépticas desagradáveis de princípios ativos 
nela contido. 
 Pode-se distinguir dois grandes grupos de 
xaropes: 
Xaropes Simples: apresentam em sua constituição 
apenas açúcar e água. Servem em geral como 
veículos para substâncias medicamentosas. 
Xaropes medicamentosos: contêm já algum 
fármaco incluído 
 Viscosidade é essencial (facilita a administração 
e garante homogeneidade de dose) 
CONTROLE DA VISCOSIDADE 
Uso de espessantes: 
• Açúcares em alta concentração 
• Polímeros naturais ou semissintéticos 
(derivados celulósicos) 
VANTAGENS 
 Possibilidade de correção de sabor (efeito 
edulcorante ) 
 Boa conservação (formulação 
autopreservantes) 
DESVANTAGENS 
 Restrição de uso em diabéticos 
 Engordativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
emulsões 
 São dispersões de duas fases de uma mistura 
não miscíveis entre si, que com o auxílio de um 
agente tensoativo, um emulsionante, são capazes 
de formar um sistema homogêneo. 
 As emulsões podem ser administradas pelas vias 
oral, parenteral, intramuscular, intravenosa e 
tópica. 
 As emulsões podem ser de quatro tipos: 
• Óleo/água – Formulação de óleo disperso 
em água, esse é o tipo de emulsão mais 
utilizada. 
• Água/óleo – Formulação de água dispersa 
em óleo, é comumente empregada em 
produtos cosméticos devido à sua maior 
espalhabilidade. 
• Emulsões múltiplas – Formulações com 
propriedades mistas, tanto óleo/água 
quanto água/óleo, por isso formam 
sistemas óleo/água/óleo e 
água/óleo/água. 
• Microemulsões – Formulações compostas 
por partículas finamente divididas 
elaboradas com altas concentrações de 
emulsionantes, o que garante uma 
propriedade de alta permeabilidade 
cutânea.

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