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Resumo Fisiologia Renal - Regulação da Filtração Glomerular

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Regulação da filtração glomerular 
• Rins e o débito cardíaco 
Os rins recebem de 20 a 25% do débito cardíaco em repouso, e como os rins representam apenas 0,4% 
do peso corporal, permitindo compreender que os rins recebem uma parcela significativa do total de volume 
do sangue, tendo em vista, a lógica mediante as funções dos rins. 
• Fração de filtração 
O volume de plasma que entra na arteríola aferente, cerca de 20% é filtrado e 80%, continua para a 
arteríola eferente, e desses 20%, amis que 19% do líquido é absorvido no restante do néfron, sendo que 
menos de 1% desse volume perpassado pelo restante do néfron, é excretado para o meio externo. Portanto, 
mais de 99% do plasma que entra nos rins retorna à circulação sistêmica sem ser filtrado, sendo seu trajeto 
de circulação da arteríola aferente para a arteríola eferente e para os capilares peritubulares. 
O fluxo sanguíneo pode ser controlado e este controle induz reflexo na pressão do ultrafiltrado e a taxa de 
filtração, então se acontece o aumento de fluxo, tem-se o aumento da pressão e a filtração, principalmente 
no trecho proximal das arteríolas. Para induz esse aumento, tem-se a manipulação das vias de entrada ou 
de saída, controlando a vasopressão, ou vasomotricidade (vasoconstrição ou vasodilatação). Do ponto de 
vista fisiológico, o local primordial onde acontece essa alteração da vasomotricidade é na arteríola aferente. 
É possível perceber que quando o fluxo sanguíneo renal aumenta (nível onde acontece a filtração), a taxa 
de filtração glomerular também é aumenta. Quando se cria uma estratégia para estabilizar o fluxo sanguíneo 
renal, a taxa também se estabiliza, bem como a redução. 
Se acontece uma constrição pontual na arteríola aferente, porque o fluxo de sangue encontra oposição e 
é desviado para vasos de menor resistência, diminuindo o volume de sangue no ponto a frente da constrição, 
a tendência é que o fluxo de sangue seja diminuído, diminuindo o componente hidrostático, induzindo a 
redução da puf, reduzindo a taxa de filtração glomerular. Se o calibre da aferente é mantido, e tem-se a 
dilatação da aferente, tem-se uma redução da pressão do ultrafiltrado glomerular, e consequentemente, 
menor taxa de filtração glomerular, apresentando uma via de baixa resistência fazendo com que o 
componente hidráulico de pressão caia. 
Se ocorre uma dilatação na arteríola aferente, o fluxo á aumentado e a taxa de filtração glomerular. Já se 
a constrição é induzida na porção da arteríola eferente, tem-se aumento da resistência no vaso de saída e 
o aumento da pressão no capilar glomerular. 
É importante salientar que a maioria das regulação envolve dilatação ou constrição da aferente, constituindo 
o principal ponto de regulação. Porque é exatamente o local de aporte do fluxo de sangue. A autorregulação 
mantém uma taxa de filtração glomerular quase constante quando a pressão arterial média está entre 80 e 
150 mmHg. Tal regulação é relacionada com o aparato justaglomerular, porção que faz contato com a 
arteríola aferente. 
Então se tem a pressão arterial média em função da taxa de filtração. Quando o indivíduo está com pressão 
elevada, ele está com excesso de volume circulante (hipervolêmico), tem-se o aumento da taxa de filtração 
glomerular, constituindo uma forma de excretar o excesso de volume presente no organismo. Já quando o 
indivíduo está com pressão baixa (hipovolêmico), então tem-se redução da taxa de filtração glomerular, 
visando excretar menos volume, como casos de hemorragia, porque o indivíduo não pode perder mais 
líquido. Todas as circunstâncias apresentadas, são fora da faixa de autorregulação. Em casos de hemorragia, 
tem-se controle da hemorragia e reposição do volume, contudo, soro fisiológico não carreia oxigênio, 
portanto, é necessário a aplicação de bolsas de sangue. 
Na faixa de autorregulação a arteríola aferente permanece em constante alteração nos estágios de 
contrição e dilatação de acordo com as variações na taxa de filtração glomerular, promovendo maior ou 
menos distribuição do fluxo sanguíneo. É altamente desejável que a taxa de filtração glomerular se mantenha 
constante diante de flutuações da pressão arterial, então constante o néfron está em estágios de regulação 
visando manter a taxa de filtração constante. 
Dentro da faixa de autorregulação, mexendo com a arteríola aferente, tem-se a chamada resposta 
miogênica. A pressão arterial aumento dentro da faixa e a taxa de filtração aumenta também. Na 
hemodinâmica, tem-se uma sigla chamada a variação de pressão sobre resistência. Portanto, para manter 
uma taxa constante, então aumento do fluxo induz a maior pressão que induz o estiramento, esse 
estiramento induz a abertura de canais iônicos e se tem a contração do músculo liso, reestabelecendo a 
resistência e diminuindo o fluxo, constituindo a resposta miogênica. Ela não acontece usualmente na ação 
inversa, quando o lúmen é diminuído, a vasodilatação não acontece, portanto, a resposta miogênica só 
acontece em relação à contração. 
• Mecanismo de feedback justaglomerular 
Esse aparato é a comunicação entre as células da transição p o início do túbulo distal e as células mesangiais, 
células da mácula densa e as células que estão à nível de arteríola aferente, porque a população dessas 
células é maior na aferente do que na eferente, visto que a regulação é principalmente na aferente, 
confirmando que a regulação é a aferente, que recebe o fluxo sanguíneo. 
Quando o fluxo de fluído é aumentado pela maior taxa de filtração, é detectado pela mácula densa e ela 
induz a liberação de uma substância parácrina que sinaliza para a arteríola aferente, promovendo uma 
constrição que aumenta a resistência na aferente, diminuindo a puf, que diminui a taxa de filtração. 
Significando que a taxa que aumentou para 190, retorna para 180. Nesse caso, os canais de sódio não são 
ativados pelo estiramento, mas sim em decorrência da maior presença de espécies iônicas devido à maior 
quantidade de fluído na mácula densa, então esse funcionamento é acoplado com a sódio-potássio-atpase 
e se tem maior hidrólise do ATP, consequentemente, ocorre maior formação de ADP e de AMP, adenosina 
monofosfato, que faz com que ela se ligue ao seu receptor de adenosina presente nas células mesangiais 
extraglomerulares. Essa interação da adenosina, aumenta a disponibilidade de cálcio, que se difunde até a 
célula granular, e essa é uma célula muscular lisa modificada, podendo contrair (vasoconstrição: aumento da 
resistência e tal) e secretar algo. O aumento do cálcio além de induz a vasoconstrição, reduz a secreção de 
renina. Portanto, a adenosina promove vasoconstrição da arteríola aferente. Pode acontecer que além da 
adenosina, escape o ATP ou ADP, então a c. mesangial possui uma enzima chamada 5’-nucleotidase, que 
faz a quebra do ATP em adenosina livre, e quem se liga ao receptor é a adenosina. 
Se a taxa reduziu, a taxa de filtração e pressão diminuem, então se tem diminuição do fluxo do fluído no 
túbulo, diminuindo o fluxo de fluído que passa pela mácula densa e agora, outra substância parácrina entra 
em jogo que também se difunde, induzindo causar a vasodilatação pela diminuição da resistência, 
aumentando a puf e a taxa de filtração. O fato é que se tem a prostaglandina no meio, mas o candidato que 
atua como vaso dilatador, tem-se a liberação do óxido nítrico (vasodilatação em nível de arteríola aferente), 
talvez, envolve transporte pelo tríplice da mácula densa, sinalização intracelular. 
Além da regulação intrínseca, não dependendo do simpático, inclusive o transplantado renal que não possui 
ligação do simpático, ele continua mantendo todos esses mecanismos. Contudo, pode haver regulação 
extrínseca, como a ANG II promovendo vasoconstrição, aldosterona, prostaglandinas. 
As terminações simpáticas que regulam a vasoconstrição estão em maior quantidade na aferente do que 
na eferente, constituindo uma constrição pontual apenas na aferente, tãointensa quando o indivíduo está 
em hemorragia, gerando uma taxa de filtração quase de zero. 
Portanto a regulação acontece por regulação intrínseca (aparato justaglomerular) e extrínseca pelo simpático 
(aferente).

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