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Atividades Complementares 2019 UNIP 1

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INVICTUS
Direção: Clint Eastwood
Ano: 2009
O filme conta a história a partir da eleição de Nelson Mandela (Morgan Freeman) para presidente da África do Sul, quando o país ainda mantinha resquícios do apartheid. Para contornar a grave situação social e econômica, Mandela se une ao time nacional de rúgbi. Este filme é interessante para os Administradores, pois o presidente Mandela terá uma relação próxima com o capitão do time, atuando como coach não para dar respostas, mas para fazer o atleta refletir sobre as situações e mudar seus comportamentos.
O uso político do esporte na África do Sul é reconhecido como um dos mais bem sucedido. O filme Invictus explorou o assunto, narrando ficcionalmente os esforços do governo Mandela (1994-1999) para promover a reconciliação racial através da Copa do Mundo de Rúgbi, realizada em 1995. Este trabalho o toma como objeto de análise, refletindo, a um só tempo, sobre as circunstâncias ao qual a obra se remete e sobre o contexto no qual ela foi produzida. O filme, então, é apontado como uma alegoria sobre os problemas norte-americanos, especialmente aqueles relacionados à imigração e ao multiculturalismo.
AMOR SEM ESCALAS
Ano: 2010
Direção: Jason Reitman
Ryan Bingham (George Clooney) é um executivo que viaja o mundo com a missão de demitir trabalhadores de empresas multinacionais. Por estar acostumado com o desespero e a angústia, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Ele viaja para todas as cidades dos Estados Unidos demitindo pessoas. Mas seu chefe decide contratar Natalei Keener (Anna Kendrick), profissional que desenvolveu um sistema de demissão por videoconferência e, caso o sistema seja implementado, Ryan corre o risco de ficar sem emprego. Entra em cena um conflito entre gerência tradicional e gerência nova, que salta das escolas de negócios transformando as relações. George Clooney (o protagonista) representa a geração que se defende muito bem das mudanças tecnológicas e consegue, nesse sentido, se sustentar.
Outro conflito presente é o da comunicação. O personagem tem um esquema de comunicação em que não escuta, não lê os sinais, o que resulta em um grande erro, mostra um problema psicológico do personagem. Ao fazer essa coisa tão horrível que é despedir as pessoas, se protege viajando constantemente sem ter relações interpessoais constantes. Assim, desenvolve uma armadura para não se comprometer emocionalmente com ninguém, e quando se compromete já é tarde.
O filme mostra um período de grande recessão econômica com bastante realismo. Inclusive, os demitidos que aparecem em cena não são atores, mas pessoas reais que haviam perdido o trabalho recentemente.
UM SONHO POSSÍVEL
Direção: John Lee Hancock
Ano: 2009
O jovem negro Michal Oher (Quinton Aaron) cresceu em lares adotivos. Sua vida muda quando ele conhece Leigh Ann (Sandra Bullock). Ela e sua família decidem apostar no potencial de Michael, dando-lhe uma família, uma escola e a chance de jogar no time de futebol. O filme aborda temas como superação, esperança e como é importante a pessoa acreditar nela mesma. Além disso, nos faz perceber que existem muitos talentos escondidos na empresa, esperando apenas uma oportunidade para fazer a diferença.
Baseado em uma história real, o filme conta a história de Michael Oher, jovem negro, filho de uma mãe viciada. Certa vez, é convidado pela família de Leigh Anne Tuohy, milionários, para passar a noite em sua casa, pois estava tentando se esconder da chuva, e não tinha para onde ir. Porém, Michael não tinha ideia que aquele dia mudaria para sempre a sua vida, tornando-se, mais tarde, um astro do futebol americano.
A professora de Biologia, em seu primeiro dia de aula, passa uma prova para a turma, com o objetivo de verificar o que os alunos lembram-se dos conteúdos estudados no ano anterior. Após o sinal, todos saem, entretanto Michael permanece na sala. A professora constata que ele não resolveu nenhuma questão, apenas escreveu o nome e desenhou um barquinho no verso da prova. O trecho permite refletir a respeito da importância do professor aplicar a avaliação diagnóstica à turma como ponto de partida para retomar conteúdos não aprendidos e conhecer os alunos. Permite, também, iniciar uma discussão sobre os encaminhamentos possíveis para alunos que não conseguem realizar uma prova.
São os sonhos que servem de combustível para movimentar as engrenagens da vida, tanto os individuais quanto os coletivos. Um Sonho Possível, em grande parte, fala sobre isso, mas principalmente sobre os desejos que vão se desenvolvendo a cada novo minuto e que começam a se transformar em ideais, filosofias, realizações, e eventualmente, em histeria coletiva. Temos estes anseios pra nós mesmos, depois para nossa família e, com o tempo, podem se estender a qualquer pessoa que chame nossa atenção de uma forma mais especial. Não importa seu tamanho ou o grau de dificuldade, o importante é sempre continuar correndo atrás deles.
O HOMEM QUE MUDOU O JOGO
Direção: Bennett Miller
Ano: 2011
Esse é mais um filme que usa o esporte para nos ensinar importantes lições que valem para a vida pessoal e profissional. A película conta a história de um time de baseball com orçamento modesto que vem perdendo importantes atletas. O gerente do time, Billy Beane (Brad Pit) tenta conter os problemas, mas sem sucesso até conhecer Peter Brand (Jonha Hll). Beane adota as ideias de Brand e decide abrir mão de velhos conceitos de administração e passa a contratar jogadores pelo método defendido por Brand. A metodologia dá certo e o time vence vários jogos. O filme mostra como lidar com mudança, aborda princípios, obstinação, perseverança, além de deixar a mensagem da possibilidade de mudar o rumo das nossas vidas a partir da crença e da defesa inabalável de um princípio.
Ainda, Moneyball conta a história da temporada 2002 do time de beiseball de Oakland, uma equipe que subiu para a notoriedade por causa de sua folha de pagamento baixo e seleção de jogadores não-ortodoxas. Billy Beane (Brad Pitt), um ex-jogador que virou diretor-geral da equipe, se cansa do antigo formato de contratações. Afinal, Billy têm a sua disposição um orçamento muito baixo para montar um time com "jogadores-estrelas". Quando uma transação dá errado, ele se depara com o assistente Peter Brand (Jonah Hill), formado em economia na Universidade de Yale. Peter acredita em um sistema de classificação para os jogadores com base em números e estatísticas de desempenho. 
Billy contrata Peter e os dois começam a negociar, assinar a preparação da equipe com base em dados, não "scouting", algo que os outros membros da equipe não estão acostumados, incluindo Art Howe (Philip Seymour Hoffman), treinador da equipe. O Sistema de Billy e Peter desafia a lógica de beisebol atual.
O filme é baseado no livro "Moneyball, que por sua vez é baseado na história verdadeira de Billy Beane, gerente geral do time de beisebol do Oakland Athletics. Esse é um detalhe importante na trama, o roteiro é baseado em fatos verídicos, o que oferece força e dramaticidade aos futuros acontecimentos. A estrutura do filme é centrada principalmente em Billy Beane, tendo como partes mais interessante as cenas sobre o revolucionário sistema de contratações e aproveitamento diversificado dos jogadores. Peter explica o funcionamento do sistema e tem que esmiuçá-lo ainda mais para Beane, abastecendo-o com dados e informações cheias de detalhes importantes, definição e aproveitamento de jogadas.
DE PERNAS PRO AR
Direção: Roberto Santucci 
Ano: 2010
O filme mostra a vida de Alice (Ingrid Guimarães), uma mulher workaholic que perde o emprego e o marido no mesmo dia. Mas tudo muda quando ela conhece a vizinha, que é dona de um sex shop em decadência. Alice percebe que o negócio está de mal a pior por falta gestão e decide, então, virar sócia da amiga. Como tem amplo conhecimento na área de administração, ela consegue alavancar as vendas do sex shop e descobre que é possível dar a volta por cima, ser uma profissional de sucesso e ainda ter tempo paraa família.
Na comédia brasileira, Ingrid Guimarães interpreta Alice, uma mulher workaholic (viciada em trabalho). Diante das adversidades, Alice identifica uma oportunidade. Seu lado empreendedor se aflora. Ela cria estratégias, alavanca as vendas dos produtos e torna o negócio um sucesso. A trama não se desenvolve somente na vida empresarial mas, também, na familiar. Como conciliar os negócios e a família. 
A FUGA DAS GALINHAS
Direção: Peter Lord e Nick Park
Ano: 2000
Esta é uma animação britânica que conta a história de uma galinha que decide fugir do galinheiro após descobrir que seu futuro é virar comida. Ela e seus amigos vão viver várias aventuras para conseguirem alcançar seus objetivos. O filme é interessante para os Administradores, pois traz lições como trabalho em equipe, estratégia e criatividade.
Após descobrir que seu futuro é virar comida, Rocky e Ginger, duas galinhas com o sonho de ter uma vida fora do galinheiro, arquitetam um plano de fuga influenciando todos ao seu redor. Traz lições sobre trabalho em equipe, estratégia e criatividade.
Na corrida contra o tempo enfrentam riscos que se desenrolam em uma grande aventura. As galinhas precisam trabalhar em equipe, usar a criatividade (empreender) e criar estratégias para escapar, literalmente, da panela.
A figura de Ginger, o líder do galinheiro, é fundamental para que ele mantenha os demais motivados, já que precisa combater alguns discursos pessimistas. Com determinação e gestão ele luta para que seu plano seja bem sucedido.
A animação foi considerada um dos melhores filmes que abordam gestão de pessoas, perfil de liderança, temperamento, coletividade, e por fim, e empreendedorismo. 
MONSTROS SA
Direção: Pete Docter
Ano: 2001
Neste filme, Mike e Sulley são monstros empregados da empresa Monstros S/A. A energia que a empresa gera provém dos gritos das crianças, mas como elas já não se assustam mais, o lucro da empresa começa a cair. O filme fala de reorganização na empresa, além de mostrar como é possível superar dificuldades se soubermos enxergar oportunidades, mesmo diante da crise.
Sulley, o monstro mais bem sucedido, perde sua paz quando Boo, uma menininha invade o mundo dos monstros. Ele une suas forças para mandá-la de volta para casa e resolver os problemas. Porém, ele descobre que o riso dela também é capaz de gerar energia e seu maior desafio agora é quebrar com os preceitos e convicções antigas da empresa. 
Contra toda lógica, o monstrão Sulley se apega à menininha, e vice-versa. Figurinha rara, ela arrasa com toda a rotina da vida dele e do amigo Wazowski, que vão lutar contra colegas realmente vilões na tentativa de devolver Boo ao seu lar.
A história faz o retrato irônico do mundo empresarial, neste caso, povoado de monstros. Os personagens diante de uma crise, lutam para inovar a forma de produção e trabalho, rompem barreiras e se reorganizam em um mundo de constantes mudanças. Em equipe, enfrentam os desafios que surgem.
A grande sacada da história é esse retrato irônico do mundo empresarial, povoado de monstros, inofensivos ou não – caso do chefão maior, Henry Waternoose, um ser cheio de olhos e patas.
O equilíbrio desse mundo bizarro é rompido quando uma criança, a menininha Boo, o invade – o que cria o pavor de uma “contaminação”. Reza a lenda na Monstrolândia que nada pode ser trazido do mundo dos humanos, nem mesmo uma meia ou brinquedo, sem que entre em cena uma escandalosa desinfecção, realizada por um pelotão de monstrengos vestidos de amarelo.
COACH CARTER - TREINO PARA A VIDA
Direção: Thomas Carter
Ano: 2005
O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade.
No local, ele precisa enfrentar a desmotivação de pais e alunos. Mesmo assim, ele consegue impor um rígido regime que, além de ajudar a melhorar as notas dos alunos, leva o time da escola a ganhar vários títulos. O filme fala sobre liderança e do papel do líder para o bom trabalho em equipe.
As lições que o filme Coach Carter nos ensina
Muito além de um filme sobre esportes, Coach Carter é uma obra-prima da liderança que tem grandes lições a ensinar.
Ser líder vai muito além de dar ordens
O verdadeiro líder não se limita a distribuir ordens e esperar que sejam acatadas, como na figura convencional do “chefe” que ainda permeia nosso imaginário.
Na verdade, a própria liderança pode ser definida como “um processo de influência social que maximiza os esforços dos outros em direção ao atingimento de objetivos em comum”.
A frase é do Dr. Travis Bradberry, coautor do best-seller Inteligência Emocional 2.0 (HSM, 2016), que faz questão de ressaltar que ser líder não tem nada a ver com hierarquias, títulos ou senioridade.
A essência da liderança está na capacidade de guiar pessoas e gerenciar suas competências, de modo que atinjam metas preestabelecidas.
No caso do treinador Carter, por mais que o estilo “autoritário” seja indispensável para lidar com adolescentes marginalizados, toda imposição tem um propósito claro e uma visão nobre por trás.
Há momentos em que o líder precisa se impor para conquistar respeito, mas suas ordens nunca serão vazias de significado.
Pelo contrário: cada movimento é calculado para chegar a um resultado específico.
Muitas vezes, esse resultado é um bem maior que favorece todos os envolvidos, ainda que não enxerguem suas implicações no início do processo.
Para Carter, toda ordem e direcionamento tinha a função de impulsionar os jovens em direção a um futuro melhor, e não meramente reforçar sua autoridade.
É preciso trabalhar as fraquezas para fortalecê-las
Todo líder precisa reconhecer os pontos fortes e fracos de seus subordinados, a fim de desenvolver cada indivíduo de acordo com suas particularidades.
Em última análise, é papel do líder levar as pessoas a atingirem seu pleno potencial, mostrando o caminho da superação e do autoconhecimento.
O coach Carter, por exemplo, se deparou com a realidade precária dos jovens e conseguiu enxergar suas vulnerabilidades.
Famílias desestruturadas, um sistema de ensino falido e a ameaça constante do crime não impediram o técnico de trabalhar as fraquezas dos alunos e acreditar em seu fortalecimento.
Antes do treinador, os jogadores não se dedicavam suficientemente ao esporte nem à escola, mas uma liderança transformadora foi capaz de mudar suas vidas para sempre.
Bastou um direcionamento profissional para que eles levassem os estudos a sério e alcançassem resultados inéditos no basquete.
Mas, para isso, Carter teve que se aprofundar nos pontos fracos de cada um deles e encontrar uma forma de superá-los.
Temos o costume de priorizar nossas forças e ignorar as deficiências, quando na verdade deveríamos focar justamente no que não fazemos bem.
Os bons líderes sabem disso e procuram equilibrar as qualidades e defeitos para alcançar um desempenho superior.
É preciso respeitar para ser respeitado
A hierarquia é uma realidade inegável em nossa sociedade, mas o respeito é um valor obrigatório que deve reger todas as relações – independentemente da posição hierárquica.
Os grandes líderes são admirados porque conquistam a credibilidade de seus subordinados, e para isso também demonstram respeito em todas as suas atitudes.
No filme, vemos um treinador que precisou assumir uma postura firme e rigorosa, mantendo-se inabalável na relação com os adolescentes.
Mesmo quandoCarter sofre uma ameaça de agressão, ele responde de igual para igual, mostrando que está disposto a se defender diante do confronto iminente.
A seriedade com que o treinador lida com a situação é intimidadora, mas ao mesmo tempo respeitosa, pois leva em consideração os limites dos jovens durante o conflito.
Além disso, um líder jamais recorreria à humilhação ou escárnio de seu subordinado, porque estaria rompendo com a relação de confiança que embasa a liderança.
É possível ser bastante severo, caso a situação exija, sem apelar para o desrespeito, como nos prova Carter.
A disciplina é essencial para alcançar objetivos
Ao contrário do que diz o senso comum, disciplinar alguém significa conduzir essa pessoa ao caminho correto, e não aplicar castigos para dar uma lição.
A própria palavra disciplina vem do latim disciplina, que indica o ato de instruir, e também deriva de discipulus, representando o ensino que os discípulos recebiam de seus mestres.
Assim, o líder deve mostrar que a disciplina é fundamental para alcançar qualquer objetivo desejado, pois é reflexo direto do comprometimento consigo mesmo e com a equipe.
O coach Carter usa a disciplina na proporção necessária para mudar o comportamento de jovens acostumados ao caos, à desordem e à falta de perspectiva.
Para os jogadores do filme, a única forma de garantir um futuro diferente é enfrentar sua própria realidade e assumir a responsabilidade pelo seu destino.
Considerando o ambiente impróprio em que viviam e a absoluta falta de apoio, a disciplina foi crucial para seguir adiante no difícil caminho da mudança.
É preciso respeitar o mundo do outro
Os líderes são gestores de pessoas por excelência, e por isso sabem que cada indivíduo tem uma personalidade, história, hábitos e preferências únicos.
Faz parte da abordagem de liderança compreender esse universo particular e manter o devido respeito às diferenças, coordenando equipes diversas em prol de objetivos em comum.
Na verdade, esse é um dos maiores desafios do líder: criar a sinergia necessária entre pessoas totalmente diferentes, para que trabalhem em equipe e persigam o mesmo propósito.
Nesse sentido, o coach Carter é um grande exemplo, pois abandonou sua realidade confortável para se aventurar nos problemas e conflitos de jovens considerados “problemáticos” em uma escola precarizada.
Não satisfeito em ser mais um treinador de basquete, ele quis compreender o mundo daqueles garotos e sonhou com outro futuro para eles, ciente de seu potencial.
Durante todo o processo de mudança, ele respeitou os limites desse universo e se integrou à realidade antes de querer transformá-la.
O melhor feedback é aquele dado com sinceridade
O feedback é um dos principais instrumentos de um líder, pois permite a avaliação e ajuste contínuos do desempenho de seus subordinados, além de oferecer um cenário realista sobre o progresso de cada um.
No entanto, a ideia de receber feedback ainda causa arrepios em muitas pessoas, que temem críticas duras e se sentem inseguras com a avaliação.
De acordo com a colunista da Forbes Margie Warrell, o segredo para acertar no feedback crítico é focar mais no comportamento esperado do que nos erros cometidos.
Em artigo de 2015, ela ressalta a importância da sinceridade nos feedbacks, que só funcionam de fato quando são bem estruturados.
Um método útil é ser muito claro e conciso a respeito do comportamento indesejável – quando, como, de que forma ocorreu – e reforçar logo em seguida o comportamento correto nos mínimos detalhes.
Afinal, um feedback pode ser perfeitamente sincero sem provocar emoções negativas como ansiedade, medo e raiva.
No caso do treinador Carter, a coragem de dar os feedbacks mais duros possíveis foi necessária, tendo em vista as condições dos alunos.
O mesmo rigor não se aplicaria a situações de negócios, por exemplo, mas a atitude de manter um feedback contínuo e individual é um dos traços fundamentais dos líderes que se preocupam com seus liderados.
Manter um bom relacionamento com a equipe é fundamental
Finalmente, o relacionamento com a equipe define até onde o líder pode chegar com sua metodologia.
Isso porque a liderança não se resume a competências técnicas e boas estratégias, mas possui um forte componente emocional e comportamental que é próprio das relações humanas.
Assim, o líder transformador investe na construção de vínculos de confiança com seus subordinados, pois sabe que essa proximidade é essencial para ampliar os efeitos de seu trabalho.
O treinador Carter foi muito além de uma posição de treinador esportivo, desenvolvendo empatia ao ponto de se dedicar à transformação radical dos jovens.
Ele não somente ofereceu instruções técnicas, mas revolucionou a visão de mundo dos jogadores e se envolveu pessoalmente com cada um deles para provar seu ponto.
Ao lidar com pessoas, não basta ter um método comprovado ou credenciais invejáveis: é preciso se conectar com o outro para extrair seu potencial máximo e explorar todas as possibilidades.
É por isso que os líderes constroem relações sólidas e duradouras, chegando a tratar suas equipes como se fossem sua própria família.
O líder define objetivo e as táticas
O líder é, obrigatoriamente, um grande estrategista, capaz de definir objetivos e as melhores táticas para atingi-los.
Como diz o autor John C. Maxwell, “um líder é alguém que conhece o caminho, segue o caminho e mostra o caminho”.
Por isso, a primeira tarefa do líder é diagnosticar a situação atual da equipe e definir objetivos realistas, tangíveis e mensuráveis a serem atingidos.
Mais do que isso, o líder trabalha as competências comportamentais como resiliência, foco e autoconfiança para que os subordinados deem o seu melhor ao perseguir as metas.
Naturalmente, a liderança deve ser inspiradora, capaz de motivar e engajar pessoas a partir de um propósito em comum.
Com a equipe pronta para agir, o líder traça as melhores rotas ao selecionar estratégias e táticas eficientes, justificando cada decisão tomada.
Durante a caminhada rumo aos objetivos, também é papel do líder coordenar todos os envolvidos e redirecionar quando preciso.
Resultados de projetos devem ser observados a médio e longo prazo
Evidentemente, os resultados dos projetos não são imediatos e devem ser observados em diferentes prazos.
Não à toa, o modelo básico de planejamento estratégico exige que prazos sejam definidos para cada objetivo, dividindo aqueles que podem ser alcançados em curto, médio e longo prazo.
O líder que sabe aonde quer chegar toma decisões que surtem efeito ao longo do tempo, em várias etapas que dão conta de manter as equipes motivadas a cada pequena vitória.
Logo, a transformação real não ocorre de imediato, e a pressa é inimiga das grandes realizações.
Para redirecionar um time de adolescentes, o coach Carter dedicou anos da sua vida e enfrentou várias idas e vindas durante o percurso.
O importante é acompanhar os resultados de perto e fazer as correções necessárias a tempo, mantendo o foco no objetivo inicial que motivou todo o processo.
O Coaching de liderança e seus benefícios
O coaching de liderança é um processo decisivo para você que busca se tornar um líder inspirador.
Por meio de uma metodologia embasada cientificamente, o coaching foca no desenvolvimento e aprimoramento de competências essenciais.
No caso do líder, os pontos-chave são a motivação, comprometimento, positividade e autoconfiança, além de empatia para gerenciar pessoas com excelência.
Não há uma fórmula exata para ser líder, mas o coach pode guiar você por um caminho de autoconhecimento para criar seu próprio estilo de liderança e potencializar suas virtudes.
Além disso, o processo corrige as vulnerabilidades e leva você ao estado desejado por meio da mudança de comportamento, para além de questões técnicas.
O crescimento pessoal e profissional é garantido, com a vantagem de contar com um apoio fundamental para seguir o plano de ação e conquistar seus objetivos.
Conclusão
A partir do filme Coach Carter, conseguimos explorar os principais conceitos e fundamentosda liderança.
O cenário esportivo pode ser facilmente transportado para o mundo dos negócios, onde um grande líder faz toda a diferença nos resultados das equipes.
Afinal, apesar do nível de complexidade da situação, o líder é capaz de enxergar além e conduzir pessoas com excelência rumo a objetivos em comum.
Nem sempre o caminho é fácil, mas sua credibilidade motiva todos a mudarem suas atitudes e o mundo ao redor.
Assim, o líder pode ser um treinador esportivo que luta para dar um futuro ao seu time ou um gestor que enfrenta qualquer desafio para alavancar sua equipe.
No fundo, todos os líderes têm em comum o propósito inspirador, coragem para perseguir seus objetivos e a incrível capacidade de despertar o melhor das pessoas.
O PRÍNCIPE
Escrito por Nicolau Maquiavel em 1513 e publicado em 1532.
A repercussão de  O Príncipe de Maquiavel  ocorreu devido ao papel fundamental que a obra representa na construção do conceito de Estado. O Príncipe é um tratado político que serviu como base para modelar a estrutura governamental dos tempos modernos. 
O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, retrata, os vários tipos de principados, e de como, se governa um estado. Diversos exemplos são citados, desde a igreja, até a hereditariedade de governo. O que mais chama atenção é que mesmo sendo um livro muito antigo, se enquadra perfeitamente no cenário atual.
Maquiavel fala que províncias conquistadas por povos de iguais costumes e língua são mais facilmente mantidas, apenas não devem ser alterados estes costumes, suas leis e seus impostos. Já para os novos governantes das províncias de diferentes costumes e língua, será mais difícil mantê-las. O príncipe deverá, primeiramente, habitar a província, dominar as desordens rapidamente e instalar colônias em um ou dois pontos do território.
Uma estratégia usada é de ser defensor dos menos fortes, para que assim também aconteça o enfraquecimento dos poderosos, mas não permitir que alguém fraco venha a ser muito forte. Deve-se ter cuidado para que nenhum forasteiro e estrangeiro de poder penetre na província.
Quando um povo espera o mal e recebe o bem, é mais fiel do que um povo que apenas espera o bem. Segundo Maquiavel, as forças dos principados devem ser medidas pelo exército, ou seja, pelas armas que este mantém. Os reinados que tem muita fortuna e muitos homens devem fazer um bom exército. Quando um príncipe dá boa condição de vida, alimento e trabalho aos cidadãos de seu país, é amado. O príncipe deve aprender a não ser tão bom e piedoso. Também deve ser prudente e capaz de fugir dos vícios que o fariam perder o poder.
É melhor ser um príncipe temido, mas que dá ao seu povo paz e os mantém unidos e leais. O que também deve ser entendido é que ser temido não é o mesmo que ser odiado, porque este é prejudicial ao príncipe.
O príncipe deverá preocupar-se em distrair e alegrar o seu povo, dando-lhes festas e espetáculos. Deve também dar oportunidade aos melhores de seu Estado e ter bons ministros. A confiança mútua entre príncipe e ministros é extremamente imprescindível para se ter um bom principado. O príncipe tem que sempre se manter atento em relação as armas, evitar a todo custo a inimizade do povo, e saber se defender dos grandes. É sempre melhor a um líder ser impetuoso que cauteloso, sempre ter como virtude à coragem e a esperança de abraçar apenas causas justas.
Maquiavel mostra como um príncipe deve proceder diante de seus súditos, como cuidar de suas finanças, que é melhor ser temido do que amado, além de ser preciso evitar ser odiado e manter o povo feliz. 
“…as alterações nascem principalmente de uma dificuldade natural a todos os principados novos, que consiste no fato de os homens gostarem de mudar de senhor, acreditando com isso melhorar.” (pág 7)
“Aqueles que, somente pela fortuna, de cidadãos particulares se tornam príncipes fazem-no com pouco esforço, mas com muito esforço se mantêm. E não encontram dificuldade no caminho porque passam voando por ele: mas todas as dificuldades surgem quando chegam ao destino.” (pág. 27)
“…deve um príncipe viver com seus súditos de forma que nenhum incidente, mau ou bom, faça variar seu comportamento: porque, vindo às vicissitudes em tempos adversos, não terás tempo para o mal, e o bem que fizeres não te será creditado, porque julgarão que o fizeste forçado…” (pág. 41)
“Nada torna um príncipe tão estimado quanto realizar grandes empreendimentos e dar de si raros exemplos” (pág. 105)
Para um político, é de grande valor o ensinamento que O Príncipe passa, são vários conceitos que apesar de antigos, servem de referência até os dias de hoje. Um exemplo disso é quando o autor fala que o povo gosta de mudar de príncipe, pensando que com isso a sua condição de governo vai melhorar, colocando outra autoridade ou outro dirigente. O livro nos mostra como lidar com situações de confronto contra inimigos, ou seja, de como proteger um governo, prevendo quais serão os perigos e de como superá-los.

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