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1 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II Metabolismo do colesterol COLESTEROL ♥ Proveniente da síntese endógena pelo fígado ou de origem alimentar. ♥ Existem em duas formas: forma livre (alimentação) ou sob a forma de éster de colesterol (armazenamento). ♥ Armazenado sob a forma esterificada (ligado a um ácido graxo através de uma ligação éster ligado a uma hidroxila e transportado pelas lipoproteínas). ♥ Sintetizado no retículo endoplasmático e no citosol principalmente do fígado, gônadas, suprarrenal e intestino. ♥ Sintetizado durante o estado alimentado, pois é necessário acetil coa como precursor para sua síntese ♥ No citoplasma, uma molécula de acetilcoa + uma molécula de acetoacetilcoa se unem formando HMG coa (hidroximetilglutaril coa) que é um intermediário da cetogênese (porém formado na mitocôndria) ♥ HMG coa sofrendo ação da HMG redutase se torna mevalonato e a seguir isopentenil pirofosfato. Esse intermediário vai determinar que via o metabolismo vai seguir. Destinos do colesterol ♥ Síntese de sais biliares ♥ Síntese de esteróides hormonais ♥ Síntese de membranas biológicas (plasmáticas e de organelas) ♥ Lipoproteínas plasmáticas Síntese de colesterol ♥ Via modulação da HMG coa redutase (inativa na forma fosforilada) ♥ Inibição: glucagon, esteróides e elevação do AMPc e baixa de ATP (ativa a proteína cinase que faz com que a hmg adquira forma inativa fosforilada) ♥ Estímulo: insulina e elevação de ATP e baixa de AMPc (estimula a fosfatase fazendo com que a hmg coa redutase adquira forma ativa defosforilada) Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 Síntese de membranas biológicas (plasmáticas e de Via modulação da HMG coa redutase (inativa na glucagon, esteróides e elevação do AMPc e oteína cinase que faz com que a hmg adquira forma inativa fosforilada) elevação de ATP e baixa de AMPc (estimula a fosfatase fazendo com que a hmg coa redutase adquira forma ativa Degradação do colesterol ♥ Conversão em ácidos biliares (aproximadamente metade). Em torno de 1g de colesterol/ dia é eliminada nas fezes. ♥ Secreção do colesterol na bile intestino para a eliminação → Parte do colesterol no intestino é modificado por bact → Compostos primários colestanol. CIRCULAÇÃO ENTERO ♥ Responsável pela reabsorção de 90% dos sais biliares. ♥ Sais biliares primários:Sais biliares primários:Sais biliares primários:Sais biliares primários: partir do colesterol (ação da colesterol 7 alfa hidroxilase) e constituem a bile conjugados à taurina e glicina (ácido fólico e ácido quenodesoxicólico). ♥ Sais biliares secundáriosSais biliares secundáriosSais biliares secundáriosSais biliares secundários dos ácidos biliares primários que sofrem ação das bactérias intestinais (ácido desoxicólico e ácido litocólico) 2 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II em ácidos biliares- excretado nas fezes (aproximadamente metade). Em torno de 1g de colesterol/ dia é eliminada nas fezes. Secreção do colesterol na bile- transporte até o intestino para a eliminação Parte do colesterol no intestino é modificado por bactérias Compostos primários- coprastanol, CIRCULAÇÃO ENTERO-HEPÁTICA Responsável pela reabsorção de 90% dos sais Sais biliares primários:Sais biliares primários:Sais biliares primários:Sais biliares primários: sintetizados no fígado a partir do colesterol (ação da colesterol 7 alfa ituem a bile conjugados à taurina e glicina (ácido fólico e ácido Sais biliares secundáriosSais biliares secundáriosSais biliares secundáriosSais biliares secundários: são formados a partir dos ácidos biliares primários que sofrem ação das bactérias intestinais (ácido desoxicólico e ácido 3 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II TRANSPORTE DE COLESTEROL ♥ Lipoproteínas- complexo solúvel de transporte de colesterol e lipídeos. ♥ Lipoproteínas plasmáticas: → Quilomicrons: transporte de tag e colesterol da dieta. → Lipoproteínas densas (HDL, LDL, VLDL, IDL): transporte de tag e colesterol do fígado. Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 Quilomicrons ♥ Sintetizados na mucosa intestinal ♥ Contém TG de lipídeos na dieta ♥ Tecidos periféricos (músculo e tecido adiposo) consomem os ácidos graxos por ação da lipase lipoproteica em torno e 2 horas após a alimentação. ♥ Vestígios são eliminados pelo fígado. Funções do HDL ♥ Transferir as proteínas para outras lipoproteínas ♥ Retirar os lipídeos de outras lipoproteínas ♥ Retirar o colesterol das membranas celulares ♥ Converter o colesterol em ésteres de colesterol através da lecitina colesterol aciltransferase (LCAT) ♥ Transferir os ésteres de colesterol para outras lipoproteínas, os quais são transportados para o fígado ♥ Transportar os ésteres de colesterol para o fígado. 4 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II Sintetizados na mucosa intestinal Contém TG de lipídeos na dieta Tecidos periféricos (músculo e tecido adiposo) consomem os ácidos graxos por ação da lipase lipoproteica em torno e 2 horas após a tígios são eliminados pelo fígado. Transferir as proteínas para outras lipoproteínas Retirar os lipídeos de outras lipoproteínas Retirar o colesterol das membranas celulares Converter o colesterol em ésteres de colesterol ina colesterol aciltransferase (LCAT) Transferir os ésteres de colesterol para outras lipoproteínas, os quais são transportados para o Transportar os ésteres de colesterol para o fígado. 5 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II Função das apolipoproteínas ♥ Ativar enzimas envolvidas no metabolismo lipídico (LCAT, LPL) ♥ Manter a integridade estrutural do complexo lipídeo-proteína ♥ Transportar os lipídeos para as células através do reconhecimento de receptores de superfície ♥ Apolipoproteína A: está associada ao HDL- colesterol, facilitando o transporte do colesterol dos tecidos para o fígado para ser metabolizado. ♥ Apolipoproteína B: está assocaida ao LDL- colesterol, é responsável pela ligação destes aos receptores celulares, podendo levar ao acúmulo nas artérias e obstrução das mesmas (DAC). Preditora de risco CV. DISLIPIDEMIAS ♥ Conceito: designam-se dislipidemias as alterações metabólicas lipídicas decorrentes de distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico, que ocasionem repercussão nos níveis séricos das lipoproteínas. ♥ Diagnóstico laboratorial das dislipidemias: a determinação do perfil lipídico deve ser feita em indivíduos com dieta habitual, estado metabólico e peso estáveis por pelo menos duas semanas antes da realização do exame. 6 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II → Deve-se evitar a ingestão de álcool (72 horas) e atividade vigorosa (24 horas). ESTATINAS ♥ Importante classe de medicamentos para controle do colesterol. ♥ Atuam inibindo competitivamente a ação da enzima HMG coa (hidroxi metilglutaril) redutase hepática, que é a enzima limitadora da biossíntese de colesterol. ♥ Como conseqüência ocorre redução da síntese de colesterol e dos níveis de colesterol intracelular, o que leva a um aumento compensatório do número de receptores de LDL na superfície com aumento da velocidade do catabolismo dos remanescentes de LDL. ♥ Prvastratina, lovaastatina, sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, pivastatina são exemplos. 7 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II Efeitos colaterais das estatinas ♥ Miopatia associada a elevação de CPK (creatinoquinase) e geralmente assocaido ao DM, hipotireoidismo, disfunção renal ou hepática ou em uso de medicamentos que inibam o citocromo p450 3 a 4 ou 2c9 levando assim a um retardo na eliminação da estatina. Tais medicamentossão ciclosporina, eritromicina, cetoconazol, itraconazol, verapamil também a associação com fibratos (gemfibrozil) aumenta o risco de miopatia. ♥ Rabdomiólise- complicação rara 1/5 milhões com evolução grave pr mioglobinúria e insuficiência renal ♥ Hepatoxicidade EZETIMIBE ♥ Reduz captação de colesterol e fitoesteróis pelos enterócitos ♥ Poucos efeitos colaterais ♥ Geralmente em uso associado a estatina pois potencializa a ação da mesma. FIBRATOS ♥ Atuam ativando o ppar alfa (peroxisoma proliferator activated receptor alfa), receptor hormonal nuclear que está expresso no fígado e outros tecidos periféricos. Isso resulta em aumento da oxidação de ácidos graxos livres, diminuição da síntese de apolippo C III, e aumento da atividade da lipase lipoproteíca. Esses efeitos contribuem para a redução de tg plasmáticos e em menor conversão de vldl em LDL, também a ativação do ppar alfa estimula a ação de apo A I e apo A II, elevando HDL. RESINAS SEQUESTRANTES DE ÁCIDOS BILIARES (QUESTRAN- COLESTIRAMINA) ♥ Não são absorvidos ♥ Ligam-se aos sais biliares intestinais, bloqueando a reabsorção no íleo, consequentemente levando a excreção 10x maior dos ácidos biliares nas fezes. ♥ Diminui a absorção de vários medicamentos. MUDANÇAS ALIMENTARES PARA A DISLIPIDEMIA ♥ Restrição de ingesta de gorduras saturadas ♥ Aumentar a ingestão de gorduras insaturadas (óleos vegetais) que diminuem o colesterol total sem reduzir HDL ♥ Óleos de peixe são ricos e gorduras polinsaturadas de cadeias longas (eicosapentaenóico e docosaexaenóico), que não apresentam comprovação científica do benefício, 8 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II mas estatisticamente populações com alto consumo desses ácidos tem menos DAC. ♥ Fibras podem levar a modesta redução do LDL (torno de 10%) porque se ligam aos ácidos biliares e promovem a excreção do colesterol. 9 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II INIBIDORES DA PCSK9 ♥ PCSK9 é uma protease que leva a degradação dos receptores de LDL na superfície das células hepáticas. ♥ Esses receptores são responsáveis por capturar o LDL circulante e internalizar no hepatócito para ser metabolizado. ♥ Quanto mais receptor de LDL nas células hepáticas, menor o LDL sérico e menor o risco CV. ♥ Quanto mais atividade de receptor PSCK9, maior a destruição e receptores e maior nível de LDL no sangue. ♥ Comum em dislipidemia familiar ♥ Alirocumabe é anticorpo monoclonal inibidor de PCSK9, nova droga para: dislipidemia familiar, intolerância às estatinas e quando não há êxito na terapia com altas doses de estatina. ♥ Queda e torno de 50-70% do LDL sérico ♥ Via subcutânea 15-15 dias ♥ Alto custo (5.000/ mês) ♥ Efeitos colaterais mínimos- reação local da injeção e mialgia. ♥ Trabalhos com 70.000 pacientes mostrando proteção cv finalizando e dezembro de 2017. 10 Maria Eduarda Sardinha Estrella 58 – 2025.2 Bioquímica II
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