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Razão e Experiência


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ESTHERBY CERALINE GUIOSE
RAZÃO E EXPERIÊNCIA
Trabalho solicitado pelo professor Edson Barros da disciplina de filosofia, para obtenção de notas parciais para o 3º bimestre.
Manaus
2017
INTRODUÇÃO
 A experiência é à base de todo conhecimento. Todo conhecimento de fato, mesmo aquele baseado em leis universais, deriva de experiências; por isso, só é válido dentro do que se pode observar e/ou experimentar. A Razão do homem nada mais é do que um "sistema" de organização dos dados da experiência prática, sendo as ideias ou conceitos da razão simples cópias e/ou combinações de dados originados destas experiências.
Razão e experiência
As bases da ciência moderna
 Sobre a transição do pensamento no período moderno, o filósofo e historiador Alexandre Koyré (1892-1964) observou: O homem perdeu seu lugar no mundo, ou, mais exatamente, perdeu o próprio mundo que formava o quadro de sua existência e o objeto de seu saber, e precisou transformar e substituir não somente suas concepções fundamentais, mas as próprias estruturas de seu pensamento.[footnoteRef:0] Foi nesse contexto que surgiram alguns dos problemas e conceitos fundamentais da filosofia moderna. [0: Do mundo fechado ao universo infinito, p.14.] 
 Vejamos três deles. A busca de um ponto fixo com a divulgação da nova cosmologia, uma das concepções fundamentais até então – a noção aristotélica de espaço hierarquizado foi aos poucos substituída pelo conceito de espaço homogêneo. Neste, todos os lugares seguem as mesmas leis, sendo, portanto equivalentes, sem um ponto fixo referencial determinante de uma ordem ou hierarquia. O ser humano só encontraria um novo centro ou ponto fixo em si mesmo, isto é, em sua própria razão, entendida como a capacidade humana de avaliar a realidade e distinguir o verdadeiro do falso. O mundo como representação Como propõem diversos estudiosos, até a Idade Média havia prevalecido a noção de que a realidade se apresenta diretamente às pessoas, isto é, mostra-se por si mesma à mente (realismo). Os pensadores da modernidade, por sua vez, tendem a abordar o mundo com base na ideia de que a realidade não é apresentada à mente, mas sim representada por ela. Desse modo, boa parte deles procurou ultrapassar a percepção imediata do sensível, e o conhecimento do mundo passou a ser interpretado como representação. Isto não é um cachimbo René François Ghislain Magritte.[footnoteRef:1] [1: Lessines, 21 de Novembro de 1898 ― Bruxelas, 15 de Agosto de 1967.] 
 Assim, uma das principais características do pensamento moderno foi tentar explicar a realidade a partir de novas formulações racionais. Galileu, por exemplo, explicaria o mundo concreto, sensível, por meio de relações matemáticas, geométricas, o que bem pouco se havia feito até então, embora hoje esse seja um procedimento bastante comum. A procura de um método A ruptura com toda a autoridade preestabelecida de conhecimento fez com que os pensadores modernos buscassem uma base segura, algo que garantisse a verdade de um raciocínio. Assim, um dos principais problemas da filosofia nesse período relacionou-se com o processo de entendimento humano e, mais especificamente, com a seguinte questão: - Que garantia pode ter de que um pensamento é verdadeiro? Procurava-se, portanto, um método. Sobre isto, escreveu Descartes em suas Regras para a direção do espírito. Por método eu entendo regras certas e fáceis que, observadas corretamente, levarão quem as seguir a atingir o conhecimento verdadeiro de tudo o que for possível. O método consiste na ordem e na disposição das coisas para as quais devemos voltar o olhar do espírito, para descobrir a verdade.[footnoteRef:2] [2: Citado em Rezende, Curso de filosofia, p.88] 
 Como a razão estava em alta, o método escolhido foi o matemático; a matemática já era uma ciência bastante desenvolvida na época, conquistando grandes resultados com seu método lógico-dedutivo. Como ciência exata, ela mostrava-se capaz de garantir um alto grau de segurança e certeza em relação a suas conclusões. Era, portanto, o paradigma ideal tanto para a filosofia como para a ciência, tornando-se o modelo seguido pelo racionalismo do século XVII. Questão: Identifique e explique pelo menos três consequências da revolução espiritual causada pela descoberta de que a Terra não era o centro do Universo, determinantes na produção filosófica do indivíduo moderno.
A busca de um ponto fixo
 Penso que os conceitos sobre o bem e o mal não tem definição precisa. É difícil afirmar que algo está certo ou errado e apesar de fazermos isto sempre sabemos que no fundo não temos certeza. Fazendo uma analogia ao que pedia Arquimedes de Siracusa, o cientista, este ponto fixo é a certeza que não temos. Permito-me dizer que não temos certeza nem de que não há certeza. Talvez seja tudo uma grande certeza, assim seria algo como dizer: “é certo que não há certeza!”.
 Poderia ser mais fácil achar um ponto fixo, como o para uns é para encontrar Deus. Penso que como Sócrates o fazia com a sua a maiêutica, é possível provar que é certo tanto o bem quanto o mau, tamanha é a dificuldade de achar o ponto fixo do qual Arquimedes fala.
Lembrando também de Einstein, o ponto fixo é o que há de absoluto, se o encontrássemos seria o ombro amigo da ciência e todos começaram seus textos assim: “Partindo do ponto fixo…” ou “já que encontramos o Ponto Fixo...”.
O mundo como representação 
 Como propõem diversos estudiosos, até a Idade Média havia prevalecido a noção de que a realidade do mundo se apresenta diretamente às pessoas, isto é, mostra-se por si mesma à mente (realismo). Os pensadores da modernidade, por sua vez, tendem a abordar o mundo com base na ideia de que a realidade não é apresentada à mente, mas sim representada por ela.
Desse modo, boa parte deles procurou ultrapassar a percepção imediata do sensível, e o conhecimento do mundo passou a ser interpretado como representação. Representação é uma operação da mente que representa o real e produz uma imagem do mundo, ou um outro mundo.
 Assim, uma das principais características dos pensamentos modernos foi tentar explicar a realidade a partir de novas formulações racionais. Galileu, por exemplo, explicaria o mundo concreto, sensível, por meio de relações matemáticas, geométricas, o que bem pouco se havia feito até então, embora hoje esse seja um procedimento bastante comum.
 A procura de um método
A Questão do Método: O método se torna uma questão central para a filosofia, pelo receio de cometer novos enganos, como o de acreditar cegamente no aristotelismo e na metafísica. Portanto, o conhecimento como possibilidade passa a ser central no pensamento filosófico.
Conhecer: A existência de algo está vinculada à possibilidade de se conhecer esse algo.
Deslocamento de Sentido: O que importa não é mais o objeto em si mesmo, mas sim o sujeito que o conhece. Deriva-se desse deslocamento, duas correntes: Racionalismo e Empirismo.
Racionalismo
Conceito: Corrente de pensamento que  surgiu no século I a.C. e tem como base fundamental a razão. Enfatiza tudo o que um dia existiu ou ainda existe como decorrente de uma causa. Na Idade Moderna define-se como uma operação mental, discursiva e lógica para extrair conclusões.
Superação do Medievalismo: Racionalismo ajuda a superar o método mítico de experimentação sensível do mundo, como era o conhecimento medieval.
Reformulador: René Descartes. Pensa a questão do método buscando a perfeição exata do conhecimento. Seu método tinha 4 regras:
1. Jamais acolha algo como verdadeiro sem verificação.
2. Fragmente as dificuldades para examiná-las mais de perto.
3. Imponha ordem, aos pensamentos.
4. Enumere e revise para não correr o risco de omitir.
Liberalismo: Racionalismo se torna o centro do pensamento liberal, pois permite racionalizar a economia de forma que se possa administrar a sociedade.
Empirismo
Conceito: Acreditar somente no que pode ser inteligivelmenteexperimentado e comprovado a partir de um método. Recusa completamente a metafísica, porque ela não pode ser experimentada e comprovada.
Empírico: O que pode ter veracidade ou falsidade comprovada por meio da observação, experiência e resultados. Não basta a teoria, o fundamental é a prática. Não aceita ideias inatas, como o racionalismo, resultantes apenas da razão.
Razão: Organiza dados empíricos e une uns aos outros.
Empirismo Britânico: O empirismo se desenvolveu com muita força na Inglaterra, por meio de muitos pensadores importantes, tais como: John Locke, David Hume, Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkley e John Stuart Mill.
Empirismo e Ciência: Revoluciona as práticas científicas, pois valoriza as experiências do conhecimento científico, e provável, fazendo surgir a metodologia científica.
Francis Bancon
 Francis Bacon, 1º Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres, 22 de janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) foi um político, filósofo, ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio) e visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna. Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns.
 Sucessivamente, durante o reinado de Jaime I, desempenhou as funções de procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), guarda do selo (1617) e grande chanceler (1618). Neste mesmo ano, foi nomeado barão de Verulam e em 1621, barão de Saint Alban. Também em 1621, Bacon foi acusado de corrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa, foi também proibido de exercer cargos públicos.
 Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo, sendo muitas vezes chamado de "fundador da ciência moderna". Sua principal obra filosófica é o Novum Organum.
 Francis Bacon foi um dos mais conhecidos e influentes rosacruzes e também um alquimista, tendo ocupado o posto mais elevado da Ordem Rosacruz, o de Imperator. Estudiosos apontam como sendo o real autor dos famosos manifestos rosacruzes, Fama Fraternitatis (1614), Confessio Fraternitatis (1615) e Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreutz (1616).[footnoteRef:3] [3: Peltonen 2007] 
Teoria dos ídolos
 Os ídolos segundo Francis Bacon são noções falsas que invadem o intelecto e dificultam o acesso à verdade. Além disso, os ídolos têm o alcance de incomodar no processo de instauração das ciências, uma vez que os homens não se disponham a combater esses ídolos. Por isso, a função primordial da teoria dos ídolos é conscientizar os homens das falsas noções que barram o caminho rumo à verdade.
 Portanto, a primeira etapa é identificar os ídolos para então, posteriormente, libertar-se deles. Sendo assim, resta a identificação dos ídolos que segundo Bacon são quatro: [1] Ídolos da tribo; [2] Ídolos da caverna; [3] Ídolos do foro ou do mercado e; [4] Ídolos do teatro. Se os ídolos que barram o conhecimento humano são quatro, vejamos na sequência a definição deles e suas aplicações no processo que podemos considerar destrutivo, uma vez que o objetivo do conhecimento dos ídolos é expulsá-los do espírito humano, para conduzi-lo ao conhecimento através de um método que possa garantir o controle da natureza.
[1] Ídolos da Tribo: “se alicerçam na própria natureza humana e na própria família humana ou tribo”. Os ídolos da tribo tem sua origem no próprio intelecto humano que mistura a natureza das coisas. Desta forma há uma confusão mental que segundo Bacon ocorre quando o intelecto sofre influência da nossa vontade e dos afetos, de forma a confundir a natureza das coisas com aquilo que projetamos delas. 
[2] Ídolos da Caverna: São advindos de cada indivíduo quando preso a uma espécie de caverna pessoal. Isso se deve pois, os homens procuram as ciências em seus pequenos mundos, não no mundo maior, que é idêntico para todos os homens. Portanto, os ídolos da caverna perturbam o conhecimento, uma vez que mantém o homem preso em preconceitos e singularidades.
[3] Ídolos do Foro ou do Mercado: São ídolos, que através das palavras, penetram no intelecto. Provenientes do intercâmbio entre os homens, os ídolos do mercado, existem devido ao mau uso da fala. Como essa troca entre os homens se dá por meio da linguagem, os ídolos do mercado existem devido a uma inadequada atribuição aos nomes.
[4] Ídolos do Teatro: Ocorrem pela adesão a diversas doutrinas filosóficas e por causa das péssimas regras de demonstração delas. Bacon chama de ídolos do teatro porque considera que sistemas filosóficos foram preparados para serem representados em um palco. No entanto, esses sistemas estão a quem de conseguir atingir a verdade, e se manter preso a eles é distanciar-se da verdade. Para isso é necessário um novo método, deixando de permanecer nesse teatro que nos mantém longe da verdade universal.
Método indutivo
 Na lógica, Método indutivo ou indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral. A indução, ao contrário da dedução, parte de dados particulares da experiência sensível.[footnoteRef:4] [4:  Métodos científicos: método indutivo
] 
 De acordo com o indutivista, a ciência começa com a observação. A observação, por sua vez, fornece uma base segura sobre a qual o conhecimento científico pode ser construído, e o conhecimento científico é obtido a partir de proposições de observação por indução.[3] Afirmações a respeito da construção do conhecimento rigorosas como esta sofrem de dificuldades quanto a sua validade, como demonstra o problema da indução.
 Próprio das ciências naturais também aparece na Matemática através da Estatística. Utilizando como exemplo a enumeração, trata-se de um raciocínio indutivo baseado na contagem.
 É importante que a enumeração de dados (que correspondem às experiências feitas) seja suficiente para permitir a passagem do particular para o geral. Entretanto, a indução também pressupõe a probabilidade, isto é, já que tantos se comportam de tal forma, é muito provável que todos se comportem assim.
 Em função desse "salto", há maior possibilidade de erro nos raciocínios indutivos, uma vez que basta encontrarmos uma exceção para invalidar a regra geral. Por outro lado, é esse mesmo "salto" em direção ao provável que torna possível a descoberta, a proposta de novos modos de compreender o mundo. Por isso, a indução é o tipo de raciocínio mais usado em ciências experimentais.[footnoteRef:5] [5: Lógica - Indução: Casos particulares se tornam lei geral
] 
Galileu Galilei
 Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei; Pisa 15 de fevereiro de 1564 — Florença, 8 de janeiro de 1642]) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano.[footnoteRef:6] [6: UOL:educação http://educacao.uol.com.br/biografias/galileu-galilei.jhtmUOL Biografia de Galileu Galilei. Página visitada em 20 de novembro de 2011.] 
 Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati.[footnoteRef:7] Viveu boa parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrante do Grão-Ducado da Toscana. [7: SCHWARTZ, Joseph (1992). O momento criativo. Mito e alienação na ciência moderna. 1. São Paulo: Best Seller/Círculo do Livro] 
 Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea.[footnoteRef:8] Estas descobertascontribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica. [8: METELLI, Piero. «Treasures - The Central National Library of Florence - Sidereus Nuncius» (em inglês). The European Library. Consultado em 2 de janeiro de 2010
] 
 O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a isto Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".
Método matemático-experimental
 A respeito do método da experimentação, conta-se que Galileu sobe a torre de Pisa a fim de mostrar como era incorreta a afirmação de Aristóteles que os corpos mais pesados deveriam cair com maior velocidade. Aristóteles imaginava o fato explicado pela doutrina dos quatro elementos – Terra, água, ar e fogo. Cada elemento possui seu próprio lugar. O elemento Terra (sólido) fica em baixo. Portanto os objetos sólidos dirigem-se, naturalmente, para baixo e os mais pesados chegam primeiro.
 Muitos pensadores já questionavam a validade de tal hipótese. Galileu propôs a realização de uma experiência para resolver definitivamente o conflito – o lançamento de esferas de pesos diferentes do alto da torre de Pisa.[footnoteRef:9] Este método consiste no de usar vários experimentos para chegar a conclusão desejada, com esse método deixa-se de usar o suposto, para praticar o empirismo. A importância deste método trouxe grandes avanços científicos e tecnológicos para a modernidade, levando em conta que muitos cientistas utilizam do método de experimentação para desenvolver remédios e avanços no campo da ciência, pois várias invenções, se não todas, passam por experimentos ou testes físicos. [9: Alguns autores consideram uma lenda a realização de tal experiência.] 
 Por fim, no terceiro método é o uso da matemática nas ciências experimentais. O processo científico exige a aplicação do método resolutivo, que resolve os dados observados no seus elementos e em relações matemáticas.
 A partir dessa conjectura deduzo – preferencialmente com o emprego da Matemática – conclusões particulares. Por exemplo: posso demonstrar matematicamente que, se os corpos caírem com velocidade uniformemente acelerada, sem sofrer resistência, os espaços percorridos em intervalos iguais de tempo estarão entre si como os números ímpares: 1, 3, 5, 7… Isto é, no primeiro segundo caem de uma certa altura h; no segundo, 3h; no terceiro, 5h. [footnoteRef:10] [10: GALILEI, apud REALE, ANTISERI.] 
 Ao publicar seu princípio, Galileu confrontou não só as teorias metafísicas e astronômicas de Aristóteles, como também o finalismo escolástico da época. Ambas as linhas acreditavam que tudo que ocorria na natureza era para plano superior. Com sua teoria ele demonstrou o engano da teoria lógica e dedutiva da filosofia, quando usado para explicar os fenômenos físicos.
 Galileu então distingue o campo próprio da filosofia, da religião e da ciência: da religião as ciências religiosas; da filosofia as verdades ontológicas; da ciência as verdades naturais. Segundo Galileu, o instrumento da ciência é a experiência, não o raciocínio que serve para suprir onde a experiência não pode chegar. Muito menos a lógica que serve para conhecer os discursos e as demonstrações já feitas.[footnoteRef:11] [11: MONDIN, 1981, p.58.] 
 Sua busca intensa ao saber, seu desejo em conhecer e descobrir, o levou a fazer grandes descobertas, por isso, Galileu se torna não só físico, astrônomo, mas também filósofos como ele mesmo cita em uma de suas cartas: “Quero acrescentar apenas isso: que eu me sinto seguro de que, se Aristóteles voltasse ao mundo, ele me receberia entre seus seguidores”.[footnoteRef:12] [12: apud REALE, ANTISERI, 2004.] 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Dessa forma, o conhecimento se origina do particular e avança para o geral; começa no indivíduo e avança para o social. Ele (o conhecimento) parte da experiência para a razão e não da razão para experiência. O ser humano, por mais genial que seja, não é capaz de criar ou destruir uma ideia; ele, na realidade, tem ideias que se originam da experiência, seja ela prática ou reflexiva. Ideias complexas são combinações de ideias simples, que foram criadas a partir da sensação experimental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Razão e experiência. Disponível em: http://filosofando-net.blogspot.com.br/2013/09/razao-x-experiencia.html Acesso em: 31 jul. 2017.
As bases da ciência moderna. Disponível em: https://docslide.com.br/documents/razao-e-experiencia-as-bases-da-ciencia-moderna.html Acesso em: 31 jul. 2017.
A busca de um ponto fixo. Disponível em: https://ramonvale.wordpress.com/2010/08/11/ola-mundo/ Acesso em: 31 jul. 2017.
A procura de um método. Disponível em: https://historiamos.com/2015/07/09/metodo/ Acesso em: 31 jul. 2017.
Francis Bancon. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Francis_Bacon. Acesso em: 31 jul. 2017.
Teoria dos ídolos. Disponível em: http://portaldaphilosophia.blogspot.com.br/2012/05/teoria-dos-idolos.html. Acesso em: 31 jul. 2017.
Método indutivo. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_indutivo. Acesso em: 31 jul. 2017.
Galileu Galilei. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei. Acesso em: 31 jul. 2017
Método matemático-experimental. Disponível em: http://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=768. Acesso em: 31 jul. 2017.
GALILEI, Galileu. O Ensaiador. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Os Pensadores)
MONDIN, Batista. Curso de filosofia. São Paulo. Edições paulinas, 1981.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. Historia da Filosofia, vol. II. São Paulo: Paulus,

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